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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 

___ JUIZADO ESPECIAL CIVEL


DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP
 
 
Eu Adyr Octavio Ferreira Neto, Brasileiro, solteiro, E-mail: adyrneto@live.com,
portador do Cpf: 993.792.369-72, Rg: 6.013.501-0, residente e domiciliado a Rua
Correia Dias, 325 – Paraíso, São Paulo - SP, 04104-001, que esta subscreve, comparece
à ilustre presença de Vossa Excelência para propor o presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL

 
Em Face de TECNOLOGIA BANCARIA S.A, Cnpj: 51.427.102/0001-29, Empresa Privada
situada no Endereço RUA BONNARD (GREEN VALLEY I), 980
BLOCO 1 - NIVEL 3 BLOCO 2 - NIVEIS 4.5. E 6 BLOCO 3 - NIVEL 6 BLOCO 4 - NIVEL 3 -
ALPHAVILLE EMPRESARIAL, Cep: 06465-134São Paulo/SP, E-mail: fiscal@tecban.com.br

 
PRELIMINARMENTE

Da Justiça Gratuita,

 
A Carta Magna assegura às pessoas o acesso ao Judiciário, se não vejamos:
 
CF/88 – Art. 5º - LXXIV - O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos.

 Nessa esteira, a Lei nº 1.060/50 garante a assistência judiciária à parte


processual. Vejamos:
 
Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante
simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar
as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua
família.”
 
Desta forma, requer o demandante o deferimento dos benefícios da assistência
judiciária gratuita, pois como atesta, não tem condições de arcar com as custas e
despesas processuais sem o comprometimento do sustento próprio e de toda sua
família.]

DOS FATOS

Consta a parte autora que no dia 08 DE Maio de 2024 me dirigi a um terminal


do Banco24 horas situado na Rua 13 de Maio, 1947 na cidade de São Pulo as 15Horas
e 25 minutos exatamente, para efetuar um saque no valor de R$ 200,00 (duzentos
reais), no qual digitei aminha senha do cartão magnético, ao concluir o valor do saque,
não saiu às cédulas em dinheiro conforme sua solicitação. 
 
Após o saque não efetuado, já que estava dentro no terminal tirei saldo e o
valo havia sido debitado da minha conta.
Acontece que este era o valor destinado a diária do pensionato onde me
encontrava hospedado a trabalho na Cidade de São Paulo, entrei em contato com a
Empresa Responsavel TECNOLOGIA BANCARIA S.A da qual através do protocolo abaixo
me deu a seguinte informação:

Téo: Peço desculpas pelo transtorno. Mas, pode ficar tranquilo que o
saque foi cancelado pelo sistema e o débito é temporário. O valor estará
disponível na conta a partir do próximo dia útil.

    •TB0003299637– atendente digital: Teo / Dia 08/05/2024


 
“Resposta essa que não fora de maneira alguma satisfatória, e de certa maneira
ate irônica neste caso ‘pode ficar tranqüilo”, porque como se tratava de valor
referente a diária da Pensão onde se encontrava hospedado e ficando apenas com 22
reais disponível em minha conta, tive que desocupar o quarto da pensão e tendo
apenas o valor restante na conta para alimentação o que me causou um transtorno
enorme com malas pelas ruas e um constrangimento que nunca tivera antes junto ao
proprietário da pensão e junto a minha contratante que havia me enviado o valor
referente a diária de hospedagem e alimentação.
No dia seguinte, isto é no próximo dia útil que seria dia 09 de Maio de 2024
estive no mesmo terminal para ver o saldo se havia sido restabelecido e sacar
novamente o valor da minha diária e para meu espanto e comprovação da
precariedade na prestação do serviço que as pessoas que estavam na minha frente
estavam novamente enfrentando o mesmo problema e como se já não bastasse as
duas maquinas sustentável o mesmo problema, o que pode ser facilmente constatado
através da inversão do ônus da prova solicitando o histórico na falha da prestação de
serviço nessas datas.
Preocupado com tal situação entrei novamente em contato através do site
WWW.banco24horas o que me gerou outro protocolo:

•TB0003300338.– atendente digital: Teo / Dia 08/05/2024

No entanto a resposta foi a mesma, já que trata-se de um desrespeito com o


consumidor e escárnio de sua dignidade.

Destarte acredito eu que tal prestadora de serviço seja merecedora de uma


decisão deste juízo de maneira exemplar, pois também acredito não estarmos diante
apenas de uma falha na prestação de um serviço e sim um descaso como principio da
dignidade humana, já que por muitas vezes e como foi no meu caso se tratava de
recursos alimentares bem como diária e alimentação.

DO DIREITO

DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Antes de adentrarmos propriamente na questão meritória, faz-se necessário


enfatizar a perfeita aplicabilidade do sistema protetivo previsto no Código de Defesa
do Consumidor ao contrato em questão.
 
No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 2591), em
julgamento proferido em 07 de junho de 2006, o Supremo Tribunal Federal decidiu
que:
 
“As instituições financeiras estão, todas elas, alcançadas pela incidência das
normas veiculadas pelo Código de Defesa do Consumidor. 2. ‘Consumidor’, para os
efeitos do Código de Defesa do Consumidor, é toda pessoa física ou jurídica que utiliza,
como destinatário final, atividade bancária, financeira e de crédito”.
 
Registre-se que a hipótese deu origem à súmula do STJ, nos termos que
seguem:
 
Súmula 297: “O Código de Defesa do Consumidor é
aplicável às instituições financeiras.”
 
Destarte, Vossa Excelência, não subsiste a mais mínima dúvida acerca da
aplicação do Código Brasileiro do Consumidor, Lei 8.078 de 11 de setembro de 1990,
aos contratos firmados entre as instituições financeiras e os seus clientes.

No caso em tela aplicado o Artigo 14 do Código do Consumidor:


Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência
de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

No contexto da presente demanda, há possibilidades claras de inversão do


ônus da prova ante a verossimilhança das alegações, conforme disposto no artigo 6º
do Código de Defesa do Consumidor.
 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII – a
facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação
ou quando for ele hipossuficiente, seguindo as regras
ordinárias de expectativas.
 
Desse modo, cabe ao requerido demonstrar provas em contrário ao que foi
exposto pelo autor. Resta informar ainda que algumas provas seguem em anexo.
Assim, as demais provas que se acharem necessárias para resolução da lide, deverão
ser observadas o exposto na citação acima, pois se trata de princípios básicos do
consumidor.

DOS PEDIDOS:

A) Que seja aceita por este juízo minha humilde petição;


B) Que seja aceito o Pedido de Gratuidade na Justiça;
C) Que seja acatada a inversão do ônus da prova;
D) Que seja estabelecida uma condenação exemplar no valor de R$ 30.000,00
como Dano Moral.

Dá-se a causa o valor de R$ 30.000,00 (Nove mil reais).

Nestes termos, Por refletir a mais límpida JUSTIÇA


Pede espera deferimento.

São Paulo, 10 de maio de 2024


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