O documento resume o terceiro item do Programa de Sistema Tributário Brasileiro, que trata da distribuição de receitas tributárias entre a União, Estados e Municípios. A distribuição é feita por meio da atribuição de competência para cada ente cobrar determinados tributos e pela repartição de parte da arrecadação de alguns impostos entre os diferentes níveis de governo.
O documento resume o terceiro item do Programa de Sistema Tributário Brasileiro, que trata da distribuição de receitas tributárias entre a União, Estados e Municípios. A distribuição é feita por meio da atribuição de competência para cada ente cobrar determinados tributos e pela repartição de parte da arrecadação de alguns impostos entre os diferentes níveis de governo.
O documento resume o terceiro item do Programa de Sistema Tributário Brasileiro, que trata da distribuição de receitas tributárias entre a União, Estados e Municípios. A distribuição é feita por meio da atribuição de competência para cada ente cobrar determinados tributos e pela repartição de parte da arrecadação de alguns impostos entre os diferentes níveis de governo.
Resumo do 3º item do Programa (Sistema Tributário Brasileiro)
1. Soberania, Competência e Capacidade Tributária Ativa
Os artigos 145 a 149-A da Constituição Federal estabelecem a competência
tributária de cada ente político. Desse modo, só podem ser instituídos tributos que possam recair sobre um dos entes competentes listados nos referidos artigos, sob pena de inconstitucionalidade. Necessário mencionar que cada ente deve se limitar à competência a ele atribuída, não devendo extrapolá-la. Não se deve confundir, no entanto, a competência tributária com as funções fiscais. A primeira encontra-se vinculada ao Poder Legislativo, enquanto a segunda ao Poder Executivo. Leandro Paulsen assim as diferencia:
“(...) o poder fiscal, ou competência tributária,
advindo da soberania, que se concretiza com a decretação da norma jurídica tributária; e as funções fiscais, decorrência do dever de administração, que se concretizam com o exercício da fiscalização e da arrecadação do tributo.”
Além disso, a competência, enquanto parte do poder fiscal, deve ser indelegável, ao passo que as funções fiscais são delegáveis.
2. Espécies de Competência Tributária
A competência tributária é classificada em privativa, comum ou residual.
A competência privativa é a que se atribui a um ente político específico. São exemplos dela os impostos sobre produtos industrializados, de competência da União; sobre circulação de mercadorias, de competência dos Estados; sobre prestação de serviços, de competência dos Municípios. A competência comum é atribuída aos entes políticos no geral (União, Estados e Municípios), e se refere a instituição de taxas pela prestação de serviços ou pelo exercício do poder de polícia. Por fim, a competência residual é a atribuída à União para que seja feita a instituição de tributos sobre bases econômicas diferentes das que são estabelecidas no texto constitucional.
3. Distribuição de Receitas Tributárias
De acordo com os arts. 153 a 156 da Constituição Federal, a distribuição de receitas tributárias é feita por meio de duas técnicas: a atribuição de competência e a repartição ou distribuição de receitas. A repartição das receitas tributárias com os Estados observa o disposto no art. 157, I, da Constituição Federal, que determina que pertence aos Estados “o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem”. Além disso, o inciso seguinte, institui que 20% da arrecadação de imposto que a União instituir pertence aos Estados. A repartição com os municípios é definida pelo art. 158 da Constituição Federal. Atribui-se aos Municípios a participação na arrecadação de dois impostos da União e dois do Estado.
4. Princípios Constitucionais Tributários
Apesar da Constituição Federal não apresentar um rol de princípios, são
entendidos como princípios constitucionais do direito tributário os princípios da capacidade contributiva, da capacidade de colaboração, da isonomia, da segurança jurídica e da praticabilidade. O princípio da capacidade contributiva representa o princípio a orientar toda a tributação. Decorre dele que o Estado deve demandar que as pessoas contribuam para as despesas públicas na medida de sua capacidade econômica, fazendo com que os mais ricos contribuam mais em comparação com os financeiramente mais pobres. O princípio da capacidade de colaboração representa critério para a validação das obrigações acessórias e de terceiros, oferecendo instrumentos para o seu controle. Desse princípio decorre que o Estado deve exigir das pessoas que colaborem com a tributação em face da sua efetiva capacidade de fiscalizar e arrecadar os tributos. Decorre do princípio da segurança jurídica em matéria tributária que o direito seja ao mesmo tempo calculável, compreensível e confiável, existindo como verdadeiro subprincípio do Estado de direito. O princípio da igualdade tributária busca garantir a igualdade na aplicação da lei tributária, assim como combater privilégios tributários e a imposição sem critério de carga tributária. Por último, no princípio da praticabilidade da tributação se busca fazer com que as leis tributárias sejam aplicáveis, de modo que a apuração de créditos seja viável e que o Estado tenha ferramentas para combater o inadimplemento e a sonegação.