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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO D

Processo nº: ...


CIRO SANTOS, já qualificado na inicial, por intermédio de seu advogado
subscrito, com endereço profissional à rua..., localidade a qual deverá receber
futuras intimações, conforme dispõe artigo 77, inciso V, do código de
processo civil, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, nos autos... da
ACÃO DE ALIMENTOS, pelo procedimento especial, movido por
SUZANA MARQUES, já qualificada nos autos, vem a este juízo oferecer
CONTESTAÇÃO, para expor e requerer o que segue:
1. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
A requerida não tem a interesse de realizar audiência de conciliação e
mediação, com base no artigo 334 §5 do código de processo civil.
2. PRELIMINARMENTE
2.1 DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
De acordo o artigo 53, inciso II do código de processo civil, tratando-se de
ação de alimentos o foro competente é o domicilio do alimentando, dessa
forma a ação deveria ser distribuída em uma das Varas da família da comarca
de Sobral, local onde reside o menor.
2.2 DA ILEGITIMIDADE ATIVA
A requerente não é a titular do direito material em litigio, não sendo ela parte
legitima, não pode ajuizar ação em nome próprio. Tendo em vista que o
menor é o detentor do direito personalíssimo, ele deveria figurar o polo ativo
da ação. Conforme dispõe o artigo 18 do código de processo civil, “ninguém
pode pleitear em juízo, em nome próprio, na defesa de direito alheio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico”.
Ante o exposto, requer a extinção do processo sem resolução, com base no
artigo 485, inciso VI do código de processo civil.

3. DO MÉRITO
A autora viveu em união estável com o réu, por 12 anos, decorrendo de tal
relação o nascimento de Caio Santos Silva, menor impúbere. Desde o fim da
união, o requerido vem arcando com o pensionamento espontâneo de Caio de
forma regular, realizando os depósitos em conta corrente da requerente, na
quantia de R$ 2.000,00 como demonstram os comprovantes,
É sabido que as responsabilidades pela criação dos filhos são igualmente dos
Pais, as despesas devem ser divididas entre os genitores, não devendo
sobrecarregar apenas um. A pensão alimentícia é para auxiliar, e não custear
todas as despesas, uma vez que tanto a Mãe como o Pai, tem o dever de
cumprir com os encargos, tendo obrigação de suprir as necessidades dos
filhos. Assim como dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu
artigo 22:
“Art. 22. Aos pais incumbe o dever de
sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no
interesse destes, a obrigação de
cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais..”
Destaca-se que a requerente também é servidora pública, recebe mensalmente
a quantia de R$ 10.000,00 (Dez mil reais), e alega que o valor pago pelo Pai
do menor, não é suficiente para sustento do filho. De acordo com os
comprovantes juntados aos autos, pela própria autora, as despesas do menor
não ultrapassam o valor de R$ 4.000 (Quatro mil reais). Sendo assim, o
requerido já arcar com pelo menos 50% das despesas do filho, valor este
proporciona e justo. O § 1º do art. 1.694 do Código Civil, aduz que os
alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e
dos recursos da pessoa obrigada. Assim, levando em consideração que no
caso em litigio, a requerente, inclusive, encontra-se em situação financeira até
melhor que a do réu, percebendo melhor salário, a mesma possui condições
de arcar com parte das despesas do filho.
Ressalta-se ainda que o pedido da requerente, em condenar o réu a pagar
alimentos no valor referente a 50% de seu salario é inexequível, pois tal
quantia, além de estar acima dos custos com as despesas do menor, sem
duvida irá comprometer a renda do requerido, podendo prejudicar o seu
próprio sustento.
Ante o exposto requer que seja julgado totalmente improcedente o pedido da
autora na fixação de alimentos na proporção de 50% do salário do réu.

5.DOS PEDIDOS
Isto posto, requer a Vossa Excelência:
A: Seja acolhida a primeira preliminar arguida, com o reconhecimento da
incompetência absoluta deste juízo, sendo este remetido ao juízo
competente.
B. Seja acolhida a segunda preliminar de ilegitimidade ativa, determinando a
extinção do processo sem resolução do mérito;;
C. Seja julgado improcedente o pedido de fixação de alimentos na proporção
de 50% do salário do réu.
D. A condenação do autor ao pagamento das custas judiciais e honorários
advocatícios.

6. DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos,
notadamente, documental e testemunhal, bem como depoimento pessoal do
autor, na amplitude do art. 369 CPC.
Termos em que pede e
Espera deferimento.
Local, data
Advogado
OAB/UF

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