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• As relações jurídicas se forma pela incidência de normas jurídicas em fatos sociais – não há
relação jurídica se não houver um fato que corresponda a certas normas ou regras de Direito.
• O direito é um dos meios de resolver conflitos, quando há relação jurídica.
• Os conflitos e relações podem ser judicializados (nem todos) levar os conflitos da sociedade para
o judiciário resolver.
• Quando existe uma norma jurídica prévia (positiva ou não) que incide sobre um fato social
(conflito) e existe um direito subjetivo (possibilidade de exigir de alguém aquilo q a lei me
atribui como próprio) temos uma relação jurídica.
Relação Jurídica
• Morte real (“Morte real é a morte certa, ainda que sem cadáver, e a morte presumida é aquela que é
muito provável que aconteceu, mas você não tem certeza. Por exemplo, quando você está diante de
um desastre aéreo, e existe a prova de que a pessoa estava naquela aeronave, que foi completamente
destruída, e não há a possibilidade de sobreviventes, como o acidente da TAM em Congonhas, você
tem certeza da morte ainda que o corpo não seja localizado.
• Morte civil (Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Dos Excluídos da
Sucessão Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído
sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão)
• Morte presumida é aquela em que é muito provável a morte, mas não se tem certeza dela. Um caso
muito famoso que nós tivemos no Brasil é o da morte da namorada do goleiro Bruno, porque não se
encontrou o corpo, ela sumiu. O que se teve ali foi uma morte presumida sem ausência, porque é
muito provável, por vários vestígios, que ela tenha morrido’.
Pessoa física e pessoa jurídica
• Incapacidades:
• - Absolutamente incapaz: aquele que não pode, por si mesmo,
praticar quaisquer atos jurídicos. Pode ser representado por seu
representante legal.
• Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos
da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos;
Pessoa física e pessoa jurídica
• Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer
limitação voluntária.
Pessoa física e pessoa jurídica
• Funções desempenhadas
o Funções políticas e públicas: Estado, União, Municípios, Autarquias (PJ de Direito
Público)
o Funções econômicas: sociedade limitada, sociedade anônima, cooperativa
o Funções sociais: fundações, associações.
Pessoa jurídica
• Direito Penal
o Apenas pessoas físicas (princípio da culpabilidade)
o Crimes Ambientais: pessoas físicas + pessoas jurídicas
Classificação dos sujeitos de direito de
acordo com a titularidade do direito.
• Os sujeitos ativos referem-se aos titulares de direito diante de
terceiros como, por exemplo, os credores. Onde se podem
reclamar de outros a responsabilidade pela conduta de alguém;
• Erro em exame
• Alimentos gravídicos
•
Em 2017, a 3ª Turma estabeleceu que os alimentos gravídicos — destinados à gestante
para cobertura das despesas no período compreendido entre a gravidez e o parto —
devem ser automaticamente convertidos em pensão alimentícia em favor do recém-
nascido, independentemente de pedido expresso ou de pronunciamento judicial. Essa
conversão é válida até que haja eventual decisão em sentido contrário, em ação de
revisão da pensão ou mesmo em processo em que se discuta a própria paternidade.
Animais na legislação
brasileira: objetos ou
sujeitos de direito?
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002
(CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO).
• “A Constituição diz que os animais são sujeitos de direito desde que estejam assistidos por uma
pessoa capaz – representante, ONG, Ministério Público ou Defensoria Pública. Eles podem estar
como partes de um processo”, explica Edenise Andrade. A consequência dessa divergência de
ideias entre o Código Civil e a interpretação dos juristas animalistas da Constituição está na
dificuldade de ações com animais enquanto autores serem acolhidas pelo juizado, porque,
segundo os estudiosos que não concordam com a tese de que animais são sujeitos de direitos,
somente humanos poderiam fazer isso.
• Além disso, conforme a norma constitucional da proibição da crueldade, os animais têm direito
fundamental à existência digna e podem ir a juízo, conforme o art. 2º, §3º do Decreto 24.645/1934,
ou seja, podem defender um direito próprio no judiciário por meio de ação – uma das principais
argumentações de que animais são sujeitos de direito.
Nem coisas, nem pessoas: animais de estimação seriam um "terceiro
gênero"
OS ANIMAIS PODEM SER PARTE EM PROCESSOS
JUDICAIS?
• “[...] inexistindo a titularidade de direitos por parte dos animais, inexiste a capacidade de ser parte, qualidade
essa umbilicalmente ligada à possibilidade de titular direitos e contrair obrigações, ainda que representado
ou assistido.
• [...] a conclusão a chegamos decorre, em última instância — nada obstante o emprego da doutrina e da
jurisprudência —, da lei. Basta a vontade do legislador para que se necessite de novo estudo, pois aí os textos
normativos serão outros, e, por consequência, igualmente outras serão as opiniões doutrinárias e
jurisprudenciais. Afinal, já dizia Ihering, “o direito não é pura teoria, mas uma força viva”, e como força viva,
está em constante mudança. Por ora, no entanto, o sistema jurídico brasileiro nega aos animais a capacidade
de ser parte, e isso não significa necessariamente uma menor importância à tutela desses direitos”.
• DE OLIVEIRA ALVES, Pedro; MENDES DA SILVA, Iuri. ANIMAIS COMO PARTES NO PROCESSO: UMA IMPOSSIBILIDADE
JURÍDICA?. Direito. UnB - Revista de Direito da Universidade de Brasília, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 121–151, 2023. Disponível em:
https://periodicos.unb.br/index.php/revistadedireitounb/article/view/43518. Acesso em: 21 mar. 2024.
Decisões judiciais reconhecem a capacidade
de ser parte dos animais em âmbito jurídico
• Em diversas ocasiões, o Supremo Tribunal Federal reafirmou sua jurisprudência, reconhecendo dignidade aos animais
e considerando ultrapassado e insuficiente o conceito civilista que os define como coisa/bem. O Superior Tribunal de
Justiça (STJ) também rejeitou o tratamento jurídico dos animais como simples "coisas", apontando para
"a incongruência entre o regime jurídico dos animais não-humanos no Código Civil de 2002 com a Constituição".
• Todo animal é sujeito de direitos fundamentais porque a própria Constituição Federal, no artigo 225, parágrafo 1º, lhe
reconhece dignidade. O reconhecimento, pois, da dignidade própria dos animais gera também efeitos processuais,
possibilitando o acesso à justiça para a defesa de direitos subjetivos e a ampliação da proteção animal por vias, até
então, pouco reguladas e conhecidas pelo Direito.
• Desde o ano de 1934, o Decreto Federal nº 25.645 reconhece a capacidade processual dos animais ao dispor que "os
animais serão assistidos em juízo pelos representantes do Ministério Público, seus substitutos legais e pelos membros
das sociedades protetoras de animais". Em que pese alguma discussão quanto à vigência do Decreto, o normativo foi
validado pelo STJ, que o considerou compatível com a Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
• GONZAGA, Henrique de Araújo & PAVLOVSKY, Rebeca Stefanin. Decisões judiciais reconhecem a capacidade de ser
parte dos animais em âmbito jurídico. Migalhas, 9 de junho de 2022. Disponível em:
https://www.migalhas.com.br/depeso/367655/capacidade-de-ser-parte-dos-animais-em-ambito-jurídico.
PROPOSTA DE REFORMA DO CÓDIGO
CIVIL BRASILEIRO
• Dos Bens Móveis e Animais
•
(…)
Art. 82-A Os animais, que são objeto de direito, são considerados seres vivos dotados de
sensibilidade e passíveis de proteção jurídica, em virtude da sua natureza especial.
§ 1º A proteção jurídica prevista no caput será regulada por lei especial, a qual disporá
sobre o tratamento ético adequado aos animais;
§ 2º Até que sobrevenha lei especial, são aplicáveis subsidiariamente aos animais as
disposições relativas aos bens, desde que não sejam incompatíveis com a sua natureza e
sejam aplicadas considerando a sua sensibilidade;
§ 3º Da relação afetiva entre humanos e animais pode derivar legitimidade para a tutela
correspondente de interesses, bem como pretensão indenizatória por perdas e danos
sofridos.
Projeto de Lei nº de 2023 (Do Sr. Matheus Laiola)
Reconhece a família multiespécie como entidade familiar e dá outras
providências (PL nº 179/2023).