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3. DO MÉRITO
A autora viveu em união estável com o réu, por 12 anos, decorrendo de tal
relação o nascimento de Caio Santos Silva, menor impúbere. Desde o fim da
união, o requerido vem arcando com o pensionamento espontâneo de Caio de
forma regular, realizando os depósitos em conta corrente da requerente, na
quantia de R$ 2.000,00 como demonstram os comprovantes,
É sabido que as responsabilidades pela criação dos filhos são igualmente dos
Pais, as despesas devem ser divididas entre os genitores, não devendo
sobrecarregar apenas um. A pensão alimentícia é para auxiliar, e não custear
todas as despesas, uma vez que tanto a Mãe como o Pai, tem o dever de
cumprir com os encargos, tendo obrigação de suprir as necessidades dos
filhos. Assim como dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu
artigo 22:
“Art. 22. Aos pais incumbe o dever de
sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no
interesse destes, a obrigação de
cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais..”
Destaca-se que a requerente também é servidora pública, recebe mensalmente
a quantia de R$ 10.000,00 (Dez mil reais), e alega que o valor pago pelo Pai
do menor, não é suficiente para sustento do filho. De acordo com os
comprovantes juntados aos autos, pela própria autora, as despesas do menor
não ultrapassam o valor de R$ 4.000 (Quatro mil reais). Sendo assim, o
requerido já arcar com pelo menos 50% das despesas do filho, valor este
proporciona e justo. O § 1º do art. 1.694 do Código Civil, aduz que os
alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e
dos recursos da pessoa obrigada. Assim, levando em consideração que no
caso em litigio, a requerente, inclusive, encontra-se em situação financeira até
melhor que a do réu, percebendo melhor salário, a mesma possui condições
de arcar com parte das despesas do filho.
Ressalta-se ainda que o pedido da requerente, em condenar o réu a pagar
alimentos no valor referente a 50% de seu salario é inexequível, pois tal
quantia, além de estar acima dos custos com as despesas do menor, sem
duvida irá comprometer a renda do requerido, podendo prejudicar o seu
próprio sustento.
Ante o exposto requer que seja julgado totalmente improcedente o pedido da
autora na fixação de alimentos na proporção de 50% do salário do réu.
5.DOS PEDIDOS
Isto posto, requer a Vossa Excelência:
A: Seja acolhida a primeira preliminar arguida, com o reconhecimento da
incompetência absoluta deste juízo, sendo este remetido ao juízo
competente.
B. Seja acolhida a segunda preliminar de ilegitimidade ativa, determinando a
extinção do processo sem resolução do mérito;;
C. Seja julgado improcedente o pedido de fixação de alimentos na proporção
de 50% do salário do réu.
D. A condenação do autor ao pagamento das custas judiciais e honorários
advocatícios.
6. DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos,
notadamente, documental e testemunhal, bem como depoimento pessoal do
autor, na amplitude do art. 369 CPC.
Termos em que pede e
Espera deferimento.
Local, data
Advogado
OAB/UF