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➢ 3ª UNIDADE:
✓ Das fontes do Direito: estatais e não estatais;
✓ Do Sistema Jurídico;
✓ Da aporia final: Direito e Justiça. – Aula 03
2. Direito.
2.1 Noções Gerais.
O direito pode ser definido como um conjunto de normas e regras que regem o
comportamento humano em uma determinada sociedade. Ele tem como objetivo garantir a
ordem, a segurança e a justiça para todos os cidadãos.
O Direito surgiu na Pré-História, a partir do momento que o homem começa a viver em
sociedade. Nas sociedades primitivas, o Direito se confunde com a religião e com a política.
Essas sociedades não tinham órgãos específicos para emanar normas nem legisladores.
O Direito é para a Sociologia Jurídica uma ciência essencialmente social, oriunda da
sociedade e para a sociedade. As normas do Direito são regras de conduta para disciplinar
o comportamento do indivíduo no grupo, as relações sociais; normas ditadas pelas próprias
necessidades e conveniências sociais.
Considerado como o principal filósofo da era moderna, Immanuel Kant define o direito como
“o conjunto das condições por meio das quais o arbítrio de um pode estar de acordo com o
arbítrio de um outro, segundo uma lei universal de liberdade”.
A finalidade primordial do direito é restabelecer a harmonia social, interferindo diretamente
nas condutas humanas, pondo limites à atuação do homem, seja através da imposição de
obrigações, seja através de punições ou ainda, seja através de restrições.
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3. Justiça.
Justiça é termo equívoco que pode ser utilizado em várias situações, em muitos sentidos,
em diversas manifestações. Quando afirmamos que a Justiça é lenta estamos nos referindo
ao processo e à estrutura do Poder Judiciário. Quando nos referimos à justiça divina,
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sentido que sempre preocupou a Humanidade, a conotação é outra. Não são essas,
contudo, as acepções de justiça de que ora nos ocupamos.
Em um sentido mais lato e mais tradicional, tem-se por justo tudo aquilo que seja adequado
ou congruente para um fim, ainda que se refira às coisas materiais. Nesse ponto, é justo o
parafuso que se adéqua à rosca, é justa a roupa que se amolda ao corpo. Sob o ponto de
vista que ora encetamos, interessa-nos a Justiça referente à conduta humana. Cuida-se da
justiça como conduta ética e essencialmente social.
A justiça é um conceito que está diretamente ligado à ideia de equidade e igualdade. Ela
tem como objetivo garantir que todos os cidadãos sejam tratados de forma justa e que seus
direitos sejam respeitados.
Platão sempre sublimou a justiça como uma virtude universal ou total. Na realidade, todas
as filosofias antigas servem de base para ilustrar o conceito moderno e prático de Justiça
que ora nos é pertinente.
No Brasil, a justiça é fundamental para a manutenção da ordem social e para a proteção
dos direitos individuais e coletivos. É por meio dela que são julgados os crimes e as
violações das leis, além de ser responsável por garantir a aplicação das penas previstas
em lei.
➢ A justiça comutativa tem sido modernamente a mais desconhecida e a mais injuriada das
justiças. É comum entre os juristas identificá-la com o campo dos contratos, talvez devido à
sua denominação.
➢ Como princípio diretor das relações entre particulares, tem amplo campo de aplicação
que não se restringe ao dos contratos. Não se confunde com a aceitação passiva das
convenções, aparentemente livres. E impõe deveres que vão desde o respeito à vida, à
personalidade e à dignidade de cada homem, até a exigência de preços equitativos no
comércio internacional.
➢ A virtude pela qual um particular dá a outro particular aquilo que lhe é rigorosamente
devido, observada uma igualdade simples ou real.
➢ Por exemplo: o comprador paga ao vendedor o preço correspondente ao valor da
mercadoria; o agressor é obrigado a reparar o dano, na medida do prejuízo que causou à
parte contrária.
b. Justiça Distributiva.
d. Justiça Social.
➢ Assim referida nos últimos tempos mormente por influência da Igreja, repousa na
necessidade de proteção aos menos aquinhoados de bens, os hipossuficientes, como
indivíduos e como nações.
➢ Na justiça social devem estar presentes os princípios de proteção e critérios para uma
melhor distribuição de riquezas.
➢ A Constituição Federal apresenta inúmeras normas buscando essa justiça social nos
planos da seguridade social, saúde, previdência social, educação, cultura e esportes.
Quanto mais acentuada a preocupação do ordenamento com esses fenômenos, maior
será a solução e o alcance social do Estado.