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NOÇÕES DE DIREITO
UNIP
2015 – 1º SEMESTRE
AULA
I - O que é o direito?
Num sentido mais prático, de acordo com Ricardo Teixeira Brancato, “o direito
é a ordenação da conduta humana em sociedade, por meio de normas
coercitivamente impostas pelo Estado e garantidas por um sistema de sanções
peculiares.”
Moral
Conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta formadores da
ambiência ética.Trata-se de algo que varia no tempo e no espaço, porquanto
cada povo possui sua moral, que evolui no curso da história, consagrando
novos modos de agir e pensar.
b) Heteronomia
Regras jurídicas são impostas. Valem independente de nossa adesão ou
opinião. (Heteronomia)
Regras morais são aceitas unanimemente. Brotam de uma consciência
coletiva. (Autonomia)
c) Bilateralidade Atributiva
É uma proporção intersubjetiva em função da qual os sujeitos de uma relação
ficam autorizados a pretender, exigir, ou a fazer, garantidamente, algo.
De acordo com Miguel Reale:
• ¨sem relação que una duas ou mais pessoas não há Direito
(bilateralidade em sentido social, como intersubjetividade);
• ¨para que haja Direito é indispensável que a relação entre os sujeitos
seja objetiva, ou seja, insuscetível de ser reduzida, unilateralmente, a
qualquer dos sujeitos da relação (bilateralidade em sentido axiológico -
proporcionalidade de valores);
• ¨da proporção estabelecida deve resultar a atribuição garantida de uma
pretensão ou ação, que podem se limitar aos sujeitos da relação
ou estender-se a terceiros (atributividade).
Obs: A relação deve se estruturar segundo uma proporção que exclua o arbítrio
e que represente a concretização de interesses legítimos, segundo critérios de
razoabilidades variáveis em função da natureza e finalidade do enlace.
Ex.: Contrato de compra e venda, seguro.
Direito
É a ordenação heterônoma, coercível e bilateral atributiva das relações de
convivência, segundo uma integração normativa de fatos conforme valores. –
(Miguel Reale)
Incoercíve
Moral Sanção difusa l Autônoma Unilateral Não
atributiva
ESTADO
Origem – Conforme trata Dalmo de Abreu Dallari, o Estado tem sua origem, a
partir do momento em que a coletividade estatal se organiza e possui órgãos
que querem e agem por ela.
FORMAS DE ESTADO
DEMOCRACIA
CONCEITO → Vem do grego Demos (povo) + Kratos (governo), que tem como
significado a governabilidade é de todos, é da sociedade.
FORMAS DE DEMOCRACIA
Poder Legislativo
Poder Executivo
Poder Judiciário
Em sua obra L’Espirit des Lois, Montesquieu mostra que a razão da divisão dos
três poderes é para que o governo não seja autoritário, ditador, exercido por
uma única pessoa, que pode vir a governar de forma tirana. Montesquieu
entendia que o homem tende a ser corrompido, e neste caso nada melhor do
que ter um poder que fiscaliza o outro poder. Assim:
Vale salientar que se trata de função típica de cada poder, e que são
independentes. Não há hierarquia entre eles, mas sim campos diferentes de
atuação. Como função atípica há a invasão, a interferência de um poder n a
esfera do outro. Neste caso temos: Executivo elabora leis delegadas e medidas
provisórias (CF, art. 68, e 62); Legislativo susta atos normativos do executivo
(CF art. 49, V); Judiciário quando o chefe do executivo conceder indulto (CF
art. 84, XII).
AULA
FONTES DO DIREITO
a) Leis
Nas palavras de Washington de Barros Monteiro, “Lei é preceito comum e
obrigatório, emanado do Poder competente e provido de sanção”. Comum,
porque é dirigido a todos indistintamente; obrigatório, pois é uma imposição e
não uma faculdade; emanado do Poder competente, pois só ele, de acordo
com a CF é que pode editar leis; provido de sanção, pois na ausência de
descumprimento, o Estado impõe um fazer ou não fazer a quem as
descumpriu.
b) Analogia
É fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade de integração da
lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, ante
a ausência de normas que regulem o caso concretamente apresentado à
apreciação jurisdicional.
c) Costumes
São considerados normas aceitas como obrigatórias pela consciência do povo,
sem que o Poder Público a tenha estabelecido. Segundo RIZZATTO, “o
costume jurídico é norma jurídica obrigatória, imposta ao setor da realidade que
regula, possível de imposição pela autoridade pública e em especial pelo poder
judiciário.” Nesse sentido, os costumes de um dado povo é fonte do direito,
pois pode ser aplicado pelo poder judiciário, uma vez que o próprio costume
constitui uma imposição da sociedade.
d) Doutrina
É o conjunto de indagações, pesquisas e pareceres dos cientistas do Direito.
Há incidência da doutrina em matérias não codificadas, como no Direito
Administrativo e em matérias de Direito estrangeiro, não previstas na legislação
pátria. POMPÉRIO compreende a doutrina como “o acervo de soluções
trazidas pelos trabalhos dos juristas.” Nesse sentido, a doutrina é considerada
como fonte por sua contribuição para a aplicação e também preparação à
evolução do direito.
e)Jurisprudência
g) Equidade
Justiça aplicada pelo juiz em sua decisão na ausência de lei.
Classificação:
Classificação 1:
Fontes primárias: a lei e os costumes.
Fontes secundárias: a analogia, os princípios gerais do direito, a doutrina e a
jurisprudência.
Classificação 2:
Diretas:
Lei - o direito Brasileiro pauta-se na lei
Costumes - no Brasil, pode ser aplicado desde que não contrários às leis
Indiretas:
Doutrina: interpretação da norma jurídica pelos estudiosos do direito
Jurisprudência: decisões dos tribunais
De explicação:
Analogia
Equidade
Princípios Gerais do Direito
PROCESSO LEGISLATIVO:
Conjunto de regras que informa a elaboração da lei (MAX & ÉDIS, 2004, p. 46).
“Art. 59 – O processo legislativo compreende a elaboração de:
I. Emendas à Constituição;
II. Leis Complementares;
III. Leis Ordinárias;
IV. Leis Delegadas;
V. Medidas Provisórias;
VI. Decretos Legislativos;
VII. Resoluções.”
III - Leis Ordinárias: leis ordinárias são aquelas que servem para regular a
vida dos administrados, impondo obrigações por meio da administração, ou de
determinar o que é ou não permitido (C. Penal, Civil, etc).
Hierarquia Legislativa
Constituição Federal e suas emendas
Leis complementares à Constituição
Leis Federais (Leis ordinárias e delegadas, M . Provisória)
Constituições estaduais e suas emendas
Leis complementares à Constituição Estadual
Leis Estaduais (Leis ordinárias, Decretos)
Leis municipais (Leis ordinárias, Decretos)
Interpretação
Principais formas:
a) gramatical: pela sintaxe;
b) lógica: norma analisada com ramo do direito a que ela se destina, para que
não haja contradições;
c) histórica: momento histórico em relação à norma elaborada; e,
d) sistemática: interpreta-se a lei com todo o sistema jurídico vigente.
Pela fonte da lei:
1) autêntica: realizada pelo legislador – autor da lei;
2) judicial: decorrente das decisões do judiciário;
3) administrativa: elaborada pelo autoridade administrativa (ex.: circulares,
portarias, respostas a consultas ...); e,
4) doutrinária: pelos estudiosos do direito (ex.: teses, monografias ...).
Quanto ao resultado:
a) declarativa: idêntica às palavras do legislador;
b) extensiva: mais ampla que o legislador disse; e,
c) restritiva: menor do que o legislador quis dizer.
AULA
DIREITO CONSTITUCIONAL
CONCEITO
“É o ramo do Direito Público Interno que disciplina a organização do Estado,
define e limita a competência de seus poderes, suas atividades e suas relações
com os indivíduos, aos quais atribui e assegura direitos fundamentais de ordem
pessoal e social (MAX LIMONAD, 1952, p. 253 e 254).”
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
Um dos conceitos mais usados por grande parte da doutrina é de que se trata
de um “conjunto de normas escritas ou costumeiras, que regem a organização
política de um país”.
Espécies de Constituição
Quanto à origem:
·Promulgada: Há a constituição de um Poder Constituinte. Este poder é
constituído por representantes da sociedade, quando finalizada é promulgada
por estes que fizeram parte de sua elaboração e posteriormente aplicada aos
administrados.
·Outorgada: Geralmente são impostas por uma pessoa ou grupo d e pessoas
(por um rei, ditador, etc.).
Quanto à consistência:
·Rígidas: Constituição que se altera por processo especial (Constituição
Brasileira)
·Flexíveis: São alteradas mais facilmente, semelhante à alteração das leis
ordinárias. Praticamente inexiste hierarquia entre a Constituição e a Lei
Ordinária (Constituição do Reino da Itália)
Quanto à forma:
PODER CONSTITUINTE
Tortura: prática expressamente condenada pelo inciso III d o art. 5º, segundo o
qual ninguém será submetido a tortura ou a tratamento desumano e
degradante; a condenação é tão incisiva que o inciso XLIII determina que a lei
considerará a prática de tortura crime inafiançável e insuscetível de graça, por
ele respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo , se
omitirem (Lei 9.455/97).
DIREITO À PRIVACIDADE
Conceito e conteúdo: A Constituição declara invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas (art. 5º, X); portanto, erigiu,
expressamente, esses valores humanos à condição de direito individual,
considerando-o um direito conexo ao da vida.
Intimidade: Caracteriza-se como a esfera secreta da vida do indivíduo na qual
este tem o poder legal de evitar os demais; abrangendo nesse sentido à
inviolabilidade do domicílio, o sigilo de correspondência e ao segredo
profissional.
Vida privada: a tutela constitucional visa proteger as pessoas de 2 atentados
particulares: ao segredo da vida privada e à liberdade da vida privada.
Honra e imagem das pessoas: o direito à preservação da honra e da imagem,
não caracteriza propriamente um direito à privacidade e menos à intimidade; a
CF reputa- os valores humanos distintos; a honra, a imagem constituem, pois,
objeto de um direito, independente, da personalidade.
Privacidade e informática: a Constituição tutela a privacidade das pessoas,
acolhendo um instituto típico e específico para a efetividade dessa tutela, que é
o habeas data, que será estudado mais adiante.
Violação à privacidade e indenização: essa violação, em algumas hipóteses,
já constitui ilícito penal; a CF foi explícita em assegurar ao lesado, direito à
indenização por dano material ou moral decorrente da violação do direito à
privacidade.
DIREITO DE IGUALDADE
Introdução ao tema: as Constituições só tem reconhecido a igualdade no seu
sentido jurídico-formal (perante a lei); a CF/88 abre o capítulo dos direitos
individuais com o princípio que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza; reforça o princípio com muitas outras normas sobre a
igualdade ou buscando a igualização dos desiguais pela outorga de direitos
sociais substanciais.
Isonomia formal e isonomia material: isonomia formal é a igualdade perante
a lei; a material são as regras que proíbem distinções funda das em certos
fatores; Ex: art. 7º, XXX e XXXI; a Constituição procura aproximar os 2 tipos de
isonomia, na medida em que não de limitara ao simples enunciado da
igualdade perante a lei; menciona também a igualdade entre homens e
mulheres e acrescenta vedações a distinção de qualquer natureza e qualquer
forma de discriminação.
DIREITO DE LIBERDADE
O problema da Liberdade: a liberdade tem um caráter histórico, porque
depende do poder do homem sobre a natureza, a sociedade, e sobre si mesmo
em cada momento histórico; o conteúdo da liberdade se amplia com a evolução
da humanidade; fortalece-se, à medida que a atividade humana se alarga. A
liberdade opõe-se ao autoritarismo, à deformação da autoridade; não porém, à
autoridade legítima; o que é válido afirmar é que a liberdade consiste na
ausência de coação anormal, ilegítima e imoral; daí se conclui que toda a lei
que limita a liberdade precisa ser lei normal, moral e legítima, no sentido de
que seja consentida por aqueles cuja liberdade restringe; como conceito
podemos dizer que liberdade consiste na possibilidade de coordenação
consciente dos meios necessários à realização da felicidade pessoal. O
assinalado o aspecto histórico denota que a liberdade consiste num processo
dinâmico de liberação do homem de vários obstáculos que se antepõem à
realização de sua personalidade: obstáculos naturais, econômicos, sociais e
políticos; é hoje função do Estado promover a liberação do homem de todos
esses obstáculos, e é aqui que a autoridade e liberdade se ligam. O regime
democrático é uma garantia geral da realização dos direitos humanos
fundamentais; quanto mais o processo de democratização avança, mais o
homem se vai libertando dos obstáculos que o constrangem, mais liberdade
conquista.
DIREITOS COLETIVOS
Direito à informação: o direito de informar, como aspecto da liberdade de
manifestação de pensamento, revela-se um direito individual, mas já
contaminado no sentido coletivo, em virtude das transformações dos meios de
comunicação, que especialmente se concretiza pelos meios de comunicação
social ou de massa; a CF acolhe essa distinção, no capítulo da comunicação
(220 a 224). Preordena a liberdade de informar completada com a liberdade de
manifestação do pensamento (5º, IV).
Direito de representação coletiva: estabelece que as entidades associativas,
quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados em juízo ou fora dele (art. 5º, XXI), legitimidade essa também
reconhecida aos sindicatos em termos até mais amplos e precisos, in verbis: ao
sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas (art. 8, III).
DIREITO DE PROPRIEDADE
Direito de Propriedade em Geral
Fundamento constitucional: O regime jurídico da propriedade tem seu
fundamento na Constituição; esta garante o direito de propriedade, desde que
este atenda sua função social (art. 5º, XXII), sendo assim, não há como
escapar ao sentido que só garante o direito de propriedade que atenda sua
função social; a própria Constituição dá consequência a isso quando autoriza a
desapropriação, como pagamento mediante título, de propriedade que não
cumpra sua função social (arts. 182, § 4º, e 184); existem outras normas que
interferem com a propriedade mediante provisões especiais (arts. 5º, XXIV a
XXX, 170, II e III, 176, 177 e 178, 182, 183, 184, 185, 186, 191 e 222).
PROPRIEDADES ESPECIAIS
Propriedade autoral: consta no art. 5º, XXVII, que contém 2 normas: a
primeira confere aos autores o direito exclusivo de utilizar, publicar e reproduzir
suas obras; a segunda declara que esse direito é transmissível aos herdeiros
pelo tempo que a lei fixar; o autor é, pois, titular de direitos morais e de direitos
patrimoniais sobre a obra intelectual que produzir; os direitos morais são in
alienáveis e irrenunciáveis; mas, salvo os de natureza personalíssima, são
transmissíveis por herança nos termos da lei; já os patrimoniais são alienáveis
por ele ou por seus sucessores.
Propriedade de inventos, de marcas e indústrias e de nome de empresas:
seu enunciado e conteúdo denotam, quando a eficácia da norma fica
dependendo de legislação ulterior: “que a lei assegurará aos autores de
inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como a
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País” (art. 5º, XXIX); a lei, hoje, é
a de nº 9279/96, que substitui a Lei 5772/71.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Direito de petição : define-se como direito que pertence a uma pessoa de
invocar a atenção dos poderes públicos sobre uma questão ou situação, seja
para denunciar uma lesão concreta, e pedir reorientação da situação, seja para
solicitar uma modificação do direito em vigor do sentido mais favorável à
liberdade (art. 5º, XXXIV).
Direito a certidões : está assegurado a todos, no art. 5º, XXXIV,
independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em
repartições públicas para defesa de direito e esclarecimentos de situações de
interesse pessoal.
Habeas corpus: é um remédio destinado a tutelar o direito de liberdade de
locomoção, liberdade de ir e vir, parar e ficar; tem natureza de ação
constitucional penal. (art. 5º, LXVIII)
Mandado de segurança individual : visa amparar direito pessoal líquido e
certo; só o próprio titular desse direito tem legitimidade para impetrá-lo, que é
oponível contra qualquer autoridade pública ou contra agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições públicas, com o objetivo de corrigir ato ou
omissão ilegal decorrente do abuso de poder. (art. 5º, LXIX)
Mandado de injunção : constitui um remédio ou ação constitucional posto à
disposição de quem se considere titular de qualquer daqueles direitos,
liberdades ou prerrogativas inviáveis por falta de norma regulamentadora
exigida ou suposta pela Constituição; sua finalidade consiste em conferir
imediata aplicabilidade à norma constitucional portadora daqueles direitos e
prerrogativas, inerte em virtude de ausência de regulamentação (art. 5º, LXXI).
Habeas data: remédio que tem por objeto proteger a esfera íntima dos
indivíduos contra usos abusivos de registros de dados pessoais coletados por
meios fraudulentos, desleais e ilícitos, introdução nesses registros de dados
sensíveis (origem racial, opinião política. etc) e conservação de dados falsos ou
com fins diversos dos autorizados em lei (art. 5º, LXXII).
AULA
DIREITO CIVIL
Direito Civil
PESSOAS
-Quem exerce direitos se chama pessoa.
-Sujeito de direito a desempenhar seu papel de titular de direitos e obrigações
no cenário jurídico.
-Conceito: Pessoa é a entidade titular de direitos e obrigações
-Classificação:
·Pessoa física ou natural: que é o homem, na sua individualidade;
·Pessoa jurídica ou moral: que são os agrupamentos de homens ligados por
interesses e fins comuns. É o homem em sua coletividade.
PESSOA FÍSICA
-Existência da pessoa física começa com o nascimento com vida e termina
com a morte natural ou presumida.
-Morte presumida: Presume-se que a pessoa morreu depois de decorridos 10
anos que o juiz proferiu sentença declarando-a ausente, e concedendo a
abertura da sucessão provisória ou também se provar que a pessoa conta com
oitenta anos de idade e as últimas notícias que se têm dela datam d e 5 anos.
O juiz pode declarar a ausência mediante requerimento dos interessados
(cônjuges, herdeiros, etc) ou do Ministério Público.
-Comoriência: Quando duas ou mais pessoas falecera m num mesmo instante.
Se não puder determinar qual delas faleceu primeiro, a lei presume que
morreram ao mesmo tempo.
-Nascituro: O direito brasileiro protege o nascituro – filho concebido, mas que
ainda não nasceu.
PESSOA JURÍDICA
- Pessoa jurídica de direito público
· Pessoa jurídica de direito público interno:
• União;
• Estados;
• Distrito Federal (Brasília);
• Territórios (Fernando de Noronha) e
• Municípios.
CAPACIDADE CIVIL
-Capacidade é a aptidão que a pessoa tem de exercitar direitos e contrair
obrigações.
• Capacidade de direito ou de gozo – todas as pessoas a têm.
Capacidade de fato ou de exercício – só a têm os plenamente capazes.
-Capacidade plena: os maiores de idade, desde que não interditos.
-A lei prevê os casos de incapacidade jurídica:
A) Absolutamente incapaz
É absoluta a incapacidade quando a lei considera um indivíduo totalmente
inapto ao exercício da atividade da vida civil.
• Menores de 16 anos;
• Os que por enfermidade ou deficiência mental não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos;
·Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
B) Relativamente Incapaz
Ao contrário, o exercício de seus direitos se realiza com a sua presença,
exigindo, apenas, que sejam assistidos por seus responsáveis.
·Maiores de 16 anos e Menores de 18 anos;
·Pródigos – pressupõe a habitualidade de desperdícios e gastos imoderados;
·Ébrios Habituais, os Viciados em Tóxicos, e os que, por Deficiência Mental,
Tenham o Discernimento Reduzido;
·Os excepcionais, sem Desenvolvimento Mental Completo.
C) Capacidade plena
· Aptidão total para os atos da vida civil.
·Maiores de 18 anos.
EMANCIPAÇÃO
-Aquisição da capacidade civil antes da idade legal:
-Hipóteses:
·Pela concessão dos pais, mediante escritura públic a, quando o menor
tiver 16 anos completos;
·Por sentença judicial, se o menor, com 16 anos completos, estiver sob o
regime de tutela, ouvindo-se o tutor;
·Pelo casamento;
·Pelo exercício de emprego público efetivo;
·Pela colação de grau em curso de ensino superior;
·Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação
de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos
completos tenha economia própria.
REGISTRO CIVIL
-Deverão se registrar no registro civil:
·Os nascimentos, casamentos e óbitos;
·A emancipação por outorga ou por sentença;
·A interdição dos incapazes, ausentes e mortos presumidos;
·A separação judicial e o divórcio;
·Os atos que declararem ou reconhecerem filiação e os atos de adoção.
DOMICÍLIO
Domicílio pessoa natural: lugar onde a pessoa natural estabelece sua
residência com ânimo definitivo. Se a pessoa tiver mais de uma residência
onde vive alternativamente, será considerada domicílio também.
DIREITO DO CONSUMIDOR
Lei 8078/90 - Código de Defesa do Consumidor
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
_Revolução Industrial:
◦Aumento da população nos grandes centros urbanos;
◦Aumento da procura por produtos/serviços;
◦Novo modelo de produção;
◦Produção em série/em escala.
_ Esse modelo de produção industrial atual pressupõe planejamento
estratégico e modelo contratual unilaterais do fornecedor, do fabricante, do
produto, do serviço, etc. _ O monopólio da produção está nas mãos do
fornecedor. O consumidor não senta à mesa para negociar com o fornecedor.
_ Surgimento de consequências negativas para o consumidor. Necessidade de
proteção pelo Direito.
Legislação
_Constituição Federal de 1988:
◦art. 5º, XXXII - a defesa do consumidor é um direito fundamental
◦art. 170 – a defesa do consumidor é um princípio da ordem econômica
◦Art. 48, ADCT – prazo para elaboração do Código de Defesa do Consumidor
_Código de Defesa do Consumidor: Lei 8078/90.
- Conceito de Fornecedor
_Art. 3º do CDC:
◦ Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem
atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
◦
_Todo aquele que coloca o produto ou o serviço no mercado de consumo, com
habitualidade.
_Todo aquele que participe de determinada cadeia produtiva–fornecedor
/intermediário / produtor/ distribuidor - até o pro duto ou serviço ser entregue ao
destinatário final.
Conceito de Produto
_Art. 3º, §1º, do CDC:
Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial, sobre o qual
recai a relação jurídica.
O CDC não distingue quanto à distribuição gratuita do produto, permanecendo
a proteção legal. Ex: Amostra grátis.
Conceito de Serviço
_Art. 3º, §2º, do CDC:
◦ Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
STJ - Súmula 297: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às
instituições financeiras.
Atentar para os serviços remunerados de forma indireta. Ex. estacionamentos
gratuitos de supermercado; montagem gratuita de móveis.
Casos específicos
_O CDC não se aplica nas relações locatícias, vez que existe norma específica
que regulamenta a relação locatícia - Lei nº 8.245/91.
_Todos os serviços prestados pelo Poder Público, diretamente ou através de
concessão ou permissão sujeitam-se ao CDC, desde que remunerados por
tarifa (água, luz, esgoto) ou preço público (transporte, pedágio).
Responsabilidade
_Art. 18, CDC: “Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não
duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade
que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou
lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade,
com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou
mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza,
podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.”
Exclusão Responsabilidade
_Art. 12, CDC: O fabricante (...) só não será responsabilizado quando provar
que:
·não colocou o produto no mercado;
·o defeito inexiste;
·a culpa é exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Escolha do consumidor
_Não sendo sanado o vício no prazo, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
·Substituição do produto por outro de mesma espécie;
Substituição do produto
_ Substituição do produto por outro de mesma espécie.
_ _ Poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos,
mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço.
Restituição do valor
_ Correção do valor.
Dano Moral
_O consumidor pode pleitear o ressarcimento por perdas e danos sofridos em
razão do vício do produto.
_Tal reconhecimento deve ser buscado pelo consumidor na esfera judicial, por
meio da produção de provas.
_ Entendimento atual: não cabe indenização por dano moral em razão de mero
aborrecimento.
Decisões judiciais
_ “Levando-se em consideração o critério objetivo da razoabilidade e a
concepção ético jurídica dominante em nossa sociedade, simples
aborrecimentos, ínsitos à vida moderna, que não extrapolam os padrões
médios de aceitabilidade, não se erigem à categoria de dano moral.” (Apelação
nº 0023972-94.2 009.8.26.0224 - Guarulhos – Fórum de Guarulhos, Rel. Des.
ORLANDO PISTORESI, 30ª Cam., julgado em 29/02/2012)
Vinculação da oferta
_ Princípio da vinculação da oferta:
◦Toda informação ou publicidade.
◦Por qualquer forma e meio de comunicação.
Componente em estoque
_O CDC não estabelece um prazo determinado para manutenção das peças e
do produto em estoque.
_Art. 32: Os fabricantes (...) deverão assegurar a oferta de componentes e
peças de reposição enquanto não cessar a fabricação do produto. Cessada a
produção, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, n a
forma da lei."
_ Prazo condizente com a durabilidade do produto.
Desistência do pedido
Art. 49 do CDC: “O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7
dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou
serviço,sempre que a contratação de fornecimento de produtos e
serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por
telefone ou a domicílio.”
_Tem por escopo proteger o consumidor das técnicas de venda em domicílio,
ocasião em que o cliente, surpreendido em sua casa ou em seu trabalho, pode
se decidir pela aquisição da mercadoria oferecida por impulso ou por
constrangimento.
Aspectos penais
_Art. 69: Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base
à publicidade;
Pena: detenção de 1 a 6 meses, e multa.
_Art. 75: Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes referidos neste
código, bem como o diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que
promover, permitir ou por qualquer modo aprovar fornecimento, oferta,
exposição à venda ou manutenção em depósito de produtos nas condições por
ele proibidas.
Atendimento ao Consumidor
_Maiores causas de reclamações dos consumidores:
·Mau atendimento
·Falta de informação
·Ausência de retorno
PROPRIEDADE INTELECTUAL
Propriedade Intelectual
Conceito: A propriedade intelectual é um ramo do direito que protege as
criações intelectuais, facultando aos seus titulares direitos econômicos, os
quais ditam a forma de comercialização, circulação, utilização e produção dos
bens intelectuais ou dos produtos e serviços que incorporam tais criações
intelectuais, ou seja, é um sistema criado para garantir a propriedade ou
exclusividade resultante da atividade intelectual nos campos industrial,
científico, literário e artístico.
Desenho Industrial
O desenho industrial é a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto
ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto,
proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e
que possa servir de tipo de fabricação industrial (Art. 95 da LPI)
MARCAS
Todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue
produtos e serviços de outros análogos, de procedência diversa, bem como
certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou
especificações técnicas.
Prazo de validade da Marca
O prazo de validade do registro de marca é de 10 (dez) anos, contados a partir
da data de concessão.
Esse prazo é prorrogável, a pedido do titular por períodos iguais e sucessivos.
Em caso contrário, será extinto o registro e a marca estará, em princípio,
disponível. O titular do registro de marca tem a obrigação de utilizá-la para
mantê-la em vigor. O prazo para início de uso é de 5 anos, contados da data da
concessão do registro.
Para melhores informações sugerimos consulta a própria lei, bem como ao site
do INPI: http://www.inpi.gov.br.
2 - Direito Autoral
Lei nº 9.610/98
Duração da exclusividade
-Os direitos patrimoniais do autor perduram por 70 anos contados de 1º de
janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento;
-Os direitos patrimoniais sobre obra anônimas ou pseudônimas perduram por
70 anos contados de 1º de janeiro do ano subsequente ao da 1ª publicação.
- Os direitos patrimoniais sobre obras audiovisuais e fotográficas perduram por
70 anos, a contar de 1° de janeiro do ano subsequente ao de sua divulgação.
-Crimes
-Violar direitos de autor de programa de computador: Detenção de 6 meses a 2
anos ou multa.
-Se a violação consistir na reprodução, por qualquer meio, de programa de
computador, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem autorização
expressa do autor ou de quem o represente: Reclusão de 1 a 4 anos e multa.
-Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda,
introduz no País, adquire, oculta ou tem em depósito, para fins de comércio,
original ou cópia de programa de computador, produzido com violação de
direito autoral.