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em face de BANCO BRADESCO S.A, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ
sob nº 60.746.948/3487-04, com sede na Praça Doutor Sampaio Vidal, 60, Bairro: Vila
Formosa, cep: 03356-060 – São Paulo/SP, pelos fatos e motivos de direito a seguir
expostos.
2. DOS FATOS
De fato, a autora não contratou tal empréstimo bancário ou autorizou que terceiros o
fizessem, nunca tendo constituído procurador para tanto.
Ora Excelência, a culpa por negligência do Requerido, está cabalmente demostrada
pelos fatos anteriormente expostos e pelos documentos juntados aos autos.
Conforme se depreende dos fatos, vê-se que há uma dupla responsabilidade no
caso em tela, que recai na pessoa no Banco réu, que além de ter levado a efeito
empréstimo eivado de fraude, autorizou o pagamento, sem nenhuma segurança.
3. DO DIREITO
DA COBRANÇA INDEVIDA
Art. 42. (…) Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à
repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de
correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
DO DANO MORAL
Art. 5º (…)
Como é sabido, o ato ilícito é aquele praticado em desacordo com a norma jurídica
destinada a proteger interesses alheios, violando direito subjetivo individual, causando
prejuízo a outrem e criando o dever de reparar tal lesão. Sendo assim, o Código
Civil define o ato ilícito em seu art. 186:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Dessa forma, é previsto como ato ilícito aquele que cause danos, ainda que exclusivamente
moral.
O pré-falado art. 186 do CC define o que é ato ilícito, entretanto, observa-se que não
disciplina o dever de indenizar, ou seja, a responsabilidade civil, matéria tratada
no art. 927 caput do mesmo diploma legal.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
O dano moral está plenamente configurado, visto que para sua caracterização não é
necessário a ocorrência de um dano material, demonstrável e concreto, bastando apenas
que se demonstre uma verdadeira lesão a sua moral e a sua boa fama. Tal incongruência já
foi devidamente superada no tempo.
Vê-se, desde logo, que a própria lei já prevê a possibilidade de reparação de danos morais
decorrentes do sofrimento, do constrangimento, da situação vexatória, do desconforto em
que se encontra o autor.
MARIA HELENA DINIZ (Curso de Direito Civil Brasileiro, 7º vol., 9ª ed., Saraiva), ao
tratar do dano moral, ressalva que a reparação tem sua dupla função, a penal constituindo
uma sanção imposta ao ofensor, visando a diminuição de seu patrimônio, pela indenização
paga ao ofendido, visto que o bem jurídico da pessoa (integridade física, moral e intelectual)
não poderá ser violado impunemente e a função satisfatória ou compensatória, pois, como
o dano moral constitui um menoscabo a interesses jurídicos extrapatrimoniais, provocando
sentimentos que não têm preço, a reparação pecuniária visa proporcionar ao prejudicado
uma satisfação que atenue a ofensa causada.
Disso resulta que a toda injusta ofensa à moral deve existir a devida reparação.
Tal proteção está inserida no inciso VIII, do artigo 6º do CDC, onde visa facilitar a
defesa do consumidor lesado, com a inversão do ônus da prova, a favor do mesmo:
(…)
4. DO PRAZO EM DOBRO
Tendo-se em vista que o Autor é assistido por escritório que presta assistência
jurídica de maneira gratuita à população hipossuficiente, requer a aplicação do parágrafo
terceiro do artigo 186 do Código de Processo Civil, gozará em dobro para todas as suas
manifestações processuais.
5. DOS PEDIDOS
6. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 20,000,00 (vinte mil reais), nos moldes do Art.
322, CPC.
Nesses termos,
Pede deferimento.
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[ADVOGADO]
OAB/SP [Nº]