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AO DOUTO JUÍZO DA __ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE

_____-__

JOÃO JOSÉ, qualificação e endereço completos, por seu advogado


que esta subscreve (procuração anexa), endereço profissional completo,
vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 840 §1º, da
Consolidação das Leis do Trabalho, propor a presente RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA, pelo procedimento ordinário, em face a DEUS ME LIVRE
LTDA., qualificação e endereço completos, pelos fundamentos de fato e de
direito a seguir explanados:

I. DA JUSTIÇA GRATUIDA

Cumpre salientar que o Reclamante não possui condições financeiras


de arcar com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo ao
seu próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da
justiça gratuita, nos termos do artigo 4º da Lei 1.060/50, com redação
introduzida pela Lei nº 7.510/86.

II. DAS EXTRAORDINÁRIAS

Durante o período de prestação de serviço, laborou em turno


ininterrupto de revezamento, logo devem ser consideradas extraordinárias a
partir da 6ª hora de trabalho, haja vista que estava perfeitamente
enquadrado no inciso XIV do artigo 7º da Constituição Federal em vigor,
razão pela qual, faz jus ao recebimento das mesmas, acrescidas dos
adicionais de 50% e 100% sobre as laboradas em dias normais, domingos e
feriados, bem como, aos reflexos em aviso prévio, férias + 1/3
Constitucional, 13º salário, FGTS, repousos semanais remunerados
"domingos e feriados", enfim, em todas as verbas de cunho salarial, sem
exceção de nenhuma.

III. DO ADICIONAL NOTURNO


O Reclamante trabalhava em dia no horário entre 22h00 até as
06h00. De acordo com o artigo 73 e parágrafos da CLT, a jornada de
desempenhada das 22 horas às 5 horas é considerada trabalho noturno,
sendo a hora computada como de 52 minutos e 30 segundos e devendo ser
paga com acréscimo de no mínimo 20%.

Entretanto, a reclamada jamais efetuou o pagamento do adicional


noturno devido.

Portanto, requer seja a reclamada condenada ao pagamento do


adicional noturno correspondente a quantidade horas mensais, além de
reflexos sobre férias, décimo terceiro salário, aviso prévio, DSR e FGTS.

IV. DO INTERVALOR DE DESCANSO

Durante o período trabalhado o Reclamante, não gozava do


intervalo mínimo de uma hora para sua refeição e descanso, vez que,
trabalhando sob escala de revezamento, por 8 doze horas ininterruptas.

Destarte, a teor do que dispõe a CLT, deverá a Reclamada remunerar


o período suprimido.

V. DAS VERBAS RESCISÓRIAS

O Reclamante prestou serviços para a Reclamada entre 02.02.2010 a


02.02.2020, data em que foi despedido sem justa causa, sem receber
nenhuma verba rescisória.

Diante disso, o Reclamante, faz jus aos haveres trabalhistas daí


decorrentes – saldo salário, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço.
13ºs salário proporcional, férias integrais acrescidas do terço constitucional,
férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, depósitos do FGTS,
multa de 40% do FGTS, liberação do TRCT e liberação das guias do seguro
desemprego, bem como, as multas do art. 467 e 477, parágrafo 8º da CLT.
VI. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

a) A citação da reclamada para, querendo, comparecer à


audiência e oferecer resposta, sob pena de revelia na forma da lei;

b) Concessão do beneficio da justiça gratuita

c) Condenação ao pagamento a horas extras

d) Condenação ao pagamento do adicional noturno

e) Condenação ao pagamento do intervalo de descanso

f) Condenação ao pagamento das verbas rescisórias

Termos em que, pede deferimento

São Paulo, __ de ___ de ___

Advogado
OAB XXX

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