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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VIII – PAULO AFONSO


CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

• ALANA DIAS BRAGA


• ANA PAULA DOS SANTOS RESENDE
• JOÃO CARLOS ALMEIDA FONSECA
• MARIA BEATRIZ NEVES PEREIRA
• YVSON SANTOS CARNEIRO

INSTITUIÇÕES E INSTITUTO JURÍDICOS. ORDEM SOCIAL, JUSNATURALISMO E


JUSPOSITIVISMO, DIREITO NATURAL, DIREITO POSITIVO, FATO SOCIAL, VALOR E
NORMA, TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO, NORMATIVIDADE, REGRAS,
NORMAS E LEIS, ORDENAMENTO JURÍDICO, CARACTERISTICAS DA NORMA,
IMPERATIVIDADE E HIPOTECIDADE
INSTITUIÇÕES E INSTITUTO JURÍDICOS.
ORDEM SOCIAL

• A existência e a convivência do Homem gravitam em torno de instituições,


materiais e imateriais, que estabelecem certa ordem, as quais concedem
estabilidade e tomam possível a existência. Trata-se das estruturas jurídicas
que são mais ou menos duradouras. As instituições e os institutos fazem parte
dessas estruturas
•O termo instituição possui várias acepções. No sentido etimológico pode
definir-se como o que está presente ou permanece em evolução na sociedade.
Aquilo que está ou foi instituído. Entende-se como o estabelecimento ou a
fundação de alguma coisa: instituição de uma monarquia; de uma presidência.
INSTITUIÇÕES E INSTITUTO JURÍDICOS.
ORDEM SOCIAL

• O termo instituição nos dá a idéia de um conjunto de normas estáveis que obedece a


regras específicas e se organiza como um corpo social, para certas finalidades. A
instituição, em geral, pode ter caráter político, religioso, econômico etc.

• No campo jurídico, deve ser entendida a instituição como um conjunto de


princípios, um entrelaçamento de costumes, usos e sentimentos, pelos quais se
exercem controles sociais e se satisfazem necessidades e desejos das pessoas em
sociedade.
INSTITUIÇÕES E INSTITUTO JURÍDICOS.
ORDEM SOCIAL

• Há instituições primárias ou fundamentais e secundárias. As principais instituições


da vida social são a família, a propriedade e o Estado. Todos os campos do direito
gravitarão, de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente, em torno delas. As
instituições secundárias, como, por exemplo, a Igreja, o Congresso, os tribunais, os
sindicatos, as universidades, cumprem seu papel de importância no campo jurídico,
com maior ou menor participação em nossa existência, complementando as
instituições fundamentais.
INSTITUIÇÕES E INSTITUTO JURÍDICOS.
ORDEM SOCIAL

• O instituto apresenta menor grau de extensão, mas a mesma compreensão. Trata-se de um complexo
normativo menor
• Cuida-se de uma entidade autônoma de Direito, com suas próprias normas reguladoras, que a
colocam como uma entidade autônoma para fins de estudo e disciplina jurídica, dentro do direito
privado ou do direito público
• Para a vida em sociedade o ser humano tem necessidade de estabelecer ordens, sob o pálio dos
institutos e das instituições. o Homem situa-se em ordens religiosas, éticas, morais e jurídicas. A
ordem jurídica, recebe informação e interferências de ordens de outra natureza, pois a conduta social
deve ser vista permanentemente como um todo.
• A ordem jurídica identifica-se com o conjunto de normas em vigor num Estado
JUSNATURALISMO E JUSPOSITIVISMO

• Toda tradição do pensamento jurídico é voltada para a distinção entre direito natural e direito
positivo.
JUSPOSITIVISMO - sem que essa afirmação tenha matiz absoluto, apenas existe o direito posto, por
conseguinte, a denominação; daí por que pode ser vista a expressão como pleonástica. Esse direito
representa exclusivamente a manifestação da sociedade ou do Estado, os quais impõem regras que
devem ser coercitivamente seguidas.
JUSNATURALISMO - se superpõe à norma e a antecede. Nesse diapasão, mesmo por hipótese,
perante a ausência de Estado ou de poder, o direito justo existe. As normas de direito positivo devem
ser inspiradas em lei maior, a lei natural, que diz respeito à natureza das coisas e à natureza do
homem que se confunde, nessa terminologia, com a sua cultura.
DIREITO NATURAL x DIREITO POSITIVO

A justiça deriva da natureza ou nasce da própria lei?


DIREITO POSITIVO

O Direito Positivo é produzido pelo homem e posto pelo Estado.


É definido como sendo o conjunto de normas jurídicas criadas por
meio de decisões voluntárias e institucionalizadas pelo Estado,
válidos em determinado lugar e tempo, o qual somente existe para
regular as relações entre os homens e está diretamente ligado ao
conceito de vigência.
PRINCIPAIS PERSONAGENS

• O Direito Positivo tem Hegel como principal personagem em sua


abordagem mais recente, no início do século XIX, como oposição
ao idealismo transcendental.
• Já em seu relato mais antigo, data do início no século XV, com a
política prática de Maquiavel, do século XVI com o método
experimental de Francis Bacon ao XVII com o materialismo de
Tomas Hobbes.
DIREITO NATURAL X DIREITO POSITIVO

• Na antiguidade os gregos já
discutiam sobre o direito natural e
positivo.
IDADE MÉDIA

• PATRÍSTICA:
(Direito natural justificado pela fé)
• Mediado pela igreja católica

• Direito positivo: a sociedade era


pluralista
IDADE MODERNA

THOMAS HOBBES JOHN LOCKE JEAN JACQUES ROUSSEAU


(1588- 1679) (1632-1704) (1712-1778)
O estado deve assegurar a paz. Conceito de propriedade é Soberania popular. Direito a
Garantindo dois direitos: Vida e tudo que pertence ao igualdade.
segurança individuo. Liberalismo
elitista.
OS IDEAIS TEÓRICOS INFLUENCIARAM:

Independência dos EUA Declaração dos direitos


Dignidade da pessoa
1776 do homem e do cidadão
humana
1789
FATO SOCIAL

• “É fato social toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de


exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, [...] que é geral na
extensão de uma sociedade dada, e, ao mesmo tempo, possui
existência própria, independentemente de suas manifestações
individuais.”
• (DURKHEIM, 2007, p.13).
FATO SOCIAL

Fenômeno que influencia o modo de pensar e agir dos indivíduos


através dos processos de socialização.

Características:
• Exterioridade/Anterioridade;
• Coercitividade;
• Generalidade.
O DIREITO COMO FATO SOCIAL

Corrente estudada pela Sociologia Jurídica.

O Direito, nessa visão, é visto como fruto das relações sociais e das
suas necessidades. É condicionado pela sociedade e condiciona o
indivíduo.
VALOR

• Etimologicamente – Valere, que significa "quem tem valor, custo".

• Filosoficamente – Maneira de julgar o mundo; Base da conduta


individual.

Na Filosofia, é a Axiologia que vai estudar sobre os valores. Para ela,


valor está intrinsicamente ligado à cultura, portanto não é absoluto e
eterno.
AXIOLOGIA JURÍDICA

A Axiologia Jurídica vai compreender o Direito como a


concretização do valor. Ou seja, a norma é o valor expresso por meio
da linguagem.

“O direito só pode ser compreendido no âmbito da atitude referida ao


valor. O Direito é uma manifestação cultural, isto é, um fato
relacionado a um valor”
(RADBRUCH, 2010, p.11).
NORMA

Conjunto de princípios e regras, presente em todas as instituições sociais, que disciplina o


comportamento humano. A norma descreve o que deve ser.

A Norma Jurídica é a mais perceptível na experiência social normativa e se diferencia


das outras por algumas características particulares.
“Podemos dizer desde já, mesmo em termos ainda genéricos, que o direito constitui uma
parte notável, e talvez também a mais visível, da nossa experiência normativa.”
(BOBBIO, 2001, p.24).
TEORIA PURA DO DIREITO

Hans Kelsen considerou a norma jurídica como o único objeto de


estudo da Ciência do Direito.

O seu objetivo era apenas descrever a norma jurídica sem


incorporar elementos valorativos, aproximando-se apenas do
Direito Positivo e da linha dogmático-normativa do Direito.
TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO

A Teoria Tridimensional do Direito foi elaborada pelo jusfilósofo


brasileiro Miguel Reale. Nela, o Direito é Fato, Valor e Norma ao
mesmo tempo, de maneira dialética e funcional.

• Tridimensionalidade Genérica (Abstrata).


• Tridimensionalidade Específica.
TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO

“Direito não é só norma, como quer


Kelsen. Direito não é só fato como rezam
os Marxistas, ou os economistas do
Direito, porque Direito não é economia.
Direito não é produção econômica, mas
envolve a produção econômica e nela
interfere; o Direito não é principalmente
valor, como pensam os adeptos do Direito
Natural tomista, por exemplo, porque o
Direito é ao mesmo tempo norma, fato e
valor”
(REALE, 1994, p.119)
NORMATIVIDADE

• No direito, o termo normatividade refere-se à vinculação imposta pela


norma jurídica, isto é, sua capacidade de traçar limites obrigatórios de ação
para os indivíduos e as coletividades.

• Konrad Hesse, em sua obra “A força normativa da Constituição”, o poder


da força se apresenta sempre superior à força das normas jurídicas e que a
normatividade submete-se sempre à realidade fática.
NORMAS

• Norma é um termo que vem do latim e significa “esquadro”. Uma norma


que é uma regra que deve ser respeitada e que permite ajustar determinadas
condutas ou atividades. No âmbito do direito, uma norma é um preceito
jurídico.

• Em outras palavras, a norma jurídica exerce o instrumento de definição da


conduta exigida pelo Estado. Ela esclarece ao agente como e quando agir.
Em síntese, norma jurídica é a conduta exigida ou o modelo imposto de
organização social.
REGRAS

Em todo corpo social, em qualquer âmbito, no seio da família, na religião, na


profissão ou no comportamento do ser humano com relação ao Estado, existem
regras. Sem elas a convivência social é inimaginável.

TIPOS DE REGRAS:
• Regras de costume: referem-se à maneira como cada pessoa deve comportar-se
nas várias circunstâncias da convivência.
• Regras de religião: atuam nas condutas pessoais, entre aqueles que professam a
mesma fé, no relacionamento do homem com divindade superior.
• Regras morais: as quais se baseiam numa sociedade ideal e encontram eco na
consciêcia de um e da sociedade.
LEIS

• Etimologicamente, lei provém de eligere (eleger), legere (ligar, entrelaçar)


ou legere (transmitir delegar, incumbir). A lei é, portanto, um mandamento
escrito que transmite e indica ao homem determinada conduta ou posição
(Talles Junior, 2000:38)
• A palavra lei é a forma pela qual o ordenamento transmite e traduz suas
normas. A lei em sentido amplo é uma norma.
• “ a diferença entre norma e lei fica bem clara quando se constata que a
norma é um conceito de Teoria Geral do Direito ou lógica jurídica, enquanto
lei é um conceito de Direito Positivo” (Machado, 2000:72)
ORDENAMENTO JURÍDICO

• ordenamento jurídico é terminologia utilizada como sinônimo de direito


positivo. Portanto, ordenamento é o próprio direito positivo, organizado em
forma de pirâmide, tendo a lei constitucional em seu ponto mais alto.
• Conceito próximo e derivado do ordenamento jurídico é o de ordem jurídica.
Nesse sentido, podemos afirmar que, por exemplo, ordem jurídica brasileira
não admite, em princípio, a retroatividade das leis, a pena de morte e aborto.
• “o ordenamento jurídico é o conjunto de prescrições, ou proposições
prescritivas, que podem ser entendidas como conjunto de palavras
destinadas a prescrever certos comportamentos” (Machado, 2000:71)
CARACTERISTICAS DA NORMA

• BILATERALIDADE - é o caráter da norma jurídica busca estabelecer uma


relação de direito e dever entre dois sujeitos.

• GENERALIDADE - da à norma um caráter geral, sendo esta aplicada a


todos dentro do ordenamento jurídico sem distinção. Vinculado ao principio
da isonomia (Igualdade entre os desiguais).

• ABSTRATIVIDADE - Pela impossibilidade do legislador prever todas as


hipóteses no contexto social, a abstratividade da norma faz da mesma o mais
abrangente possível.
IMPERATIVIDADE E HIPOTETICIDADE

•A IMPERATIVIDADE como diz o próprio nome refere-se a


característica de impor a todos as normas.

•A HIPOTETICIDADE nas normas prevê as condutas a serem


adotadas no futuro quando se verificarem os fatos hipoteticamente
previstos.
COERCIBILIDADE

A coercibilidade é a característica da norma responsável pela


coação tanto psicológica quanto física pelo estado.
ALGUMAS REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS

• BOBBIO, N. Teoria da Norma Jurídica. São Paulo: Edipro, 2001.


• BOBBIO, Norberto. Positivismo jurídico: lições de filosofia do direito, compiladas por Nello Morra;
tradução e notas Márcio Puglesi, Esdon Bini, Carlos E. Rodrigues – São Paulo: Ícone, 1995.
• MATOS, Andityas Soares de Moura Costa. Filosofia do Direito e Justiça na obra de Hans Kelsen. 2.
ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
• __________. O Positivismo Jurídico: Lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, 2006.
• NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. 36. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
ISBN 978-85-309-5381-2.
• FERRAZ, Tércio Sampaio Jr. Introdução ao estudo do direito: Técnica, Decisão, Dominação. 4. ed.
rev. e atual. São Paulo: Atlas S.A, 2003. ISBN 85-224-3484-0.
• DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2007. p.13.

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