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Disciplina: Instituições de Direito Público e Privado

Após estudar as aulas 1 a 4 desta disciplina, escreva um texto on-line, respondendo


às questões que se seguem:

1. Elabore um quadro comparativo em que fiquem evidentes as diferenças entre o


DIREITO POSITIVO e o DIREITO NATURAL. (25 pontos)

DIREITO POSITIVO DIREITO NATURAL

Conceito • O direito positivo, ou • O direito natural, ou


juspositivismo, é um conjunto jusnaturalismo, é o direito
concreto de normas jurídicas. inerente a todo ser humano,
• Construído de forma cultural. desde o nascimento.
• Se baseia em um • É visto como uma derivação da
ordenamento jurídico essência humana, da sua
natureza.
• Essa natureza pode ser de
origem religiosa (as leis de
Deus) ou da racionalidade dos
seres humanos
Base • Se fundamenta na ordem e • Nos princípios fundamentais, de
estabilidade da sociedade. ordem abstrata.
• Num ordenamento jurídico. • Nos princípios humanos e na
• Algo concreto. moral.
• Escrito (códigos, leis, • Não escrito
jurisprudência).
Validade • Temporal (Existe por • Atemporal.
determinado tempo) • Independe de local.
• Base territorial e dimensão • Universal.
espacial (vigência em local
definido).
• Varia de sociedade para
sociedade
Base/ • Criado pelo homem • Existe antes do homem. Cabe ao
Origem homem apenas identificá-lo,
fazendo com que surja
espontaneamente para a
sociedade.
Caráter • Formal (depende de • Informal.

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formalidades para sua • Imutável
existência).
• Mutável (altera-se mediante a
vontade do homem)
Influência • Do positivismo jurídico • Influenciada pela igreja durante a
surgido na Europa em Idade Média.
meados do século XIX. • Os valores do clero passaram a
• Considerado Direito apenas ser vistos como as leis de Deus.
aquele emanado das
decisões do Estado. Por isso,
deveria ser garantido por
meio de leis e normas.

Exemplo • Direito à liberdade e à • A Constituição Federal.


igualdade.

2. Por que os Estados do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e todos os outros
são denominados Estados Autônomos? De modo sintético, mostre as principais diferenças entre
um Estado que tenha autonomia e outro que tenha soberania. (25 pontos)

a) Porque cada um dos Estados que compõem a República Federativa do Brasil


(RJ, SP, MG etc.) tem “limites” estabelecidos pela Constituição da República Federativa
do Brasil, que é o Estado Soberano. Sendo assim, tem a sua própria autonomia, já que a
soberania é exercida apenas pela União Federal, que é a expressão da República
Federativa do Brasil. Internamente, a União também é um Estado autônomo, já que a
soberania é exercida apenas em âmbito externo. Daí o fato de cada Estado ter a sua
Constituição, o seu Legislativo, o seu Judiciário e o seu Executivo.
b) Estado Soberano não sujeita, e sim exerce sua autoridade, define, cria, constitui
e impõe seu ordenamento jurídico, sendo de caráter supremo de um poder, que não
admite nenhum outro acima ou em concorrência com ele, e em nosso país seu titular é a
República Federativa do Brasil. Já o Estado Autônomo, por sua vez, pressupõe a tríplice
capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração e todos de acordo
com os limites conferidos pelo Estado Soberano em sua Constituição. Seus titulares são a
União, os Estados-Membros (ou Federados), o Distrito Federal e os Municípios.

3. Identifique os diversos tipos de maioria praticados pelo Congresso Nacional brasileiro, em


razão de previsão na nossa Constituição Brasileira e, em um máximo de 25 linhas, discorra sobre
cada uma delas. (25 pontos)

Para prosseguirmos com as respostas, precisamos saber o que é Quorum e o total


de parlamentares que compõe o Congresso Nacional brasileiro. Quorum nada mais é do

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que o número mínimo de pessoas presentes para a realização de um processo de
votação de alguma medida. Atualmente, temos um total de 594 parlamentares em
exercício conforme pode ser visto no site do Congresso em
www.congressonacional.leg.br/institucional/atribuicoes. Logo, composto por duas Casas:
o Senado Federal com 81 senadores, que representam as 27 unidades federativas (os 26
estados e o Distrito Federal) e a Câmara dos Deputados com 513 deputados federais,
que representam o povo. Sabendo disso, vamos as respostas. Temos no Congresso
Nacional brasileiro três tipos de maioria: absoluta, relativa ou simples e qualificada que se
referem respectivamente a parte quantitativa e assim termos um quórum.
Maioria Absoluta: É definida como o primeiro número inteiro superior à metade.
Logo, como exemplo o Senado Federal, vimos que é composto por 81 senadores, sendo
assim, a metade é 40,5 e a maioria absoluta é, pois, o número imediatamente superior à
metade, ou seja, 41 parlamentares.
Maioria Relativa ou Maioria Simples: calcula-se levando em consideração o número
de presentes participantes na votação, ou seja, o maior resultado da votação. Logo, como
exemplo a Câmara dos Deputados com 513 deputados, sendo assim, se em uma votação
houver 300 deputados presentes, que já seria a maioria absoluta, tivéssemos 100 votos a
favor, 101 contra e 99 abstenções, o resultado dessa votação seria contrária a medida
votada pois obteve maioria simples com 101 votos contra.
Maioria Qualificada: Refere-se sempre a um número fracionário e sempre exige
número superior à maioria absoluta. Por exemplo 3/5 ou 2/3. Há vários tipos de quorum
para aprovação de matérias e demais decisões da Casa e para entender melhor podemos
analisar Quórum de Votação acessando
www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/quorum-de-votacao.

4. Na evolução histórica do Estado, identificamos no caderno didático, na aula 03, os seguintes


estados: Antigo, Grego, Romano, Medieval e Moderno. Assim sendo, discorra sobre o ESTADO
GREGO e suas características. (25 pontos)

A noção e ideia de Estado foi se modificando ao longo dos tempos de acordo com
a dinâmica social, a necessidade de cada época e seu espaço no contexto dos diferentes
processos civilizatórios. Na evolução histórica do Estado, passamos pelo tempo do
Gregos o qual foi denominado “ESTADO GREGO” onde o Estado tinha como limite as
próprias cidades. Para tanto, faz-se necessário saber que os gregos não eram um Estado
único, não viviam em um país, em um Estado-Nação, tal como hoje, mas em cidades-
Estados independentes. O conjunto dessas cidades-Estado formava a Hélade, e os
gregos eram conhecidos como helenos (Povos migrados do Norte da Europa chamados
de povos indo-europeus sendo os principais: aqueus, dórios, jônios e eólios. Tendo como

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resultado a fusão de diversas sociedades, principalmente grega, persa e egípcia usando
como língua comum o grego). As cidades-estado eram conhecidas como poleis, plural de
“pólis”, palavra da qual deriva o termo “política”. Naquela época, entretanto, definia-se o
Estado pelo termo polis, advindo daí a política como “a arte ou ciência de governar a
cidade”.
O período de formação da pólis grega é conhecido como Período Arcaico indo do
século VIII a.C. e atingem seu apogeu nos séculos VI e V a.C. A polis grega eram as
cidades- Estados da Grécia Antiga, as quais foram fundamentais para o desenvolvimento
da cultura grega no final do período homérico, período arcaico e período clássico.
Anteriormente no Período homérico, houve a formação dos genos, isto é, dos clãs ou
aldeias familiares agrícolas que seriam a base para o surgimento das poleis, sendo a
expansão demográfica e do comércio foram as principais causas para o surgimento da
Polis ou cidades-Estados. Sendo as que mais se destacaram foram Atenas e Esparta.
A maior característica do Estado Grego foi a formação da polis, onde eram
tomadas as decisões de organização do Estado, onde os indivíduos desta sociedade
participam ativa e diretamente da organização de seu Estado. Cada polis tinha sua
legislação específica, seu próprio sistema de governo, seu modelo econômico, suas
moedas, seus calendários e sua sociedade própria e independente. As cidades-Estados
possuíam uma arquitetura semelhante, elas eram formadas por uma praça, chamada
Ágora, onde aconteciam as assembleias dos cidadãos, transações comerciais,
julgamentos, praticavam jogos, festivais, etc. A economia era baseada na agricultura e no
comércio sendo um núcleo urbano autossuficiente. Já a política na polis girava em torno
da Assembleia do Povo, o Conselho Aristocrático e os Magistrados, embora em cada local
ela apresentasse características peculiares. Já na religião, eram politeístas, isto é,
cultuavam vários deuses e para cada um deles criaram lendas explicando sua origem e
construíram belos templos para os adorarem. É o que se conhece atualmente como
Mitologia Grega.
A cultura grega oriunda do Estado Grego deixou um legado e influenciou a base da
cultura do mundo moderno, principalmente na linguagem, na política, na filosofia, no
sistema educacional, na ciência, na tecnologia, na arte e na arquitetura.

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