Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
0
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
1.1. Conceito
Como visto nos capítulos anteriores, o Estado despende recursos monetários para
consecução de seus fins, utilizando-se da chamada receita pública. Esse dispêndio, ou seja,
o gasto do dinheiro público, consiste na chamada despesa pública. Essa aplicação de
recursos, voltada para o custeio da satisfação das necessidades públicas, não ocorre de
maneira desordenada, improvisada ou aleatória. O processo dos gastos públicos deve
obedecer a um planejamento devidamente autorizado pelo Poder Legislativo, haja vista a
imperiosa necessidade de zelo pelo dinheiro público. Esse plano de aplicação dos recursos
públicos em prol da satisfação das necessidades públicas é o denominado orçamento
público, que pode ser definido, inicialmente, como um instrumento de controle das ações
do Governo, dirigido a orientar sua atuação na satisfação das necessidades públicas, tal
como estabelecido pelo Poder Legislativo.
1
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. Op. cit., p. 71.
2
BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução ao Estudo das Finanças. Op. cit., p. 411. (itálico nosso)
1
CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
públicos – representa, portanto, documento-chave das finanças públicas; (v) desse modo,
ele constitui esboço do próprio plano de ação governamental.
Uma ressalva deve ser feita à expressão “arrecadação das receitas já criadas em lei”,
contida na parte final do conceito elaborado por Baleeiro. Essa afirmação pode levar ao
entendimento de que os tributos, cuja arrecadação não esteja prevista no orçamento, não
possam ser efetivamente exigidos pelo Estado, mesmo que devidamente instituídos em lei
própria. Isso não é correto. Antes da EC 18/65, vigorava o comando que só os tributos
mencionados no orçamento podiam ser exigidos, mesmo que previstos nos respectivos
diplomas normativos de imposição tributária. Contudo, isso foi expressamente revogado
pela mencionada emenda constitucional, podendo, desde então, serem exigidos tributos,
legalmente previstos, mesmo que não constantes do orçamento.
1.2. Aspectos
Além de sua definição, o orçamento possui cinco aspectos que merecem ser
analisados de perto: os aspectos político, jurídico, técnico e econômico.
O aspecto político do orçamento revela-se pelo fato deste, como plano de governo,
ser, essencialmente, fruto de decisões políticas. Como consequência do fato de ser a escolha
das necessidades públicas, a serem prioritariamente satisfeitas, uma decisão política, o
planejamento feito e voltado para essa satisfação é também fruto de um consenso político,
de uma decisão política a ser acolhida pelo Congresso Nacional.
Por sua vez, essas decisões políticas, tomadas dentro de uma larga margem
discricionária pelos atores políticos, devem obedecer às normas gerais de Direito
Financeiro, bem como e, principalmente, as regras constitucionais que disciplinam a
2
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
A primeira corrente entende ser o orçamento uma lei em todos os seus aspectos,
tanto o formal quanto o material. É formalmente lei porque emana do Poder Legislativo;
enquanto seria materialmente lei porque poderia, efetivamente, modificar tributos quando a
respectiva lei instituidora do tributo assim permitisse. Por óbvio que esta corrente
doutrinária só pode vir a prevalecer nos países em que o orçamento tem autonomia para
instituir ou majorar tributos, como ocorre na Espanha.
3
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. Op. cit., p. 152 e ss.
3
CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
A terceira corrente, formulada pelo importante jurista francês, Gaston Jèze, defende
que o orçamento, apesar de seu aspecto formal de lei, nunca consistirá em lei propriamente
dita. Para Jèze, o orçamento, no que se refere às despesas públicas, consiste realmente em
mero ato administrativo. Porém, no que concerne à receita, Jèze entende não ser o
orçamento uma lei nem em seu sentido formal nem material, mas um ato administrativo
especial, que ele denominou de ato-condição, tendo em visto não bastar a previsão legal de
instituição de tributos para obtenção dos recursos, mas sim, se fazer necessário que os
agentes administrativos pratiquem atos que efetivem a entrada destes recursos nos cofres
públicos. Para o autor, antes do orçamento, o tributo já fora instituído através da lei
específica de imposição tributária, porém, a cobrança dos tributos depende de uma
condição para sua efetividade, qual seja esta condição, a previsão anual no orçamento da
autorização para a arrecadação dos tributos.
Assim como ocorre com a segunda corrente, este entendimento só pode prosperar
nos países em que adotam o princípio da anualidade no sentido de só poderem ser cobrados
tributos cuja arrecadação fora prevista no orçamento anual. Nos países que não adotam este
princípio, para a terceira corrente, o orçamento simplesmente não tem qualquer significação
jurídica. A posição acima firmada tinha a simpatia de Aliomar Baleeiro4 quando no Brasil
vigorava o princípio da anualidade no sentido de só poderem ser cobrados os tributos
previstos no orçamento (antes da EC 18/65).
Para o Brasil, com a Constituição Financeira vigente a partir de 1988, assim como
ocorria na vigência de Cartas anteriores, resta claro que o orçamento é lei. O art. 165, III e
seus §§ 5º, 6º e 8º, expressamente estabelece o orçamento como lei em seu sentido estrito.
Seu processo legislativo envolve a iniciativa do Executivo e sua aprovação pelo
Parlamento, devendo tratar exclusivamente das receitas e despesas públicas – a previsão da
4
BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, p. 416.
4
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
primeira e a fixação da segunda. A questão que sugere mais debates, inclusive com
repercussão sobre os limites de possibilidades do seu controle de constitucionalidade
abstrato pelo Supremo Tribunal Federal, é sobre suas abstração e generalidade, atributos
essenciais de toda lei. Com efeito, deve-se reconhecer que a lei orçamentária não possui o
mesmo grau de abstração e generalidade que as leis normalmente promulgadas, mas isso
não basta para descaracterizar sua natureza jurídica de lei, ao menos em seu sentido
formal.5 A questão de sua maior disposição específica e concreta será novamente debatida
quando do tratamento do controle de constitucionalidade do orçamento.
Cumpre resumir, assim, que o orçamento não é uma lei qualquer, diferenciando-se
das demais pelo especial trato dado pela Constituição à sua formação e aprovação; ainda,
ao contrário das demais leis, genéricas, abstratas e permanentes, o orçamento é de efeito
concreto e vigência por tempo determinado.
5
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. Op. cit., p. 71.
6
Cf. BARROSO, Luís Roberto. O Direito Constitucional e a Efetividade de suas Normas. Limites e
Possibilidades da Constituição Brasileira. 9ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2010; ÁVILA, Humberto.
Teoria dos Princípios. Da definição à aplicação dos princípios jurídicos. 3ª ed. São Paulo: Malheiros,
2004.
5
CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
7
Cf. OLIVEIRA, Regis Fernandes de; HORVATH, Estevão. Manual de Direito Financeiro. São Paulo:
Malheiros, p. 120.
8
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. Op. cit., p. 81.
6
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
O art. 165 da CF/88 prevê três espécies de leis orçamentárias: o plano plurianual
(inciso I); as diretrizes orçamentárias (inciso II) e o orçamento anual (inciso III). Há,
7
CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
segundo os §7º do art. 165, §4º do art. 166 e §1º do art. 167, 9 uma hierarquia de ordem
material entre essas espécies normativas, tendo o plano plurianual no topo dessa pirâmide.
Como escrito por Lobo Torres, “a lei orçamentária anual [deve] respeitar as diretrizes
orçamentárias, consoando ambas com o orçamento plurianual”.10
9
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: (...)
§ 7º. Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.”
“Art. 166. (...)
§ 4º. As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.”
Art. 167. (...)
§ 1º. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
10
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. Op. cit., p. 148.
11
Idem, ibidem.
8
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
A Carta Maior estabelece que a Lei de diretrizes orçamentárias também deva dispor
sobre alterações na legislação tributária. Ora, como não tratam, como visto, as lei
orçamentárias de instituição ou modificação de tributos, temos que esta só pode, quando
dispuser de alteração de matéria tributária, orientar as modificações referentes aos
incentivos fiscais e outros planos de governo nessa área, cumprindo o papel de intervenção
no campo econômico, por exemplo, através da previsão de ajuda a determinados setores
pela renúncia de recitas. Porém, cumpre destacar que esses incentivos, como quaisquer
outras medidas, dependem, para serem concretizados, de previsão no orçamento anual.
Assim como previsto no §5º do art. 165 da CF/88, a “lei orçamentária anual é
aquela que abarca o orçamento fiscal (receitas e despesas) referente aos três Poderes da
União, fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, além do orçamento de investimentos das empresas estatais,
bem como o orçamento da seguridade social”.13 De acordo com o Texto Constitucional, os
orçamentos dos três Poderes são contidos em documento único, consagrando a unidade
orçamentária.
12
“As despesas de capital, em termos de Direito Financeiro, são aquelas pertinentes a investimentos,
inversões financeiras e transferências de capital.” (HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário.
Op. cit., p. 86).
13
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. Op. cit., p. 87.
9
CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
Cumpre lembrar que o art. 168 exige a remessa mensal das parcelas do orçamento
que cabem aos Poderes Legislativo e Judiciário até o dia 20(vinte) de cada mês, ao
contrário do que estabelecia a Carta anterior, que previa um repasse trimestral de verbas.
Ademais, pode-se dizer, quanto à matéria legislada, que temos três “orçamentos” distintos
que compõem a peça orçamentária anual:
Nos termos do §9ºdo art. 165 da CF/88, cabe à lei complementar dispor sobre
vigência, prazos, elaboração e organização das três espécies de leis orçamentárias. Na
ausência desta lei complementar, que até a presente data não foi editada, valem as
disposições contidas no art. 35, §2º do ADCT,14 o qual estabelece os prazos de
encaminhamento dos projetos de leis orçamentárias.
14
. “Art. 35. (...)
§ 2º. Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o artigo 165, § 9º, I e II, serão obedecidas
as seguintes normas:
10
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
Uma vez elaborado o orçamento público e aprovado pelo Congresso Nacional, tem
início a fase de sua execução, consistente no dispêndio das receitas programadas de acordo
com a previsão dos gastos públicos. Por questões de ordem legal, mas também financeira e
política, essa execução do orçamento deve ser controlada, como exige e disciplina o art. 70
da CF/88.15 A fiscalização da execução do orçamento justifica-se, principalmente, no
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.”
15
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e
pelo sistema de controle interno de cada Poder. (…)
11
CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
16
OLIVEIRA, Regis Fernandes de; HORVATH, Estevão. Manual de Direito Financeiro. Op. cit., p. 120.
12
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
17
As subvenções representam a ajuda do Governo às entidades públicas ou particulares (entidades de
assistência social e educacional sem fins lucrativos) no custeio de suas despesas, objetivando ampará-las na
consecução de suas atividades voltadas para o bem-estar da população.
18
Renúncia de receitas consiste em concessão de incentivos fiscais, isenções, reduções de alíquotas e base de
cálculo, anistia e moratória.
13
CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
14
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
Tribunais e Conselhos Municipais instituídos pelos Estados. Contudo, com exceção dos
Municípios do Rio de Janeiro e São Paulo, nenhum outro Município possuía Tribunais de
Contas, por esses mesmos instituídos, ao tempo de entrada em vigor da Constituição de
1988.
Por sua vez, o art. 31, em seu §4º da Carta Maior vedou a criação de novos
Tribunais de Contas pelos Municípios, enquanto o §1º autorizou o auxílio às Câmaras
Municipais, para o controle externo, pelos Tribunais de Contas dos Estados ou do
Município, ou pelos Tribunais de Contas do Município, onde houver. Harmonizando os
arts. 31 e 75, há a convicção de que a proibição de instituição dos Tribunais de Contas do
Município não importou em extinção dos Tribunais de Contas dos Municípios já existentes,
quais sejam os do Rio de Janeiro e de São Paulo, assim como não proibiu a criação de
Tribunais ou Conselhos de Contas dos Municípios que fossem instituídos pelos Estados-
membros. Na realidade, proibido está apenas a criação, pelos próprios Municípios, de seus
Tribunais e Conselhos de Contas, tal como decidido pelo STF.19
Portanto, sob a égide de nossa atual Carta Maior, apenas os municípios do Rio de
Janeiro e de São Paulo possuem seus Tribunais de Contas, enquanto nos outros municípios,
no âmbito do controle externo do orçamento, a Câmara dos Vereadores é auxiliada pelos
Tribunais ou Conselhos de Contas dos Estados ou dos Municípios, estes instituídos pelos
respectivos Estados-membros.
Tema dos mais atuais e relevantes, inserido na discussão mais ampla acerca da
judicialização da política e do ativismo judicial do Supremo Tribunal Federal, é o do
controle de constitucionalidade abstrato do orçamento público. Como discutido pelos
constitucionalistas e cientistas políticos, toda a nossa nova disciplina constitucional e
infraconstitucional, pós-1988, acerca da estrutura e do funcionamento do Supremo Tribunal
Federal, ampliando o acesso à sua jurisdição concentrada e abstrata e seus poderes de
19
STF – Pleno, ADI 687/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 02/02/1995, DJ 10/02/2006.
15
CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
20
Cf. por todos: VIANNA, Luiz Werneck, et al. A judicialização da política e das relações sociais no
Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 1999; ARANTES, Rogério Bastos. Constitutionalism, the Expansion of
Justice and the Judicialization of Politics in Brazil. In: SIEDER, Rachel; SCHJOLDEN, Line; ANGELL,
Alan (Org.). The Judicialization of Politics in Latin America. New York: Palgrave Macmillam, 2005, pp.
231/262.
21
STF – Pleno, ADI 647/DF, Rel. Min. Moreira Alves, j. 18/12/1991, DJ 27/03/1992; STF – Pleno, ADI
2100/RS, Rel. p/ ac. Min. Nelson Jobim, j. 17/12/1999, DJ 01/06/2001.
16
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
administrativos – mas não haveria, desse modo, controle judicial do próprio conteúdo das
leis orçamentárias quanto ao aspecto de sua constitucionalidade.
Contudo, à medida que o novo milênio se aproximava, teve início a era do ativismo
judicial do Supremo Tribunal Federal. É difícil precisar o momento exato dessa mudança,
pois todo o processo foi gradual. A verdade é que, aos poucos, a Corte foi abandonando
suas ortodoxias de autorrestrição judicial, inclusive mudando sua postura no controle de
constitucionalidade do orçamento, definindo que essa espécie legislativa, ainda que de
efeitos concretos, está sujeita ao seu controle concentrado e abstrato.
22
STF – Pleno, ADI 2.925/DF, Rel. p/ ac. Min. Marco Aurélio, j. 19/12/2004, DJ 04/03/2005 (trata-se do
conhecido “caso CIDE-combustíveis”).
23
STF – Pleno, ADI-MC 4.048/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 14/05/2008, DJ 22/08/2008.
24
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. Op. cit., p. 155.
17
CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO
mecanismos legais que deverão nortear os rumos da Administração Pública. Constitui, pois,
um código de conduta gerencial a ser observado, doravante, na condução da coisa pública.
Traça limites, estabelece controle e oferece elementos balizadores acerca dos gastos
públicos, bem como sobre o fluxo de recursos financeiros necessários à sua efetiva
realização.”25
25
MARTINS, Ives Gandra da Silva; NASCIMENTO, Carlos Valder do (Coord.) Comentários à Lei de
Responsabilidade Fiscal. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 11.
26
.“Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão punidas segundo o Decreto-lei nº
2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-lei nº
201, de 27 de fevereiro de 1967; a Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992; e demais normas da legislação
pertinente.”
18