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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Avaliação a Distância – AD1 2022/2º


Disciplina: História do Pensamento Administrativo I – HPA I

Crítica ao Mecanicismo de Taylor

Como o próprio nome já é sugestivo, o mecanicismo tratava a figura humana


como parte ou componente de uma máquina, onde a eficiência operária e produtiva era
o foco da organização, considerando a máxima produção, no menor tempo, sem
desperdício de material, fragmentando trabalhos complexos em pequenas tarefas e
levando em conta tempo e movimento onde o trabalhador executaria uma tarefa com
poucos movimentos porém repetidas vezes durante toda sua jornada de trabalho, com
baixo custo da mão de obra uma vez que o processo deixava de lado os
conhecimentos intelectuais e técnicas que as pessoas poderiam ter, pois qualquer um
poderia executá-los após poucas instruções.
Levando em consideração que isso ocorreu na era da Revolução Industrial,
onde o comércio entre as cidades estava em plena ascensão, a alta demanda, o
consumo da população exigia aumento de produção e os artesões e pequenas fábricas
já não davam conta desse fluxo produtivo. E segundo Taylor e sua experiência como
operário, as pessoas eram consideradas preguiçosas e/ou faziam corpo mole o que
chamou de “marcar passo”, precisavam ser controladas de perto e que a remuneração
era proporcional ao processo produtivo, ou seja, proporcional ao número de peças
produzidas e que para que cumprissem suas obrigações precisavam ser estimuladas
financeiramente que futuramente veio a ser conceituado como “Homem Econômico”
onde a parte financeira seria mais significativas ao trabalhador. Não era de se esperar
que o lado humano seria tratado de igual modo ao processo industrial da época. Ao
contrário disso, os operários tiveram que se adaptar ao ritmo intenso das máquinas e
se submeter a uma dura rotina de trabalho num ambiente com poucas condições
favoráveis ao trabalhador como foi relatado pelos seus seguidores o casal Gilbert,
Lilian e Frank e que posteriormente propuseram melhorias no ambiente físico do
trabalho e implementaram medidas como redução das horas de trabalho e dias de
descanso remunerados.

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Contudo, essa metodologia ainda é bastante empregada nos dias atuais, e nem
deve ser descartada, porém aliada ao fator psicológico e social do ser humano, pois a
tecnologia e as indústrias evoluíram de uma tal maneira, que o conhecimento
intelectual, habilidades, experiências e certificações são exigidas em muitos processos
seletivos e essenciais na operação e condução dos processos industriais e na
administração moderna seja qual for o segmento. Tanto que, um impacto negativo
disso é a falta de mão de obra qualificada em alguns setores da economia. Segundo o
portal de economia da UOL, em matéria publicada em 20/06/2022 “O Brasil é o nono
país com mais falta de mão de obra qualificada em 2022”, os dados são de um estudo
da consultoria de recursos humanos ManpowerGroup, que ouviu 40 mil empregadores
de todos os setores dentre 40 países e ainda sobre esse estudo, 81% dos
empregadores relataram enfrentar dificuldades para encontrar trabalhadores com a
qualificação necessária. Ainda sobre esse estudo, a pesquisa demonstra que os
setores em que a mão de obra está mais escassa são os seguintes: Banco e Finanças;
TI e Tecnologia; Indústria; Educação, Saúde e Governo; Atacado e Varejo; Construção
e Hotelaria e Restaurantes.

Referencias

1. Empregos e Carreiras. Portal UOL, 2022. Disponível em:


www.economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2022/06/20/
falta-mao-de-obra-qualificada-brasil-manpowergroup.htm. Acesso em:
15/08/2022.

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