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SABEM DE NADA, INOCENTES!

Pretendo com este texto, provocar os leitores a pensarem e refletirem sobre o atual poder
republicano e democrático, denominado Judiciário.

Visto como a última trincheira da sociedade para defender os direitos individuais e


protegê-la das mazelas sociais nos termos da lei, o Poder Judiciário, nos últimos tempos,
com o advento da mentalidade marxista/gramscista em nosso país, vem, de forma nem
tão velada, não cumprindo a sua real função dentro do contexto democrático republicado.
São os efeitos da politização do Judiciário.

N’outras palavras, a tripartição dos poderes vem sendo, a cada dia, mais e mais
esmaecida, dentro desse crescente e acelerado processo de multiculturalismo ideológico,
que vem sendo imposto pelos Legislativo e Executivo. Caminhamos para a confirmação
de uma indevida ditadura “legitimada” pelos Três Poderes Nacionais, sem termos, nós,
cidadãos, a quem nos socorrer.

Vejam os leitures que, JUSTIÇA significa respeito à igualdade de direitos de todos os


cidadãos. É um termo que vem do latim: JUSTITIA e, como tal, é utilizada para a
imposição da ordem legal a ser observada como principio básico social que exige os
respeitos aos direitos de todos, com o objetivo de manter a ordem social através da
preservação de direitos em sua forma legal.

A justiça filosófica não se confunde com a justiça jurídica. Aquela encerra um conteúdo
ético e moral individuais, voltada ao entendimento do que é justo. O conteúdo jurídico
significa a garantia, a todos, das incidências das normas, impostas nos mais variados
diplomas legais em vigor, sem quaisquer distinções ou pré-conceitos em relação aos
destinatários.

Equivale dizer, a norma é igual para todos, independentemente do credo, etnia, gênero,
classe social, etc … . A justiça jurídica exige, DE TODOS, o cumprimento do conteúdo
da norma, a partir das verificações das presenças das condições e hipóteses abstratas
nelas encetadas, independentemente de quem as tenha descumprido.
O Poder Judiciário, segundo Regilene Santos do Nascimento (1), presta a justiça jurídica e,
mesmo que não prescinda da adoção do processo zetético interpretativo e não utilize o
dogmático, esse procedimento de interpretação, mesmo que epistemológico, não pode
ultrapassar os limites interpretativos, não pode passer para o campo legislativo, não pode
marginalizar as normas que ele próprio, Judiciário, deve observer e cumprir.

Em Roma, a justiça é representada por uma estátua, com olhos vendados, que significa
que "todos são iguais perante a lei" e "todos têm iguais garantias legais", ou ainda, "todos
têm iguais direitos". A justiça deve buscar a igualdade entre todos, o que não se confunde
com igualdade DE todos.

Segundo Aristóteles, o termo justiça denota, ao mesmo tempo, legalidade e igualdade.


Assim, justo é tanto aquele que cumpre a lei (justiça em sentido estrito) quanto aquele
que realiza a igualdade (justiça em sentido universal).

Justiça também é uma das quatro virtudes cardinais, e, segundo a doutrina da Igreja
Católica, consiste "na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido".

Rousseau acreditava que seria preciso instituir a justiça e a paz para submeter igualmente
o poderoso e o fraco, buscando a concórdia eterna entre as pessoas que viviam em
sociedade. Um ponto fundamental em sua obra está na afirmação de que a propriedade
privada seria a origem da desigualdade entre os homens, sendo que alguns teriam
usurpado outros. A origem da propriedade privada estaria ligada à formação da sociedade
civil. O homem começa a ter uma preocupação com a aparência. Na vida em sociedade,
ser e parecer tornam-se duas coisas distintas. Por isso, para Rousseau, o cáos teria vindo
pela desigualdade, pela destruição da piedade natural e da justiça, tornando os homens
maus, o que colocaria a sociedade em estado de guerra. Na formação da sociedade civil,
toda a piedade cai por terra, sendo que “desde o momento em que um homem teve
necessidade do auxílio do outro, desde que se percebeu que seria útil a um só indivíduo
contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, a propriedade se introduziu, o
trabalho se tornou necessário

1
São Tomás de Aquino pregava que a fé e a razão não podem ser contraditórias e, de
acordo com esse pensamento, o conceito de justiça social foi desenvolvido. Ele previa
que em uma sociedade democrática, todos os serem humanos são dignos e têm a mesma
importância. Por isso, possuem direitos e deveres iguais não apenas em aspectos
econômicos, mas também relativos à saúde, educação, trabalho, direito à justiça e
manifestação cultural.

No século XX, o agravamento das desigualdades e injustiças sociais e o crescente clamor


dos pobres e das forças políticas e espirituais com eles identificadas levaram ao Estado do
Bem-Estar Social, estabelecido juridicamente pela primeira vez com as constituições
mexicana de 1917 e alemã, de Weimar, em 1919.

Assim, os direitos econômicos, sociais e culturais dos cidadãos desses países somaram-se
às garantias individuais conquistadas nas revoluções liberais dos séculos XVII e XVIII.
Com o tempo, os cidadãos reivindicaram e adquiriram também direitos relativos às
mulheres, crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, idosos, grupos e
comunidades tradicionais e específicas e meio ambiente.

Segundo o conceito de JUSTIÇA SOCIAL, desenvolvimento não pode se resumir ao


crescimento econômico, já que envolve também a justiça distributiva (que diz que cada
cidadão deve receber o que lhe é devido), as liberdades políticas e os direitos civis, as
oportunidades sociais, a transparência na esfera pública e privada e a proteção social.

Não faz sentido falar em desenvolvimento sem incluir o acesso irrestrito à educação, à
saúde, ao crédito, aos bens públicos, à posse da terra, à titularidade de imóveis e a tudo o
que é indispensável a uma vida de boa qualidade em uma sociedade democrática
moderna.

No Brasil, a justiça social tornou-se um dos pilares da constituição brasileira de 1988.


Hoje, as políticas sociais estão incluídas em iniciativas dos governos federal, estadual e
municipal, em colaboração com a sociedade civil. As políticas econômicas e sociais
buscam garantir o direito à saúde e educação e acesso aos bens de consumo, lazer e novas
tecnologias, através do aumento da renda e capacidade de consumo.

A incorporação de novos cidadãos no mercado beneficia todos os segmentos da


sociedade, já que o aumento da demanda causa a ampliação dos investimentos e do
número de vagas de trabalho. Dados de institutos de pesquisa apontam para a melhoria da
distribuição de renda no país, mas a questão ainda é um dos principais desafios do Brasil.

Dentre os poderes que compõem a República brasileira, cabe ao Poder Judiciário


interpretar as leis elaboradas pelo Legislativo e promulgadas pelo Executivo. Ele deve
aplicá-las em diferentes situações e julgar aqueles cidadãos que, por diversos motivos,
não as cumprem. A função do Judiciário, portanto, é garantir os direitos, promovendo a
justiça jurídica a partir das resoluções dos conflitos que surgem na vida em sociedade.

As responsabilidades e a estrutura desse poder são determinadas pela principal lei do


país, a Constituição Federal e, todos os cidadãos têm o direito de solicitar que o Judiciário
se manifeste, de maneira a resolver disputas ou punir aqueles que não cumprem as leis.

Com o objetivo de garantir esse direito, a Constituição Federal ainda estabelece estruturas
paralelas ao Poder Judiciário, às quais todos os cidadãos podem recorrer: o Ministério
Público, a Defensoria Pública (para aqueles que não podem pagar um advogado) e os
advogados particulares, inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil.

Como funciona o Judiciário

Para entender como o Poder Judiciário está organizado, é preciso imaginar uma estrutura
dividida em vários órgãos e, ao mesmo tempo, saber que cada um desses órgãos funciona
de maneira hierárquica, sendo que essa hierarquia é formada por instâncias ou graus de
jurisdição.
Além das instâncias, estabeleceu-se, com o objetivo de organizar e facilitar o trabalho do
Judiciário, uma divisão das matérias que são julgadas. Elas podem ser, GROSSO MODO:

1) Civis: quando se relacionam a conflitos de interesses que surgem entre pessoas,


FÍSICAS OU JURÍDICAS, DESDE QUE NÃO SEJAM AFETOS ÀS MATÉRIAS
ESPECÍFICAS A SEGUIR ALINHADAS;
2) Penais: quando se referem a diferentes tipos de crime;
3) Trabalhistas: conflitos que envolvem questões inerentes a relações de trabalho,
individuais ou coletivos;
4) Eleitorais: questões que se relacionam às campanhas eleitorais ou às eleições;
5) Militares: que envolvam crimes da esfera das Forças Armadas - Aeronáutica, Marinha
e Exército);
6) Federais: casos que envolvam interesses do governo federal ou se relacionem
diretamente à organização política e administrativa do país.

Instâncias:

As instâncias definem qual o órgão que vai ser o primeiro a conhecer e julgar o conflito
social e aqueles para os quais o perdedor poderá recorrer. São os juízos originários e
recursais.

Assim, um conflito social será, inicialmente, resolvido por aquele a quem primeiro
competir conhecê-lo, colher as provas e aplicar a lei. A parte que perder pode pedir ao
órgão hierarquicamente superior, que reveja os fatos, as provas e a decisão proferida por
aquele primeiro. Quem perder, perante essa segunda instância, pode pedir ao órgão
seguinte que reenquadre o conflito em apreço à legislação de incidência, merecendo
destacar o fato de que, nessa terceira instância, já não mais haverá qualquer possibilidade
de reexame dos fatos e das provas apresentados perante a primeira instância e revistos
pela segunda. Se houver discussão de matéria constitucional, aquele que perder poderá,
por fim, recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
Para que serve o Ministério Público?

O Ministério Público tem por função institucional defender a ordem jurídica em vigor,
seja intervindo como fiscal da lei, mediante emissões de pareceres, em processos
instaurados por terceiros, seja atuando como defensor direto de interesses e direitos
sociais de grupo(s) de pessoas não identificadas nem identificáveis, cuidando de ajuizar,
ele próprio, as ações específicas cabíveis, conforme previsto em lei, com o objetivo de
exigir o respeito aos direitos das pessoas, de forma genérica. Exemplo: deficientes,
idosos, mulheres, crianças, etc …

Diante das exposições legais supra citadas, observo há algum tempo que o Poder
Judiciário vem sendo politizado, contaminado e utilizado como ferramenta para legitimar
o projeto marxista/gramscista por intermédio dos tribunais e de uma legislação que
“protege” os atos que agridem direitos individuais em prol do projeto marxista que o
Estado, dominado pela mentalidade esquerdista, crê ser o ideal para a sociedade,
privilegiando minorias, praticando a "Síndrome de Robin Hood" (tirar dos ricos para dar
aos pobres), como se no país houvessem uma maioria de ricos que explorassem uma
minoria de pobres.

O Ministério Público, fiscal da lei, ora realmente fiscaliza as aplicações dessas “leis” que
privilegiam essa mentalidade do Estado, ora se omite em cumprir as suas funções legais,
segundo a ordem legal de fato. Dentro desse atual cenário de crise ética e moral da
sociedade brasileira, infelizmente, o Poder Judiciário não fica de fora e digo isso porque,
segundo minha concepção, é imoral uma sociedade como a nossa, de terceiro mundo,
dispor, nos tribunais, automóveis (cujos custos variam entre R$ 50.000 à R$ 90.000)
exclusivos, com motoristas para os respectivos juízes, desembargadores e ministros, em
todo território nacional; manter um serviço de copa/garçonete nas salas de sessões, onde
os juízes poderiam pegar, pessoalmente, sua água ou café e ainda, manter servidores
públicos específicos para puxarem as cadeiras dos ministros para os mesmos se
acomodarem ou levantarem.
Como Agentes de Poder, os integrantes do Judiciário vivem em outra dimensão, alheia e
omissa da verdadeira realidade na qual vive a sociedade que julgam, detendo
injustificáveis privilégios de tratamento que dificilmente encontraremos na iniciativa
privada. Na minha concepção é pregar moral sem observar para si próprio e
principalmente ao seu redor.

Paladinos da justiça sob todas as formas e maneiras, sem se integrarem às realidades


econômica e social que julgam, tomam partido em suas decisões, balizados em um
discurso e mentalidade ideologicamente estatal e esquerdista e esse, definitivamente, não
é o Judiciário que uma democracia republicana necessita ter, acaso se pretenda a
imposição de uma justiça jurídica séria, em prol do desenvolvimento da sociedade como
um todo.

Nota: http://www.cadernodeeducacao.com.br/news/conclusão-ou-decisão-judicial- - -o-


que-profere-o-judiciario-

Prof. Marlon Adami

Graduado em História
Pós graduado em Filosofia Política
Editor do blog www.bunkerdacultura.blogspot.com
Colaborador nos sites www.cadernodeeducacao.com.br e www.realidadepolitica.com
"Desconstruindo Marx e Constitucionalismo Contemporaneo na América Latina", artigos
editados nos anais do I e II Congresso Internacional de Direito e Marxismo

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