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ELIZETE ROGÉRIO

ADVOGADA
AV. FAGUNDES DE OLIVEIRA N.º 1841, VILA SÃO JOSÉ - DIADEMA - SÃO PAULO
- CEP: 09950-300 - FONE/FAX 4075 -4275
_______________________________________________________
exmo. Sr. Dr. Juiz FEDERAL da 7º vara PREVIDÊNCIARIA são
Paulo

PROCESSO:2002.61.83.02393-6
( BENEFICI;ÁRIO DA Justiça Gratuita)

juvenal vieira da silva, já qualificado no processo


em epígrafe, vem por sua advogada e bastante procuradora, que esta
subscreve à presença de V.Exa , e respectivo cartório, apresentar sua
RECURSO DE APELAÇÃO, em face do INSTITUTO NACIONAL
DO SEGURO SOCIAL, onde segue em anexo suas razões.

Requer o recebimento e o processamento da Contra


Razões de Apelação, com ulterior encaminhamento dos autos ao EGRÉCIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3º REGIÃO- SÃO PAULO,
para o reconhecimento e o julgamento.

Nestes termos,
P.E. Deferimento.
São Bernardo do Campo, 14 de Abril de 2004.

ELIZETE ROGERIO
OAB/SP 125.504
RAZÕES DE RECURSO
DE
APELAÇÃO

AÇÃO DE percepção de aposentadoria com reconhecimento de tempo


de serviço urbano ( com período especial) e rural com pedido de tutela
antecipada

AUTOS: 2002.61.83.002393-6

7º VARA DAS PREVIDÊNCIAS - SÃO PAULO

APELANTE : JUVENAL VIEIRA DA SILVA

APELADO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL -

INCLITOS JULGADORES

NOBRES JULGADORES

colenda câmara

A r. sentença recorrida de fls. 436/444, Diante


do exposto, extingo o processo com julgamento do mérito , na forma do
artigo 269, inciso I, do Código de Processo Civil, julgando procedente o
pedido para condenar o réu a considerar como especiais os períodos de
13/03/1974 a 11/06/1980 e 03/09/1990 a 13/08/1991 trabalhados,
respectivamente, nas empresas RESIL INDUSTRIAS E CÓMERCIO LTDA
e TUROTEST MEDIDORES LTDA, convertendo os de especiais em
comuns, e averbar como tempo rural o período de 22/08/1966 a 24/05/1973 ,
para que sejam somados aos demais períodos , e conceder aposentadoria por
tempo de contribuição, ao autor, sedai resultar tempo suficiente, nos termos
dos artigos 52 e seguintes da Lei n.º 8.213/91, a partir de 17/08/1999, data
do requerimento administrativo.

Condeno ainda o demandado a efetuar o


pagamento das diferenças que foram apuradas, com correção monetária
calculada nos termos do Provimento n.º 26/01, da Egrégia Corregedoria
Geral da Justiça Federal da 3ª Região, e na forma do Manual de Orientação
de Procedimento para os Cálculos Egrégio Conselho da Justiça Federal e
Súmula 8 do E. TRF da 3ª Região ( correção monetária a partir do
vencimento de cada prestação do beneficio), com juros de 1% ao mês,
contados da citação. Eventuais valores recebidos administrativamente pela
parte serão compensados por ocasião da liquidação da sentença. Sem custas.
Condeno o réu ao pagamento dos honorários advocatícios, que arbitro em
10% ( dez por cento), sobre o valor da condenação, excetuadas as parcelas
vincendas (Sumula n.º 111, do STJ). Sentença sujeita ao reexame necessário.
Decorrido o prazo para recurso voluntário, com ou sem ele, subam os autos
ao E. Tribunal Regional federal da 3ª Região.

RAZÕES DO APELANTE

Em r. sentença, proferida, pela MM. Juíza “aquo”,


a mesma alega, que não houve comprovação de todo o período rural, ou seja,
de 01/01/1966 até 30/06/1973.

O Autor, juntou no procedimento administrativo,


os seguintes documentos, certidão de casamento, declaração da fazendeira,
INCRA, documentos da dona da fazenda, declaração das testemunhas,
documentos da terra, certidão de nascimento do filho ( 06 de agosto de
1966), certidão de nascimento do filho ( 17/03/1970), certidão de casamento
de 24/05/1973.

O Autor, quando requereu o reconhecimento do


período rural, em data de 01/01/1966, quando o mesmo já tinha uma idade
de 27 ( vinte e dois) anos, portanto já havia anos que o mesmo laborava na
lavoura, e quando ingressou no primeiro emprego em São Paulo, foi em
24/07/73, nesta época o mesmo já tinha 34 ( trinta e quatro) anos, portanto já
com uma idade bem avançada. Em tese passou maior parte de sua vida na
roça.

Reconhecendo todo o período rural do Autor,


somado ao período especial e ao tempo comum trabalhado na área urbana, o
mesmo tem 32 anos 6 meses 06 dias, mas a MM. Juíza “aquo”, deixou de
reconhecer, mais de sete meses do período rural, prejudicando uma pessoa
que passou parte de sua vida na lavoura e desta forma o tempo de serviço do
Autor e mais ou menos 31 ( trinta e hum) anos, e a sua aposentadoria terá
uma diminuição de 5% ( cinco) por cento, para o resto de sua vida..

No procedimento administrativo, esta acostado a


relação de salário do Apelante, e como pode ser verificado pelos Nobres
Julgadores, o mesmo sempre recebeu um salário de valor baixo e retirando
desta, pessoa o equivalente a 5% ( cinco por cento), o mesmo terá um
enorme prejuízo em sua vida.

Como o Apelante, juntou vários documentos, para


comprovar o período rural, então a decisão da MM. Juíza “aquo, não foi
corroborado , somente pelas provas testemunhas, e sim pelas provas
testemunhais e provas documental.

E neste sentido temos também várias


jurisprudência, como passamos transcreve - la:

TEMPO DE SERVIÇO - RECONHECIMENTO PARA FINS


PREVIDENCIÁRIOS - AÇÃO DECLARATÓRIA - PROVA TESTEMUNHAL -
COMPROVAÇÃO INEQUÍVOCA DA ATIVIDADE LABORADA EXERCIDA 1.
Não obstante ensine a doutrina que a ação declaratória tem por objeto o
reconhecimento de uma relação jurídica e não de uma situação fática, encontram
- se nos autos provas suficientes para garantir a prestação jurisdicional
pretendida pelo requerente, não se justificando a extinção do feito com base em
excesso de formalismo, em prejuízo do direito material devidamente comprovado.
2. Tempo de serviço prestado, na condição de trabalhador rural ( comodatário).
Reconhecimento da ocorrência do fato, e de suas conseqüências jurídicas,
inclusive para fins previdenciários, face à prova documental produzidas, e não
infirmadas. 3. “Prova,), dentro dos moldes do preceito constitucional. 6. Apelação
e remessa oficial provida. ( TRF 5ª R. - AC 135.406 - ( 98. objetivamente , é tudo
quanto nos possa convencer da certeza de um fato” ( Gabriel de Resende, apud
Jônatas Milhomens). 4. Existência de início de prova documental a autorizar o
reconhecimento do tempo de serviço nos moldes pretendidos. Inaplicação, à
espécie do disposto na Súmula n.º 149 do Superior Tribunal de Justiça - STJ. 5.
Malgrado comprovada a atividade rural, não alcançou o Autor a idade mínima
para obtenção da aposentadoria (60 anos, conforme artigo 202, I, da CF05.
13908 - 5) - 3º T. Rel. Juiz Magnus Augusto Costa Delgado - DJU 28/08/1998)

TRABALHADOR RURAL - APOSENTADORIA - PROVA TESTEMUNHAL - A


valoração da prova testemunhal da atividade de trabalhador rural é válida se
apoiada em início razoável de prova material. Valoração da prova ( STJ - AgRg -
Resp. 167.619 - SP - 5ª T - Rel Min. José Arnaldo da Fonseca - DJU 18.12.1998)

AÇÃO DECLARATÓRIA - RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO


RURAL - AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO - RAZOÁVEL INÍCIO DE
PROVA MATERIAL - PROVA TESTEMUNHA; - Consignando documento que
merece fé pública, certidão de casamento, indicando que o autor exerce a
profissão de lavrador, atendida se encontra a exigência legal de razoável início
de prova material. Prova testemunhal segura, coincidente e detalhada, aliada à
prova documental razoável, demonstra cabalmente a veracidade do alegado na
inicial e serve para comprovar o tempo de serviço requerido ( TRF 1ª R. - AC
1997.01.00.020783 - O - MG - 2ª T - Rel Juiz Jirair Aram Meguerian - DJU
01.02.1999)

Diante do exposto, requer dos Nobres


Julgadores, que seja reconhecidos , todo o período rural, declinado
na declaração de exercício de atividade rural, ou seja, de
01/01/1966 até 30/06/1973.

Só por amor a argumentação devemos lembrar


ainda que o período a ser reconhecido é anterior de 1994, portanto não há
necessidade de apresentar recolhimento para a Previdência:

Diante do exposto, requer dos Nobres julgadores,


a reforma da sentença, porque não há nada mas a ser provado, do que os
documentos acostados aos autos judiciais.

Requer - se, que seja mantida da r. sentença da


MM. Juíza “aquo”, o reconhecimento dos períodos especiais, laborados nas
empresas, Resil Ind. e Com. Ltda. e Turotest Medidores Ltda.

Diante dos fatos narrados, requer -se o


recebimento e provimento do recurso, PARA O FIM DE A R. SENTENÇA
RECORRIDA SER REFORMADA, julgando-se PROCEDENTE A AÇÃO,
por inteiro condenando-se o Apelado, ao pedido integral da exordial, qual
seja, o reconhecimento do período rural conforme declinado na declaração
do Sindicato Rural, ou seja, de 01/01/1966 até 30/06/1973.
E ainda, que os honorários advocatícios, seja
arbitrado em 20% ( vinte por cento), conforme o CPC.

Os benefícios da Justiça Gratuita, conforme artigo


128 da Lei 8.213/91.

E desta forma, mais vez a JUSTIÇA, será


homenageada.

Nestes termos,
Pede e Espera Deferimento.
Diadema, 14 de Abril de 2004

ELIZETE ROGERIO
OAB/SP 125.504

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