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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
CARGO: RECEPCIONISTA;
Dessa forma, o Reclamante procura a tutela jurisdicional, para obter assim a Rescisão
indireta; reparação por dano material e reparação por dano moral, motivo pelo qual vem em busca da
tutela jurisdicional pela presente Reclamação Trabalhista.
2. DA JUSTIÇA GRATUITA
Ou seja, todo valor auferido mensalmente esta comprometido com as despesas d sua
família, inviabilizando suprir a custas processuais, devendo ser concedida a Gratuidade de Justiça,
conforme precedentes sobre o tema:
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXV da Constituição Federal, pelo artigo 98
do CPC e 790 §4º da CLT requer seja deferida a AJG ao requerente.
Por fim, no caso de qualquer improcedência aos pedidos aqui pleiteados, requer seja
considerada a ADI 5766, na qual o STF declara inconstitucionais as previsões dos Arts. 790-B,
caput e § 4º, e 791-A, § 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
3. DA RESCISÃO INDIRETA
5. DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
A Constituição Federal dispõe em seu artigo 7º, XXIII que são direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, o "adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres
ou perigosas, na forma da lei."
Entretanto, ao procurar a empresa Reclamada a fim de que ela arcasse com sua
responsabilidade quanto ao ocorrido, não logrou êxito, pois a Reclamada alegou não possuí qualquer
responsabilidade quanto ao dano suportado pelo obreiro. Ressalta o Reclamante, por oportuno, que
até a presente data o referido veículo não foi recuperado. Outra, se o empregador disponibiliza
estacionamento de veículos aos seus empregados, em suas dependências ou até mesmo fora dela,
torna-se responsável por eventual dano ao patrimônio ocorrido, posto que ainda que o
estacionamento fornecido não represente verba "in natura", subsume-se inegavelmente em obrigação
conexa ao contrato, já que é um algo a mais proporcionado ao empregado pela empresa,
Nos vídeos em anexo constam que o Reclamante, de fato, estacionou a sua moto que
foi furtada no estacionamento da empresa Reclamada, dessa forma, conforme o
art. 629 do CCB dispõe que "O depositário é obrigado a ter na guarda e conservação da coisa
depositada o cuidado e diligência que costuma com o que lhe pertence, bem como a restituí-la,
com todos os frutos e acrescidos, quando o exija o depositante".
Por sua vez, a Súmula 130 do STJ, perfeitamente aplicável ao caso por analogia,
dispõe que “A empresa responde, perante o cliente, pela reparação do dano ou furto de veículo
ocorrido em seu estacionamento”.
Nesse sentido, levando em consideração também as disposições dos artigos 186 e 927
do Código Civil Brasileiro de 2002, tem-se que as reclamadas têm o dever de indenizá-lo. Vejamos:
“Art.927 – Aquele que, por ato ilícito (art.186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repara-lo”.
Nesse contexto, como a Reclamada ofertou o estacionamento dentro de sua
propriedade destinado, também, aos seus funcionários e prestadores de serviço, aí incluído o
Reclamante, dando a ele a sensação de que seu veículo estaria seguro, tem o dever de indenizar
o furto ocorrido, segundo entendimento contido na Súmula 130 do STJ e art. 927 do CC.
Qualquer tratamento discriminatório deve ser indenizado e punido, para fins de que
não se perpetue no ambiente de trabalho.
Assim, nos termos do Art. 223-G da CLT, devem ser considerados no presente caso:
VII - o grau de dolo ou culpa: Ao ter plena ciência dos danos que vinha
causando ao trabalhador e deixando de tomar qualquer atitude, a Reclamada
comete falta gravíssima em detrimento à boa fé na relação de emprego;
Por tal motivo é que se requer que a reclamada seja compelida a reparar o reclamante
pelos danos morais.
Devido, portanto, o recolhimento das diferenças não pagas do FGTS, cumulado com
multa de 40%:
Assim, requer o devido recolhimento do FGTS de todo período contratual, uma vez
que há diferença.
Nos termos do Art. 818 da CLT, "o ônus da prova incumbe ao reclamante, quanto ao
fato constitutivo de seu direito", ocorre que:
Os artigos 791-A e 791-A, parágrafo 5º, da CLT, asseguram que ao advogado serão
devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15 % sobre o
valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido, ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Em relação a alguns valores, indica apenas valores genéricos, nos termos do Art. 324,
§1º, III do CPC/15, pela impossibilidade de mensuração por inacessibilidade da documentação
necessária aos cálculos, que estão de posse do Reclamado.
"A lei não exige que o pedido esteja devidamente liquidado, com
apresentação de cálculos detalhados, mas que indique o valor. De nossa parte,
não há necessidade de apresentação de cálculos detalhados, mas que o valor
seja justificado, ainda que por estimativa. Isso se justifica, pois o reclamante,
dificilmente, tem documentos para o cálculo de horas extras, diferenças
salariais, etc. Além disso, muitos cálculos demandam análise de
documentação a ser apresentada pela própria reclamada." (SCHIAVI, Mauro.
Manual de Direito Processual do Trabalho. 13ª ed. Ed. LTR, 2018. p. 570)
Motivos pelos quais requer o recebimento de simples indicação dos valores de cada
pedido, nos termos do Ar. 840, §1º e 324, §1º, III do CPC/15.
14. DOS REQUERIMENTOS
5. Seja declarada a rescisão indireta, com pagamento das verbas rescisórias decorrentes
do pacto laboral, conforme valores indicados abaixo;
9. Nesse sentido, considerando que o veículo furtado, à época do fato, valia a importância
de R$ 13.430,00 (treze mil quatrocentos e trinta reais), conforme consulta da tabela
FIPE anexa, requer seja a empresa Reclamada condenada ao pagamento de indenização
por danos materiais no referido valor.
Valor, se devido R$ 6.457,95 (seis mil quatrocentos e cinqüenta e sete reais e noventa
e cinco centavos)
12. Portanto, deve a Reclamada ser condenada à imediata liberação do TRCT e chaves
de conectividade para recebimento do FGTS.
Valor devido R$ 5.324,96 (cinco mil e trezentos e vinte e quatro reais e noventa e seis
centavos)
15. Requer a aplicação de juros e correção monetária até o efetivo pagamento das verbas
requeridas.
Dá à presente, para fins de distribuição, o valor de R$ 40.824,72 (quarenta mil e oitocentos e vinte
e quatro reais e setenta e dois centavos)
Nestes termos
Pede e espera
DEFERIMENTO
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CAIO GUILHERME EVANGELISTA BARROS EDUARDO FALCÃO DA COSTA
OAB 55.016 OAB-PE OAB 55.368 OAB-PE
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FABIANNE BARBOSA SILVA JOSÉ FLORENTINO PESSOA FILHO
OAB 43.750 OAB-PE OAB 43.809 OAB-PE