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EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) JUIZ(A) DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE [CIDADE]

- [UF]

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, representado por seu procurador [Nome
do procurador], inscrito na OAB sob o nº [Número da OAB], com endereço na [Endereço
completo], apresenta sua CONTESTAÇÃO nos autos da AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE
SALÁRIO MATERNIDADE proposta por XXXXX, portadora do CPF nº [Número do CPF do
Requerente] devidamente já citada nos autos, nos termos e fundamentos a seguir.

I – SÍNTESE DOS FATOS

A Autora alega possuir [número de filhos legítimos/adotados], exercer atividade rural como
segurada especial, tendo protocolado requerimento administrativo de salário maternidade que foi
indeferido pelo INSS. Alega que preenche os requisitos para a concessão do benefício e busca a
tutela do Poder Judiciário.

II – DA VERDADE REAL E FUNDAMENTAÇÃO DA AÇÃO

A Autora alega que possui direito ao salário maternidade como segurada especial,
embasando seu pedido no exercício de atividade rural e no suposto preenchimento dos requisitos
legais. No entanto, é imperativo destacar que o INSS, na condução de seu papel fiscalizador e
executor da política previdenciária, analisou o requerimento administrativo e o indeferiu com
fundamento na ausência de cumprimento dos requisitos de carência necessários. A concessão de
benefícios previdenciários, inclusive o salário maternidade, está condicionada ao cumprimento dos
requisitos estabelecidos em lei. No caso da segurada especial, um desses requisitos é o cumprimento
da carência, que corresponde a um mínimo de dez contribuições mensais, conforme disposto no art.
25, inciso III, da Lei 8.213/91 é claro ao estabelecer a necessidade de, no mínimo, dez contribuições
mensais. A Autora não demonstrou de forma convincente que cumpriu esse requisito.
A Autora alega que possui os requisitos necessários para a concessão do benefício,
entretanto, a documentação apresentada não é suficiente para comprovar o exercício da atividade
rural pelo período mínimo exigido. Além disso, é essencial destacar que o ônus da prova cabe ao
requerente, como previsto no art. 373, I do Código de Processo Civil.

III – DA NECESSIDADE DE PROVA DOCUMENTAL

No caso em questão, os documentos apresentados pela Autora são insuficientes para


comprovar o cumprimento da carência, bem como o exercício de atividade rural nos doze meses
imediatamente anteriores ao requerimento do benefício. A documentação acostada aos autos inclui
notas de produtor rural (doc.01, 02 e 03), que, por si só, não atestam o efetivo exercício da atividade
rural nos termos da legislação previdenciária. Além disso, a mera alegação de que a autora exerceu
a atividade rural não é suficiente para respaldar o deferimento do benefício. É imprescindível que
haja provas concretas que demonstrem o efetivo labor rural no período de carência exigido pela
legislação previdenciária. Dessa forma, a documentação apresentada pela Autora não é idônea para
comprovar os requisitos necessários à concessão do salário maternidade.

IV – DA CONDENAÇÃO EM CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


Por fim, caso Vossa Excelência julgue improcedente o pedido formulado pela Autora, requer
a condenação desta nas custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do
Código de Processo Civil.

V – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a este Juízo:

a. Seja julgada improcedente a presente demanda;

b. A condenação da Autora nas custas processuais;

c. A condenação da Autora ao pagamento dos honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do


Código de Processo Civil;

d. A produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente a realização de perícia para


verificar a idoneidade dos documentos apresentados pela Autora.

Nestes termos, pede deferimento.

[Local], [Data]
OAB nº [Número da OAB]

Aluno: Raylan Keven da Costa Pessoa


Aluno: Leonardo Felipe

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