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EXMO. SR.(A). DR.(A). JUIZ (A) DA .X.

VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA - GOIÁS

CONSTRUTORA X, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º .....,
com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada
neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil),
profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., por intermédio
de seu advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração em anexo - doc. 01), com
escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde
recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente, nos autos de
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA proposta por JOÃO DA SILVA, brasileiro (a), (estado
civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente
e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., à presença de
Vossa Excelência interpor

RECURSO ORDINÁRIO

Da sentença de fls ......, e com base no artigo 895, alínea "a" da CLT, de acordo com a
razões em anexo as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal
Regional do Trabalho da 18ª Região, para que dele conheça e dê provimento.

Consoante arrazoado que acompanha a presente.

Para tanto, seguem a juntada dos comprovantes referentes ao depósito recursal e guia de
custas.

Nesses termos,

Pede e espera deferimento.

Goiânia 23 de Outubro de 2019.

ADVOGADO (A) Wandelis Vitoriano, Elvis Carvalho, Luiz Guilherme, Arthur Gomide,
Jhonatan Ferraz.

OAB/… nº...
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO

Processo nº XXX

Embargada CONSTRUTORA X

Embargante JOÃO DA SILVA

CONSTRUTORA X, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º .....,
com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada
neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil),
profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., por intermédio
de seu advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração em anexo - doc. 01), com
escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde
recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente, nos autos de
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA proposta por JOÃO DA SILVA, brasileiro (a), (estado
civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente
e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., à presença de
Vossa Excelência interpor

RECURSO ORDINÁRIO

pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

DAS RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

COLENDA CORTE

EMÉRITOS JULGADORES

DO MÉRITO RECURSAL

Em que pese o notável saber jurídico do Excelentíssimo Sr. Juiz da X Vara do Trabalho,
a. sentença de fls., data vênia, merece reforma nos tópicos seguintes, como restará
demonstrado.
O Juízo de primeiro grau, data vênia, laborou em equívoco, decidindo contrariamente à
prova constante dos autos.

Trata-se de ação de Reclamação Trabalhista interposta por JOÃO DA SILVA, aqui


embargante, em face de CONSTRUTORA X, denominada embargada. O processo
tramitou regularmente, e, ao final, este Excelentíssimo Juiz proferiu a sentença de fls..., a
qual apresenta omissão na fundamentação, tendo em vista que não foi determinado o
período para recolhimento do FGTS, pois na sentença a embargada fora condenada ao
pagamento integral do FGTS, porém na CONSTESTAÇÃO foram anexadas guias de
recolhimentos de vários meses e por isso, pede a reformulação da sentença com a
informação de quais meses deveram ser recolhidos;

Na sentença há um julgamento extra petita, pois o embargante em sua reclamação


requereu horas extras entre os períodos de 14/08/2014 a 31/01/2017, período em que
laborou na função de Engenheiro, entretanto foi-lhe concedido o pagamento de horas
extras além do período requerido, até 14/08/2019.
Destarte, a sentença fora prolata com omissão e excesso no requerimento, pelo que se
pede a devida correção da omissão e limitação ao que fora pedido.

Já decidiram os Tribunais:

O juiz deve decidir nos limites em que foi proposta a ação, sendo-lhe vedado conhecer de
questões que a lei exija a iniciativa da parte, proferir sentença a favor do autor de
natureza diversa da pedida ou condenar o réu em quantidade superior ou em objetivo
diverso do que foi demandado. Foi com esses fundamentos, previstos nos artigos 141 e
492 do Código de Processo Civil de 2015 aplicados subsidiariamente ao processo
trabalhista, que a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT18)
deu provimento ao recurso ordinário de uma reclamante que pediu para que fosse
excluída da sentença a parte que decretou a improcedência do pedido.
É defeso proferir sentença fora, além ou aquém do pedido, senão vejamos o disposto no
Código de Processo Civil, in verbis:

Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado
conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.

Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como
condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.

Neste sentido, a jurisprudência:

"COMPENSAÇÃO DE JORNADAS. ACORDO TÁCITO. VALIDADE - Sendo o contrato de


trabalho um contrato-realidade (Mario de La Cueva), há que se respeitar o acordo tácito
entre as partes para a adoção do regime de compensação de jornadas, uma vez
faticamente existente. Reconhecida a validade de tal acordo, eventuais horas que
extrapolem a carga diária além do tempo destinado a compensação devem ser
contempladas apenas com o adicional relativo ao trabalho extraordinário" (Enunciado
85/TST). (TRT-PR-RO - 00477/93 - Ac. 1ª T. - 09204/94 - Rel. Juiz Silvonei Sérgio
Piovesan, publicado no DJU em 27/05/94 - p. 281)

Diante daquele princípio e dos fatos ocorridos no dia a dia da prestação de serviços, não
há como simplesmente "fechar os olhos" à realidade da compensação da jornada
sabatina ocorrida e o consequente bis in idem imposto à Recorrente com a condenação
em um novo pagamento das mesmas horas trabalhadas.

Apreciando pleito semelhante, em 27/10/95, decidiu o r. Juízo a quo, sob a presidência do


Dr. Carlos M. Kaminski:

“Em que pese entendimento jurisprudencial” em contrário, entende este Juízo que a
compensação de jornada, observando-se o limite constitucional de 44 horas, é benéfica
ao trabalhador, que dispõe, assim, de mais um dia livre, para lazer ou descanso - sábado.

Destarte, não houve qualquer infringência ao dispositivo legal, tendo a reclamada


observado o limite constitucional máximo de trabalho semanal, pagando, quando da
realização de horas extras, ou compensando-as em outros dias. Punir-se a reclamada,
determinando-se o pagamento de horas extras sem a sua efetiva realização é, estimular
que os empregadores exijam maior sacrifício dos empregados, alternando-lhes a jornada,
de forma que trabalhem também no sábado, para fechar a carga semanal de 44 horas."
(fundamentação da sentença prolatada nos Autos 850/95, em que é Reclamante JOÃO
DA SILVA e Reclamada a Recorrente).

Por todo o exposto, requer a reforma da sentença com o reconhecimento da


compensação sabatina e o deferimento de extras a partir da 44ª hora semanal. Senão, ao
menos, pela aplicação da regra do En. 85 do C. TST.

Requer a reforma do Julgado para que seja procedida a retenção dos valores devidos a
título de contribuição fiscal e previdenciária, a fim de dar cumprimento ao Provimento
02/93 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.

Ainda, discorda a Ré da alegação de que esta Justiça Especializada seria incompetente


para apreciar o pleito diante do limite inserto no artigo 114 da Constituição Federal, uma
vez que não se buscou a análise do mérito de matéria tributária, mas tão somente fazer
observar o disposto no Provimento 02/93 da E. Procuradoria Geral da Justiça do
Trabalho.

"DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. A Justiça do Trabalho é competente para


autorizar descontos previdenciários e fiscais." (TRT/PR/RO 13.850/94, Ac. 5ª T - 2098/96,
Rel. Juiz Luiz Felipe Haj Mussi) in DJ/PR de 19.01.96)

Requer, pois, a cassação da declaração de inconstitucionalidade do art. 1º da Lei nº


8.620/93 e a reforma da sentença recorrida.
DOS PEDIDOS

Pelo exposto, presentes os pressupostos objetivos e subjetivos para o conhecimento do


presente Recurso Ordinário, requer a Reclamada seja dado provimento para reformar a
sentença recorrida nos tópicos aqui mencionados, por imperativo de Justiça!

Nesses termos,

Pede e espera deferimento.

Goiânia 23 de Outubro de 2019.

ADVOGADO (A) Wandelis Vitoriano, Elvis Carvalho, Luiz Guilherme, Arthur Gomide,
Jhonatan Ferraz.

OAB/… nº...

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