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ÉTICA,

DIREITO E
POLÍTICA
▪ O termo política deriva do vocábulo grego
«politikós» - as atividades relativas à cidade
«polis».
▪ A política pode ser entendida nas suas
dimensões de:
▪ - Actividade – exercício da liberdade
individual, participação dos cidadãos,
formas e estrutura de governo de um país,
etc.;
ÉTICA, DIREITO ▪ - Ciência política – estuda os factos
E POLÍTICA políticos, os planos, as aspirações e
finalidades da política;
▪ - Filosofia política – estuda os métodos, os
conceitos da ciência política, relaciona a
política com outras atividades, reflete
sobre os fundamentos e a racionalidade
das diferentes formas de organização
política.
Ética Política Direito

Qual é a razão de ser das - Como organizar a vida - Que normas asseguram Ética,
normas morais? comunitária? o funcionamento de
determinada forma de
Direito e
- Como devemos viver?
organização política e Política
social?
A diferença entre
normas morais e normas jurídicas

Normas morais e éticas Normas jurídicas

• Apresentam-se sob a forma de


• Não estão necessariamente
codificadas; códigos, leis, etc.;

• A sua aceitação e • A aceitação e o cumprimento são


cumprimento dependem da
decisão individual e íntima; imposições do estado e têm

• A transgressão é reprovada caráter obrigatório;


pela consciência moral, pela
marginalização do indivíduo • A transgressão é punida com
ou reprovação social. multas, prisão.
• São muitas as concepções
de estado.
O Estado – • Podemos, no entanto, traçar
dois aspetos fundamentais
Aspectos fundamentais do estado moderno:
O Es -Exercício da autoridade
(nomeadamente, detém o
monopólio da coerção ou
violência legítima);
- Proteção dos direitos e
liberdades dos cidadãos.
ESTADO DE DIREITO/ DE NÃO-DIREITO

Estado de Direito
Estado de não Direito
• Considera que a lei está acima de tudo
e de todos, até mesmo do estado; • Considera-se acima da lei;
• Princípio da divisão de poderes: • Aprova leis arbitrárias, cruéis
executivo, legislativo, judicial; ou desumanas;
• Respeita os direitos, liberdades e • Governa em função de
garantias dos cidadãos; interesses particulares;
• Reconhece o pluralismo político, a • Usa dois pesos e duas medidas
liberdade e a igualdade entre os na aplicação das leis.
cidadãos.
O PROBLEMA DA AUTORIDADE DO
ESTADO
▪ De onde vem o Estado? O que fundamenta a sua autoridade?

Contratualistas
Naturalistas
(Hobbes, Locke,
(Aristóteles,etc)
Rosseau)
A origem do estado

• Contratualismo – conceção política que explica a origem da sociedade civil ou do estado como
resultado da celebração de um acordo entre os cidadãos chamado

Thomas Hobbes John Locke


(1588-1679) (1631-1704)
A origem do estado
A hipótese do ‘Estado de natureza’

O ‘Estado de natureza’ foi concebido como a situação originária do ser


humano; este viveria em liberdade, sem leis impostas por um soberano e sem
submissão a ninguém, regendo-se apenas pela lei natural.
Do estado de natureza ao estado civil (segundo Locke)

Estado de natureza Estado civil

• Lei natural/direito natural (vida, • Lei civil;

liberdade, propriedade); • Estado civil ou sociedade

• Homens livres e iguais; organizada;

• Inexistência de autoridade que • Autoridade que protege os direitos

garanta a proteção da vida, da naturais;

liberdade e da propriedade (os • Autoridade que impõe o


direitos naturais). cumprimento das leis, julga e pune
os infratores.
• Através do contrato social, os indivíduos
A importância cedem o seu poder ao Estado, por mútuo
consentimento, incumbindo-o de elaborar e
do contrato executar as leis necessárias à preservação
social dos direitos e liberdades dos cidadãos.

• Os cidadãos aceitam delegar no Estado a sua


liberdade em troca de segurança
(nomeadamente do que diz respeito à
proteção da vida, da liberdade e da
propriedade).

Mas e se o Estado não preservar os direitos e liberdades dos cidadãos? O


que é legítimo fazer, segundo os contratualistas?
A autoridade do estado é legítima?

• O estado pode exercer a sua função de autoridade, pois cidadãos livres e


dotados de razão celebram por mútuo consentimento um contrato,
estabelecendo as obrigações quer do estado, quer dos cidadãos.

O consentimento mútuo dos cidadãos justifica a legitimidade da


autoridade do estado.

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