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AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS (AESGA)

FACULDADES INTEGRADAS DE GARANHUNS (FACIGA)


CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

GISELE TAÍS CANDIDO


JAMILLE MARTINS SILVA
JHENIFFER EDUARDA DE OLIVEIRA RODRIGUES
LARA TAINÁ PIRES ALVES
VICTOR ROBERTO DA SILVA MELO

AVALIAÇÃO DE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

GARANHUNS
2024
GISELE TAÍS CANDIDO
JAMILLE MARTINS SILVA
JHENIFFER EDUARDA DE OLIVEIRA RODRIGUES
LARA TAINÁ PIRES ALVES
VICTOR ROBERTO DA SILVA MELO

AVALIAÇÃO DE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Avaliação entregue à Autarquia de Ensino


Superior de Garanhuns (AESGA), como
requisito para composição de nota da I
unidade da disciplina Legislação Tributária
do curso de Bacharelado em
Administração da Faculdades Integradas
de Garanhuns (FACIGA).

Profª: Rayanna Goes

GARANHUNS
2024
DISSERTAÇÃO - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Conforme estabelecido e definido pelo art. 96° do Código Tributário Nacional


(CTN), “A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no
todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes”. Então, a
legislação tributária é o conjunto de normas e dispositivos legais que instituem e
regulam a definição dos tributos e em relação a sua cobrança. Dessa forma, se faz
imperiosa a análise e conceituação dos aspectos relacionados ao Direito Tributário
para melhor entendimento acerca do assunto.
No direito tributário, entende-se por tributo como sendo “toda e qualquer

Compulsória prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
quer dizer que é que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
uma obrigação
que deve ser administrativa plenamente vinculada” (Art. 3°, CTN). Ou seja, independente da
cumprida.
vontade de terceiros, os tributos devem ser pagos por todos, no entanto, não se
confundem com multa ou ter caráter confiscatório, visto que são conceitos distintos.
Um tributo, como explicitado, é uma prestação pecuniária compulsória, instituída por
lei (sendo esta complementar ou ordinária, ou, ainda, por medida provisória), cobrada
pelo ente, enquanto uma multa é uma penalidade imposta pelo descumprimento de
uma obrigação legal ou regulamentar. Já, quando se refere ao efeito confiscatório, a
Constituição proíbe que os tributos tenham esse efeito, ou seja, não podem ter uma
O Plano
carga tributária tão alta a ponto de inviabilizar o patrimônio do contribuinte. A Collor se
encaixa
Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 150, § IV, estabelece que é vedado à nesse
conceito?
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tributos que tenham
efeito confiscatório.
A respeito do poder de instituição e criação dos tributos, a Constituição da
República Federativa do Brasil (CRFB), também conhecida como Constituição
Federal, não cria diretamente os tributos, mas estabelece as normas gerais sobre o
sistema tributário brasileiro. A CRFB define as competências tributárias dos entes
federativos, competência essa, que diz respeito à capacidade que a Constituição
Vai de acordo com Federal concede aos diferentes níveis de governo para criar e cobrar impostos em
as necessidades que
estão sendo seus respectivos territórios. Isso significa que cada ente federativo tem o poder de
enfrentadas neste
território, pode ser instituir certos tributos dentro de suas áreas de atuação, de acordo com as regras
como uma medida de
restauração, por
exemplo. estabelecidas na legislação.
Os tributos são criados por meio de leis específicas elaboradas pelos órgãos
competentes de cada ente federativo, seguindo as diretrizes estabelecidas na
Constituição. Nos artigos seguintes, a CF determina quais impostos, taxas e
contribuições podem ser instituídos por cada ente federativo. Portanto, fica nítido que
Isso é chamado de
competência a CRFB não cria os tributos diretamente, mas autoriza os entes federativos a fazê-lo
tributária.
por meio de lei. Além disso, estabelece limitações desse poder e determina quais tipos
de tributos são de competência de cada ente.
Analogamente, com relação ao poder de instituição de tributos, a competência
tributária refere-se à atribuição que a Constituição confere aos entes federativos
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) para instituir impostos, taxas, em razão
do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição,
e contribuições de melhoria decorrente de obras públicas em seus territórios,
conforme previsto no art. 145° da Constituição Federal. Ainda, a capacidade tributária
é a autoridade que o
governo tem para ativa diz respeito à aptidão para figurar no polo ativo da relação jurídico-tributária como
arrecadar dinheiro
por meio dos impostossujeito ativo, ou seja, a capacidade de ser o credor do tributo e cobrá-lo. Por exemplo,
que ele institui.
o Estado tem competência para instituir o IPVA, mas a capacidade tributária ativa para
cobrá-lo é atribuída aos órgãos estaduais competentes, como a Secretaria da
Fazenda.
Consoante ao exposto, entende-se que tributo, em sua essência, configura-se
como gênero devido a sua natureza de obrigatoriedade de pagamento ao Estado para
financiamento dos órgãos públicos. Nesse contexto, de acordo com a Teoria
Quinquipartite, também chamada de Pentapartite, as espécies tributárias são
classificadas e separadas em cinco, sendo elas: Impostos (tributos não vinculados a
uma contraprestação direta, cobrados pelo estado sem contrapartida específica em
favor do contribuinte, como o Imposto de Renda e o ICMS), as Taxas (tributos
vinculados a uma contraprestação estatal específica, ou seja, são cobrados em
contrapartida a um serviço público prestado ou ao exercício do poder de polícia), as
Contribuições de Melhoria (tributação cobrada em decorrência de obras públicas que
valorizam imóveis situados neste local, como a pavimentação de uma rua). Ainda,
existem os Empréstimos Compulsórios (são tributos estabelecidos pela união, em
situações excepcionais, como guerra extrema, calamidade pública ou investimento
urgente e relevante, como os empréstimos compulsórios sobre os combustíveis), e,
as Contribuições Especiais (tributos destinados a financiar seguridade social e outras
atividades de interesse público. Ex: são as contribuições para o INSS).
Com isso, ainda existe a chamada Teoria Tripartite, onde configuram apenas
os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Porém, existe uma diferença
entre as Teorias Quinquipartite e Tripartite, que está justamente na separação de
classificação dos tributos, além de, no CTN, a teoria adotada é a tripartite, já pelo STF,
Interpretação seguindo a doutrina majoritária, adotou a teoria quinquipartite.
dominante sobre
um assunto jurídico
Entendidas essas espécies, se faz de extrema pertinência se atentar a
aspectos relacionados às taxas. Nesse sentido, há aspectos importantes que devem
ser ressaltados tanto com relação a sua natureza de separação e divisibilidade, quanto
a forma como são instituídas e cobradas. Então, uma análise rápida que pode ser feita
para melhor entendimento dessas distinções é a respeito da diferença entre a taxa de
coleta domiciliar e a taxa de limpeza urbana, onde, na primeira, o contribuinte é
individualizado e ao pagar essa taxa faz a utilização do serviço de forma específica,
podendo ser cobrada por meio da lei, já, a segunda, é inconstitucional, uma vez que,
não é um serviço específico e divisível, seria extremamente abrangente e haveria uma
desigualdade na utilização desse tipo de serviço.
Da mesma forma, há uma diferença, por exemplo, entre uma contribuição de
natureza tributária, e um tributo vinculado a uma contraprestação específica do
Estado, sendo a COSIP (Contribuição Social de Iluminação Pública) e a TIP (Taxa de
Iluminação Pública).
A Contribuição Social de Iluminação Pública é uma contribuição de natureza
tributária, ou seja, é um tributo previsto na Constituição Federal e sujeito às regras e
princípios tributários, como a capacidade contributiva e destinação específica dos
recursos, sendo instituída por lei complementar municipal, conforme o art. 149-A da
Constituição Federal. Então a legislação municipal estabelece as alíquotas, base de
cálculo e demais regras de cobrança e então os recursos arrecadados com a COSIP
são destinados exclusivamente para custear serviços de iluminação pública, como
instalação, manutenção e entre outros serviços. No entanto, a Taxa de Iluminação
Pública é um tributo vinculado a uma contraprestação específica por parte do estado,
como mencionado anteriormente, neste caso, a prestação do serviço de iluminação
pública. A TIP também é instituída por lei municipal ainda em alguns municípios,
porém, sua instituição vai contra o estabelecido pelo art. 145°, § II, da Constituição
Federal, que segue o mesmo princípio da divisibilidade e cobrança de serviços
específicos, ou seja, não se consegue mensurar quantas pessoas são beneficiadas,
sendo assim, uma taxa inconstitucional. A TIP tem a mesma finalidade da COSIP,
porém, a diferença é que a COSIP é uma contribuição de natureza tributária enquanto
a TIP é uma taxa vinculada à prestação do serviço de iluminação pública. Ambas são
cobradas com o objetivo de financiar os custos relacionados à iluminação das vias
públicas, mas sua instituição e cobrança seguem regras distintas dentro do sistema
tributário brasileiro.
A partir do exposto, ainda, se faz necessário entender quais as funções do
direito tributário com relação à legalidade e constitucionalidade da aplicação dos
tributos sobre o país. Desse modo, o direito tributário tem como objetivo analisar,
estudar e verificar a constitucionalidade e a devida previsão legal dos impostos,
considerando os princípios norteadores da matéria. A função do direito tributário no
ordenamento jurídico brasileiro é analisar a natureza dos tributos, verificando se são
legalmente previstos, se têm destino claramente indicado e se são constitucionais.
Então, suas principais funções são: Função Arrecadatória (prover os recursos
financeiros necessários para o Estado custear suas atividades e serviços públicos,
financiando áreas como saúde, educação, segurança e infraestrutura por meio da
instituição e cobrança de tributos), Função Regulatória (estabelece as regras,
princípios e procedimentos que orientam a criação, cobrança e fiscalização dos
tributos, garantindo a eficiência, transparência e equidade no sistema tributário e
protegendo os contribuintes de abusos por parte do Estado), Função Distributiva
(determina a forma como os tributos serão distribuídos entre os diferentes setores da
sociedade e entre os entes federativos, promovendo a justiça fiscal e a redistribuição
de renda por meio da tributação), e, a Função Fiscalizatória (consiste na fiscalização
do cumprimento das obrigações tributárias pelos contribuintes e na aplicação de
sanções em caso de descumprimento das normas tributárias, visando assegurar o
cumprimento da legislação tributária e coibir a sonegação fiscal). Onde, ainda conta
com finalidades como: a Fiscal, visando abastecer os cofres públicos. Ex: ICMS, IR,
ISS, a Extrafiscal, intervenção na economia ou na ordem social, e, a Parafiscal,
arrecadar recursos destinados a entidades terceiras.
Analogamente ao exposto, torna-se perceptível a importância da compreensão
acerca das diretrizes de fiscalização sobre as aplicações dos tributos e sobre o que
eles incidem, conseguindo ter a percepção de quando e como são usados na forma
da lei, visto que, todas as pessoas enquanto indivíduos em sociedade estão sujeitos
a aplicação de tributos, e, como tal, estão relacionados a todos os aspectos que
moldam a vida da população. Dessa forma, esse entendimento ajuda na compreensão
do balanceamento justo dessas arrecadações para a boa manutenção da sociedade
e análise com relação ao impacto desses tributos para cada contribuinte em
sociedade, aspecto este, que deve ser abordado com mais afinco.

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