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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região

Recurso Ordinário Trabalhista


0000053-22.2020.5.11.0010
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Relator: DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 25/07/2022


Valor da causa: R$ 386.692,66

Partes:
RECORRENTE: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS
ADVOGADO: JOSEANE DE ANDRADE COELHO
RECORRENTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
ADVOGADO: EDUARDO JOSE SILVA DOS SANTOS
RECORRIDO: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
ADVOGADO: EDUARDO JOSE SILVA DOS SANTOS
RECORRIDO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS
ADVOGADO: JOSEANE DE ANDRADE COELHO
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ____ VARA DO


TRABALHO DE MANAUS/AM.

WENDERSON LOPES DE AZEVEDO, brasileiro, casado, segurança,


titular do Identidade n° 15664 SI/PMAM e inscrito no CPF sob o n° 593.374.192-20,
residente e domiciliado nesta cidade de Manaus, Estado do Amazonas, na Rua 261, Qd.
449, Núcleo 23, Bairro Cidade Nova, CEP: 69097-630, Manaus-AM, por seus
advogados que juntam procuração nesta oportunidade, com escritório profissional na
Rua Argentina, nº 06, sala 04 (altos), Parque das Nações/Flores, CEP: 69028-230, onde
deverão receber as intimações e/ou notificações, vem perante Vossa Excelência, com o
devido respeito, propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, inscrita no


CNPJ: 29.744.778/1570-96, situada nesta cidade, na Avenida Constantino Nery, nº
1515, Bairro São Geraldo, CEP: 69050-000, pelos motivos abaixo aduzidos que passo a
expor:

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I - DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA.


A Reforma Trabalhista em seu artigo 790, trouxe expressamente o
cabimento do benefício à gratuidade de justiça ao dispor:
§4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. (Incluído pela
Lei n.º 13.647, de 2017).

No entanto, o Reclamante não possui condições de arcar com as despesas


processuais do processo, sem que todas suas obrigações alimentares e para a
subsistência de sua família.

Trata-se da necessária observância a princípios constitucionais


indisponíveis preconizados no artigo 5º, inciso XXXV da CF, pelo qual assegura a
todos o direito de acesso a justiça em defesa de seus direitos, independente do
pagamento de taxas.

Tal princípio veio novamente positivado no Código de Processo Civil de


2015, que prevê expressamente:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial,
na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo em recurso.
§2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente
por pessoal natural.

Para tanto, junta em anexo a declaração de hipossuficiência que não


possui condições econômicas de demandar em juízo, sem prejuízo do sustento de sua
família, onde há presunção de veracidade e só pode ser desconsiderada em face de
elementos probantes suficientes em contrário.

Oportuna à transcrição da Súmula criada recentemente pelo E. TRT da


03ª Região (Minas Gerais), onde considera inconstitucional a cobrança de custas

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processuais de benefícios da justiça gratuita, prevista nos parágrafos 2º e 3º do artigo


844 da CLT, incluídos pela Reforma Trabalhista, confira-se:
"São inconstitucionais a expressão "ainda que beneficiário da justiça gratuita,
constante do §2º, e a íntegra do §3º, ambos dispositivos do art. 844 da CLT, na
redação dada pela Lei 13.467/2017, por violação direta e frontal aos princípios
constitucionais da isonomia (art. 5º, XXXV, da CR) e da concessão de justiça
gratuita àqueles que dela necessitarem (art.5º, LXXIV, da CF)."

Não se pode olvidar que o mero fato da parte, beneficiária da justiça


gratuita, ter recebido, no processo trabalhista ou em qualquer outro processo judicial,
um crédito superior ao valor do seu débito de honorários, não permite, por si só, que se
cobre dela o valor relativo aos honorários advocatícios, mediante retenção deste valor
devido a título de honorários do valor do seu crédito obtido no processo.

Fundamental, pois, para tanto, que o recebimento do crédito, pela parte


beneficiária do benefício da justiça gratuita, seja suficiente para retirar a parte
(beneficiária da Justiça gratuita) da condição de insuficiência de recursos.

Assim, requer à Vossa Excelência que se digne em deferir, a Justiça


Gratuita para que, em caso de condenação em custas e despesas processuais,
honorários advocatícios de sucumbência e de honorários periciais, seja suspensa a
exigibilidade de seu pagamento enquanto perdurar a sua situação econômica de
hipossuficiência que justifique o benefício legal, assegurando-se ao reclamante o
direito à Dignidade e ao Acesso à Justiça; em conformidade com o artigo 790, §§ 3º
e 4º da CLT/2017 e artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal, e em
consonância com o Princípio da Igualdade Substancial.

Bem como, requer a Vossa Excelência que somente revogue a decisão


que concedeu ao reclamante os benefícios da justiça gratuita, após a prova inequívoca
de que cessou a sua condição de insuficiência de recursos, para cobrança dos valores
relativos às obrigações decorrentes de sua sucumbência, concedendo-se previamente
prazo para que a mesma se manifeste quanto à matéria, à luz do artigo 10 do
NCPC/2015.

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II - DOS FATOS
Do Contrato de Trabalho
Em 01/06/2006 o Reclamante foi contratado de forma verbal para exercer
as funções de segurança junto a reclamada, trabalhando em escala de 1x1, possuindo a
jornada de trabalho no período imprescrito das 18:00 às 06:00 horas, sem intervalo para
refeição e descanso.

No exercício de sua função de segurança pessoal e patrimonial da


Reclamada, estava sob constante situação de perigo, sendo o responsável pela segurança
dos fiéis e valores arrecadados pela Reclamada, trabalhando de forma pessoal,
subordinada, não eventual, mediante pagamento quinzenal de R$ 1.620,00 (um mil
seiscentos e vinte reais), totalizando o salário de R$ 3.240,00 (três mil duzentos e
quarenta reais) por mês, devendo este valor servir como base de todos os cálculos
elaborados.

O autor NUNCA recebeu adicional noturno e tampouco o adicional de


periculosidade, mesmo fazendo jus.

A dispensa do Reclamante ocorreu sem justa causa em 10/01/2020, sem


que tenha recebido corretamente qualquer comunicado por escrito como determinam os
contratos de trabalho, muito menos recebeu qualquer valor a título de verbas rescisórias
e seus consectários legais, em que pese as inúmeras tentativas informais de solucionar o
ocorrido, o Reclamante sempre recebeu respostas evasivas, até o momento sem
qualquer solução.

Imperioso destacar que na relação havida entre as partes estão presentes


todos os requisitos do art. 3º da CLT, porém o Requerente não teve o registro de sua
CTPS, bem como não foram pagas as verbas trabalhistas de que tem direito, tais como
13º Salário, Férias + 1/3 (em dobro, simples e proporcional), FGTS de todo período e
multa (40%), além dos adicionais noturno e de periculosidade e seus reflexos, são as
razões pelas quais o obreiro vem à esta Justiça Especializada em defesa dos seus direitos
que lhe foram violados.

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Do Vínculo Empregatício

A não assinatura da CTPS do Reclamante fez com que o mesmo


laborasse informalmente, ficando fora do ordenamento jurídico pátrio que protege o
trabalhador, não tendo o depósito de INSS e FGTS deste período, prejudicando
inclusive o tempo efetivo de serviço contado para sua aposentadoria, já que trabalhou
para a Reclamada na realidade durante mais de 13 anos.

Sobre o vínculo empregatício, temos o artigo 3º da CLT que leciona:


“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.”

Nesse sentido, para a caracterização do contrato de trabalho, devem estar


presentes alguns requisitos, quais sejam: continuidade, não eventualidade,
subordinação jurídica, onerosidade e pessoalidade, os quais o autor preenche, senão
vejamos:
a) Da pessoalidade – Durante todo pacto laboral, o autor realizou
serviços com exclusividade para a Reclamada, não havendo qualquer
possibilidade de sua substituição, mesmo na hipótese de pedido do
reclamante, fazendo a segurança da igreja, escolta dos Pastores e/ou
Bispos, bem como transporte de altos valores (dízimos/ofertas) que a
Igreja arrecadava nos cultos;
b) Da natureza não eventual – O labor prestado pelo reclamante
em favor da reclamada, durante todo o contrato de trabalho, fora
realizado de forma contínua e permanente, cumprido, inclusive, escala de
trabalho 1x1 (um dia de trabalho, por um dia de folga) previamente
fixada pela reclamada;
c) Da subordinação – Durante todo o pacto laboral o autor exerceu
sua função com subordinação direta dos seus superiores dentro da
reclamada, quais sejam, Pastor da Segurança e do Bispo do Estado;

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d) Da onerosidade – O autor recebia, em contraprestação pelo seu


trabalho, através de pagamento em espécie, quinzenalmente a quantia de
R$ 1.620,00 (um mil seiscentos e vinte reais), totalizando o salário de
R$ 3.240,00 (três mil duzentos e quarenta reais) por mês.

Ainda que a forma da contratação não tenha se dado de forma escrita, a


realidade da relação empregatícia esta demonstrada, agindo a Ré em flagrante afronta ao
disposto no artigo 9º da Consolidação das Leis do Trabalho, que diz:
“Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.”

Ainda que se alegue o fato do Reclamante ser policial militar, a matéria


já foi consolidada em nosso E. Tribunal Superior do Trabalho, pois a presença do
vínculo estatutário não impede o reconhecimento de vínculo celetista com empresa
privada, vejamos:
Súmula nº 386 do TST
POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO
COM EMPRESA PRIVADA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 167 da
SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de
relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do
eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial
Militar. (ex-OJ nº 167 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999).

As jurisprudências dos Tribunais Regionais do Trabalho acompanham o


entendimento acima, vejamos:
Policial militar. Reconhecimento da relação de emprego. A condição de policial
militar não obsta o reconhecimento de vínculo empregatício com a empresa
reclamada. O policial militar, como é fato notório, arrosta, nos dias de hoje, sérias
dificuldades para prover seu sustento e de seus familiares apenas com base nos
soldos que lhe são conferidos pela Corporação, vendo-se muitas vezes na
contingência de recorrer à prática de atividades paralelas lícitas para
complementá-las, o que, quando muito, representa infração disciplinar que, na

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prática, vem sendo relevada em razão da forte analogia com as hipóteses de


exclusão de ilicitude."(Ac. Un. - TRT/2a Reg. - RO 02950119454 - Rel. Juíza Wilma
Nogueira de Araujo Vaz da Silva - DJ SP II 20.06.1996 - p. 49)
Relação de emprego. Policial militar. Segurança de supermercado. A legislação
estadual que veda ao policial militar, em regime estatutário, o exercício de outras
atividades, apenas gera ilícito administrativo, mas não afeta o império da Lei
federal trabalhista, até porque compete privativamente à União Federal legislar
sobre direito de trabalho (CF, art. 22, I). Relação de emprego configurada, ante
comprovação dos pressupostos legais.(TRT/1a Reg. - 3a T. - RO 8748/92 - DJ RJ II
18.03.1996 - p. 76)
Mesmo como funcionário público estadual, inexiste impedimento legal que impeça
o policial militar de prestar serviços a terceiros, mormente em se tratando de
trabalho relacionado à sua atividade, qual seja, prestação de serviços de
segurança, desde que não obstrua o cumprimento de escala de serviço e o
oferecimento de efetiva segurança à população. (TST - Rec. De Rev. 273.734/3 -
TRT/2a Reg. - Rel. Min. Thaumaturgo Cortizo - DJU 14.08.1998)

Esta posição foi-se consolidando pelo Brasil afora, como se pode


constatar abaixo:
Tribunal Regional do Trabalho da 2² Região:
Policial militar. Vínculo empregatício. Possibilidade. Presentes os requisitos do
vínculo de emprego, irrelevante se torna o fato de o reclamante ser policial militar,
eis que não há qualquer incompatibilidade. Eventual descumprimento de norma da
corporação a que está afeito o empregado configura mera infração administrativa,
que escapa à competência da Justiça do Trabalho. Entendimento diverso
propiciaria enriquecimento ilícito do empregador, que foi beneficiário dos serviços
do trabalhador, não podendo se aproveitar da sua própria torpeza. Inteligência da
Súmula nº 386 do TST. Recurso Ordinário da 1ª reclamada não provido. (TRT 2ª
Região - 14ª T./RO 0167100-10.2010.5.02.0014 - Rel. Juiz Davi Furtado Meirelles
- j. Em 27/10/2011)
Vínculo empregatício. Policial Militar. Possibilidade de reconhecimento.
Inexistência de óbice legal. Não existe óbice em nosso ordenamento jurídico à
manutenção de relação empregatícia entre o policial militar e a iniciativa privada,
soerguendo-se que nesta Justiça Especializada predomina o princípio da primazia
da realidade, preceito este que tem o condão de tipificar a legalidade da prestação
laboral desfrutada pelo empregador. O princípio da não acumulação tem como

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destinatário o administrador público, o qual é competente para a aplicar as


penalidades cabíveis às infrações obreiras, não se estendendo a terceiros. Assim,
evidenciados os elementos caracterizadores da relação empregatícia, não há como
se afastar o reconhecimento do vínculo de emprego do militar com a empresa
Reclamada, sob pena de afronta a princípios constitucionais como o da dignidade
da pessoa humana, já que não há como se restabelecer ao "status quo ante" a
situação obreira, especialmente devido à energia humana já despendida. Neste
sentido é a Súmula 386 do c. TST. (TRT 2ª Região - 4ª T./RO 0214600-
05.2010.5.02.0004- Rel. Juiz Sergio Winnik - j. Em 04/10/2011)
Vínculo de emprego. Policial militar. O fato do reclamante ostentar a condição de
policial militar não constitui óbice ao reconhecimento do vínculo de emprego.
Presentes de forma concomitante os requisitos do art. 3º da CLT, impõe-se o
reconhecimento do liame empregatício. Recurso a que se dá provimento. (TRT 2ª
Região - 3ª T./RO 0145900-74.2010.5.02.0004 - Rel. Juíza Mercia Tomazinho - j.
Em 27/19/2011)
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região:
Policial militar - Vínculo empregatício. A prestação de serviços à Polícia Militar,
por si só, não impede o reconhecimento do vínculo empregatício do policial com o
tomador de seus serviços, desde que presentes os pressupostos fático-jurídicos
daquela espécie de relação jurídica. Inteligência da Súmula 386, do C. TST. (TRT
3ª Região - 4ª T./RO 01429-2010-031-03-00-6 - Rel. Juiz Paulo Maurício Ribeiro
Pires - publicado em 22/08/2011)
Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região:
Policial militar. Vínculo empregatício. Presença dos requisitos do art. 3º da CLT.
Presentes os requisitos necessários à caracterização do vínculo empregatício
(pessoa física, pessoalidade, subordinação, continuidade e onerosidade), previstos
no art. 3º da CLT, não há óbice ao reconhecimento da relação de emprego entre o
policial militar que presta serviços de segurança e o particular tomador dos
serviços. A proibição constante no Estatuto do Policial Militar configura falta
administrativa a ser apurada pela corporação a qual se integra o reclamante,
conforme Súmula n. 386 do TST. (TRT 14ª Região - 1ª T./RO
01014.2007.005.14.00-0 - Rel. Juíza Elana Cardoso Lopes Leiva de Faria - j. Em
21/05/2008)
Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região:
Policial militar. Reconhecimento de vínculo com entidade privada. A vedação legal
para o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e entidade

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privada, há muito, foi superada pela Súmula n. 386 do TST. Comprovada a


existência de trabalho subordinado, exercido com pessoalidade, onerosidade e
habitualidade, impõe-se a manutenção do vínculo empregatício reconhecido.
MULTA DO ART. 475-J DO CPC. A multa de dez por cento, prevista no art. 475-J
do CPC, é perfeitamente aplicável ao processo do trabalho e, por disposição do
art. 769 da CLT, vez que, nesse diploma, não há previsão de multa incentivando o
reclamado a cumprir a decisão espontaneamente. Recurso Ordinário conhecido,
mas não provido. (TRT 16ª Região - 1ª T./RO 00660-2008-003-16-00-8 - Rel. Juiz
Alcebíades Tavares Dantas - j. Em 17/03/2010)
Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região:
RECURSO ORDINÁRIO PATRONAL. POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO
DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA. NOS TERMOS DA
SÚMULA Nº 386 DO C. TST, PREENCHIDOS OS REQUISITOS DO ART. 3º DA
CLT, É LEGÍTIMO O RECONHECIMENTO DE RELAÇÃO DE EMPREGO
ENTRE POLICIAL MILITAR E EMPRESA PRIVADA, INDEPENDENTEMENTE
DO EVENTUAL CABIMENTO DE PENALIDADE DISCIPLINAR PREVISTA NO
ESTATUTO DO POLICIAL MILITAR. APELO IMPROVIDO. (TRT 19ª Região -
Rec. Ord. 11600.2009.004.19.00-4 - Rel. Desembargador Nova Moreira -
publicado em 06/07/2011)
RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMADO. VÍNCULO EMPREGATÍCIO.
POSSIBILIDADE. É PACÍFICO O ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL NO
SENTIDO DE QUE "PREENCHIDOS OS REQUISITOS DO ART. 3º DA CLT, É
LEGÍTIMO O RECONHECIMENTO DE RELAÇÃO DE EMPREGO ENTRE
POLICIAL MILITAR E EMPRESA PRIVADA, INDEPENDENTEMENTE DO
EVENTUAL CABIMENTO DE PENALIDADE DISCIPLINAR PREVISTA NO
ESTATUTO DO POLICIAL MILITAR" (SÚM. 386, TST). (TRT 19ª Região - Rec.
Ord. 00486.2010.004.19.00-8 - Rel. Desembargador Severino Rodrigues -
publicado em 22/06/2011)
Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região:
Policial militar - Vínculo empregatício com empresa privada - Reconhecimento em
juízo - Súmula Nº 386 do TST - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. Conforme
jurisprudência consolidada do TST, "preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é
legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa
privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar
prevista no Estatuto do Policial Militar". CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
CÁLCULOS - REGIME DE COMPETÊNCIA - PROVIMENTO. De acordo com o

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art. 114, do CTN: "Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em


lei como necessária e suficiente à sua ocorrência". Partindo desse norte, pode-se
dizer que a prestação do serviço é o fato gerador da contribuição previdenciária,
quando surge, para a empresa, a obrigatoriedade de recolhê-la. Desse modo,
deverá ser utilizado o critério de apuração do regime de competência, qual seja,
mês a mês, a teor do entendimento consubstanciado na Súmula nº 368, III, do TST.
(TRT 20ª Região - Rec. Ord. 00966-2008-001-20-00-0 - Rel. Desembargador
Carlos Alberto Pedreira Cardoso - publicado em 26/04/2010).

Portanto, não há o que se falar em contrato de prestação de serviços,


devendo ser reconhecido o vínculo empregatício entre as partes, o que desde já requer
seja declarado em sentença.

III - DAS VERBAS RESCISÓRIAS


O reclamante nada recebeu de verbas rescisórias, assim, para fins dos
cálculos rescisórios objeto dessa demanda, será adotada a remuneração recebida pelo
trabalhador no valor de R$ 3.240,00 (três mil duzentos e quarenta reais).

Assim, reconhecido o vínculo empregatício do autor com a reclamada de


01/06/2006 a 10/01/2020, seja esta última condenada a pagar as seguintes verbas
rescisórias:

1 - Aviso Prévio indenizado 69 dias (nos termos da lei 12.506/2011);

- Remuneração = R$ 3.240,00 / 30 = R$ 108,00 salário dia

- Logo, 69 dias de Aviso prévio = R$ 7.452,00.

O Reclamante faz jus e requer, portanto, o recebimento de R$ 7.452,00


(sete mil quatrocentos e cinquenta e dois reais).

2 - 13º salário integral de 2015 (12/12 avos), 2016 (12/12 avos), 2017
(12/12 avos), 2018 (12/12 avos) e 2019 (12/12 avos), além da projeção
do aviso prévio indenizado (02/12 avos);

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Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 9d2d33c - Pág. 10
Número do documento: 20012110454779500000009529519
Fls.: 12

13º Salário 2015 12/12 R$ 3.240,00


13º Salário 2016 12/12 R$ 3.240,00
13º Salário 2017 12/12 R$ 3.240,00
13º Salário 2018 12/12 R$ 3.240,00
13º Salário 2019 12/12 R$ 3.240,00
13º Sal. proj. Av. P. 2/12 R$ 540,00
TOTAL de R$ 16.740,00

O Reclamante faz jus e requer, portanto, o recebimento de R$ 16.740,00


(dezesseis mil setecentos e quarenta reais).

3 – Férias vencidas + 1/3 constitucional e mais a dobra pela falta do


pagamento no prazo legal de 2014/2015 (12/12 avos), 2015/2016
(12/12 avos), 2016/2017 (12/12 avos), 2017/2018 (12/12 avos), férias
vencidas + 1/3 constitucional simples de 2018/2019 (12/12 avos) e
férias proporcionais + 1/3 constitucional de 2019/2020 (06/12 avos),
além da projeção do aviso prévio indenizado (02/12 avos);

Férias + 1/3 2014/2015 R$ 8.640,00


Férias + 1/3 2015/2016 R$ 8.640,00
Férias + 1/3 2016/2017 R$ 8.640,00
Férias + 1/3 2017/2018 R$ 8.640,00
Férias + 1/3 2018/2019 R$ 4.320,00
Férias + 1/3 2019/2020 R$ 2.160,00
Férias + 1/3 proj. Av. P. 2/12 R$ 720,00
TOTAL de R$ 41.760,00

O Reclamante faz jus e requer, portanto, o recebimento de R$ 41.760,00


(quarenta e um mil setecentos e sessenta reais).

4 - FGTS referente a todo o período trabalhado, mais 40% de multa


devido a despensa imotivada;

- FGTS 8% sobre salário de R$ 3.240,00 = R$ 259,20 / mês


- R$ 259,20 x 164 meses (incluídos aviso prévio ind.) = R$ 42.508,80
- Multa de 40% sobre FGTS 8% = R$ 17.003,52
TOTAL de R$ 59.512,32

O Reclamante faz jus e requer, portanto, o recebimento de R$ 59.512,32


(cinquenta e nove mil quinhentos e doze reais e trinta e dois centavos).

5 - Multa do artigo 477 da CLT = R$ 3.240,00 (três mil duzentos e


quarenta reais).
TOTAL DAS VERBAS RESCISÓRIAS = R$ 128.704,32 (cento e
vinte e oito mil setecentos e quatro reais e trinta e dois centavos).

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Fls.: 13

IV – DA PERICULOSIDADE
Vejamos o que diz a legislação trabalhista sobre o tema no artigo 193,
inciso II da CLT, incluído pela Lei 12.740/2012:
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que,
por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de
2012)
...
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

O citado texto legal, foi regulamentado pelo Ministério do Trabalho e


Emprego em 03.12.2013, através da publicação do Anexo 3 da NR 16 do TEM, que
assim dispõe:
ANEXO 3 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A
ROUBOS OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES
PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL (Inclusão dada
pela Portaria MTE 1.885/2013)
1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência física
são consideradas perigosas.
2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os
trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições:
a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança
privada ou que integrem serviço orgânico de segurança privada, devidamente
registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas
alterações posteriores. (grifos nossos)

É exatamente o caso dos autos, onde a reclamada contrata, de forma


orgânica, profissionais para realizar sua segurança patrimonial, bem como dos fiéis que
frequentam suas igrejas.

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Fls.: 14

Os julgados recentes já consolidam esse entender, inclusive do próprio


Tribunal Superior do Trabalho, vejamos a jurisprudência abaixo destacada:
"AGRAVOS DE INSTRUMENTO DOS RECLAMADOS. ANÁLISE CONJUNTA.
MATÉRIA COMUM. NULIDADE DO V. ACÓRDÃO REGIONAL POR NEGATIVA
DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NULIDADE POR CERCEAMENTO DO
DIREITO DE DEFESA. JULGAMENTO EXTRA PETITA . ANULAÇÃO DA
SENTENÇA "EX OFFICIO". NULIDADE POR CERCEAMENTO DO DIREITO
DE DEFESA. INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA. GRUPO
ECONÔMICO. VÍNCULO DE EMPREGO. VIGILANTE. JORNADA DE
TRABALHO. ADICIONAL NOTURNO. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE.
DEDUÇÃO DE VALORES PAGOS A TÍTULO DE QUITAÇÃO. BASE DE
CÁLCULO PARA PAGAMENTO DAS VERBAS TRABALHISTAS. MULTA POR
DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. ANOTAÇÃO DA CTPS. O
processamento do recurso de revista está adstrito à demonstração de divergência
jurisprudencial (art. 896, alíneas a e b, da CLT) ou violação direta e literal de
dispositivo da Constituição da República ou de lei federal (art. 896, c, da CLT).
Não demonstrada nenhuma das hipóteses do art. 896 da CLT, não há como
reformar o r. despacho agravado. Agravos de Instrumento de que se conhece e a
que se nega provimento. AGRAVOS DE INSTRUMENTO DOS RECLAMADOS.
ANÁLISE CONJUNTA. GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA. AUSÊNCIA DE COMPONENTE HIERÁRQUICO. RELAÇÃO DE
COORDENAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Demonstrada possível ofensa ao art. 2º,
§2º, da CLT deve ser provido o agravo de instrumento. Agravos de instrumento de
que se conhece e a que se dá provimento, para determinar o processamento do
recurso de revista. RECURSOS DE REVISTA DOS RECLAMADOS. ANÁLISE
CONJUNTA. GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.
GRUPO ECONÔMICO. SUBORDINAÇÃO ENTRE EMPRESAS
CARACTERIZADA. O Tribunal Regional delimitou que havia identidade de
direção entre o primeiro reclamado e a segunda Reclamada, sendo que uma das
empresas detinha 99% das cotas sociais da outra, razão pela qual não se verifica a
alegada ofensa ao art. 2º, §2º, da CLT, uma vez que resta caracterizada a
subordinação entre os reclamados. Recursos de revista de que não se conhece.
AGRAVOS DE INSTRUMENTO DOS RECLAMADOS. ANÁLISE CONJUNTA.
MATÉRIA COMUM. NULIDADE POR CERCEAMENTO DO DIREITO DE
DEFESA. JULGAMENTO EXTRA PETITA . ANULAÇÃO DA SENTENÇA "EX
OFFICIO". SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NULIDADE POR CERCEAMENTO

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Fls.: 15

DO DIREITO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA.


GRUPO ECONÔMICO. VÍNCULO DE EMPREGO. VIGILANTE. JORNADA DE
TRABALHO. ADICIONAL NOTURNO. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE.
DEDUÇÃO DE VALORES PAGOS A TÍTULO DE QUITAÇÃO. BASE DE
CÁLCULO PARA PAGAMENTO DAS VERBAS TRABALHISTAS. MULTA POR
DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. ANOTAÇÃO DA CTPS. O
processamento do recurso de revista está adstrito à demonstração de divergência
jurisprudencial (art. 896, alíneas a e b, da CLT) ou violação direta e literal de
dispositivo da Constituição da República ou de lei federal (art. 896, c, da CLT).
Não demonstrada nenhuma das hipóteses do art. 896 da CLT, não há como
reformar o r. despacho agravado. Agravos de Instrumento de que se conhece e a
que se nega provimento" (ARR-326-92.2015.5.02.0085, 6ª Turma, Relatora
Desembargadora Convocada Cilene Ferreira Amaro Santos, DEJT 09/05/2019).

Não distante disso, os Tribunais Regionais também seguem o mesmo


caminho, a qual destacamos abaixo:
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SERVIÇO ORGÂNICO DE
SEGURANÇA PRIVADA. SUPERVISOR DE VIGILÂNCIA. Ao
designar pessoal do quadro funcional próprio para proceder à
vigilância patrimonial de suas instalações, em conjunto com os
prestadores de serviço terceirizados, a empresa enquadra-se na
hipótese do art. 10, I, c/c § 4°, da Lei 7.102/83, donde se infere o
conceito de "serviço orgânico de segurança privada" referido pela
alínea a do item 2, Anexo 3, da NR 16, do MTE, que regulamentou
as "atividades ou operações perigosas". Configurada a hipótese do
art. 193, II da CLT, impõe-se o pagamento, nos termos do § 3° do
dispositivo celetista, do adicional de periculosidade, ao percentual
de 30% sobre o salário base. Recurso do reclamante a que se dá
parcial provimento. (Processo: TRT-6 RO - 0000662-80.2015.5.06.0313,
Redator: Jose Luciano Alexo da Silva, Data de
julgamento: 28/07/2016, Quarta Turma, Data da assinatura:
04/08/2016)

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Número do documento: 20012110454779500000009529519
Fls.: 16

Nesse sentido, faz jus ao adicional de 30% (trinta por cento) sobre o seu
salário (Art. 193, § 1º da CLT), requerendo o pagamento no percentual indicado sobre
todos os salários imprescritos e mais os reflexos da parcela sobre DSR, 13º salário,
férias+1/3 e FGTS (8%+40%).

Segue o cálculo, tomando como base o valor recebido mensalmente de


R$ 3.240,00 (três mil duzentos e quarenta reais) x 30% = R$ 972,00 por cada mês:

Adicional periculosidade 30%


Adicional 2015 12/12 R$ 11.664,00
Adicional 2016 12/12 R$ 11.664,00
Adicional 2017 12/12 R$ 11.664,00
Adicional 2018 12/12 R$ 11.664,00
Adicional 2019 12/12 R$ 11.664,00
Subtotal adicional periculosidade R$ 58.320,00
Reflexos adicional periculosidade
13º salário 2015 12/12 R$ 972,00
13º salário 2016 12/12 R$ 972,00
13º salário 2017 12/12 R$ 972,00
13º salário 2018 12/12 R$ 972,00
13º salário 2019 12/12 R$ 972,00
FÉRIAS 2014/2015 + 1/3 R$ 1.296,00
FÉRIAS 2015/2016 + 1/3 R$ 1.296,00
FÉRIAS 2016/2017 + 1/3 R$ 1.296,00
FÉRIAS 2017/2018 + 1/3 R$ 1.296,00
FÉRIAS 2018/2019 + 1/3 R$ 1.296,00
FÉRIAS 2019/2020 + 1/3 R$ 1.296,00
DSR adicional R$ 8.013,27
Total reflexo s/ adic. peric. R$ 20.649,27
FGTS adic. peric. R$ 4.665,60
FGTS 40% adic. peric. R$ 1.866,24
TOTAL GERAL R$ 85.501,11

Assim, face ao não recebimento do adicional de periculosidade ao longo


do contrato de trabalho, o Reclamante faz jus a quantia de R$ 85.501,11 (oitenta e
cinco mil quinhentos e um reais e onze centavos).

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Número do documento: 20012110454779500000009529519
Fls.: 17

V - DO ADICIONAL NOTURNO
Preceitua nossa legislação, especificamente no art. 73, parágrafo 1º e 2º
da CLT o seguinte:
Art. 73º. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno
terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá
um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurno.
§1º A hora de trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois
minutos) e 30 (segundos).
§2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre
as 22 (vinte duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.
(grifos nossos)

O Autor recebia salário base de R$ 3.240,00 (três mil duzentos e


quarenta reais) mensais, com a inclusão do percentual do adicional noturno que é de
20% sobre o valor do salário (SÚMULA Nº 132, ITEM I, DO TST E ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL Nº 259 DA SBDI-1 DO TST), o obreiro faz jus ao valor de: R$
3.400,00 x 20% = R$ 648,20 de adicional por mês, logo seu cálculo e título a receber
pelos últimos 60 meses (R$ 648,20 x 60) será de R$ 38.880,00 (trinta e oito mil
oitocentos e oitenta e oito reais).

Tendo em vista que o mesmo não recebia o adicional de periculosidade


devido no percentual de 30%, deve o mesmo incidir sobre a parcela aqui buscada,
assim, o adicional noturno de R$ 50.544,00 + 30% (incidência do adicional de
periculosidade) = R$ 50.544,00 (cinquenta mil quinhentos e quarenta e quatro reais),
devidos ainda os reflexos da parcela sobre DSR, 13º salário, férias+1/3 e FGTS
(8%+40%).
Adicional noturno devido R$ 50.544,00
Ref. FÉRIAS + 1/3 R$ 13.478,40
Ref.13º SALARIO R$ 10.108,80
Ref FGTS R$ 4.043,52
Ref FGTS 40% R$ 1.617,40
Ref. DSR R$ 7.318,29
Ref Aviso R$ 1.684,80
TOTAL H Extras e reflexos R$ 88.795,21

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Fls.: 18

Assim, face ao não recebimento do adicional noturno ao longo do


contrato de trabalho e a incidência do adicional de periculosidade devido (SÚMULA Nº
132, ITEM I, DO TST E ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 259 DA SBDI-1
DO TST), o Reclamante faz jus a quantia total de R$ 88.795,21 (oitenta e oito mil
setecentos e noventa e cinco reais e vinte e um centavos).

VI – DA HORAS INTRAJORNADA
Ao longo do seu vínculo com a Reclamada, o Autor NUNCA usufruiu
integralmente do intervalo de 1 hora previsto na lei para refeição e descanso, sempre
parando entre 15 a 20 minutos no máximo, razão pela qual requer a condenação da
Reclamada ao pagamento de 1 hora extra acrescida de 50% ao valor desta, no período
de Março/2004 a Janeiro/2020. Procedentes, ainda os reflexos da parcela sobre DSR,
13º salário, férias+1/3 e FGTS (8%+40%).
Quanto ao intervalo, é de bom alvitre ressaltar que a concessão parcial do
intervalo intrajornada mínimo implica o pagamento total do período correspondente, e
não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho, considerando que o contrato de trabalho é
anterior a lei da reforma trabalhista e aplicável, por este motivo a Sumula 437 do
colendo TST.
- Valor Hora Extra 50% = R$ 22,09;
- Quantidade de horas por mês = 16;
- Quantidade de meses = 60;
Hora Intrajornada - Salário Base R$ 3.240,00
960 Horas extras 50% R$ 21.206,40
Ref. HE FÉRIAS + 1/3 R$ 5.655,04
Ref. HE 13º SALARIO R$ 4.241,28
Ref HE FGTS R$ 1.696,51
Ref HE FGTS 40% R$ 678,60
Ref. HE DSR R$ 7.999,19
Ref HE Aviso R$ 706,88
TOTAL H. Intra e reflexos R$ 42.183,90

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Assim, face ao não gozo dos intervalos intrajornada ao longo do contrato


de trabalho, o Reclamante faz jus a quantia total de R$ 42.183,90 (quarenta e dois mil
cento e oitenta e três reais e noventa centavos).

VII - DO VALE TRANSPORTE


Nos termos da Lei7.169 de 30.09.87, e regulamentação pelo Decreto
Federal n.º 95.247, de 17.11.87, as empresas que não fornecerem condução própria,
deverão conceder o vale-transporte.

Ocorre, Excelência, que a Reclamada nunca forneceu condução ao Autor


e muito menos pagou o vale-transporte devido.

Temos, então, o seguinte cálculo do período imprescrito:

- Vale transporte unitário = R$ 3,80 x 2 (ida e volta) = R$ 7,60 x 16


(dias/mês) = R$ 121,60 x 60 (meses trabalhados) = R$ 7.296,00 (sete mil
duzentos e noventa e seis reais).

Assim, face ao não recebimento do vale transporte ao longo do contrato


de trabalho, o Reclamante faz jus a quantia de R$ 7.296,00 (sete mil duzentos e
noventa e seis reais).

VIII – DOS DIREITOS ESTIPULADOS EM ACT/CCT


Uma vez reconhecido o vínculo empregatício do autor com a reclamada,
torna-se o mesmo funcionário orgânico da empresa Ré e, por conseguinte, abrigado
pelas Convenções ou Acordos Coletivos com o sindicato que a Reclamada filia-se, os
quais junta com a presente reclamatória.

Dos reajustes salariais


O reclamante NUNCA teve seu salário reajustado, logo, tendo em vista
os diversos reajustes anuais deferidos para os funcionários da reclamada, conforme
instrumentos coletivos, faz jus o autor a essas diferenças, devidamente acrescidas do

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adicional noturno e adicional de periculosidade, sempre dos períodos imprescritos,


como vemos detalhadamente:
1 - Para o período de 01/09/2014 a 31/08/2015, o reajuste foi de 7,5%
(sete vg. cinco por cento), conforme estipulado na Cláusula Quarta do Termo
Aditivo a Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015 em anexo;
1.1 – Daí temos a remuneração do autor (com adc. de periculosidade) no
valor de R$ 4.527,90 (quatro mil quinhentos e vinte e sete reais e noventa centavos),
cuja diferença mensal resulta em R$ 315,90 x 8 (janeiro/2015 a agosto/2015) = R$
2.527,20 (dois mil quinhentos e vinte e sete reais e vinte centavos).

2 - Para o período de 01/09/2015 a 31/08/2016, o reajuste foi de


9,81% (nove vg. oitenta e um por cento), conforme estipulado na Cláusula Quarta
do Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2016 em anexo, sobre o salário reajustado
no item acima temos o salário base de R$ 3.824,68;
2.1 – Daí temos a remuneração do autor (com adc. de periculosidade) no
valor de R$ 4.972,08 (quatro mil novecentos e setenta e dois reais e oito centavos), cuja
diferença mensal resulta em R$ 444,18 x 12 (set/2015 a ago/2016) = R$ 5.330,16 (cinco
mil trezentos e trinta reais e dezesseis centavos).

3 - Para o período de 01/09/2016 a 31/08/2017, o reajuste foi de 9,5%


(nove vg. cinco por cento), conforme estipulado na Cláusula Quarta do Acordo
Coletivo de Trabalho 2016/2017 em anexo, sobre o salário reajustado no item
acima temos o salário base de R$ 4.188,02;
3.1 – Daí temos a remuneração do autor (com adc. de periculosidade) no
valor de R$ 5.444,03 (cinco mil quatrocentos e quarenta e quatro reais e três centavos),
cuja a diferença mensal resulta em R$ 471,95 x 12 (set/2016 a ago/2017) = R$ 5.663,40
(cinco mil seiscentos e sessenta e três reais e quarenta centavos).

4 - Para o período de 01/09/2017 a 31/08/2018, o reajuste foi de 2%


(dois por cento), conforme estipulado na Cláusula Quarta do Acordo Coletivo de

Assinado eletronicamente por: EDUARDO JOSE SILVA DOS SANTOS - 21/01/2020 10:48:27 - 9d2d33c
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20012110454779500000009529519
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 9d2d33c - Pág. 19
Número do documento: 20012110454779500000009529519
Fls.: 21

Trabalho 2017/2018 em anexo, sobre o salário reajustado no item acima temos o


salário base de R$ 4.271,78;
4.1 – Daí temos a remuneração do autor (com adc. de periculosidade) no
valor de R$ 5.553,31 (cinco mil quinhentos e cinquenta e três reais e trinta e um
centavos), cuja a diferença mensal resulta em R$ 109,28 x 12 (set/2017 a ago/2018) =
R$ 1.311,36 (um mil trezentos e onze reais e trinta e seis centavos).

5 - Para o período de 01/09/2018 a 31/12/2019, o reajuste foi de 4%


(quatro por cento), conforme estipulado na Cláusula Quarta do Acordo Coletivo
de Trabalho 2018/2019 em anexo, sobre o salário reajustado no item acima temos o
salário base de R$ 4.442,65;
5.1 – Daí temos a remuneração do autor (com adc. de periculosidade) no
valor de R$ 5.775,44 (cinco mil trezentos e quarenta e sete reais e sessenta e três
centavos), cuja a diferença mensal resulta em R$ 222,13 x 16 (set/2018 a dez/2019) =
R$ 3.554,08 (três mil quinhentos e cinquenta e quatro reais e oito centavos).

TOTAL R$ 18.386,20 (dezoito mil trezentos e oitenta e seis reais e


vinte centavos).

Dos vale alimentação


O reclamante NUNCA recebeu o vale alimentação diário concedido para
a categoria, e conforme instrumentos coletivos juntados, faz jus o autor a esses referidos
vales, sempre dos períodos imprescritos, como vemos detalhadamente:
1 - Para o período de 01/01/2015 a 31/08/2015, o vale alimentação foi
de R$ 14,00 (quatorze reais) por dia trabalhado, conforme estipulado na Cláusula
Quinta do Termo Aditivo a Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015 em anexo;
1.1 – Daí temos o seguinte cálculo: R$ 14,00 x 16 (dias trabalhados mês)
= R$ 224,00 x 08 (jan/2015 a ago/2015) = R$ 1.792,00 (um mil setecentos e noventa e
dois reais).

Assinado eletronicamente por: EDUARDO JOSE SILVA DOS SANTOS - 21/01/2020 10:48:27 - 9d2d33c
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20012110454779500000009529519
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 9d2d33c - Pág. 20
Número do documento: 20012110454779500000009529519
Fls.: 22

2 - Para o período de 01/09/2015 a 31/08/2016, o vale alimentação foi


de R$ 15,37 (quinze reais e trinta e sete centavos) por dia trabalhado, conforme
estipulado na Cláusula Décima Primeira do Acordo Coletivo de Trabalho
2015/2016 em anexo;
2.1 – Daí temos o seguinte cálculo: R$ 15,37 x 16 (dias trabalhados mês)
= R$ 245,92 x 12 (set/2015 a ago/2016) = R$ 2.951,04 (dois mil, novecentos e
cinquenta e um reais e quatro centavos).

3 - Para o período de 01/09/2016 a 31/08/2017, o vale alimentação foi


de R$ 16,83 (dezesseis reais e oitenta e três centavos) por dia trabalhado, conforme
estipulado na Cláusula Décima do Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2017 em
anexo;
3.1 – Daí temos o seguinte cálculo: R$ 16,83 x 16 (dias trabalhados mês)
= R$ 269,28 x 12 (set/2016 a ago/2017) = R$ 3.231,36 (três mil, duzentos e trinta e
um reais e trinta e seis centavos).

4 - Para o período de 01/09/2017 a 31/08/2018, o vale alimentação foi


de R$ 17,16 (dezessete reais e dezesseis centavos) por dia trabalhado, conforme
estipulado na Cláusula Décima do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018 em
anexo;

4.1 – Daí temos o seguinte cálculo: R$ 17,16 x 16 (dias trabalhados mês)


= R$ 274,56 x 12 (set/2017 a ago/2018) = R$ 3.294,72 (três mil, duzentos e noventa e
quatro reais e setenta e dois centavos).

5 - Para o período de 01/09/2018 a 31/12/2019, o vale alimentação foi


de R$ 17,80 (dezessete reais e oitenta centavos) por dia trabalhado, conforme
estipulado na Cláusula Quarta do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 em
anexo;

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https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20012110454779500000009529519
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 9d2d33c - Pág. 21
Número do documento: 20012110454779500000009529519
Fls.: 23

5.1 – Daí temos o seguinte cálculo: R$ 17,80 x 16 (dias trabalhados mês)


= R$ 284,80 x 16 (set/2018 a dez/2019) = R$ 4.556,80 (quatro mil quinhentos e
cinquenta e seis reais e oitenta centavos).

TOTAL R$ 15.825,92 (quinze mil oitocentos e vinte e cinco reais e


noventa e dois centavos).

IX - DA OBRIGAÇÃO DE FAZER - ANOTAÇÕES LEGAIS NA CTPS DA


RECLAMANTE
Reconhecido o vínculo entre as partes no período de 01/06/2016 a
10/01/2020, deve ser determinada a assinatura da CTPS do Autor por parte da
Reclamada, sob pena de incorrer em multa diária imposta a critério de Vossa
Excelência.

X - OS HONORÁRIOS DE ADVOGADO
O Reclamante requer também, com fundamento no artigo 791-A da CLT
(Lei 13.467/2017), o pagamento de 15% de honorários advocatícios sobre o valor da
causa.

XI - DOS PEDIDOS
Face ao exposto, requer o reclamante que Vossa Excelência condene a
Reclamada ao pagamento dos pedidos líquidos, bem como dos pedidos ilíquidos abaixo:

Líquidos
Verbas rescisórias R$ 128.704,32
Adicional de Periculosidade R$ 85.501,11
Adicional Noturno R$ 88.795,21
Horas intrajornada R$ 42.183,90
Vale transporte R$ 7.296,00
Reajustes salariais R$ 18.386,20
Vale alimentação R$ 15.825,92

TOTAL R$ 386.692,66

Assinado eletronicamente por: EDUARDO JOSE SILVA DOS SANTOS - 21/01/2020 10:48:27 - 9d2d33c
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20012110454779500000009529519
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 9d2d33c - Pág. 22
Número do documento: 20012110454779500000009529519
Fls.: 24

Ilíquidos
a) mande notificar a reclamada para comparecer à audiência designada
por Vossa Excelência e apresentar a defesa que entender cabível, sob pena de ser
considerada revel e confessa quanto à matéria de fato, e que no final seja condenada aos
pagamentos dos pedidos, juros de mora, correção monetária, custas processuais e
honorários advocatícios;
b) permita provar por todos os meios de prova em direito admitidos,
especialmente documental, depoimentos pessoais, oitiva de testemunhas;
c) condene reclamada, ao final, ao pagamento da quantia de R$
386.692,66 (trezentos e oitenta e seis mil seiscentos e noventa e dois reais e sessenta e
seis centavos), conforme valores liquidados, e mais os juros de mora e a correção
monetária, procedendo a assinatura e baixa da CTPS com as datas de admissão e
demissão, bem como salário/remuneração informados e efetuando os recolhimentos
previdenciários devidos, liberação da chave de conectividade, sob pena de liquidação.
d) condene a reclamada ao pagamento de honorários advocatícios no
percentual de 15% sobre o valor acima;
e) defira o benefício da justiça gratuita, por não ter condições de pagar as
custas sem prejuízo do próprio sustento e de sua família;
f) após o trânsito e julgado, seja iniciada de imediato a execução.

Dá-se à causa, para os efeitos legais, o valor de 386.692,66 (trezentos


e oitenta e seis mil seiscentos e noventa e dois reais e sessenta e seis centavos).

Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Manaus (AM), na data do protocolo.

MALBER MAGALHÃES S. TAVARES EDUARDO JOSÉ S. DOS SANTOS


OAB/AM 6455 OAB/AM 7171

Assinado eletronicamente por: EDUARDO JOSE SILVA DOS SANTOS - 21/01/2020 10:48:27 - 9d2d33c
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20012110454779500000009529519
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 9d2d33c - Pág. 23
Número do documento: 20012110454779500000009529519
Fls.: 25

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
AUTOR: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RÉU: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

DESPACHO

Nos termos da Resolução CNJ nº 313/20, c/c os arts. 212, §2º, 214, II; 215, I, e 261 do CPC; art.
4º, §5º, da Lei nº 11.419/06, e dos Atos Conjuntos CSJT.GP.VP e CGJT nº01 e 02, de 19 e 20 de
março de 2020, os prazos processuais e audiências estão suspensos, e, por fim, diante do Ato
Conjunto CSJT.GP.GVP.CGJT nº 5, de 17 de abril de 2020, que estabelece sobre as medidas de
prevenção ao contágio pelo novo coronavírus (COVID19), verifica-se que as audiências
presenciais no âmbito do primeiro grau permanecem suspensas por prazo indeterminado e que o
Tribunal Regional disciplinará a metodologia adequada para a realização de audiências
telepresenciais por videoconferências.

Assim sendo e diante da natureza alimentar dos créditos trabalhistas e da necessidade de dar
curso aos julgamentos das ações propostas perante este Juízo, bem como considerando que a
parte reclamada está desacompanhada de advogado, o que impõe certas limitações de ordem
técnica, DETERMINO:

I. Redesigne-se a audiência;

II. Notifique-se o (a) reclamado (a) por correio, para informar no prazo de 5 (cinco) dias úteis, se
tem interesse em apresentar proposta de acordo, nos termos do art. 846 da CLT, com vistas à
solução da demanda;

II – Após manifestação do (a) reclamado (a), intime-se o (a) reclamante, por meio de seu
patrono, para em 5 (cinco) dias úteis, se for o caso, aceitar ou apresentar contraposta ao acordo.

III – Havendo proposta conciliatória aceita, retornem os autos conclusos.

IV - Frustrada a tentativa de conciliação, aguarde-se a audiência.

MANAUS/AM, 30 de abril de 2020.

Assinado eletronicamente por: LUIZA TEICHMANN MEDEIROS - Juntado em: 30/04/2020 11:08:02 - 4f49871
Fls.: 26

LUIZA TEICHMANN MEDEIROS


Juiz(a) do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: LUIZA TEICHMANN MEDEIROS - Juntado em: 30/04/2020 11:08:02 - 4f49871
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/20043010552267100000018985811?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 20043010552267100000018985811
Fls.: 27

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
AUTOR: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RÉU: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

CERTIDÃO PJe - JT

CERTIFICO que, em virtude da suspensão por prazo indeterminado da prestação presencial de


serviços no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 11ªRegião, conforme o Ato Conjunto
CSJT.GP.GVP.CGJT 5/2020, a notificação de Id a8ac034, à reclamada, não foi impressa nem
encaminhada aos Correios.

CERTIFICO que efetuei pesquisa nos registros de cadastros da reclamada no sistema e na


internet e identifiquei o email da empresa, cujos dados são os seguintes: email - ICARMO@UNIV
ERSAL.ORG.BR

É o que me cumpre certificar.

Manaus, 22 de junho de 2020

ALINE REBOUCAS LOPES FREITAS

Assessor

DESPACHO PJe - JT

Considerando o teor da certidão supra, determino:

1. Reitere-se a notificação da reclamada pelo email indicado.


2. Considerando a reorganização de pauta (Id 17f4a10), notifique-se o reclamante acerca da
nova data da audiência, qual seja, dia 09/09/2020, às 11h15min.
3. Não sendo possível a notificação da reclamada, aguarde-se o retorno da prestação
presencial de serviços.
4. Após, encaminhe-se a notificação da reclamada pelos CORREIOS.alrlf/epm

MANAUS/AM, 22 de junho de 2020.

Assinado eletronicamente por: MARIA DE LOURDES GUEDES MONTENEGRO - Juntado em: 22/06/2020 19:37:30 - 0996bf6
Fls.: 28

MARIA DE LOURDES GUEDES MONTENEGRO


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: MARIA DE LOURDES GUEDES MONTENEGRO - Juntado em: 22/06/2020 19:37:30 - 0996bf6
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/20062211084059600000019288144?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 20062211084059600000019288144
Fls.: 29

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
AUTOR: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RÉU: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

DESPACHO PJe - JT

I - Tendo em vista o teor da Certidão de ID f7f1be5, notifique-se o (a) (s) reclamado (a) (s) pelo
endereço eletrônico identificado pela Vara, conforme ID f7f1be5, para informar no prazo de 15
(quinze) dias úteis, se tem interesse em apresentar (em) proposta de acordo, nos termos do art.
846 da CLT, com vistas à solução da demanda;

II – Caso positiva a resposta, determino à Secretaria a inclusão do processo em pauta de


audiência virtual;

III – Em sendo negativa a manifestação e no mesmo prazo concedido no item I do presente


despacho, que apresente defesa com documentos (art. 847 da CLT c/c art. 335 do CPC), sob
pena de revelia, bem como, informe se tem interesse em produzir prova testemunhal (indicar a
quantidade de testemunhas, observado o limite do art. 821, rito ordinário, do art. art. 852-H, § 2º,
rito sumaríssimo), ou pericial;

IV - Apresentada a defesa, retire-se o sigilo da(s) contestação(ões) e dos documentos, se


estiverem inserido sigilo, intime-se a parte reclamante, por seu(s) advogado(s) constituído(s) nos
autos via DEJT, para se manifestar sobre a(s) defesa(s) e documentos no prazo de 15 dias, sob
pena de preclusão, valendo o que constar da prova documental, em caso de se manter silente;

V – Após, apresentada a defesa ou decorrido o prazo in albis, aguarde-se a audiência, já


designada para o dia 09/09/2020 às 11h15.

gac***

MANAUS/AM, 30 de julho de 2020.

MARIA DE LOURDES GUEDES MONTENEGRO


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: MARIA DE LOURDES GUEDES MONTENEGRO - Juntado em: 30/07/2020 22:36:30 - a5580d6
Fls.: 30

Assinado eletronicamente por: MARIA DE LOURDES GUEDES MONTENEGRO - Juntado em: 30/07/2020 22:36:30 - a5580d6
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/20073018185996800000019531382?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 20073018185996800000019531382
Fls.: 31

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
AUTOR: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RÉU: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

DESPACHO PJe-JT

Considerando o ATO CONJUNTO 6/2020/SGP/SCR, que altera o art. 4°, §§ 2° e


3°, e republica o ATO CONJUNTO N° 5/2020/SGP/SCR, de 30.04.2020, com as alterações
determinadas no ato, a saber: "Art. 1° Alterar os §§ 2° e 3° do art. 4° do ATO CONJUNTO N° 5
/2020/SGP/SCR, de 30-4-2020, que passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 4o. A partir de
4 de maio de 2020 e até ulterior deliberação, poderão ser realizadas audiências nas unidades
judiciárias ou nos CEJUSCs-JT, por meio telepresencial, respeitada a seguinte cronologia: [...] §
2°. A realização das audiências telepresenciais é uma faculdade do Magistrado. § 3°. As partes
serão intimadas da realização da audiência virtual por seus procuradores ou por e-mail pessoal,
caso desacompanhadas de advogados. A audiência será realizada pelo link de acesso à reunião
virtual, enviado ao endereço eletrônico de todos os participantes. Art. 2° Republicar o
ATOCONJUNTO N° 5/2020/SGP/SCR, com as alterações determinadas neste ato. Art. 3° Este
Ato";entra em vigor na data de sua publicação. Publique-se

Considerando que não há qualquer previsão de retorno ao trabalho presencial e,


consequentemente a realização de audiências presenciais nesta Vara;

Considerando o princípio da duração razoável do processo e havendo


necessidade de remarcação das audiências que estavam incluídas em pauta presencial por não
ter voltado o trabalho nessa modalidade, devendo ser readequada a pauta para virtual para
possibilitar realização das audiências de forma telepresencial;

DETERMINO:

1 – Ficam as partes intimadas para comparecimento a nova data designada para


realização da audiência inaugural que fica desde já designada para o dia 09.09.2020 às
10h30min, a ser realizada de forma TELEPRESENCIAL por meio do aplicativo GoogleMeet,
ficando INTIMADAS e CIENTES as partes, por intermédio de seus patronos ou via email pessoal
da parte que deverá ser pesquisado pela Vara caso não haja registro do endereço eletrônico na
autuação, que na data e hora acima mencionada e anteriormente marcada deverão participar da
audiência por videoconferência e que será integrada por comunicação de mensagem enviada
aos email’s dos patronos das partes cadastrados nos autos ou daqueles registrados no sistema

Assinado eletronicamente por: JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO - Juntado em: 25/08/2020 10:47:47 - f9f89fa
Fls.: 32

ou pesquisados pela Vara, ficando também ciente que o convite para ingresso na sala de
audiência virtual será encaminhado ao mesmo email;

2 - Fica ciente o(a) reclamante que o não comparecimento à referida audiência


por vídeo conferência importará no arquivamento da reclamatória;

3 - Da mesma forma, fica(m) a(s) reclamada(s) ciente(s) de que sua ausência


importará no julgamento da questão a sua revelia e na aplicação da pena de confissão quanto à
matéria de fato, devendo apresentar(em) defesa, a ser anexada ao PJE-JT até 24 horas antes da
realização da audiência, acompanhada dos documentos que desejar, bem como, dos
documentos de constituição da empresa e alterações, procuração e carta de preposição,
assinada por pessoa competente, que participe do quadro societário da empresa ou detenha
procuração pública para esse fim, devendo a(s) reclamada(s) participar(em) da audiência por
videoconferência, pessoalmente ou representado(a) por preposto habilitado (art. 843, parágrafo
1º, da CLT - no caso de pessoa jurídica), sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos
alegados na inicial (art. 844 daCLT), bem como, para arrolar, no momento da audiência,
querendo, até 2 (duas) testemunhas no rito sumaríssimo e até 3 (três) no rito ordinário.

4. Caso a reclamada não possua advogado cadastrado no processo, a


notificação deverá ser feita por meio de Oficial e Justiça, de acordo com o ATO CONJUNTO nº 7
/2020/SGP/SCR, devendo ser realizadas todas as diligências necessárias para o fiel
cumprimento do mandado com intimação pelo email existente nos autos ou de forma presencial,
caso necessário.

MANAUS/AM, 25 de agosto de 2020.

JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO


Juiz(a) do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO - Juntado em: 25/08/2020 10:47:47 - f9f89fa
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/20082114314646800000019653944?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 20082114314646800000019653944
Fls.: 33

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
AUTOR: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RÉU: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

DESPACHO

Analisando os autos, constata-se erro material na data de audiência consignada no despacho de


ID. f9f89fa, pois no sistema PJe a data designada e correta é 25/09/2020 às 10:30. Assim, dê-se
ciência às partes da data correta (25/09/2020 às 10:30).

MANAUS/AM, 08 de setembro de 2020.

LUIZA TEICHMANN MEDEIROS


Juiz(a) do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: LUIZA TEICHMANN MEDEIROS - Juntado em: 08/09/2020 12:43:48 - 8d12015
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/20090811294335600000019751365?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 20090811294335600000019751365
Fls.: 34

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 25 de setembro de 2020, na sala de sessões virtuais da MM. 10ª Vara do


Trabalho de Manaus, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho LUIZA
TEICHMANN MEDEIROS, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito Ordinário
número 0000053-22.2020.5.11.0010, supramencionada.

Às 10:23, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora WENDERSON LOPES DE AZEVEDO , pessoalmente,


acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). EDUARDO JOSE SILVA DOS SANTOS, OAB
7171/AM.

Presente a parte ré IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, representado


(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) ALINE BINDA OKAWA, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a),
Dr(a). JOSEANE DE ANDRADE COELHO, OAB 8365/AM.

INICIADA A AUDIÊNCIA.

Pelo juízo, com relação às preliminares levantadas pela Reclamada, estas


serão oportunamente apreciadas em sentença. Quanto ao pedido de expedição de ofícios, DEF
IRO a expedição do ofício para o Comando da Polícia Militar do Estado do Amazonas,
requerendo a escala efetivamente realizada constate de dias e horários em que o autor
/reclamante se encontrava, em trabalho ou curso, bem como faltas justificadas e injustificadas,
no prazo de 30 dias. INDEFIRO os demais ofícios tendo em vista que os demais pontos da lide
serão decididos considerando o ônus da prova de cada uma das partes, bem como das provas
produzidas nos autos. Registram-se os protestos da patrona da Reclamada quanto ao
indeferimento dos demais ofícios. Quanto ao requerimento de expedição de ofício formulado
pela Reclamada para testemunha servidora pública militar indicada em sua contestação, DEFIR
O o requerimento, devendo ser expedido o competente o ofício, com base no art. 455, §4º,
inciso III, do CPC.

Pela ordem, o patrono do reclamante requereu que a expedição do ofício para


o Comando da Polícia Militar do Estado do Amazonas fosse delimitado com relação ao
período.

Pelo juízo, DEFERE-SE o requerimento da parte autora, devendo ser


expedido ofício ao Comando da Polícia Militar do Estado do Amazonas com a delimitação do
período desde o começo do contrato de trabalho que o reclamante alega na inicial.

Defesa escrita, sem documentos.

ALÇADA FIXADA NO VALOR LÍQUIDO DA INICIAL.

Assinado eletronicamente por: LUIZA TEICHMANN MEDEIROS - Juntado em: 25/09/2020 13:56:44 - c42b9e5
Fls.: 35

O Reclamante arrola 03 testemunhas e a Reclamada arrola 02 testemunhas,


além da já requerida através do ofício acima mencionado. Este Juízo concede o prazo de 15
dias para as partes peticionarem apresentando o nome da testemunha, bem como o e-mail e
telefone, sob pena de ser considerada desistência da prova e não sendo a testemunha
localizada nos elementos informados, sob pena de dispensa.Registram-se os protestos da
patrona da reclamada quanto à realização de audiência de instrução telepresencial
/virtual.

Face ao exposto, fica suspensa a presente sessão de audiência, designando-


se o dia 02/12/2020, às 09h30min, para o seu prosseguimento, sendo as partes advertidas da
possibilidade de confissão ficta no caso de ausência por ocasião dos depoimentos pessoais,
bem como, de que suas testemunhas não poderão estar nos escritórios dos patronos, devendo
ser de preferência na própria residência da testemunha, com condições técnicas, caso a
audiência seja virtual, do que serão informados antecipadamente. Caso a audiência seja
virtual, as partes serão informadas antecipadamente e será enviado o link da sala de audiência
para sua realização. Fica consignado que as partes acompanharam atentamente a digitação
do presente termo de audiência e concordam com o seu teor, sem ressalvas. Cientes os
presentes. E, para constar, foi lavrado o presente termo. Nada mais. Audiência encerrada
às 11h10.

LUIZA TEICHMANN MEDEIROS


Juiz(a) do Trabalho

Ata redigida por PAULO DO AMARAL COSTA FILHO, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: LUIZA TEICHMANN MEDEIROS - Juntado em: 25/09/2020 13:56:44 - c42b9e5
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/20092513123042100000019868731?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 20092513123042100000019868731
Fls.: 36

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 2 de dezembro de 2020, na sala de sessões virtuais da MM. 10ª Vara do


Trabalho de Manaus, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho JOAO ALVES
DE ALMEIDA NETO, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito Ordinário número
0000053-22.2020.5.11.0010, supramencionada.

Às 09:59, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora WENDERSON LOPES DE AZEVEDO, pessoalmente,


acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). EDUARDO JOSE SILVA DOS SANTOS, OAB
7171/AM.

Presente a parte ré IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, representado


(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) ADRIANE MARINHO RIBEIRO, acompanhado(a) de seu(a)
advogado(a), Dr(a). JOSEANE DE ANDRADE COELHO, OAB 8365/AM.

Compulsando os autos este Juízo verifica que os Ofícios de IDs. aad123e e


79fd06d não obtiveram resposta do Comando da Polícia Militar dos Estado do Amazonas,
razão pela qual determino o que sejam enviados novos ofícios à corporação supracitada
conforme determinação contida no Termo de Audiência de Id. c42b9e5.

Face ao exposto, fica suspensa a presente sessão de audiência, designando-


se o dia 29/04/2021, às 10h00min, para o seu prosseguimento, sendo as partes advertidas da
possibilidade de confissão ficta no caso de ausência por ocasião dos depoimentos pessoais,
bem como, de que suas testemunhas não poderão estar nos escritórios dos patronos, devendo
ser de preferência na própria residência da testemunha, com condições técnicas, caso a
audiência seja virtual, do que serão informados antecipadamente. Caso a audiência seja
virtual, as partes serão informadas antecipadamente e será enviado o link da sala de audiência
para sua realização.

Fica consignado que as partes acompanharam atentamente a digitação


do presente termo de audiência e concordam com o seu teor, sem ressalvas. EXPEÇA-
SE NOVOS OFÍCIOS AO COMANDO MILITAR DO ESTADO DO AMAZONAS. Cientes os
presentes. E, para constar, foi lavrado o presente termo. Nada mais.

Audiência encerrada às 10h35min.

JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO


Juiz(a) do Trabalho

Assinado eletronicamente por: JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO - Juntado em: 03/12/2020 10:18:37 - 42e0930
Fls.: 37

Ata redigida por ROMULO GEISEL SANTOS MEDEIROS, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO - Juntado em: 03/12/2020 10:18:37 - 42e0930
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/20120214440457200000020281304?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 20120214440457200000020281304
Fls.: 38

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 29 de abril de 2021, na sala de sessões virtuais da MM. 10ª


Vara do Trabalho de Manaus, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do
Trabalho JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO, realizou-se audiência relativa à Ação
Trabalhista - Rito Ordinário número 0000053-22.2020.5.11.0010, supramencionada.

Às 10:00, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora WENDERSON LOPES DE AZEVEDO, pessoalmente,


acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). EDUARDO JOSE SILVA DOS SANTOS, OAB
7171/AM.

Presente a parte ré IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, representado


(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) ADRIANE MARINHO RIBEIRO, acompanhado(a) de seu(a)
advogado(a), Dr(a). JOSEANE DE ANDRADE COELHO, OAB 8365/AM.

Reiniciada a instrução processual.

Compulsando os autos este Juízo verifica que os Ofícios de IDs.


edb3c6d e 0ee9b1e não obtiveram resposta do Comando da Polícia Militar do Estado
do Amazonas. Por este motivo, o juízo determina que sejam enviados novos ofícios
exclusivamente ao Comando da Polícia Militar do Estado do Amazonas, conforme
determinação no Termo de Audiência de Id. c42b9e5. Os ofícios deverão ser
expedidos mediante Oficiais de Justiça, conforme requerido pela Reclamada. Sem
objeções pelas partes.

Face ao exposto, fica suspensa a presente sessão de audiência,


designando-se o dia 12/08/2021, às 10h00, para o seu prosseguimento, sendo as
partes advertidas da possibilidade de confissão ficta no caso de ausência por
ocasião dos depoimentos pessoais. Considerando o número de testemunhas arroladas
pelas partes, fica consignado que a próxima sessão ocorrerá de forma presencial.
Registram-se os protestos do patrono do autor.

Fica consignado que as partes acompanharam atentamente a digitação


do presente termo de audiência e concordam com o seu teor, sem ressalvas. EXPEÇAM-
SE OS NOVOS OFÍCIOS AO COMANDO MILITAR DO ESTADO DO AMAZONAS A SER CUMPRIDO
MEDIANTE OFICIAIS DE JUSTIÇA. Ciente os presentes. E para constar, foi lavrado o
presente termo de audiência. Nada mais.

Audiência encerrada às 10h33min.

JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO


Juiz(a) do Trabalho

Assinado eletronicamente por: JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO - Juntado em: 29/04/2021 17:13:38 - 2a1b58d
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/21042913324458700000021064975?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 21042913324458700000021064975
Ata redigida por PAULO DO AMARAL COSTA FILHO, Secretário(a) de Audiência.
Fls.: 39

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 12 de agosto de 2021, na sala de sessões virtuais da MM. 10ª Vara


do Trabalho de Manaus, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho JOAO
ALVES DE ALMEIDA NETO, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito
Ordinário número 0000053-22.2020.5.11.0010, supramencionada.

Às 10:03, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora WENDERSON LOPES DE AZEVEDO,


pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). EDUARDO JOSE SILVA
DOS SANTOS, OAB 7171/AM.

Presente a parte ré IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS,


representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) ADRIANE MARINHO RIBEIRO, acompanhado
(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). JOSEANE DE ANDRADE COELHO, OAB 8365/AM.

Compulsando os autos este Juízo verifica que os Ofício de ID. 26b29ad


não obteve resposta do Comando da Polícia Militar do Estado do Amazonas. Observa-
se, ainda que o MAJPM DERQUIAN JOSÉ FERREIRA MACHADO, na qualidade de
testemunha, se fez presente nas dependências físicas do Fórum Trabalhista de
Manaus. Por este motivo, o juízo determina que sejam enviados novos ofícios
exclusivamente ao Comando da Polícia Militar do Estado do Amazonas, conforme
determinação no Termo de Audiência de Id. 2a1b58d. 

Os ofícios deverão ser expedidos mediante Oficiais de Justiça,


conforme requerido pela Reclamada. Sem objeções pelas partes.

Face ao exposto, fica suspensa a presente sessão de audiência,


designando-se o dia 21/02/2022, às 09h00min, para o seu prosseguimento, que irá
ocorrer de forma presencial, sendo as partes advertidas da   possibilidade de
confissão ficta no caso de ausência por ocasião dos depoimentos pessoais, bem
como de que devem trazer suas testemunhas, independente de notificação, sob
pena de dispensa. 

Fica consignado que as partes acompanharam atentamente a


digitação do presente termo de audiência e concordam com o seu teor, sem
ressalvas. 

Assinado eletronicamente por: JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO - Juntado em: 12/08/2021 13:43:35 - 7e46447
Fls.: 40

EXPEÇAM-SE OS NOVOS OFÍCIOS AO COMANDO MILITAR DO ESTADO


DO AMAZONAS A SER CUMPRIDO MEDIANTE OFICIAIS DE JUSTIÇA. 

Ciente os presentes. E para constar, foi lavrado o presente termo de


audiência. Nada mais.

Audiência encerrada às 10h51min.

JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO


Juiz(a) do Trabalho

Ata redigida por ROMULO GEISEL SANTOS MEDEIROS, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: JOAO ALVES DE ALMEIDA NETO - Juntado em: 12/08/2021 13:43:35 - 7e46447
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/21081211590654100000021861902?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 21081211590654100000021861902
Fls.: 41

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª Vara do Trabalho de Manaus
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 21 de fevereiro de 2022, na sala de sessões da MM. 10ª Vara do


Trabalho de Manaus, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho LARISSA
DE SOUZA CARRIL, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito Ordinário
número 0000053-22.2020.5.11.0010, supramencionada.

Às 09:00, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora WENDERSON LOPES DE AZEVEDO,


pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). EDUARDO JOSE SILVA
DOS SANTOS, OAB 7171/AM (poderes Id. 11560db).

Presente a parte ré IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS,


representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) ADRIANE MARINHO RIBEIRO,
acompanhado (a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). JOSEANE DE ANDRADE COELHO, OAB
8365/AM.

O RECLAMANTE E A RECLAMADA ARROLAM 03 TESTEMUNHAS CADA.

Segurança dos Dados: Ficam os participantes desta sessão virtual


advertidos de que todos os dados são tratados de acordo com a Lei n.º 13.709/2018
(Lei Geral de Proteçao de Dados - LGPD) e para a finalidade do processo judicial.
Portanto, a utilização da gravação do  vídeo e do áudio da audiência é autorizada
apenas para fins processuais ou para fins internos do próprio TRT/Tribunais
Superiores, com vedação à divulgação ou reprodução da audiência em qualquer
outro meio, principalmente redes sociais, para preservação da imagem dos
participantes, a fim de se evitar deepfake ou exposição parcial ou distorcida do que
ocorreu. Nesse sentido, alertando-se que o mau uso da gravação ou de quaisquer
dados constantes nos autos pode ensejar responsabilização do divulgador não
apenas processualmente, mas também civilmente, nos termos do art. 186, CCB.

Pelo juízo: Constata-se que o comando da Polícia respondeu aos


ofícios enviados por este Juízo e juntou aos autos as escalas de serviço do reclamante
com cópia de tais documentos também em formato de mídia perante a Secretaria da
Vara. Ressalta o juízo que a mídia que se encontra acautelada na Secretaria apenas
guarda as escalas que já foram juntadas aos autos, motivo pelo qual defere-se o
prazo até o final das alegações finais para manifestação das partes, sob pena de
preclusão.

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/02/2022 14:14:00 - 5981b85
Fls.: 42

INTERROGADO(A) O(A) RECLAMANTE, ÀS PERGUNTAS DO JUÍZO


RESPONDEU: “que confirma os termos da inicial; que foi convidado para trabalhar na
Universal pelo Pastor Iranildo, da igreja da Avenida Constantino Nery; que começou a
trabalhar na igreja em junho de 2006, trabalhando em dias alternados, em escala
1x1. que trabalhava das 18h às 06h. que sempre foi este horário; que durante seu
horário de trabalho era o responsável pela equipe de 6 policiais que também
trabalhavam para a Universal; que se recorda do Sr. Jucinei, Rosivaldo, Araújo,
Kennedy, Rodrigo e Marinho; que como responsável pela equipe recebia ordens dos
pastores e organizava a equipe colocando-os nos postos; que sempre cumpriu a
escala 1x1, sendo muito difícil alterar a sua escala de serviço; que era muito difícil
bater a sua escala com a escala da igreja; que trabalhava 24 por 72 na polícia militar,
que por isso as escalas com a igreja não coincidiam; que quando foi trocado de
unidade passou a trabalhar em escalas de 12 por 24 e 12 por 72; que quando
precisava se ausentar ficava um substituto da sua equipe no local; que quem
escolhia esse substituto da equipe para substituir o depoente era o pastor; que o
depoente avisava ao pastor que não poderia ir e o pastor escolhia quem deveria ir;
que houve várias mudanças de pastor e todos escolhiam quem substituía o
reclamante; que além da organização de escalas também atuava como segurança;
que como era chefe da equipe além de colocar o pessoal nos postos também ficava
em alguns postos ajudando a equipe; que durante a reunião ficava fazendo a ronda
para evitar furtos e ocorrência; que usava arma de fogo enquanto fazia a ronda; que
já houve tentativa de assalto na igreja; que como há muito dinheiro na igreja havia
tentativa de assalto; que quem fazia a escala era o pastor.” ÀS PERGUNTAS DO
ADVOGADO DO RECLAMADO: “que está na ativa na Polícia Militar, atuando
atualmente no 11º CICOM; que trabalhou por 14 anos na Rocam, 3 anos na Casa
Militar e de 2017 até o presente momento está no 11º CICOM; que o pastor ensinou
como deveria ser o trabalho a executar na Igreja; que o depoente ensinou o trabalho
para outros colegas; que já substituiu outro colega na igreja; que quando havia falta
na igreja era descontado o valor; que nunca indicou seu substituto, o qual era
indicado apenas pelo pastor; que havia controle de entrada e saída, mediante ficha
que era preenchida pelo pastor da igreja; que se ocorresse conflito de horário com
sua escala da PM, o reclamante priorizava a polícia; que todos os dias há cultos na
igreja, sabendo que no horário da noite os cultos ocorriam das 19h às 21h e algumas
vezes havia vigília; que nunca trabalhou sozinha na igreja; que a arma utilizada era
particular do depoente e legalizada; que havia fiscalização do pastor no posto de
trabalho; que o pastor Às vezes ia pessoalmente no horário da madrugada fiscalizar
o trabalho e às vezes telefonava; que lembra do Pastor Santos, Pastor Walter, Pastor
Luiz que foram ao posto de trabalho do depoente fiscalizar; que nunca ocorreu de
ser fiscalizado e não estar no posto, mas se isso ocorresse haveria o desconto.”

NADA MAIS.

INTERROGADO O(A) PREPOSTO(A) DO RECLAMADO, ÀS PERGUNTAS


DO JUÍZO RESPONDEU:  “que confirma os termos da defesa; que trabalha na Igreja
desde 2017 como analista de RH; que a reclamada tem seguranças e também tem
uma empresa terceirizada que presta serviços de segurança, chamada Centurião;
que atualmente a igreja não tem policiais contratados, mas tinha até o início de 2020;
que os Policiais eram contratados pelo pastor responsável pela segurança, sendo

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/02/2022 14:14:00 - 5981b85
Fls.: 43

indicados pelos fiéis; que quem decidia os Policiais Militares a serem contratados era
o pastor; que havia um pastor responsável pela segurança do templo; que os
próprios PMs conversavam entre si e outro que podia cobrir a escala iria no lugar,
havendo acerto entre os próprios policiais; que a alteração da escala era comunicada
ao pastor responsável, não necessitando de aprovação do pastor; que essa
substituição era livre dentre a equipe já conhecida da igreja; que o reclamante
prestava serviço nessa época tendo o visto algumas vezes de plantão; que não sabe
dizer se o reclamante era o líder da equipe; que não sabe informar se havia controle
da frequência nas escalas dos policiais; que não sabe informar os dias em que o
reclamante trabalhava, sabendo que era uma escala 1x1; que o reclamante
trabalhou nessa escala 1x1, como todos os demais; que o reclamante recebia por
diárias o valor de R$50,00 a R$70,00, que era pago em dinheiro; que esse valor era
pago por mês; que não sabe o horário em que o reclamante trabalhava.”

ÀS PERGUNTAS DA PARTE RECLAMANTE: "que o pastor da segurança


ficava somente para o caso de acontecer alguma coisa na reunião ele verificava se
tinha algum PM disponível para verificar a situação; que a depoente trabalha das 07h
às 16h; que via o reclamante trabalhando no horário da tarde, por volta das 13h ou
então na sua saída, às 16h; que costumava ver de dois a três policiais militares na
saída; que não sabe dizer quantos policiais havia por turno; que o pagamento era
feito pelo pastor responsável pela segurança."

NADA MAIS.

APREGOADA A PRIMEIRA TESTEMUNHA ARROLADA PELO(A)


RECLAMANTE, Sr.(a) Osivaldo de Vasconcelos Barros, C.I 13957 SI/PMAM, CPF
378.455.432.68, brasileiro, casado, policial militar, residente na Rua Professora
Persília de Oliveira, n 12, Gilberto Mestrinho. 

Neste momento a patrona da reclamada apresenta contradita à


testemunha nos seguintes termos: “Vou contraditar por amizade intima e interesse
na causa”. A reclamada não apresenta outras provas específicas da contradita.

QUESTIONADA A TESTEMUNHA PELO JUÍZO, respondeu que: “que não


é amigo do reclamante; que apenas trabalhou junto com o reclamante; que nunca foi
na casa do reclamante; que não possui interesse que o reclamante ganhe o
processo”. Em razão do exposto e na ausência de outras provas, rejeito a contradita.
DECISÃO TOMADA SOB PROTESTOS.

Aos costumes disse nada. ADVERTIDA E COMPROMISSADA, ÀS


PERGUNTAS DO JUÍZO RESPONDEU: “que trabalhou com o reclamante na Igreja
Universal, nos últimos 10 anos; que trabalhou na igreja de abril de 2006 a janeiro de
2020; que foi contratado para trabalhar na igreja pelo pastor Iranildo; que trabalhava
na escala 1x1, de 12 horas, das 18h às 06h; que quando não podia comparecer falava
com o chefe de segurança (o pastor) ou fazia uma permuta entre os membros da
equipe ou colocava outra pessoa de fora para trabalhar em seu lugar; que quem
definia quem ia no lugar do outro era o pastor; que quando se refere a outra pessoa,
se refere a pessoas que também trabalhavam para a igreja e o substituíam; que

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/02/2022 14:14:00 - 5981b85
Fls.: 44

sempre era o pastor (chefe de segurança) quem definia as alterações na escala; que
teve vários pastores da segurança, como pastores Iranildo, Luiz, Walter e Santos; que
na equipe do depoente havia em torno de 5 ou 6 policiais; que esses policiais se
revezavam conforme ordem do pastor; que o pastor fiscalizava a equipe, aparecendo
na igreja no meio da noite, às 23h, 0h ou 1h, no meio da noite e também na
madrugada para verificar se estavam no posto.”

ÀS PERGUNTAS DA PARTE RECLAMANTE RESPONDEU: "que viu o


reclamante trabalhando nas dependências e nos moldes que o depoente, no mesmo
horário e no mesmo turno; que sempre trabalharam no mesmo turno; que havia
revezamento de 15 ou 20 minutos para fazer um lanche; que recebia salário de
R$1.215,00 por quinzena, sendo o pagamento feito em dinheiro pelo pastor
responsável pela segurança; que havia um policial líder na equipe; que o líder da sua
equipe era o reclamante; que o reclamante ganhava um pouco mais, mas não sabe
especificar o valor.".

ÀS PERGUNTAS DO ADVOGADO DA RECLAMADA RESPONDEU: “que a


diferença do trabalho do reclamante é que ele era líder; que o reclamante ficava
responsável por tudo o que acontecia dentro do serviço; que o depoente já moveu
ação contra a Igreja e fez acordo; que ainda está ativo na Polícia Militar, trabalhando
no 2º Batalhão de Choque da Rocam; que foi orientado quanto ao que deveria fazer
na igreja, apesar de trabalhar na área de segurança, pelo pastor, que disse tudo o
que deveria fazer; que nunca ensinou outro colega de trabalho o que deveria fazer;
que não substituiu colegas; que também não foi substituído pelo reclamante; que
nunca recebeu punição por não comparecer, pois avisava com antecedência; que
nunca indicou outra pessoa para substituí-lo; que havia controle de entrada e saída
na igreja, que havia assinatura de um livro; que havendo conflito de horário com a
polícia, priorizava o trabalho na Polícia; que na segunda, terça e sexta havia muita
gente nos cultos da igreja, no horário das 19h às 21h; que após o término das
reuniões ficava nos portões e outros locais vulneráveis, havendo postos de trabalho
com equipes de 2 e postos individuais; que já dividiu posto de trabalho com o
reclamante; que quem fiscalizava era o líder, no caso o reclamante, e o pastor
também fazia a supervisão à noite; que havia um controle do horário de alimentação,
realizado pelo líder; que não sabe dizer qual o meio de transporte utilizado pelo
reclamante para chegar ao trabalho; que o reclamante utilizava arma de fogo
particular documentada; que nunca viu o reclamante precisar se ausentar para
resolver problemas da corporação; que nunca se ausentou do serviço na igreja para
atender chamada da corporação; que não recebiam 13º salário; que apenas exigiram
a sua identidade para a contratação; que na época em que prestou serviços não
havia empresa terceirizada; que quando saiu começou a ter uma empresa
terceirizada de segurança, não recordando o nome da empresa; que não recebia
alimentação e transporte; que nunca lhe falaram que o valor da alimentação estaria
incluído na diária.”

NADA MAIS

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/02/2022 14:14:00 - 5981b85
Fls.: 45

APREGOADA A SEGUNDA TESTEMUNHA ARROLADA PELO(A) RECLAMANTE, Sr.(a)


Jociney Freitas Pinto de Souza, C.I 14622 CI/PMAM, CPF 610.834.702-30, brasileiro,
casado, policial militar, 43 anos, residente na Av. Itacoatiara, n 233, Cachoeirinha.

Neste momento a patrona da reclamada apresenta contradita à


testemunha nos seguintes termos: “Vou contraditar por amizade intima e interesse
na causa”. A reclamada não apresenta outras provas específicas da contradita.

QUESTIONADA A TESTEMUNHA PELO JUÍZO, respondeu que: “que não


é amigo do reclamante; que nunca foi na casa do reclamante; que nunca saiu para
bares com o reclamante; que não tem interesse que o reclamante ganhe a causa”.
Em razão do exposto e na ausência de outras provas, rejeito a contradita. DECISÃO
TOMADA SOB PROTESTOS.

Aos costumes disse nada. ADVERTIDA E COMPROMISSADA, ÀS


PERGUNTAS DO JUÍZO RESPONDEU: “que trabalhou para a Igreja reclamada de 2005
a 2020; que é policial militar; que sua função na igreja era de chefe de equipe; que
recebia R$1620,00 por quinzena; que esse pagamento era em dinheiro, feito pelo
pastor responsável da segurança; que chegou a trabalhar com o reclamante, no
mesmo turno; que trabalhou com o reclamante de 2013 a 2015 a noite; que o
reclamante passou a ser líder quando o depoente retornou a trabalhar no turno do
dia; que passava o turno para o reclamante; que quando trabalhou junto com o
reclamante, de 2013 a 2015; o depoente era o líder; que havia um líder para cada
turno; que depois o reclamante também assumiu a função de líder.”

ÀS PERGUNTAS DO ADVOGADO DO RECLAMANTE RESPONDEU: "que


quando mudou de turno passava o serviço para o reclamante, já que o depoente
trabalhava de dia e o reclamante trabalhava no turno da noite."

ÀS PERGUNTAS DO ADVOGADO DA RECLAMADA RESPONDEU: “que


não havia diferença entre o trabalho do depoente e do reclamante; que já moveu
ação contra a igreja e fez acordo na ação; que ainda está na ativa na Polícia Militar,
trabalhando atualmente na Assessoria Integrada de operação; que o pastor que
repassou o que tinha que fazer na igreja; que trabalhou com os pastores Paulo,
Iranildo, Manoel, Luiz, Walter e por último o pastor Santos; que não ensinou a
nenhum colega o trabalho a ser executado; que já substituiu colegas e também o
reclamante; que nunca foi substituído pelo reclamante; que se faltasse ao serviço na
igreja havia o desconto do dia; que nunca indicou alguém para substituí-lo; que
nunca teve conflito de horários entre sua escala na PM e na igreja; que os horários
de maior circulação na igreja era aos domingos pela manhã, e na segunda, terça e
quarta à noite; que a igreja ficava aberta a partir das 07h no domingo, havendo culto
de 07h às 09h e de 09h30 às 12h; que nos dias de semana os cultos eram de 19h a
21h; que no horário noturno ficava apoiando os postos e organizando a rotatividade
dos postos de trabalho; que das 23h às 07h a igreja ficava fechada, mas o dinheiro
estava lá; que a equipe escalada ficava no local no horário das 23h às 07h; que a
equipe tinha em torno de 6 pessoas; que o pastor fiscalizava se estavam todos nos
seus postos de trabalho; que já presenciou alguém ter abandonado o posto, tendo

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pessoas que foram suspensas e mandadas embora por não estarem no posto; que
na época em que trabalhou não havia empresa terceirizada de segurança; que
quando saiu tinha a empresa Centurião que prestava serviços de segurança; que não
sabe informar quantos seguranças prestavam serviço pela terceirizada; que o
intervalo para comer era o mais breve possível, sendo apenas o tempo de comer e
voltar para os postos; que não sabe dizer o meio de transporte de reclamante; que
portava arma de fogo particular no serviço na igreja.”

NADA MAIS

Pelo ordem, o reclamante requer a dispensa de sua terceira


testemunha, o que é deferido pelo Juízo.

APREGOADA A PRIMEIRA TESTEMUNHA ARROLADA PELA RECLAMADA,


Sr.(a)  Atair Deivid Gadelha da Silva - RG - 665779, brasileiro, Residente à Av. Torquato
Tapajós, 6437 casa 16 colônia Terra Nova - Manaus - AM

Aos costumes disse nada. ADVERTIDA E COMPROMISSADA, ÀS


PERGUNTAS DO JUÍZO RESPONDEU: “que trabalhou para a igreja Universal, como
segurança, de 2004 até o final de 2020; que é policial civil; que chegou a trabalhar
com o reclamante Wenderson; que trabalhou com o reclamante em períodos
descontínuos; que durante parte do contrato era policial militar e depois tornou-se
policial civil; que quando entrou era o Sargento Albuquerque, depois o Sr. Matias que
eram responsáveis pelo setor; que quando precisava substituir, o pastor era
comunicado por respeito; que o próprio policial que chamava ficava responsável pela
pessoa indicada para substituir; que esse policial que chamava refere-se ao policial
que chamava ao serviço e dizia o que era para fazer; que o pastor já tratou
diretamente com o depoente; que não se tratava de necessidade, mas quando
estava por lá tratava com o pastor acerca de alguma coisa; que o depoente já foi líder
e já foi responsável por organizar a substituição dos policiais; que ao final do
contrato ganhava R$80,00 por diária, pago em dinheiro, recebidos por semana ou
por quinzena; que nunca recebeu por mês.”

ÀS PERGUNTAS DO ADVOGADO DA RECLAMADA RESPONDEU: “que as


escalas eram feitas pelo policial da equipe; que havia três turnos na empresa, das
06h às 14h, das 14h às 22h e das 22h 06h; que o reclamante prestava serviços
geralmente na escala de 22h às 06h; que era muito relativo o esquema de escala,
mas a maioria prestada de 4 a 5 diárias por quinzena; que o reclamante foi desligado
porque desistiu de ir; que sabe que o reclamante desistiu pois o conhece; que o
reclamante não falou que estaria desistindo; que deixou de ver o reclamante
trabalhando; que havia intervalo para refeição e descanso na igreja; que o intervalo
durava em torno de uma hora; que já indicou alguém para substituí-lo no trabalho
na igreja; que o reclamante ia para o trabalho de carro; que via o reclamante
chegando de carro.”

SEM PERGUNTAS DO ADVOGADO DO RECLAMANTE.

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APREGOADA A SEGUNDA TESTEMUNHA ARROLADA PELA RECLAMADA


, Sr.. Roque Nonato Portugal dos Santos , RG - 29266887 SSP/SP, brasileiro, casado,
55 anos, diretor de Segurança Patromonial, residente na Rua Piquiri, 53, Curitiba - PR 

Aos costumes disse nada. ADVERTIDA E COMPROMISSADA, ÀS


PERGUNTAS DO JUÍZO RESPONDEU: “que cuidava da segurança patrimonial da Igreja
Universal, de 2017 a 2021; que não é policial, sendo cidadão civil; que trabalha para a
empresa terceirizada Centurião; que conhece o reclamante e chegou a trabalhar com
ele; que o reclamante era policial e prestava serviço na igreja; que o reclamante
comparecia conforme escala e que a escala era elaborada pelos próprios policiais.”

ÀS PERGUNTAS DO ADVOGADO DA RECLAMADA RESPONDEU: “que


voluntariamente falou que até salvou o período de trabalho do reclamante; que
questionado onde salvou o período respondeu que e salvou "na sua mente"; que
questionado se está consultando anotações respondeu que não; que sabe que o
reclamante trabalhava por oito horas; que sabe que era no turno da noite, mas não
sabe precisar o horário; que o reclamante recebia de R$50 a R$70 por diárias; que
sabe porque havia debate sobre o valor; que viu o reclamante recebendo diária; que
havia acerto entre os policiais para o intervalo de refeição; que não sabe informar
quanto tempo durava o intervalo para refeição.”

ÀS PERGUNTAS DO ADVOGADO DO RECLAMANTE RESPONDEU: “que


o depoente é pastor; que foi o pastor responsável pela segurança; que como pastor
da segurança era responsável por regularizar as folhas de ponto do pessoal do setor
patrimonial e que fiscalizava a ocupação dos postos do pessoal do setor patrimonial;
que havia mais de 80 policiais militares prestando serviço para a igreja; que o
pagamento dos policiais militares era feito pelo Sr. Otair Gadelha; que como pastor
da segurança já pagou pessoalmente aos policiais quando o Sr. Otair não podia fazer
tal serviço; que entre os policiais havia um líder para fiscalizar o serviço; que como
pastor da segurança, o depoente tinha a obrigação de fiscalizar tudo porque era o
seu dever na igreja e que, portanto, fiscalizava os postos de trabalho.” NADA MAIS.

APREGOADA A TERCEIRA TESTEMUNHA ARROLADA PELA RECLAMADA


,  Sr. DERQUIAN JOSÉ FERREIRA MACHADO, brasileiro, casado, 42 anos, oficial da
polícia militar, RG nº 18561, residente na Avenida Benjamin Constant, s/n, Bairro
Petrópolis, Manaus-AM. Aos costumes disse nada. ADVERTIDA E COMPROMISSADA.
SEM PERGUNTAS DO JUÍZO. ÀS PERGUNTAS DO ADVOGADO DA RECLAMADA
RESPONDEU: “que há penalidade em caso de prestação de serviços dos policiais fora
da corporação, desde que chegue ao conhecimento da Polícia; que o reclamante foi
seu subordinado quando comandou a 11ª CICOM; que se o PM faltar ao trabalho
injustificadamente há penalidade; que no batalhão a escala é confeccionada pela
auxiliar de operações da própria CICOM; que qualquer outra escala que o policial vá
cumprir deve ser mediante a escala prévia; que já aconteceu de ser modificada a
escala por alguma situação de saúde, quando alguém adoece, por exemplo, sendo
necessário chamar policial que estaria de folga; que a escala é de 12x24 e 12x72 no
caso do reclamante, que era sargento; que essa escala é fixa dependendo da equipe
que faz parte; que se houver alguém de férias essa escala é modificada e a folga

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/02/2022 14:14:00 - 5981b85
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diminui; que se não houver alguém de férias a escala é cumprida; que essa escala é
elaborada semanalmente; que a princípio no serviço da polícia, só pode usar a arma
da corporação; que para que o policial faça uso de arma particular, deve solicitar a
participação da corporação; que não sabe se o reclamante tinha essa autorização ou
se a solicitou.”

ÀS PERGUNTAS DO ADVOGADO DO RECLAMANTE RESPONDEU: “que


não se recorda que o reclamante tenha faltado aos serviço no período em que o
reclamante lhe era subordinado; que o reclamante era assíduo e muito responsável.”
NADA MAIS.

Pela ordem, a patrona da reclamada requer a expedição de ofício


quanto ao uso da arma de fogo particular pelo reclamante. Pelo juízo: "A expedição
de ofício será analisada em sentença, porquanto é nesse momento em que  o juízo
pode vislumbrar se houve ou não a violação de normas."

NÃO HAVENDO MAIS PROVAS A SEREM PRODUZIDAS, ENCERRADA A


INSTRUÇÃO PROCESSUAL. Concedido prazo comum de três dias úteis para alegações
finais nos autos pelas partes. RECUSADA A SEGUNDA PROPOSTA CONCILIATÓRIA.
DIANTE DO EXPOSTO, SUSPENDO A PRESENTE SESSÃO DE AUDIÊNCIA, PARA ANÁLISE
DOS FATOS E DAS PROVAS, DESIGNANDO O DIA 18/03/2022 PARA PUBLICAÇÃO DA
SENTENÇA.

CIENTES AS PARTES.

A presente ata serve como ATESTADO DE COMPARECIMENTO a todas


as pessoas que participaram desta audiência virtual (telepresencial), para todos os
efeitos legais, não podendo sofrer penalidades ou desconto sem seus salários pela
ausência ao serviço, nos termos do art. 822 da CLT.

E, para constar, foi lavrada a presente Ata, que vai assinada pela Juíza do Trabalho.
Audiência encerrada às 12h39min

LARISSA DE SOUZA CARRIL


Juiz(a) do Trabalho

Ata redigida por HELDER IURI DIAS QUEIROZ TEIXEIRA, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/02/2022 14:14:00 - 5981b85
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/22022113335798600000023075507?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 22022113335798600000023075507
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

SENTENÇA

I – RELATÓRIO

Wenderson Lopes de Azevedo ajuizou ação trabalhista contra a


Igreja Universal do Reino de Deus. Aduz, em síntese, que, sem as anotações da CTPS,
foi admitido em 1º/6/2006, para exercer a função de segurança, mediante salário de R$
3.240,00, e dispensado imotivadamente em 10/1/2020. Laborava em escala de 1x1, das
18 às 6 horas, com intervalo de 15 a 20 minutos para refeição e descanso. Sustenta que
a função que exercia perante a reclamada tinha as características de onerosidade,
habitualidade e subordinação, ou seja, os requisitos da relação de emprego. Assim,
requer o reconhecimento de vínculo, com o pagamento das verbas rescisórias, horas
extras pela supressão do intervalo intrajornada, adicional de periculosidade, adicional
noturno, auxílio alimentação, vale-transporte e diferenças salariais.

A reclamada apresentou contestação escrita, na qual arguiu a


preliminar de inépcia e a prejudicial de prescrição quinquenal.   Afirma, ainda, que o
autor lhe prestava serviço eventual. Requer, com essas razões, a total improcedência
da demanda.

Houve depoimentos pessoais do reclamante e da preposta da


ré. Foram tomados os depoimentos das testemunhas arroladas. Ficaram prejudicadas
as tentativas conciliatórias.

As razões finais foram, pela ré, na forma de memoriais, e, pelo


reclamante, remissivas à inicial.

É o relatório.

II – FUNDAMENTAÇÃO

INÉPCIA DA INICIAL

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
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Em contestação, a reclamada arguiu a inépcia da petição inicial,


sob os argumentos de não ter o reclamante nem liquidado os pedidos e nem indicado
o seu local de trabalho.

A alegação da reclamada não merece prosperar, uma vez que o


reclamante apresentou o valor de todos os pedidos, conforme exigido pela lei. O
Processo do Trabalho é regido por regras que tornam a petição inicial mais simples e
informal do que aquela prevista no processo comum, de modo que  não se exige a
apresentação de cálculos complexos, mas tão somente a indicação de seu
valor. Ademais, não houve demonstração de prejuízo à defesa. 

Rejeito, nos termos expostos, a preliminar de inépcia da inicial.

PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

A reclamada argui a prescrição quinquenal.

Pronuncio a prescrição dos pleitos anteriores ao quinquênio do


ajuizamento, para julgar extintos, com resolução do mérito, os pedidos anteriores a 21
/1/2015, conforme art. 7º, XXIX da Constituição Federal. Faço ressalva quanto à
imprescritibilidade dos pedidos declaratórios (art. 11 da CLT).

Destaco, ainda, que a prescrição também alcança o FGTS, uma


vez que a pretensão relativa aos depósitos anteriores a 13/11/2014 deveria ter sido
exercida até 13/11/2019, nos termos da súmula 362 do TST.

DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO

O reclamante, Wenderson Lopes de Azevedo, defende que foi


admitido pela reclamada, Igreja Universal do Reino de Deus, em 1º/6/2006, na função
de segurança, mediante salário de R$ 3.240,00, e dispensado imotivadamente em 10/1
/2020. Expõe que, entretanto, sua CTPS nunca foi assinada e que, ao sair do serviço,
não recebeu suas verbas rescisórias. 

A reclamada, em contestação, reconhece que o autor lhe


prestava serviços, mas defende que ele o fazia com autonomia e eventualidade, isto é,
sem vínculo empregatício. 

Analiso.

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
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A caracterização do vínculo empregatício depende da ocorrência


cumulativa dos elementos positivados nos arts. 2º e 3º da CLT, quais sejam, prestações
de serviços de uma pessoa física a outrem, mediante subordinação, onerosidade e não
eventualidade. 

Inspirados no princípio protetor e no da continuidade da relação


empregatícia, temos de considerar toda prestação de trabalho como presumidamente
subordinada. 

Diante do reconhecimento do labor do reclamante, cabia à


empresa a prova (art. 818, II, da CLT) quanto à existência de eventualidade e
autonomia. A ré, no entanto, não se desincumbiu do seu ônus, conforme passo a expor.

O preposto da reclamada admite que ela, além de terceirizar a


atividade de segurança, contratava policiais para tal mister, circunstância esta que
perdurou até o início de 2020. Frisou, ainda, que o reclamante trabalhava em escala de
1x1, como os demais contratados.   As testemunhas de ambas as partes também
confirmaram que o autor laborava com habitualidade. 

A partir da prova testemunhal, bem como da confissão do


preposto, é possível concluir que o trabalho do autor, ao contrário do que defendeu a
ré, não era casual, esporádico, especialmente porque se tratava de serviço de
necessidade permanente para a igreja.   As atividades laborais do obreiro foram, na
verdade, desenvolvidas com repetição e se estenderam por muitos anos. 

A subordinação também está evidenciada, uma vez que o


serviço de segurança era organizado pelos próprios pastores, que faziam as
contratações, fiscalizavam os postos de trabalho e realizavam os pagamentos. Nesse
sentido, o preposto da ré disse que:

  Os policiais eram contratados pelo pastor


responsável pela segurança (...) que quem decidia os
Policiais Militares a serem contratados era o pastor;
que havia um pastor responsável pela segurança do
templo (...) que a alteração da escala era comunicada
ao pastor responsável.

O Sr. Roque Nonato, corroborando o que disse o preposto,


declarou:

Que foi o pastor responsável pela segurança;


que como pastor da segurança era responsável por
regularizar as folhas de ponto do pessoal do setor
patrimonial e que fiscalizava a ocupação dos postos
do pessoal do setor patrimonial; que havia mais de

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 52

80 policiais militares prestando serviço para a igreja;


que o pagamento dos policiais militares era feito
pelo Sr. Otair Gadelha; que como pastor da
segurança já pagou pessoalmente aos policiais
quando o Sr. Otair não podia fazer tal serviço; que
entre os policiais havia um líder para fiscalizar o
serviço; que como pastor da segurança, o depoente
tinha a obrigação de fiscalizar tudo porque era o seu
dever na igreja e que, portanto, fiscalizava os postos
de trabalho.

Não há impedimento legal – ressalto – para o reconhecimento


de vínculo entre policial militar e entidade privada, configurando mera infração
administrativa o descumprimento de norma da corporação. Nessa mesma linha está a
súmula 386 do TST. Além disso, presentes os requisitos do art. 3º da CLT, impõe-se o
reconhecimento do vínculo, pois vige no Direito do Trabalho o princípio da primazia da
realidade. 

A pessoalidade também estava presente, uma vez que o


contrato foi firmado com certa e determinada pessoa (o reclamante), escolhida pelo
pastor responsável. Ressalta-se, neste aspecto, que a pessoalidade não impede a
substituição de um trabalhador por outro, desde que a critério ou com o
consentimento do empregador. No caso, a substituição não era livre, aleatória, uma vez
que precedida de comunicação ao pastor, e o substituto, conforme destacado pelas
testemunhas, era pessoa que já fazia parte da equipe.

Quanto ao salário, a testemunha Osivaldo de Vasconcelos


declarou que  recebia R$1.215,00 por quinzena. Também disse que o reclamante “
ganhava um pouco mais”, porque era o líder. A versão de que o salário era pago a cada
quinze dias e de que o reclamante era o líder foi corroborada pela segunda
testemunha, o Sr. Jociney. Diante disso, é verossímil a alegação do obreiro de que
ganhava R$ 1.620,00 por quinzena (R$ 3.240,00 mensais), salário que adoto para o
pagamento das verbas trabalhistas. Sublinho que a reclamada, apesar de impugnar tal
valor, não apresentou nenhum recibo de pagamento que demonstrasse diária em valor
inferior. 

Diante do exposto, e estando presentes os requisitos da


pessoalidade, não eventualidade, subordinação e onerosidade, julgo procedente o
pedido de reconhecimento de vínculo empregatício e determino à reclamada que
proceda à anotação da CTPS do autor, constando o vínculo de 1º/6/2006 a 19/3/2020
(com a projeção de 69 dias de aviso prévio), na função de vigilante. O reclamante deve
depositar sua CTPS no prazo de cinco dias após o trânsito em julgado, e
sucessivamente, também em cinco dias, deverá o reclamado proceder às anotações
referidas na CTPS do autor, sob pena de multa diária no importe de R$ 50,00
(cinquenta reais), com limite de 10 dias, a ser revertida ao reclamante.

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 53

A reclamada deverá atentar para aposição sem qualquer sinal


do litígio, a fim de não macular a CTPS do trabalhador e de não desabonar seu histórico
laboral. Em caso de inércia da reclamada, deverá a Secretaria da Vara proceder à
anotação, nos mesmos termos. 

Neste quadro, condeno a ré no pagamento das seguintes


parcelas:

a) aviso prévio indenizado de 69 dias; 

b) 13º salários de 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020 (2/12 – no


limite do pedido);

c) férias 2014/2015 (em dobro); 2015/2016 (em dobro); 2016


/2017 (em dobro); 2017/2018 (em dobro); 2018/2019 (simples); proporcionais 2019
/2020 (10/12 – com a projeção do aviso);

d) FGTS 8% + 40% de janeiro de 2015 a janeiro de 2020, mais


aviso prévio;

e) multa do art. 477, § 8º, da CLT, diante do atraso no


pagamento rescisório.

O pleito de férias foi acolhido parcialmente, uma vez que as


férias proporcionais se referem ao período aquisitivo 2019/2020. Assim, há duplicidade
no pleito de férias 2019/2020 (simples) mais férias proporcionais (2/12).

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

O reclamante busca, ainda, o pagamento de adicional de


periculosidade, nos termos do art. 193, II, da CLT, por desempenhar função de
segurança patrimonial e pessoal. 

A reclamada se insurge contra essa pretensão, sob o argumento


de que a  Portaria MTE nº 1.885 de 2/12/2013 só prevê o adicional de periculosidade
para os vigilantes que trabalhem em empresa de segurança privada, devidamente
registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, e para os empregados que
exerçam atividade de segurança patrimonial ou pessoal em instalações metroviárias,
ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens públicos,
contratados diretamente pela administração pública direta e indireta.

São atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza
ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em razão da exposição

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 54

permanente do trabalhador a roubos ou outras espécies de violência física nas


atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial (art. 193, II, da CLT).

Com vistas a compensar o fato da prestação do trabalho ocorrer


em condições perigosas, a CLT, em seu art. 193, §1º, assegura a percepção de adicional
de periculosidade no valor de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

O reclamante, de acordo com a prova testemunhal, exercia


funções típicas de vigilância patrimonial e pessoal. Não havia diferença entre o seu
serviço e aquela prestado pelos seguranças da terceirizada. Impõe-se, aqui, a aplicação
do princípio da primazia da realidade para reconhecer o direito do reclamante ao
adicional de periculosidade, de janeiro de 2015 a dezembro de 2019 (conforme
pedido), mais reflexos em 13º salário, férias + 1/13, aviso prévio e FGTS – 8% + 40%.
Não há reflexos em DSR, pois o adicional é parcela mensal e, portanto, já remunera o
repouso.

ADICIONAL NOTURNO

O reclamante busca o pagamento de adicional noturno, sob a


alegação de que trabalhava das 18 às 6 horas.

A testemunha Osivaldo de Vasconcelos, que trabalhou para a


reclamada de abril de 2006 a janeiro de 2020, em escala de 1x1, das 18 às 6 horas, foi
convincente ao dizer que “viu o reclamante trabalhando nas dependências e nos
moldes que o depoente, no mesmo horário e no mesmo turno; que sempre
trabalharam no mesmo turno”. No mesmo sentido, o Sr. Roque Notado disse que “sabe
que era no turno da noite, mas não sabe precisar o horário”. O trabalho em horário
noturno também foi confirmado pelas demais testemunhas.

Em razão do exposto, julgo procedente o pagamento do


adicional noturno, de janeiro de 2015 a janeiro de 2020, no percentual de 20% sobre a
hora diurna, para as horas compreendidas das 22 às 6 do dia seguinte. Considerando a
média de 15 jornadas mensais, defiro o adicional noturno sobre 120 horas (8 horas
noturnas diárias x 15 dias = 120), com integração em DSR e incidência de FGTS – 8% +
40%.

Sublinho ser entendimento assente neste Regional o de que a


dilatação de jornada para além da 5 horas da manhã deve atentar tanto ao adicional,
quanto à hora reduzida, tendo em vista a continuidade do desgaste biológico oriundo
do período noturno. Por isso, portanto, deu-se o provimento da hora entre 5 e 6 da
manhã.

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 55

Defiro reflexos Ante a habitualidade, defiro reflexos do adicional


noturno em 13º salário, férias + 1/3 e aviso prévio.

Em adstrição à inicial,   não se deve considerar a hora noturna


reduzida e o FGTS deve incidir apenas sobre o adicional noturno

DAS HORAS EXTRAS INTRAJORNADAS

O autor aduz que não gozava integralmente do intervalo


intrajornada, motivo pelo qual postula o pagamento de uma hora extra por plantão
trabalhado (16 plantões mensais). 

Em seu depoimento pessoal, o reclamante confirmou a


declaração da inicial de que usufruía de apenas 15 a 20 minutos para repouso e
alimentação.  Da mesma forma, a testemunha Osivaldo de Vasconcelos confirma o
gozo parcial do intervalo: “que havia revezamento de 15 ou 20 minutos para fazer um
lanche”. No mesmo sentido, disse o Sr. Jociney Freitas que “o intervalo para comer era
o mais breve possível, sendo apenas o tempo de comer e voltar para os postos”.

A consequência do gozo parcial do intervalo intrajornada deve


ser dividida entre os períodos pré e pós reforma trabalhista (Lei. 13.467/17), que
retirou a natureza salarial da verba e garantiu apenas o pagamento do período
suprimido.

Assim, para o período compreendido entre 1º/1/2015 a 10/11


/2017, período pré-vigência da Lei 13.467/17, condeno a reclamada ao pagamento de
uma hora extra, com adicional de 50%, para cada turno laborado, o que equivale a 15
horas extras mensais (considerando a média de 15 plantões por mês, e não 16 como
pretende o autor), com reflexos em DSR, FGTS 8% + 40%, 13º salário e férias +1/3. Não
há reflexos em aviso prévio, já que essas horas não se referem aos últimos doze meses
contratuais. Em adstrição à inicial, o FGTS deve incidir apenas sobre as horas extras.

Em relação ao período compreendido entre 11/11/2017 a 10/1


/2020, incide o artigo 71, § 4º, da CLT, com a redação dada pela Lei 13.467/17, motivo
pelo qual condeno a reclamada ao pagamento de 40 minutos por cada turno laborado,
o que equivale a 10 horas mensais (considerando a média de 15 plantões por mês),
com adicional de 50% sobre a remuneração normal da hora de trabalho e sem a
incidência de reflexos, ante sua natureza indenizatória.

A apuração deve considerar o salário reconhecido e o divisor


220.

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 56

VALE-TRANSPORTE

O reclamante alega que a reclamada não lhe fornecia vale-


transporte, razão pela qual requer o pagamento de indenização compensatória.

A Lei 7.418/1985, em seu art. 1º, prevê: 

Art. 1º Fica instituído o vale-transporte, que o


empregador, pessoa física ou jurídica, antecipará ao
empregado para utilização efetiva em despesas de
deslocamento residência-trabalho e vice-versa,
através do sistema de transporte coletivo público,
urbano ou intermunicipal e/ou interestadual com
características semelhantes aos urbanos, geridos
diretamente ou mediante concessão ou permissão
de linhas regulares e com tarifas fixadas pela
autoridade competente, excluídos os serviços
seletivos e os especiais (grifei).

Essa pretensão não merece ser acolhida, uma vez que o autor
usava carro próprio no deslocamento de casa para o trabalho. Não fazendo ele uso de
transporte coletivo, é improcedente o pedido de indenização compensatória.

OBRIGAÇÕES PREVISTAS EM ACORDOS COLETIVOS – REAJUSTES


E ALIMENTAÇÃO

Pede o reclamante, ainda, diferenças salariais pela aplicação dos


reajustes previstos nos instrumentos coletivos da categoria.  Também almeja receber e
indenização compensatória de alimentação. 

O autor fundamenta seus pedidos em acordos coletivos


firmados entre a Igreja Universal do Reino de Deus e o Sindicado dos Empregados nas
Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas de Manaus.  A aplicação do acordo
coletivo é restrita aos trabalhadores da reclamada que são representados pelo
sindicato acordante. O vigilante, no entanto, enquadra-se em categoria diferenciada,
regulamentada pela Lei 7.102/1983, e, portanto, não se beneficia da norma coletiva
invocada por ele. Assim, nego provimento aos pedidos de reajustes salariais e de
indenização compensatória de alimentação.

EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 57

Diante das escalas apresentadas, fica evidente que havia


compatibilidade de horários: o reclamante trabalhava para a reclamada nas folgas do
serviço público.

Quanto aos demais ofícios, eles, diante do conjunto probatório e


da convicção formada com base nele, se tornaram despiciendos. Ressalta-se que a
configuração da relação empregatícia se dá com base no preenchimento dos requisitos
dos arts. 2º e 3ª da CLT, situação que não se altera pela expedição de ofício para
verificação de porte de arma do autor, por exemplo. 

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

Para que a parte seja considerada litigante de má-fé, é mister


que fique comprovado que agiu com dolo processual e que houve a prática de um dos
atos contidos no art. 80 do CPC. 

No caso, não ficou demonstrado o dolo do autor com o objetivo


de lesar a parte contrária ou induzir este juízo a erro. Considero que o reclamante
atuou nos limites do exercício do direito de ação.

Indefiro, assim, o requerimento da reclamada de condenação do


autor nas penas por litigância de má-fé.

BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA

Para a concessão da justiça gratuita à pessoa física, nos termos


da Súmula 463 do TST, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela
parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos
para esse fim.

No presente caso, a procuração anexada aos autos possui


poderes para esse fim.

Ao lado disso, em se tratando de pessoa natural, presume-se a


hipossuficiência até que se prove o contrário. Ademais, pensar de forma diversa,
impediria o acesso à justiça, consagrado como direito fundamental no art. 5º, XXXV, CF. 

Ante o exposto, defiro o benefício da Justiça Gratuita

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 58

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS

 A Lei 13.467/17 incluiu o artigo 791-A na CLT, passando a prever


o cabimento dos honorários advocatícios sucumbenciais no processo do Trabalho
fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor que resultar da
liquidação de sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-
lo, sobre o valor atualizado da causa, devendo o juiz observar, quando do arbitramento
do percentual, o grau de zelo do profissional, o lugar da prestação de serviços, a
natureza e a importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo
exigido para o seu serviço. 

 Tratando-se de demanda ajuizada após a vigência da Lei 13.467


/17 e tendo ocorrido acolhimento parcial dos pedidos, defiro o pedido do reclamante,
condenando a reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais ao
advogado do autor, no importe de 10% sobre o valor da liquidação da sentença.

Deixo de arbitrar honorários em desfavor do autor,


considerando sua condição de beneficiário da justiça gratuita, e tendo em vista a
recente decisão do Supremo Tribunal Federal, na ADIN 5766, na qual foi proferida a
inconstitucionalidade do art. 791-A, §4º, da CLT.

  Enfatizo que, no que diz respeito à base de cálculo dos


honorários advocatícios, deve ser utilizada o valor total da liquidação, sem desconto
das contribuições previdenciárias e imposto de renda, nos termos da OJ 348 da   SDI-1
do TST.

CONTRIBUIÇÕES FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS

Na forma do art. 832, §3º, da Consolidação das Leis do Trabalho,


declara-se a natureza salarial das parcelas deferidas na sentença. 

Aplicam-se as contribuições previdenciárias sobre as parcelas


integrantes do salário contribuição, conforme art. 28 da Lei 8.212/1991, com
responsabilidade de recolhimento pela reclamada, atentando à cota-parte do
trabalhador, a qual deve ser abatida do crédito devido a este, inteligência da OJ 363 da
SDI-I do C. TST.

Imposto de renda se aplica nos termos da lei, com aplicação da


OJ 363 quanto ao recolhimento e à incidência no valor devido ao reclamante. 

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 59

CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS LEGAIS. ADC 58

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 18/12/2020, que é


inconstitucional a aplicação da Taxa Referencial (TR) para a correção monetária de
débitos trabalhistas e de depósitos recursais no âmbito da Justiça do Trabalho.

Conclui o Supremo que até que o Poder Legislativo delibere


sobre a questão, devem ser aplicados o Índice Nacional de Preço ao Consumidor
Amplo Especial (IPCA-E), na fase pré-judicial, e, a partir da citação, a taxa Selic, que
abrange juros e correção monetária (art. 406 do Código Civil). 

A decisão foi tomada no julgamento conjunto das Ações


Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 58 e 59 e das Ações Diretas de
Inconstitucionalidade (ADIs) 5867 e 6021. Vejamos a ementa do julgado:

Decisão:     O Tribunal, por maioria, julgou


parcialmente procedente a ação, para conferir
interpretação conforme à Constituição ao art. 879, §
7º, e ao art. 899, § 4º, da CLT, na redação dada pela
Lei 13.467 de 2017, no sentido de considerar que à
atualização dos créditos decorrentes de condenação
judicial e à correção dos depósitos recursais em
contas judiciais na Justiça do Trabalho deverão ser
aplicados, até que sobrevenha solução legislativa, os
mesmos índices de correção monetária e de juros
que vigentes para as condenações cíveis em geral,
quais sejam a incidência do IPCA-E na fase pré-
judicial e, a partir da citação, a incidência da taxa
SELIC (art. 406 do Código Civil), nos termos do voto
do Relator, vencidos os Ministros Edson Fachin, Rosa
Weber, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio. Por
fim, por maioria, modulou os efeitos da decisão, ao
entendimento de que (i) são reputados válidos e não
ensejarão qualquer rediscussão (na ação em curso
ou em nova demanda, incluindo ação rescisória)
todos os pagamentos realizados utilizando a TR
(IPCA-E ou qualquer outro índice), no tempo e modo
oportunos (de forma extrajudicial ou judicial,
inclusive depósitos judiciais) e os juros de mora de
1% ao mês, assim como devem ser mantidas e
executadas as sentenças transitadas em julgado que
expressamente adotaram, na sua fundamentação ou
no dispositivo, a TR (ou o IPCA-E) e os juros de mora
de 1% ao mês; (ii) os processos em curso que
estejam sobrestados na fase de conhecimento
(independentemente de estarem com ou sem
sentença, inclusive na fase recursal) devem ter
aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e
correção monetária), sob pena de alegação futura de
inexigibilidade de título judicial fundado em
interpretação contrária ao posicionamento do STF
(art. 525, §§ 12 e 14, ou art. 535, §§ 5º e 7º, do CPC) e
(iii) igualmente, ao acórdão formalizado pelo
Supremo sobre a questão dever-se-á aplicar eficácia
erga omnes e efeito vinculante, no sentido de atingir
aqueles feitos já transitados em julgado desde que
sem qualquer manifestação expressa quanto aos
índices de correção monetária e taxa de juros
(omissão expressa ou simples consideração de
seguir os critérios legais), vencidos os Ministros
Alexandre de Moraes e Marco Aurélio, que não
modulavam os efeitos da decisão. Impedido o
Ministro Luiz Fux (Presidente). Presidiu o julgamento

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 60

a Ministra Rosa Weber (Vice-Presidente). Plenário,


18.12.2020 (Sessão realizada por videoconferência -
Resolução 672/2020/STF).

No julgamento de embargos de declaração, em outubro de


2021, o Supremo corrigiu a decisão para determinar a aplicação da SELIC a partir do
ajuizamento:

Decisão: (ED-terceiros)  O Tribunal, por


unanimidade, não conheceu dos embargos de
declaração opostos pelos amici curiae, rejeitou os
embargos de declaração opostos pela ANAMATRA,
mas acolheu, parcialmente, os embargos de
declaração opostos pela AGU, tão somente para
sanar o erro material constante da decisão de
julgamento e do resumo do acórdão, de modo a
estabelecer “a incidência do IPCA-E na fase pré-
judicial e, a partir do ajuizamento da ação, a
incidência da taxa SELIC (art. 406 do Código Civil)”,
sem conferir efeitos infringentes, nos termos do voto
do Relator. Impedido o Ministro Luiz Fux
(Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 15.10.2021 a
22.10.2021.

Ressalto que a jurisprudência do STF é no sentido de reconhecer


a aplicação imediata das decisões proferidas em sede de controle concentrado de
constitucionalidade, não sendo necessário aguardar o trânsito em julgado ou até
mesmo a sua publicação: "A existência de precedente firmado pelo Plenário do STF
autoriza o imediato julgamento dos processos com o mesmo objeto,
independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do paradigma (RE
1.006.958 AgR-ED-ED, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli. DJe 18.09.2017).

Assim, no presente caso, a fase pré-judicial, na qual se aplica o


IPCA-e para atualizar os débitos trabalhistas, inicia-se a partir do momento em que a
obrigação trabalhista se tornou devida e vai até o dia imediatamente anterior ao
ajuizamento da ação.

Já a fase judicial inicia com o ajuizamento e vai até a data do


efetivo pagamento, incidindo a SELIC, que substitui a TR e os juros legais, na forma
como consta no voto do Excelentíssimo Ministro Relator Gilmar Mendes:

Min. Gilmar Mendes (ADC 58): "Embora, como


dito, o STF nunca tenha declarado a
inconstitucionalidade da TR per se, reconheço que o
entendimento majoritário da Corte tem indicado ou
sinalizado a impossibilidade de utilização da TR como
índice de correção monetária. (...) Essa indevida
utilização do IPCA-E pela jurisprudência do TST
tornou-se confusa ao ponto de se imaginar que,
diante da inaplicabilidade da TR, o uso daquele índice

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 61

seria a única consequência possível. A solução da


Corte Superior Trabalhista, todavia, lastreia-se em
uma indevida equiparação da natureza do crédito
trabalhista com o crédito assumido em face da
Fazenda Pública, o qual está submetido a regime
jurídico próprio da Lei 9.494/1997, com as alterações
promovidas pela Lei 11.960/2009. (...) Portanto, para
os críticos – de que estaríamos diante de institutos
jurídicos diversos e inconfundíveis (correção
monetária e juros) –, respondo que o Direito e seu
intérprete não podem fechar os olhos para a
realidade, sendo prova disso a jurisprudência de
longa data do Supremo Tribunal Federal, que sempre
tratou a condição inflacionária do país na análise da
taxa de juros e vice-versa. (...) Sendo assim, posiciono-
me pela necessidade de conferirmos interpretação
conforme à Constituição dos dispositivos
impugnados nestas ações, determinando que o
débito trabalhista seja atualizado de acordo com os
mesmos critérios das condenações cíveis em geral.
Além disso, entendo que devemos realizar apelo ao
Legislador para que corrija futuramente a questão,
equalizando os juros e a correção monetária aos
padrões de mercado e, quanto aos efeitos pretéritos,
determinarmos a aplicação da taxa Selic, em
substituição à TR e aos juros legais, para calibrar, de
forma adequada, razoável e proporcional, a
consequência deste julgamento."

III – DISPOSITIVO

Ante o exposto, na reclamatória ajuizada por  WENDERSON


LOPES DE AZEVEDO  contra  IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, extingo com
resolução de mérito as pretensões anteriores a 21/1/2015 e  JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTES  os pedidos, para condenar a reclamada, em razão do reconhecimento
do vínculo empregatício, ao pagamento da quantia líquida de R$ 257.127,46, relativas
às seguintes verbas:

a) aviso prévio indenizado de 69 dias; 

b) 13º salários de 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020 (2/12 – no


limite do pedido);

c) férias 2014/2015 (em dobro); 2015/2016 (em dobro); 2016


/2017 (em dobro); 2017/2018 (em dobro); 2018/2019 (simples); 2019/2020 (10/12);

d) FGTS 8% + 40% de janeiro de 2015 a janeiro de 2020, mais


aviso prévio.

e) multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT, diante do atraso no


pagamento rescisório.

f) adicional noturno, de janeiro de 2015 a janeiro de 2020, no


percentual de 20% sobre 120 horas mensais, mais integração em DSR e reflexos em 13º
salário, férias + 1/3, aviso prévio, FGTS 8% + 40%. 

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Fls.: 62

g) 15 horas extras mensais, com adicional de 50%, de 1º/1/2015


a 10/11/2017, com reflexos em DSR, FGTS 8% + 40%, 13º salário e férias +1/3. 

h) 10 horas mensais, com adicional de 50%, no período


compreendido entre 11/11/2017 a 10/1/2020, sem reflexos.

OBRIGAÇÕES DE FAZER:

Registros em CTPS:  determino ainda à reclamada que proceda à


anotação da CTPS do autor, constando o vínculo de 1º/6/2006 a 19/3/2020 (com a
projeção de 69 dias de aviso prévio), na função de vigilante, com salário de R$. O
reclamante deve depositar sua CTPS no prazo de cinco dias após o trânsito em julgado,
e sucessivamente, também em cinco dias, deverá o reclamado proceder às anotações
referidas na CTPS do autor, sob pena de multa diária no importe de R$ 50,00
(cinquenta reais), com limite de 10 dias, a ser revertida ao reclamante.

Ressalte-se que a reclamada deverá atentar para aposição sem


nenhum vestígio do litígio, a fim de não macular a CTPS da autora, de forma desabonar
seu histórico laboral. Em caso de inércia da primeira reclamada, deverá a Secretaria da
Vara de origem proceder à anotação, nos mesmos termos. 

Honorários Sucumbenciais: a reclamada pagará honorários


advocatícios sucumbenciais ao advogado do autor no importe de 5% sobre o valor da
liquidação da sentença.

Todas as verbas acima deferidas estão de acordo com os


parâmetros definidos na fundamentação, mais juros e correção monetária, conforme
planilha de cálculos em anexo, parte integrante desta sentença para todos os efeitos
legais, respeitando-se os limites impostos pela inicial (arts. 141 e 492 do CPC).

Deferido à parte reclamante o benefício da Justiça Gratuita. 

Custas pela parte reclamada, no importe de R$ 6.441,83,


calculadas sobre o valor da condenação (R$ 322.091,43). TUDO NOS TERMOS DA
FUNDAMENTAÇÃO, cuja integração a este dispositivo deve ser observada para todos os
fins. Intimem-se as partes. Nada mais.

MANAUS/AM, 21 de março de 2022.

LARISSA DE SOUZA CARRIL


Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 21/03/2022 15:37:57 - d3e648e
Juiz(a) do Trabalho Substituto
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/22031817471604900000023278144?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 22031817471604900000023278144
Fls.: 63

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

DESPACHO

Considerando a manifestação da parte reclamada de id.7cfdf05


requerendo devolução prazo recursal, INDEFIRO o pleito vez que as partes foram
intimadas da sentença de id.d3e648e em 23/03/2022 e o prazo para interposição de
recurso, pelas partes, está em curso (aberto), expirando em 04/04/2022.

Ciente o reclamado, por meio de seu advogado, com a


disponibilização no DEJT.//fgr

MANAUS/AM, 28 de março de 2022.

GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA - Juntado em: 28/03/2022 11:23:39 - 5aaa1e8
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/22032810154097600000023357612?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 22032810154097600000023357612
Fls.: 64

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

DESPACHO

Às partes para se manifestarem, em cinco dias, sobre os


embargos opostos.

MANAUS/AM, 04 de abril de 2022.

LARISSA DE SOUZA CARRIL


Juiz(a) do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 04/04/2022 10:45:40 - bae419a
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/22040108364352500000023406964?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 22040108364352500000023406964
Fls.: 65

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

SENTENÇA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

I. RELATÓRIO

O reclamante e a Igreja Universal do Reino de Deus


apresentaram embargos de declaração, pelos quais apontam omissões e contradições
na sentença.

Os embargantes apresentaram contrarrazões, em que pedem a


rejeição do recurso da parte contrária.

É o relatório.

II. FUNDAMENTAÇÃO

Conheço dos embargos de declaração porque tempestivamente


oferecidos e porque subscritos por procuradores constituídos nos autos.

ASPECTOS COMUNS AOS EMBARGOS

Alegam os embargantes que há contradição no percentual de


honorários advocatícios deferidos: a reclamada, na fundamentação, foi condenada a
pagar 10% sobre o valor da liquidação de sentença, ao passo que no dispositivo consta
percentual de 5%. As partes apontam, ainda, omissão no dispositivo quanto ao salário
a ser registrado em CTPS.

Reconheço a omissão e a contradição apontadas. A fim de


corrigir os vícios, determino que onde consta “honorários advocatícios sucumbenciais
ao advogado do autor, no importe de 10% sobre o valor da liquidação da sentença”,
leia-se “honorários advocatícios sucumbenciais ao advogado do autor, no importe de
5% sobre o valor da liquidação da sentença”. 

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 18/04/2022 09:17:50 - e7e5191
Fls.: 66

Quanto ao salário, deve ser anotado o valor de R$ 3.240,00 mais


30% de adicional de periculosidade.

EMBARGOS DO RECLAMANTE

O autor explica que não pediu o reconhecimento da sua


qualidade de vigilante, porque ele era, na verdade, segurança, atividades que não se
confundem. Afirma que a sentença, em dois pontos, faz referência à atividade de
vigilância, o que vai de encontro ao restante da decisão. Porfia, assim, a correção do
vício, a fim de que seja reconhecida a profissão de segurança, com repercussão nas
anotações a serem feitas na sua CTPS. Reconhecida a função correta, pugna pela
aplicação dos acordos coletivos celebrados pela reclamada.

O trabalhador, embora não tenha utilizado a expressão vigilante


, defendeu, ao pleitear o adicional de periculosidade, que integrava o serviço orgânico
de segurança privada, previsto no item 2, a, do anexo 3, da Norma Regulamentar 16.
Esse serviço é regulamento pela Lei 7.102/1983 e exercido pelo vigilante, conforme
dispõe o art. 15. Os julgados colecionados na inicial para fundamentar o pedido
também se referem à função de vigilante. O reclamante, na verdade, busca o melhor
dos dois mundos, ou seja, pretende receber o adicional de periculosidade assegurado à
categoria dos vigilantes, assim como os benefícios devidos aos empregados
representados pelo Sindicado dos Empregados nas Instituições Beneficentes,
Religiosas e Filantrópicas de Manaus. Dito isso, concluo que não há contradição na
sentença. A pretensão do autor de reforma do julgado deve manifestada pelo recurso
próprio.

Também sublinha  autor que a sentença foi omissa, pois não foi
apreciado seu pedido de incidência do adicional de periculosidade sobre o adicional
noturno.  Admito a omissão e determino que o adicional de periculosidade integre a
base de cálculo do adicional noturno, nos termos da OJ 259 do TST. 

EMBARGOS DA RECLAMADA 

A reclamada sustenta que a sentença foi omissa, porque não


foram analisadas as provas produzidas, especialmente no que se refere à prova
testemunhal e aos ofícios requeridos. Alega, ainda, que a sentença foi silente quanto
ao pedido de compensação/dedução.

No caso, constaram da sentença os fundamentos para o


reconhecimento do vínculo empregatício, assim como para o indeferimento dos

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 18/04/2022 09:17:50 - e7e5191
Fls.: 67

diversos ofícios requeridos. Se essa decisão, do ponto de vista da embargante, não é a


melhor, o seu inconformismo deve ser manifestado em recurso próprio. A matéria,
portanto, é típica de recurso ordinário, por buscar a reforma da decisão. 

Quanto ao pedido de compensação/dedução, explico que não


há nenhuma parcela a ser compensada/deduzida, porque a reclamada não comprovou
o pagamento, durante o contrato, das verbas ora providas. 

Assim, rejeito os embargos neste ponto.

III. CONCLUSÃO

Ante o exposto, conheço dos embargos declaratórios


interpostos por  Wenderson Lopes de Azevedo e Igreja Universal do Reino de Deus e
JULGO-OS PARCIALMENTE PROCEDENTES, no intuito de corrigir e integrar a sentença
embargada.

Custas alteradas para R$ 6.826,90, conforme novo valor


atribuído à condenação. 

DÊ-SE CIÊNCIA ÀS PARTES.  Registre-se. Publique-se. E, para


constar, foi lavrado o presente termo.

MANAUS/AM, 18 de abril de 2022.

LARISSA DE SOUZA CARRIL


Juiz(a) do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: LARISSA DE SOUZA CARRIL - Juntado em: 18/04/2022 09:17:50 - e7e5191
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/22041808413081500000023513755?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 22041808413081500000023513755
Fls.: 68

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

DESPACHO 

Considerando que na interposição do Recurso Ordinário de id.


452868a, a reclamada IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS deveria ter providenciado
o preparo corretamente; 

Considerando  o comprovante de depósito recursal de id.


0f4279e,  feito a menor;

Considerando ainda, a alegação da recorrente de por ser


Instituição Religiosa entidade sem fins lucrativos, está enquadrada na previsão art. 899,
§9º da CLT;

Analisando os atos constitutivos da reclamada (id.e98c1b1)


verifico que não há qualquer indicação de que a mencionada entidade faça jus ao
benefício estabelecido na referida norma, no que se refere à redução no valor do
depósito recursal. O Estatuto dispõe sobre os objetivos principais da ré, o que não
exclui atividades outras que ensejam o reconhecimento de lucratividade, sendo dela,
portanto, o ônus de comprovar a ausência de lucro.

Sendo assim, notifique-se a reclamada, por meio do seu


patrono, para, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar a complementação do valor
faltante, sob pena de não conhecimento do recurso, conforme Orientação
Jurisprudencial n. 140, da SBDI-1, do TST//fgr

MANAUS/AM, 04 de maio de 2022.

GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA - Juntado em: 04/05/2022 15:52:18 - fbb2c47
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/22050314202656800000023649005?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 22050314202656800000023649005
Fls.: 69

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE        

Considerando que o Recurso Ordinário id.452868a  é


adequado  (artigo 895, "I", da Consolidação das Leis do Trabalho), tempestivo
(considerando a ciência da decisão em 19/04/2022 e a interposição do recurso em 02
/05/2022), está subscrito por procurador habilitado nos autos id.04ce02d  e foi
providenciado o preparo corretamente (depósito recursal e recolhimento das custas
processuais id.0f4279e, bed3213 e id.344b069 e 87ec996); 

CONSIDERANDO que a  Resolução n. 185/2017 do CSJT em seu


art. 17  estabelece que  “No processo eletrônico, as citações, intimações e notificações,
inclusive as destinadas à União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público, serão feitas por meio eletrônico, sem
prejuízo da publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT) nas hipóteses
previstas em lei”, possuindo todo advogado com poderes nos autos vista pessoal, por
meio de acesso através da rede mundial de computadores, determino:

I - A notificação da parte reclamante para, caso queira,


apresentar contrarrazões  no prazo de 08 dias. A notificação deverá ser feita através do
advogado da parte com base  no art. 270 do CPC/2015  e § 2º do artigo 4º da Lei nº
11.419/2006,  ou  por AR, mandado ou edital, se não houver advogado constituído. No
caso de parte revel, a notificação deverá ser da mesma forma que se deu no início do
processo (AR, mandado ou edital).

II - Após, expirado o prazo, com ou sem a manifestação, 


encaminhem-se os autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, vez
que é possível admitir e dar seguimento ao Recurso Ordinário.

Ciente o reclamante, por meio de seu advogado, com a


disponibilização no DEJT.//fgr

MANAUS/AM, 15 de junho de 2022.

Assinado eletronicamente por: GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA - Juntado em: 15/06/2022 14:38:10 - 9f00171
Fls.: 70

GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA - Juntado em: 15/06/2022 14:38:10 - 9f00171
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/22061511485546600000024057420?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 22061511485546600000024057420
Fls.: 71

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
10ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS
ATOrd 0000053-22.2020.5.11.0010
RECLAMANTE: WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
RECLAMADO: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE 

  Considerando que o Recurso Ordinário Adesivo id.ad29c7e


interposto pela parte reclamante é adequado (artigo 895, "I", da Consolidação das Leis
do Trabalho), tempestivo (considerando a ciência da decisão em 17/06/2022 e a
interposição do recurso em 29/06/2022), está subscrito por procurador habilitado nos
autos id.11560db e não há custas processuais a recolher (artigo 790-A, da Consolidação
das Leis do Trabalho);

CONSIDERANDO que a  Resolução n. 185/2017 do CSJT em seu


art. 17  estabelece que  “No processo eletrônico, as citações, intimações e notificações,
inclusive as destinadas à União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público, serão feitas por meio eletrônico, sem
prejuízo da publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT) nas hipóteses
previstas em lei”, possuindo todo advogado com poderes nos autos vista pessoal, por
meio de acesso através da rede mundial de computadores, DETERMINO: 

I – A notificação da parte reclamada para, caso queira,


apresentar contrarrazões  no prazo de 08 dias. A notificação deverá ser feita através do
advogado da parte com base  no art. 270 do CPC/2015  e § 2º do artigo 4º da Lei nº
11.419/2006,  ou  por AR, mandado ou edital, se não houver advogado constituído. No
caso de parte revel, a notificação deverá ser da mesma forma que se deu no início do
processo (AR, mandado ou edital).

II - Após, expirado o prazo, com ou sem a manifestação, 


encaminhem-se os autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, vez
que é possível admitir e dar seguimento ao Recurso Ordinário.

Ciente a reclamada, por meio de seu advogado, com a


disponibilização no DEJT.//fgr

MANAUS/AM, 11 de julho de 2022.

Assinado eletronicamente por: GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA - Juntado em: 11/07/2022 07:58:19 - 4653cbf
Fls.: 72

GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: GISELE ARAUJO LOUREIRO DE LIMA - Juntado em: 11/07/2022 07:58:19 - 4653cbf
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/22070811444497600000024267373?instancia=1
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010
Número do documento: 22070811444497600000024267373
Fls.: 73

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
1ª Turma

PROCESSO nº 0000053-22.2020.5.11.0010 (ROT)


RECORRENTES: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS
Advogado: Joseane de Andrade Coelho
WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
Advogado: Eduardo José Silva dos Santos

RECORRIDOS: IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS


Advogado: Joseane de Andrade Coelho
WENDERSON LOPES DE AZEVEDO
Advogado: Eduardo José Silva dos Santos
RELATOR: Desembargador DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR

VÍNCULO DE EMPREGO. Demonstrado o vínculo de emprego, na


forma do art. 3o., da CLT, este deve ser reconhecido, com o deferimento
dos direitos daí decorrentes. Há vínculo de emprego entre policial militar
e entidade religiosa na qual trabalha como segurança, mediante salário,
por tempo indeterminado e de forma subordinada, na forma do 3º, da CLT.

Vistos, relatados e discutidos nos presentes autos o Recurso Ordinário


oriundo da MM. 10ª Vara do Trabalho de Manaus, no qual são partes, como recorrentes e recorridos,
simultaneamente, IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS e WENDERSON LOPES DE
AZEVEDO.

A Sentença (Id d3e648e) da MM. Vara de origem declarou prescritos os


pleitos anteriores a 21/01/2015 e julgou parcialmente procedente a reclamatória, deferindo o
reconhecimento de vínculo empregatício de 01/06/2006 a 19/03/2020, na função de vigilante, com salário
de R$3.240,00, para condenar a reclamada ao pagamento de R$257.124,46 a título de aviso prévio (69
dias), 13º salários, férias+1/3, FGTS (8%+40%), multa do art. 477, da CLT, adicional noturno sobre 120
horas mensais, horas intrajornada com adicional de 50% (15 horas mensais antes de 10/11/2017 e 10
horas mensais após 11/11/2017) e adicional de periculosidade. Honorários sucumbenciais devidos pela
reclamada ao patrono do reclamante no percentual de 5% sobre o valor da condenação.

Assinado eletronicamente por: DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR - 03/03/2023 08:29:35 - 96edb16
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22111811242763600000010495026
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 96edb16 - Pág. 1
Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 74

Embargos de Declaração opostos pelo reclamante (Id 5b818a3) arguindo


omissão e contradição; e pela reclamada (Id 5d7da86) arguindo omissão, erro material e contradição. A
Sentença (Id e7e5191) os julgou parcialmente procedentes para sanar omissão e contradição quanto ao
percentual de honorários, aplicação da OJ 259, do TST quanto ao adicional de periculosidade e para
incluir no dispositivo o valor de remuneração do demandante.

A reclamada interpôs Recurso Ordinário (Id 452868a), alegando


cerceamento do direito de defesa e, no mérito, a impossibilidade do reconhecimento de vínculo
empregatício por ser o reclamante policial militar e pela ausência de requisitos do art. 3º da CLT. Pediu,
ainda, o indeferimento do adicional de periculosidade, do adicional noturno, horas intrajornada e dos
benefícios da justiça gratuita.

O reclamante interpôs Recurso Adesivo (Id ad29c7e) pedindo que seja


reconhecido o vínculo como segurança patrimonial privado (e não vigilante) e os benefícios previstos em
norma coletiva dos empregados de estabelecimentos religiosos: reajustes salariais e auxílio-alimentação.
Pediu a majoração dos honorários sucumbenciais.

Contrarrazões pelo reclamante (Id b7645ba) e pela reclamada (Id


35f4781), esta arguindo o não conhecimento do Recurso Adesivo do reclamante.

É O RELATÓRIO

VOTO

Conheço dos Recursos, pois preenchidos os pressupostos legais de


admissibilidade.

RECURSO DA RECLAMADA

Cerceamento de defesa

A reclamada alega que o Juízo indeferiu a expedição de diversos ofícios e


de perguntas, bem como determinou a inversão do ônus da prova em seu desfavor.

Quanto à inversão do ônus da prova, foi corretamente aplicada e


fundamentada, pois, ao admitir a prestação de serviço, alegando-a ter sido de forma diversa da informada
na inicial, a reclamada passou a ter a obrigação de comprovar o fato impeditivo ao direito do reclamante.

Assinado eletronicamente por: DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR - 03/03/2023 08:29:35 - 96edb16
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22111811242763600000010495026
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 96edb16 - Pág. 2
Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 75

A reclamada pediu a expedição de ofícios ao Comando da Polícia Militar


para que informasse as escalas de serviço, folgas, faltas e cursos realizados pelo demandante desde o ano
de 2006, e para que comunicasse a existência de autorização para porte e uso de arma particular pelo
reclamante. Alegou que as escalas de serviço apresentadas pela Polícia Militar contemplam apenas o
período posterior a 2017.

Em Sentença, o Juízo manifestou-se sobre os pedidos, mencionando a


comprovação de compatibilidade de horários conforme escalas juntadas pela PMAM e afirmando que a
existência ou não de autorização para uso de arma particular não é capaz de alterar a análise quanto aos
requisitos dos arts. 2º e 3º, da CLT.

A nova análise dos pleitos a nível recursal não vislumbrou a pertinência


das alegações da recorrente. O período imprescrito dos presentes autos é a partir de 2015, ou seja, em
nada acrescentaria a juntada de escalas de serviço policial desde 2006. A corporação juntou escalas a
partir do ano de 2017, a evidenciar a existência de folgas compatíveis com o trabalho para a reclamada
no horário noturno. As provas testemunhais, inclusive do superior hierárquico do reclamante na Polícia
Militar, denotaram a existência de escalas de serviço de 12x24 horas ou 12x72 horas, tornando a possível
o trabalho em dias alternados. A verificação se o demandante podia ou não portar arma não é capaz de
elidir a prestação de serviços à reclamada.

Cabe ao Juízo conduzir o processo indeferindo diligências inúteis ou


protelatórias e os pedidos da reclamada adquiriram essa conotação, pois as demais provas produzidas se
demonstraram suficientes para o deslinde da controvérsia.

Rejeita-se a alegação de cerceamento de defesa.

Reconhecimento de vínculo empregatício

A Sentença reconheceu o vínculo empregatício entre o demandante e a


demandada com os seguintes fundamentos:

... A partir da prova testemunhal, bem como da confissão do preposto, é possível concluir
que o trabalho do autor, ao contrário do que defendeu a ré, não era casual, esporádico,
especialmente porque se tratava de serviço de necessidade permanente para a igreja. As
atividades laborais do obreiro foram, na verdade, desenvolvidas com repetição e se
estenderam por muitos anos.

A subordinação também está evidenciada, uma vez que o serviço de segurança era
organizado pelos próprios pastores, que faziam as contratações, fiscalizavam os postos
de trabalho e realizavam os pagamentos. Nesse sentido, o preposto da ré disse que:

Assinado eletronicamente por: DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR - 03/03/2023 08:29:35 - 96edb16
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22111811242763600000010495026
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 96edb16 - Pág. 3
Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 76

Os policiais eram contratados pelo pastor responsável pela segurança (...) que quem
decidia os Policiais Militares a serem contratados era o pastor; que havia um pastor
responsável pela segurança do templo (...) que a alteração da escala era comunicada ao
pastor responsável...

Não há impedimento legal - ressalto - para o reconhecimento de vínculo entre policial


militar e entidade privada, configurando mera infração administrativa o descumprimento
de norma da corporação. Nessa mesma linha está a súmula 386 do TST. Além disso,
presentes os requisitos do art. 3º da CLT, impõe-se o reconhecimento do vínculo, pois
vige no Direito do Trabalho o princípio da primazia da realidade.

A pessoalidade também estava presente, uma vez que o contrato foi firmado com certa e
determinada pessoa (o reclamante), escolhida pelo pastor responsável. Ressalta-se, neste
aspecto, que a pessoalidade não impede a substituição de um trabalhador por outro,
desde que a critério ou com o consentimento do empregador. No caso, a substituição não
era livre, aleatória, uma vez que precedida de comunicação ao pastor, e o substituto,
conforme destacado pelas testemunhas, era pessoa que já fazia parte da equipe.

Quanto ao salário, a testemunha Osivaldo de Vasconcelos declarou que recebia


R$1.215,00 por quinzena. Também disse que o reclamante "ganhava um pouco mais",
porque era o líder. A versão de que o salário era pago a cada quinze dias e de que o
reclamante era o líder foi corroborada pela segunda testemunha, o Sr. Jociney. Diante
disso, é verossímil a alegação do obreiro de que ganhava R$ 1.620,00 por quinzena (R$
3.240,00 mensais), salário que adoto para o pagamento das verbas trabalhistas. Sublinho
que a reclamada, apesar de impugnar tal valor, não apresentou nenhum recibo de
pagamento que demonstrasse diária em valor inferior.

Diante do exposto, e estando presentes os requisitos da pessoalidade, não eventualidade,


subordinação e onerosidade, julgo procedente o pedido de reconhecimento de vínculo
empregatício e determino à reclamada que proceda à anotação da CTPS do autor,
constando o vínculo de 1º/6/2006 a 19/3/2020 (com a projeção de 69 dias de aviso
prévio), na função de vigilante. O reclamante deve depositar sua CTPS no prazo de cinco
dias após o trânsito em julgado, e sucessivamente, também em cinco dias, deverá o
reclamado proceder às anotações referidas na CTPS do autor, sob pena de multa diária
no importe de R$ 50,00 (cinquenta reais), com limite de 10 dias, a ser revertida ao
reclamante.

O reconhecimento de contrato de emprego entre o policial militar e


entidade privada é possível, conforme orientação contida na Súmula nº 386, do TST, in verbis:

"POLICIAL MILITAR - RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO


COM EMPRESA PRIVADA - Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo
o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada,
independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto
do Policial Militar". (ex-OJ nº 167 - Inserida em 26.03.1999)

Na verdade, estando preenchidos os requisitos do artigo 3º da CLT e não


se tratando de atividade ilícita, não há qualquer impedimento para o reconhecimento do vínculo
empregatício de policial militar e entidade religiosa. A argumentação da reclamada apelante não merece
prosperar ante a existência de jurisprudência sólida no sentido da possibilidade de reconhecimento da
relação de emprego.

Assim, para a caracterização do vínculo empregatício é necessário que


estejam presentes todos os requisitos dispostos nos art. 3º, da CLT, quais sejam: serviço prestado de
forma não eventual, salário e subordinação. A ausência de qualquer um desses requisitos impede a
caracterização do vínculo de emprego.

Assinado eletronicamente por: DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR - 03/03/2023 08:29:35 - 96edb16
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22111811242763600000010495026
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 96edb16 - Pág. 4
Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 77

Transcrição da prova oral produzida:

Reclamante:que confirma os termos da inicial; que foi convidado para trabalhar na


Universal pelo Pastor Iranildo, da igreja da Avenida Constantino Nery; que começou a
trabalhar na igreja em junho de 2006, trabalhando em dias alternados, em escala 1x1. que
trabalhava das 18h às 06h. que sempre foi este horário; que durante seu horário de
trabalho era o responsável pela equipe de 6 policiais que também trabalhavam para a
Universal; que se recorda do Sr. Jucinei, Rosivaldo, Araújo, Kennedy, Rodrigo e
Marinho; que como responsável pela equipe recebia ordens dos pastores e organizava a
equipe colocando-os nos postos; que sempre cumpriu a escala 1x1, sendo muito difícil
alterar a sua escala de serviço; que era muito difícil bater a sua escala com a escala da
igreja; que trabalhava 24 por 72 na polícia militar, que por isso as escalas com a igreja
não coincidiam; que quando foi trocado de unidade passou a trabalhar em escalas de 12
por 24 e 12 por 72; que quando precisava se ausentar ficava um substituto da sua equipe
no local; que quem escolhia esse substituto da equipe para substituir o depoente era o
pastor; que o depoente avisava ao pastor que não poderia ir e o pastor escolhia quem
deveria ir; que houve várias mudanças de pastor e todos escolhiam quem substituía o
reclamante; que além da organização de escalas também atuava como segurança; que
como era chefe da equipe além de colocar o pessoal nos postos também ficava em alguns
postos ajudando a equipe; que durante a reunião ficava fazendo a ronda para evitar furtos
e ocorrência; que usava arma de fogo enquanto fazia a ronda; que já houve tentativa de
assalto na igreja; que como há muito dinheiro na igreja havia tentativa de assalto; que
quem fazia a escala era o pastor...

Preposta da reclamada:que confirma os termos da defesa; que trabalha na Igreja desde


2017 como analista de RH; que a reclamada tem seguranças e também tem uma empresa
terceirizada que presta serviços de segurança, chamada Centurião; que atualmente a
igreja não tem policiais contratados, mas tinha até o início de 2020; que os Policiais eram
contratados pelo pastor responsável pela segurança, sendo indicados pelos fiéis; que
quem decidia os Policiais Militares a serem contratados era o pastor; que havia um pastor
responsável pela segurança do templo; que os próprios PMs conversavam entre si e outro
que podia cobrir a escala iria no lugar, havendo acerto entre os próprios policiais; que a
alteração da escala era comunicada ao pastor responsável, não necessitando de aprovação
do pastor; que essa substituição era livre dentre a equipe já conhecida da igreja; que o
reclamante prestava serviço nessa época tendo o visto algumas vezes de plantão; que não
sabe dizer se o reclamante era o líder da equipe; que não sabe informar se havia controle
da frequência nas escalas dos policiais; que não sabe informar os dias em que o
reclamante trabalhava, sabendo que era uma escala 1x1; que o reclamante trabalhou
nessa escala 1x1, como todos os demais; que o reclamante recebia por diárias o valor de
R$50,00 a R$70,00, que era pago em dinheiro; que esse valor era pago por mês; que não
sabe o horário em que o reclamante trabalhava...

Primeira testemunha do reclamante:que trabalhou com o reclamante na Igreja


Universal, nos últimos 10 anos; que trabalhou na igreja de abril de 2006 a janeiro de
2020; que foi contratado para trabalhar na igreja pelo pastor Iranildo; que trabalhava na
escala 1x1, de 12 horas, das 18h às 06h; que quando não podia comparecer falava com o
chefe de segurança (o pastor) ou fazia uma permuta entre os membros da equipe ou
colocava outra pessoa de fora para trabalhar em seu lugar; que quem definia quem ia no
lugar do outro era o pastor; que quando se refere a outra pessoa, se refere a pessoas que
também trabalhavam para a igreja e o substituíam; que sempre era o pastor (chefe de
segurança) quem definia as alterações na escala; que teve vários pastores da segurança,
como pastores Iranildo, Luiz, Walter e Santos; que na equipe do depoente havia em torno
de 5 ou 6 policiais; que esses policiais se revezavam conforme ordem do pastor; que o
pastor fiscalizava a equipe, aparecendo na igreja no meio da noite, às 23h, 0h ou 1h, no
meio da noite e também na madrugada para verificar se estavam no posto...

Segunda testemunha do reclamante: que trabalhou para a Igreja reclamada de 2005 a


2020; que é policial militar; que sua função na igreja era de chefe de equipe; que recebia
R$1620,00 por quinzena; que esse pagamento era em dinheiro, feito pelo pastor
responsável da segurança; que chegou a trabalhar com o reclamante, no mesmo turno;
que trabalhou com o reclamante de 2013 a 2015 a noite; que o reclamante passou a ser
líder quando o depoente retornou a trabalhar no turno do dia; que passava o turno para o

Assinado eletronicamente por: DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR - 03/03/2023 08:29:35 - 96edb16
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22111811242763600000010495026
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 96edb16 - Pág. 5
Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 78

reclamante; que quando trabalhou junto com o reclamante, de 2013 a 2015; o depoente
era o líder; que havia um líder para cada turno; que depois o reclamante também assumiu
a função de líder

Primeira testemunha da reclamada:que trabalhou para a igreja


Universal, como segurança, de 2004 até o final de 2020; que é policial
civil; que chegou a trabalhar com o reclamante Wenderson; que trabalhou
com o reclamante em períodos descontínuos; que durante parte do
contrato era policial militar e depois tornou-se policial civil; que quando
entrou era o Sargento Albuquerque, depois o Sr. Matias que eram
responsáveis pelo setor; que quando precisava substituir, o pastor era
comunicado por respeito; que o próprio policial que chamava ficava
responsável pela pessoa indicada para substituir; que esse policial que
chamava refere-se ao policial que chamava ao serviço e dizia o que era
para fazer; que o pastor já tratou diretamente com o depoente; que não se
tratava de necessidade, mas quando estava por lá tratava com o pastor
acerca de alguma coisa; que o depoente já foi líder e já foi responsável por
organizar a substituição dos policiais; que ao final do contrato ganhava
R$80,00 por diária, pago em dinheiro, recebidos por semana ou por
quinzena; que nunca recebeu por mês...
Segunda testemunha da reclamada: que cuidava da segurança patrimonial da Igreja
Universal, de 2017 a 2021; que não é policial, sendo cidadão civil; que trabalha para a
empresa terceirizada Centurião; que conhece o reclamante e chegou a trabalhar com ele;
que o reclamante era policial e prestava serviço na igreja; que o reclamante comparecia
conforme escala e que a escala era elaborada pelos próprios policiais... Que
voluntariamente falou que até salvou o período de trabalho do reclamante; que
questionado onde salvou o período respondeu que e salvou "na sua mente"; que
questionado se está consultando anotações respondeu que não; que sabe que o
reclamante trabalhava por oito horas; que sabe que era no turno da noite, mas não sabe
precisar o horário; que o reclamante recebia de R$50 a R$70 por diárias; que sabe porque
havia debate sobre o valor; que viu o reclamante recebendo diária; que havia acerto entre
os policiais para o intervalo de refeição; que não sabe informar quanto tempo durava o
intervalo para refeição... Que o depoente é pastor; que foi o pastor responsável pela
segurança; que como pastor da segurança era responsável por regularizar as folhas de
ponto do pessoal do setor patrimonial e que fiscalizava a ocupação dos postos do pessoal
do setor patrimonial; que havia mais de 80 policiais militares prestando serviço para a
igreja; que o pagamento dos policiais militares era feito pelo Sr. Otair Gadelha; que
como pastor da segurança já pagou pessoalmente aos policiais quando o Sr. Otair não
podia fazer tal serviço...

Terceira testemunha da reclamada: que há penalidade em caso de prestação de


serviços dos policiais fora da corporação, desde que chegue ao conhecimento da Polícia;
que o reclamante foi seu subordinado quando comandou a 11ª CICOM; que se o PM
faltar ao trabalho injustificadamente há penalidade; que no batalhão a escala é
confeccionada pela auxiliar de operações da própria CICOM; que qualquer outra escala
que o policial vá cumprir deve ser mediante a escala prévia; que já aconteceu de ser
modificada a escala por alguma situação de saúde, quando alguém adoece, por exemplo,
sendo necessário chamar policial que estaria de folga; que a escala é de 12x24 e 12x72
no caso do reclamante, que era sargento; que essa escala é fixa dependendo da equipe
que faz parte; que se houver alguém de férias essa escala é modificada e a folga diminui;
que se não houver alguém de férias a escala é cumprida; que essa escala é elaborada
semanalmente; que a princípio no serviço da polícia, só pode usar a arma da corporação;
que para que o policial faça uso de arma particular, deve solicitar a participação da
corporação; que não sabe se o reclamante tinha essa autorização ou se a solicitou...

Como se vê, Havia necessidade da prestação de serviços por policiais


militares na segurança do templo e dos fiéis, de forma continuada e subordinada. A alegação de
impossibilidade prestação de serviço e reconhecimento por ser policial militar, não descaracteriza o
vínculo, pois ocorrida nas folgas dos militares em sua corporação, de acordo com a compatibilidade de
horários.

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Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 96edb16 - Pág. 6
Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 79

O alegado fato de o demandante poder ser substituído por um terceiro,


também não descaracteriza o vínculo, pois a prestação de serviços dos seguranças era por escala. Quando
havia a substituição, isso se dava entre os seguranças já arregimentados pela recorrente. A distribuição
dos seguranças era centralizada no pastor responsável pela segurança patrimonial, que agia em nome da
apelante.

A subordinação se caracteriza pelo poder que tem o empregador de dispor


sobre a capacidade de trabalho do trabalhador, impondo-lhe horários, tarefas e outras rotinas, tal como
ocorria no caso concreto. Tal subordinação é jurídica e se evidencia na obrigatoriedade de comparecer ao
posto de trabalho em horários determinados pelo patrão, pela assinatura e registro de entrada e saída.
Ainda, o demandante recebia autorização especial para atuar como líder de equipe de 6 policiais,
dividindo-os em seus postos e recebendo valor maior pela função de chefia.

A substituição dos policiais escalados ocorria apenas entre os previamente


cadastrados, mediante comunicação ao líder ou ao pastor responsável. Isto evidencia que o
comparecimento não ficava ao alvedrio do demandante, sendo sua atividade necessária, devendo ser
suprida, a fim de não deixar o posto desguarnecido. A prestação de serviços com estas características
ocorreu ao longo de 14 anos.

Presentes os requisitos necessários ao vínculo empregatício, não havendo


razão para reforma da Sentença neste ponto.

Adicional de periculosidade

Na inicial, o demandante pediu o reconhecimento de vínculo na função de


segurança patrimonial. Afirmou trabalhar em risco por exposição permanente a roubos e violência na
atividade, conforme art. 193, II, da CLT, regulamentado pelo Anexo 3, da NR-16, do MTE. O Juízo a quo
deferiu o pleito com os seguintes fundamentos:

O reclamante, de acordo com a prova testemunhal, exercia funções típicas de vigilância


patrimonial e pessoal. Não havia diferença entre o seu serviço e aquela prestado pelos
seguranças da terceirizada. Impõe-se, aqui, a aplicação do princípio da primazia da
realidade para reconhecer o direito do reclamante ao adicional de periculosidade, de
janeiro de 2015 a dezembro de 2019 (conforme pedido), mais reflexos em 13º salário,
férias + 1/13, aviso prévio e FGTS - 8% + 40%. Não há reflexos em DSR, pois o
adicional é parcela mensal e, portanto, já remunera o repouso.

A demandada alega que, embora o demandante atuasse com uso de arma


de fogo, a legislação somente prevê pagamento do adicional para vigilantes que atuem em empresas de
segurança privada, ou patrimonial em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias,
aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela administração pública direta e indireta.

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Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 80

Diz o art. 193, da CLT:

Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012)

I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de


segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional


de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,
prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza


eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído pela Lei
nº 12.740, de 2012)

§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.

O Anexo 3, da NR 16 assim dispõe:

ANEXO 3

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS OU


OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS
DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL

1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de


segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência física são
consideradas perigosas.

2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores


que atendam a uma das seguintes condições:

a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança privada


ou que integrem serviço orgânico de segurança privada, devidamente registradas e
autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas alterações
posteriores.

b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em


instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens
públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou indireta.

3. As atividades ou operações que expõem os empregados a roubos ou outras espécies de


violência física, desde que atendida uma das condições do item 2, são as constantes do
quadro abaixo:

(...)

Da leitura das normas legais e regulamentares entende-se que não basta a


exposição permanente ao risco de roubos ou outra espécie de violência para a concessão do adicional. É
necessário que os empregados atuem em empresas de segurança privada externa ou interna (orgânica),
desde que registradas no Ministério da Justiça; ou que atuem em instalações de transporte ou bens

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Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 81

públicos contratados pela Administração. O item 3 condiciona o reconhecimento da atividade perigosa


àquelas relacionadas no item 2.

Em suma, não basta a caracterização do empregado como segurança ou


vigilante para o deferimento do adicional. O reclamante fazia segurança/vigilância em templo religioso,
contratado diretamente pela reclamada. Ainda que se assemelhe a serviço orgânico de vigilância privada,
não há registro ou autorização do Ministério da Justiça nos termos da Lei 7.102/1983, nem cumprimento
dos requisitos para a função de vigilante, tais como uniforme, curso de formação, cadastro no Ministério
da Justiça, entre outros. O demandante usava arma pessoal e possuía porte não pela qualidade de
vigilante, mas por ser de policial militar.

Não cumpridos, pois, os requisitos da Lei 7.102/1983, nem do item 2 da


NR-16, de forma que é inviável reconhecer o direito do reclamante ao pretendido adicional. O fato de o
templo religioso guardar, eventualmente, grandes quantidades de dinheiro em espécie, por si só, não é
suficiente para caracterizar a atividade do reclamante como perigosa, pois ausentes os requisitos da
norma regulamentadora quanto à matéria.

Por fim, registre-se que o demandante pede, desde a inicial, o


reconhecimento de seu trabalho como segurança patrimonial e não vigilante, o que o equipara ao vigia,
sem direito ao adicional de periculosidade, segundo a jurisprudência majoritária.

Assim, reforma-se a Sentença, para excluir da condenação o adicional de


periculosidade e reflexos.

Adicional noturno

Afirma a recorrente que o trabalho do reclamante era flexível e nunca no


horário noturno. Pediu o indeferimento da verba.

A análise da prova testemunhal produzida revela que o demandante se


ativava no horário noturno, informação confirmada pelas testemunhas de ambas as partes. Seu horário de
saída era 06h e o de entrada variou (conforme relatos testemunhais) de 18h às 22h.

Devido o adicional noturno, nos termos delineados em Sentença


guerreada, por restar robustamente comprovado o trabalho noturno, prorrogado até 06h nos dias da
escala, com habitualidade.

Horas intrajornada

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Fls.: 82

Hora extra é matéria de prova, cujo ônus competia ao reclamante. É


necessário analisar a verossimilhança das alegações, bem como as provas produzidas. A primeira
testemunha do demandante afirmou revezamento para gozo do intervalo entre 15 e 20 minutos. A
segunda testemunha relatou que o intervalo era "o mais breve possível, sendo apenas o tempo de comer e
voltar para os postos". A primeira testemunha da reclamada afirmou concessão de intervalo "em torno de
uma hora".

Na instrução processual ficou comprovado que trabalhavam cerca de 80


policiais militares para a reclamada, divididos em escalas e equipes de 5 ou 6 pessoas. O demandante era
líder de uma dessas equipes. A primeira testemunha do obreiro citou que ele era o responsável pelo
controle do horário de alimentação da equipe.

O conjunto probatório demonstra a ausência de robustez na narrativa do


reclamante e de suas testemunhas, além da existência de prova dividida. Não ficou suficientemente
comprovada a supressão do intervalo no serviço realizado por equipe de seis pessoas, no horário noturno,
mais ainda sob o controle do próprio demandante. A dinâmica dos fatos narrados e a natureza da
atividade e do estabelecimento não presumem a necessidade de serviço capaz de levar a supressão do
intervalo intrajornada.

Reforma-se a Sentença, para excluir da condenação as horas


intrajornada com reflexos.

Justiça gratuita

A reclamada pede o indeferimento da justiça gratuita ao reclamante, por


receber ele remuneração muito superior ao limite legal para concessão do benefício.

Diversamente da compreensão do Juízo a quo, com o advento da reforma


trabalhista, os critérios para concessão de justiça gratuita passaram a ser objetivos, sendo vinculados à
percepção de salário inferior a 40% do limite máximo de benefícios do RGPS. Também a comprovação
de insuficiência de recursos para pagamento de custas do processo.

No presente caso, o demandante fez declaração de hipossuficiência,


porém, sua renda mensal auferida apenas na Polícia Militar já supera em 4 vezes o limite legal para
concessão do benefício. Somada ao valor recebido na reclamada, o qual também já é superior ao limite
legal, tem-se que sua remuneração mensal constitui-se em fato impeditivo à concessão dos benefícios da

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Fls.: 83

justiça gratuita. Tal condição poderia ser elidida caso houvesse comprovação da hipossuficiência, nos
termos do §4º, do art. 790, da CLT. Porém, nada foi feito neste sentido. Não houve comprovação da
hipossuficiência, enquanto a Igreja comprovou a percepção de salário bem superior ao limite legal.

Assim, reforma-se a Sentença para indeferir a justiça gratuita ao


reclamante.

RECURSO ADESIVO DO RECLAMANTE

Benefícios estipulados em ACT

O reclamante recorrente pede o deferimento de reajustes salariais e auxílio


alimentação previstos em ACT firmado entre a Igreja Universal e o Sindicato dos Empregados nas
Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas de Manaus. O Juízo a quo o qualificou como
vigilante, indeferindo o pleito por considerá-lo integrante de categoria diferenciada. No momento, o
reclamante recorrente, com dito antes, não está sendo enquadrado na NR16, item 2, alínea"a" e teve
denegada sua pretensão ao recebimento do adicional de periculosidade. Todavia, reconhecido o vínculo,
é empregado da reclamada recorrida e, como tal, faz jus ao direitos da categoria específica, atuando para
instituição como segurança, equivalente à função de de vigia.

Reforma-se a Sentença, para fazer constar na CTPS a função de


"segurança". Defere-se, ainda, o auxílio alimentação e reajustes salariais, observado o tempo de serviço,
percentuais de reajuste estipulados na norma coletiva respectiva, data-base e jornada laboral na escala de
1 dia de trabalho por 1 dia de folga, tudo conforme o que consta da exordial.

Honorários advocatícios

O reclamante pede a majoração do percentual fixado para 15% sobre o


valor da condenação. A reclamada pede a redução para 5% e a condenação do reclamante sobre os pleitos
indeferidos.

A Sentença condenou apenas a reclamada ao pagamento de honorários no


percentual de 5% sobre o valor da condenação. Houve arguição de erro material e contradição, sanados
pela Sentença de Embargos, a qual confirmou ser de 5% o percentual fixado a título de honorários
sucumbenciais, devido apenas pela parte reclamada.

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Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 84

O Juiz de 1º Grau é quem sente mais de perto a Instrução, o calor da


produção da prova e a ação da partes e do advogado. Porém, no presente caso, tratando-se de questão
com alguma complexidade, cuja extensão a trouxe até a nível recursal é justo ampliar-se o percentual dos
honorários sucumbenciais para 10%, para ambas as partes.

Considerando que há pleitos indeferidos, deve ser condenado também o


empregado a pagar honorários advocatícios ao patrono da reclamada sobre o valor dos pedidos julgados
improcedentes.

Em síntese, concede-se parcial provimento a ambos os Recursos; ao da


reclamada para excluir da condenação o adicional de periculosidade e reflexos, as horas extras
intrajornada e reflexos, negar os benefícios da justiça gratuita ao reclamante e condená-lo em honorários
advocatícios no percentual de 10%, sobre o valor dos pleitos improcedentes; ao do reclamante para
determinar a anotação da CTPS no cargo de segurança, além de deferi-lhe o pagamento de reajustes
salariais e auxílio-alimentação na forma prevista nas normas coletivas juntadas aos autos.

ISTO POSTO

ACORDAM os Desembargadores da 1ª. Turma do Tribunal Regional do


Trabalho da 11ª. Região, por unanimidade de votos, conhecer dos Recursos Ordinários; conceder-lhes
parcial provimento, na forma da fundamentação. Mantida a Decisão apelada em seus demais termos,
conforme fundamentação. Custas de atualização pela reclamada, calculadas sobre o valor arbitrado de
R$200.000,00, na importância de R$4.000,00.

Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores,


SOLANGE MARIA SANTIAGO MORAIS - Presidente; DAVID ALVES DE MELLO JÚNIOR - Relat
or; FRANCISCA RITA ALENCAR ALBUQUERQUE e o Excelentíssimo Procurador Regional do
Trabalho da PRT da 11ª Região, JORSINEI DOURADO DO NASCIMENTO.

Sustentação Oral: Dr. Eduardo José Silva dos Santos.

Sessão de Julgamento Telepresencial realizada no dia 28 de fevereiro de


2023.

Assinado em 03 de março de 2023.

Assinado eletronicamente por: DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR - 03/03/2023 08:29:35 - 96edb16
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22111811242763600000010495026
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Número do documento: 22111811242763600000010495026
Fls.: 85

DAVID ALVES DE MELLO JÚNIOR


Desembargador Relator

Assinado eletronicamente por: DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR - 03/03/2023 08:29:35 - 96edb16
https://pje.trt11.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22111811242763600000010495026
Número do processo: 0000053-22.2020.5.11.0010 ID. 96edb16 - Pág. 13
Número do documento: 22111811242763600000010495026
SUMÁRIO
Documentos

Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura

9d2d33c 21/01/2020 10:48 Petição Inicial Petição Inicial

4f49871 30/04/2020 11:08 Despacho Despacho

0996bf6 22/06/2020 19:37 Despacho Despacho

a5580d6 30/07/2020 22:36 Despacho Despacho

f9f89fa 25/08/2020 10:47 Despacho Despacho

8d12015 08/09/2020 12:43 Despacho Despacho

c42b9e5 25/09/2020 13:56 Ata da Audiência Ata da Audiência

42e0930 03/12/2020 10:18 Ata da Audiência Ata da Audiência

2a1b58d 29/04/2021 17:13 Ata da Audiência Ata da Audiência

7e46447 12/08/2021 13:43 Ata da Audiência Ata da Audiência

5981b85 21/02/2022 14:14 Ata da Audiência Ata da Audiência

d3e648e 21/03/2022 15:37 Sentença Sentença

5aaa1e8 28/03/2022 11:23 Despacho Despacho

bae419a 04/04/2022 10:45 Despacho Despacho

e7e5191 18/04/2022 09:17 Sentença Sentença

fbb2c47 04/05/2022 15:52 Despacho Despacho

9f00171 15/06/2022 14:38 Decisão Decisão

4653cbf 11/07/2022 07:58 Decisão Decisão

96edb16 03/03/2023 08:29 Acórdão Acórdão

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