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A presente ação é proposta em face do INSS - Instituto Nacional do Seguro Social, pessoa
jurídica de direito público, com sede administrativa na rua XXXXXX, CEP XXXX,
fundamentando-se nos seguintes fatos e fundamentos jurídicos:
O requerente, sob as penas da lei, afirma, neste ato e com base na declaração de
hipossuficiência em anexo, que não tem condições financeiras para arcar com as despesas
processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família. Diante disso, requer a concessão
dos benefícios da assistência judiciária gratuita, prevista no artigo 5º, inciso LXXIV da
CRFB/1988.
II - DOS FATOS
Ademais, tal entendimento é ratificado pela TNU, uma vez que a prova testemunhal pode
suprir eventuais lacunas da prova material, como se depreende das seguintes decisões:
"Esta Turma já pacificou o entendimento de que para a concessão de aposentadoria rural por
idade não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente à
carência do benefício." [...]
O requerente, por sua vez, já alcançou a idade mínima exigida pela lei previdenciária e possui
mais de XXXXXX contribuições comprovadas de atividade rural na data do preenchimento do
requerimento administrativo.
Desse modo, ante as injustiças e ilegalidades perpetradas, é necessária a intervenção do Poder
Judiciário para a regularização da situação.
Assim, diante das provas apresentadas, resta evidente a procedência do pedido formulado pelo
Requerente, razão pela qual se espera que a Justiça reconheça o seu direito à aposentadoria
rural por idade.
Para a concessão da aposentadoria rural por idade, é necessário o cumprimento dos requisitos
previstos no art. 48, § 1º, da Lei nº 8.213/91, quais sejam: idade mínima de 60 anos para
homens e 55 anos para mulheres, além de comprovação do exercício de atividade rural
durante o período de carência exigido pelo referido dispositivo legal.
A carência, por sua vez, é cumprida mediante a comprovação de pelo menos 180 meses de
atividade rural, conforme previsto no art. 143 da referida lei.
No caso em tela, o Requerente comprovou a idade mínima exigida por lei, bem como a
carência necessária através dos documentos juntados aos autos, conforme já mencionado
anteriormente.
Assim, no caso em tela, restou devidamente comprovado o exercício de atividade rural pelo
Requerente, não havendo qualquer motivo para a negativa do benefício.
Dessa forma, a comprovação da atividade rural por meio de prova material inicial, mesmo que
não abranja todo o período equivalente à carência exigida, aliada a prova testemunhal, é
suficiente para a concessão da aposentadoria rural por idade.
Além disso, a jurisprudência tem se posicionado de forma favorável aos trabalhadores rurais
que comprovam o exercício da atividade rural, mesmo que de forma descontínua, como é o
caso do requerente.
Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu que "a condição de trabalhador
rural pode ser demonstrada por meio de prova testemunhal e documental, ainda que de forma
descontínua, exceto se a atividade rural se mostrar ínfima ou episódica" (STJ, AgRg no REsp
1.568.474/SP).
Diante do exposto, fica evidente que o requerente cumpre todos os requisitos legais para a
concessão da aposentadoria rural por idade, e não há razão para a negativa do benefício por
parte do INSS. Assim, requer-se que seja concedida a aposentadoria rural por idade ao
requerente, com o pagamento das parcelas retroativas devidas, desde a data do requerimento
administrativo.
Conforme preceituado no art. 48, §1º da Lei 8.213/91, a aposentadoria por idade rural será
devida ao segurado que completar 60 anos de idade, se homem, e 55 anos, se mulher, desde
que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses
de contribuição correspondentes à carência do benefício.
O requisito da carência, por sua vez, é de 180 contribuições mensais (art. 143, inciso II, do
Decreto 3.048/99).
Importante destacar que a prova material, embora necessária, não precisa abranger todo o
período de carência. Conforme Enunciado nº 14 da Turma Nacional de Uniformização da
Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais (TNU), "para a concessão de aposentadoria
rural, não exige que o início de prova material corresponda todo o período equivalente à
carência do benefício".
Nesse sentido, a jurisprudência tem entendido que outras provas, como a testemunhal, podem
complementar a prova material. Segue julgado ilustrativo:
Assim, considerando que o requerente preenche todos os requisitos legais para a concessã o
do benefício de aposentadoria rural por idade, nos termos do artigo 143 da Lei 8.213/91 e
do artigo 48, §3º, da mesma lei, requer-se a concessã o do benefício, com a fixaçã o do termo
inicial na data do requerimento administrativo (DD/MM/AAAA), a inclusã o do benefício em
folha, bem como o pagamento das parcelas vencidas e vincendas, corrigidas
monetariamente desde as respectivas datas de vencimento e acrescidas de juros
morató rios.
Pelo exposto, espera-se que o Poder Judiciá rio, apó s o regular processamento do presente
feito, julgue procedente o pedido, concedendo a aposentadoria rural por idade ao
requerente.
DOS PEDIDOS
Pede deferimento.