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PARTE GERAL
Bibliografia
• DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro –
volume 1
92ª Questão:
ESPÉCIES
Natural
Jurídica
Art. 2º A personalidade civil da pessoa
começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção, os direitos
do nascituro.
Questão problema
Gumercindo, 35 anos, está em viagem com sua
esposa, Ilicínea, 32 anos, e com os dois filhos,
Gumercindo Júnior (13 anos) e Porfírio Neto (7 anos).
Ilicínea está no sétimo mês de gestação.
Sofrem acidente ao trafegarem pela BR-381, e
Gumercindo morre.
O seguro de vida do mesmo (R$ 1.000.000,00) não
especifica os beneficiários.
Defina quem deverá receber, quanto receberá e
justifique a sua decisão.
NASCITURO
Teorias vigentes sobre a personalidade civil:
•Natalista
Somente se inicia no nascimento com vida.
•Personalidade Condicional
O nascituro é pessoa condicional, uma vez que
apenas o nascimento com vida permite a
aquisição da personalidade civil.
•Concepcionista
A personalidade surge na concepção, ressalvados
direitos cuja eficácia dependem do nascimento,
como os direitos patrimoniais (ex.: sucessão).
I Jornada de Direito Civil
Coordenador-Geral
Ministro Ruy Rosado de Aguiar
Comissão de Trabalho
Parte Geral
Coordenador da Comissão de Trabalho
Humberto Theodoro Jr.
Número
1
Enunciado
A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que
concerne aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e
sepultura.
Referência Legislativa
Norma: Código Civil de 2002 - Lei n. 10.406/2002
ART: 2;
Palavras de Resgate
PERSONALIDADE CIVIL DA PESSOA, DIREITOS DO NASCITURO
Espécies
ABSOLUTA RELATIVA
Art. 6. São incapazes, relativamente Art. 4o São incapazes, Art. 4º São incapazes,
a certos atos (art. 147, n. 1), ou à relativamente a certos atos ou à relativamente a certos atos ou à
maneira de os exercer: maneira de os exercer: maneira de os exercer:
I. Os maiores de dezesseis e I - os maiores de dezesseis e I - os maiores de dezesseis e
menores de vinte e um anos (arts. menores de dezoito anos; menores de dezoito anos;
154 a 156). II - os ébrios habituais, os viciados II - os ébrios habituais e os viciados
II. As mulheres casadas, enquanto em tóxicos, e os que, por em tóxico;
subsistir a sociedade conjugal. deficiência mental, tenham o III - aqueles que, por causa
III. Os pródigos. discernimento reduzido; transitória ou permanente, não
IV. Os silvícolas. III - os excepcionais, sem puderem exprimir sua vontade;
Parágrafo único. Os silvícolas desenvolvimento mental IV - os pródigos.
ficarão sujeitos ao regime tutelar, completo;
estabelecido em leis e regulamentos IV - os pródigos.
especiais, e que cessará à medida
de sua adaptação.
INCAPACIDADE
•Indígenas
Lei nº 6001/73 – Estatuto do Índio
Sujeitam-se à tutela da União até o momento em
que se adaptarem à civilização, sendo
considerados nulos os atos praticados entre índios
não adaptados e os não índios.
Classificação dos indígenas:
•Isolados;
•Em vias de integração;
•Integrados.
INCAPACIDADE
MAIORIDADE EMANCIPAÇÃO
•Morte Real
•Comoriência
Apelação Cível 1.0183.06.118706-2/001
Relator(a): Des.(a) Caetano Levi Lopes
Data de Julgamento: 19/08/2008
Data da publicação da súmula: 09/09/2008
•Morte Presumida
Espécies
Com declaração de ausência
Sem declaração de ausência:
2.1 – Extremamente provável a morte de quem se encontrava
em perigo de vida;
2.2 – Não há retorno, em até 2 anos após o fim da guerra, do
indivíduo que foi feito prisioneiro ou se encontrava desaparecido
durante o confronto.
Ausência
O requisito primordial da ausência é o DESAPARECIMENTO DO
INDIVÍDUO, seja consciente ou inconscientemente, voluntário ou não.
EVOLUÇÃO
Requisitos
Curadoria dos bens
Requerimento judicial para declaração de
ausência e nomeação de curador.
Ordem de preferência (art. 25):
I - o cônjuge não separado judicialmente ou
de fato a mais de dois anos;
II - pais do ausente;
III - descendentes, preferindo os mais
próximos aos mais remotos;
IV - alguém à livre escolha do juiz.
Curadoria dos bens
Fases do processo (CPC, arts. 1.160/1.161):
1.Declaração da ausência;
2.Arrecadação dos bens do ausente, que ficarão sob a
responsabilidade do curador nomeado;
3.Publicação de editais durante um ano, de dois em dois
meses, anunciando a arrecadação e chamando o ausente a
retomar na posse de seus bens.
Lapso temporal:
1) DEZ ANOS do trânsito em julgado da decisão
de abertura da sucessão provisória;
2) Ausente já tem 80 anos de idade e há cinco
anos não há notícias de seu paradeiro.
Sucessão Definitiva
EFEITOS
Teorias
Idade Média
Cristianismo: o homem é a personificação da imagem do criador, passando
então à qualidade de sujeito dotado de valores intrínsecos a sua própria
humanidade, simplesmente por ser imagem e semelhança de Deus.
Características:
Oponíveis erga omnes;
Intransmissíveis;
Irrenunciáveis;
Características:
• Fora do comércio;
• Imprescritível;
• Não se adquire por usucapião;
• Inestimável;
• Irrenunciável;
• Oponível erga omnes;
• Intransmissível;
• Ubíquo (pertence tanto ao direito privado como ao direito público);
• Imutável, como regra geral.
Formação do nome
Nome de Nome de
PRENOME família família
materno paterno
Elementos secundários (ou
circunstanciais) do nome
Agnome
Apelido ou alcunha ou epíteto ou vulgo ou cognome
Hipocorístico
Nome Vocatório (nome adotado pela própria pessoa)
Pseudônimo (nome fictício) ou Heterônimo ou Codinome
Títulos ou Axiônimos ou Axiônios
a) títulos nobiliárquicos ou honoríficos
b) títulos eclesiásticos
c) títulos qualificativos de identidade oficial
d) títulos acadêmicos e científicos
e) títulos de tratamento, de cortesia ou de reverência
Alterações referentes ao nome
São hipóteses de alteração do PRENOME:
a) Art. 55, parágrafo único LRP;
b) Equívocos de grafia;
c) Art. 58, parágrafo único LRP;
d) Adoção. art. 47, §5° ECA;
e) Homonímia depreciativa, causando embaraços
profissionais/sociais;
f) Tradução: קְ ֶלנִיאֹו
Exceções:
a)Administração da Justiça;
b)Manutenção da ordem pública.
Ausência de autorização
Apelação Cível
1.0290.04.019702-9/001 0197029-88.2004.8.13.0290 (1)
Relator(a): Des.(a) Luiz Carlos Gomes da Mata
Data de Julgamento: 27/08/2009
Data da publicação da súmula: 14/09/2009
Ementa: INDENIZAÇÃO - PUBLICAÇÃO DE FOTOGRAFIA SEM
AUTORIZAÇÃO - DANO MORAL CONFIGURADO - DEVER DE
INDENIZAR. O direito à imagem tem caráter personalíssimo e visa
resguardar a privacidade do indivíduo, na medida em que este pode se
opor à divulgação de sua imagem, sem precisar explicitar suas razões.
A partir do momento que é facultado à pessoa, e somente a ela, o
poder de decisão acerca do uso de sua imagem, para que ocorra o
dano moral basta que esta imagem seja veiculada de maneira
indevida, sem a autorização necessária. A indenização por dano moral
não pode ser inexpressiva a ponto de estimular a repetição de fatos,
tais como os narrados nos autos, nem ser exorbitante ao ponto de
ocasionar enriquecimento sem causa.
Internet
Processo: Apelação Cível Relator(a): Des.(a) Wagner Wilson
1.0109.07.009368-6/001 0093686-32.2007.8.13.0109 (1)
Data de Julgamento: 19/08/2009 Data da publicação da súmula: 04/09/2009
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIVULGAÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO, VIA INTERNET, DE
FOTOS ÍNTIMAS. DEVER DE INDENIZAR. LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ. INOCORRÊNCIA.
1. A divulgação, via Internet, de fotografias de momentos íntimos da autora sem a sua
autorização constitui ato ilícito e enseja o dever de indenizar. 2. Quanto à caracterização
do dano moral, em casos como o dos autos, a ocorrência é ""ipso facto"". A prova do
dano é dispensável. Situação como a presente dispensa demonstração de espécie
alguma, pois o fato fala por si, já que a veiculação de imagens em momentos íntimos,
envolvendo a identificação do telefone e nome da vítima, acarreta, sem dúvida, abalo à
honra e à dignidade pessoal desta. 3. Tratando-se de dano moral, o conceito de
ressarcimento abrange duas forças: uma de caráter punitivo, com vistas a castigar o
causador do dano pela ofensa praticada e outra de caráter compensatório, destinada a
proporcionar à vítima algum benefício em contrapartida ao mal sofrido. Assim, tal
ressarcimento presta-se a minimizar o desequilíbrio e aflição suportados pela vítima, não
podendo, em contrapartida, constituir fonte de enriquecimento injustificado. 4. Para a
configuração da litigância de má-fé, com a conseqüente aplicação dos arts. 17 e 18 do
CPC, é imprescindível que se prove, de forma cabal, que a parte estava agindo imbuída
de dolo processual, o que não se verificou no caso dos autos.
Exposição danosa
Processo: Apelação Cível 1.0024.06.931219-7/001
Relator(a): Des.(a) Alberto Henrique
Data de Julgamento: 12/07/2012
Data da publicação da súmula: 18/07/2012
Deve-se ter em vista que a manifestação do pensamento não é um direito absoluto e tem
como limite lógico a fronteira dos direitos alheios, de modo que não pode ser praticada com
excesso em detrimento dos direitos dos indivíduos.
(STJ - Resp 803.129): “Nesse contexto, constato que não houve dano algum à
integridade física ou moral, pois a Universidade não utilizou a imagem do técnico em
situação vexatória, nem tampouco para fins econômicos. Desse modo, não há porque
falar no dever de indenizar”.
Uso comercial
Apelação Cível
1.0024.07.544041-2/001 5440412-64.2007.8.13.0024 (1)
Relator(a): Des.(a) Hilda Teixeira da Costa
Data de Julgamento: 09/06/2011
Data da publicação da súmula: 17/08/2011
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DIREITO DE IMAGEM -
FOTOGRAFIA DE JOGADOR DE FUTEBOL EM ÁLBUM DE FIGURINHAS - CESSÃO
DE DIREITOS - AUSÊNCIA DE REPASSE DO VALOR DEVIDO AO ATLETA -
INDENIZAÇÃO DEVIDA - DENUNCIAÇÃO A LIDE DO CLUBE - ACOLHIDA -
RECURSO PRINCIPAL PARCIALMENTE PROVIDO E RECURSO ADESIVO
PROVIDO. Ficando expresso que o percentual de 20% do que o clube recebesse seria
repassado aos atletas, e restando incontroverso a utilização sem autorização da
imagem do jogador autor, entendo restar presente o dever de indenizar ao apelante,
haja vista que sua imagem foi utilizada sem autorização e qualquer recebimento em
razão da sua divulgação.