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Resumo do 5º Item do Programa (Orçamento Público)

1. Definição, finalidades e espécies


No passado, o conceito clássico do orçamento via este apenas como uma previsão da
receita e fixação das despesas. Visava, sobretudo, o equilíbrio entre receita e despesas.
A modernidade trouxe a evolução do conceito, passando a entender-se o orçamento
público como “lei que programa a vida financeira do Estado” 1, ou seja, o orçamento
agora não se encerra na diferença entre as despesas e as receitas, já surgem a
possibilidade de se cobrir possíveis déficits por meio de empréstimos públicos.
O orçamento se apresenta na forma de diversas espécies. O primeiro grupo é
referente à forma de elaboração, podendo ser legislativo, executivo ou misto. O segundo
é quanto aos objetivos ou pretensões, no qual o orçamento pode ser clássico ou
programa. O conjunto seguinte é aquele relativo à vinculação do conteúdo, dentro do
qual o orçamento pode ser criado com caráter impositivo ou autorizativo. O quarto
grupo é das espécies atinentes à forma de materialização: lei do plano plurianual, lei de
diretrizes orçamentárias e lei orçamentária anual. O quinto e último conjunto de
espécies são daquelas relativas ao conteúdo, no qual estão o orçamento fiscal, o
orçamento de investimento e o orçamento de seguridade social.

2. Natureza Jurídica
São quatro as correntes doutrinárias quanto à natureza jurídica do orçamento
público. A primeira é a do autor alemão Hoennel, que entende que o orçamento público
é sempre uma lei, visto que emana em todo caso do Poder Legislativo. A segunda
corrente é liderada por Paul Laband, o qual aduz que a lei orçamentária é
extrinsicamente uma lei, mas em sua essência seria um ato administrativo. Léon Duguit
é quem representa a terceira corrente. O autor entende que o orçamento de ser analisado
de duas formas, já que possui assuntos de conteúdos diferentes. Por último, a quarto
corrente é a de Gaston Jèze, cujo entendimento é de que o orçamento público é mero
“ato-condição”, haja vista que a lei que institui o tributo depende do implemento da
condição para sua cobrança, qual seja a Lei Orçamentária.

1
LEITE, Harrison. Manual de direito financeiro. 3. ed. Salvador: Juspodium, 2014.
3. Princípios Básicos
O orçamento público é guiado por alguns princípios, sendo alguns plurivalentes e
outros da própria lei orçamentária. São eles: unidade, anualidade, universalidade – esses
três estabelecidos na lei geral de orçamento – programação, equilíbrio, legalidade,
anualidade, não afetação, publicidade, unidade, exclusividade, universalidade e
transparência.

4. Elaboração e Execução
O ciclo orçamentário ocorre no seguinte formato: há a iniciativa de elaboração de
projeto de lei, seguida de discussão e aprovação no Congresso Nacional. Nas etapas
seguinte, há a sanção pelo Presidente da República, o controle da execução do
orçamento e o parecer final sobre as contas por parte do TCU, e o julgamento das contas
pelo Congresso Nacional, o qual pode aprová-las ou rejeitá-las.

5. Créditos adicionais
Os créditos adicionais são autorizações de despesa não computadas ou dotadas de
forma insuficiente na de Lei de Orçamento, podendo ser classificadas em
suplementares, especiais ou extraordinários. Para a abertura dos créditos especiais e
suplementares, o Poder Executivo solicita autorização do Poder Legislativo via projeto
de lei. Os créditos extraordinários, por sua vez, são abertos por meio de decretos e
servem apenas para cobrir despesas extraordinárias, como guerras externas ou
calamidades públicas.

6. Tribunais de Contas
Os tribunais de contas são os órgãos que emitem pareceres sobre as contas do
governo. Segundo o art. 71da Constituição Federal, o Tribunal de Contas é responsável
pela fiscalização externa das finanças do Estado. As decisões desses tribunais, no
entanto, não possuem caráter vinculante.

Aluno: Leonardo Farias Prysthon Paiva


Matrícula: 15/0135530

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