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Em face de CARLOS ALBERTO DE SOUZA, pessoa física, CEI

500230099585, com endereço na Fazenda Toca do Tucano, nº 1, Zona Rural,


CEP: 37559-000 – Ipuiuna – MG, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I -PRELIMINARMENTE
____________________________________________________

1. DA JUSTIÇA GRATUITA

A Reclamante pleiteia os benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 790,


§ 3º da CLT, bem como art. 1º e 9º, da Lei 1060/50, combinado com os artigos
98 e SS do Código de Processo Civil/2015, tendo em vista que não tem
condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo da própria
subsistência ou da sua família.

Diante do exposto, requer a concessão dos benefícios previstos no art. 3º da lei


1060/50.

II- DOS FATOS

2-DO CONTRATO DE TRABALHO


__________________________________________

01) A Reclamante iniciou suas atividades laborais na Reclamada em


07/09/1992, sendo demitida em 23/11/2016 exercendo a função de
Encarregada de Cozinha, recebendo uma remuneração de R$ 200,00
(duzentos reais) semanais, trabalhando todos os dias da semana das 08:00h
as 21:00h.

02) Vale ressaltar, que a Autora apenas gozava aproximadamente de 30


minutos para almoço e descanso (se o movimento permitisse) e apenas 02
folgas por mês, sem contudo ter sua CTPS assinada. Com efeito nuca houve
pagamento de suas verbas trabalhistas.

03) Importa informar, que ao final de sua rescisão contratual a empregadora


não efetuou o pagamento de R$ 3.000,00 valor referente a salários atrasados.
04) Com efeito em todo período contratual a empregadora nunca procedeu
com os pagamentos do FGTS, Décimo terceiro a que o trabalhador tem direito,
como também o aviso prévio de forma proporcional.

05) Ademais, a Autora nunca recebeu férias em todo o seu período laboral,
como também décimo terceiro salário, portanto tudo deve ser pago na razão de
seu direito ora explorado.

III - DO MÉRITO

03 - DO RECONHECIMENTO DO VINCULO DE EMPREGO E DA


ASSINATURA DA CTPS

06) Como relatado pela Reclamante, a empregadora em todo o seu período


laboral nunca procedeu com a assinatura de sua CTPS, ocorre que essa
situação está em total desconformidade com o ordenamento jurídico brasileiro.

07) Ora Excelência a reclamante laborou por mais de 20 (vinte) anos, e mesmo
assim não houve a assinatura de sua CTPS, mas é cristalino que no caso em
tela há o vinculo empregatício.

08) Pois existem requisitos que configuram o vinculo de emprego a


subordinação, a onerosidade, não eventualidade, e a pessoalidade, todos estes
requisitos estão encravados em Normativo especial que disciplina a matéria e
preenchidos pela Reclamante.

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de


natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante
salário.

09). Diante dos fatos e das provas contidas nos autos, fica evidente que a
Reclamante faz jus ao reconhecimento do vinculo empregatício e a posterior
assinatura de sua CTPS nos termo do artigo 29 da CLT. A saber:

Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente


apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o
qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a
data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo
facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme
instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.

10) Ora Excelência, a assinatura da CTPS do trabalhador, deve ser


considerada uma obrigação de ordem pública, tendo em vista que a carteira de
trabalho é considerada para fins de identificação de forma primordial, como
qualificação do trabalhador e sua identificação pessoal com abrangência
Nacional.

11) Diante dos argumentos trazidos a baila a Autora o reconhecimento do


vinculo de emprego e a posterior assinatura de sua CTPS.

4-DA DIFERENÇA SALARIAL

12) Diante dos fatos colacionados pela Reclamante acima, em todo o seu
período contratual não teve sua CTPS assinada, devo informar que esta é uma
prática que em nada contribui para o desenvolvimento de nosso país, POIS

13) A Constituição Federal garante que o salário mínimo de ser unificado em


todo país de acordo com artigo 5º, inciso IV da CF/88. A saber:

“Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:

IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a


suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”.

14) Tendo em vista que em todo período contratual não houve pagamento de
forma regular do salário da trabalhadora, a mesma requer a diferença dos
últimos 60 (sessenta) meses devendo essa ser paga com todos os acréscimos
e reflexos legais.

05 – DAS HORAS EXTRAS

15) Como relatado acima Excelência, o contrato de trabalho da Reclamante se


deu a partir de 07/09/1992, sendo demitida em 23/11/2016, cuja jornada de
trabalho era de segunda a sábado das 08:00h as 21:00h, perfazendo assim um
total de 13 (treze) horas trabalhadas o que mostra perfeitamente que a jornada
está em desacordo com o que determina a legislação hora vigente.

16) A Carta magna determina que, a duração do trabalho normal não será
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais nos termos do art.
7º, inciso XIII, com mesmo entendimento normativo a Legislação especializada
em seu artigo 58 caput, informa que a duração normal do trabalho, para os
empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas
diárias desde que não seja fixado expressamente outro limite, o que não
ocorria no caso em tela.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho

17) Com efeito a Carta magna em seu artigo 7º, inciso XVI determina que a
remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo em cinquenta por
cento à do normal.

18) Diante do exposto o Reclamante requer o pagamento de 05 (cinco) anos da


hora extra cheia não paga com um adicional de 50%, nos termos do artigo 7º
XVI da Constituição Federal, bem como, reflexos, por se tratar de verba de
natureza salarial (súmula 437, III do TST), em verbas contratuais e rescisórias,
13º salário integrais e proporcional, férias acrescidas de 1/3 integrais e
proporcional e depósito de FGTS.

06) DO AVISO PRÉVIO

19) Ora Excelência, tendo em vista que a trabalhadora exercia suas atividades
desde 1992, resta cristalino que é devido o Aviso Prévio proporcional ao tempo
de serviço do empregado acordo com a Lei 12.506/2011, combinada com a
Súmula 441 do TST. Contudo mesmo tratando-se de uma rescisão indireta o
empregado terá direito ao Aviso Prévio de acordo com o entendimento do
artigo 487, § 4º, da CLT.
Não resta dúvida, que o trabalhador faz jus ao aviso prévio de forma
proporcional.

07 - DO INTERVALO INTRAJORNADA

20) A Jornada de trabalho da Reclamante durante todo o período contratual foi,


de a domingo com duas segundas de folgas das 08:00h as 21:00h sendo que a
mesma não tinha direito ao intervalo intrajornada de 1 (uma) hora para
descanso e alimentação em virtude do grande fluxo de clientes no
estabelecimento comercial, sob o argumento do empregador de que não
poderia deixar os clientes esperando.

21) Nos termos do art. 71, caput, da CLT, o empregado que trabalha mais do
que 6 horas diárias tem direito de usufruir de, no mínimo, 1 (uma) hora de
intervalo intrajornada para descanso e alimentação, o qual não foi respeitado
pela reclamada.

22) Diante do exposto, requer a condenação da Reclamada ao pagamento de


05 (cinco) horas cheias acrescidas do adicional de 50%, durante todo o período
contratual, ou seja, dos últimos cinco anos a partir do ajuizamento da Ação, nos
termos do artigo 7º, XVI da CF/88, § 4º do artigo 71 da CLT e súmula 437, I do
TST, bem como, reflexos, por se tratar de verba de natureza salarial (súmula
437, III do TST), em verbas contratuais e rescisórias, 13º salário integrais e
proporcional, férias acrescidas de 1/3 integrais e proporcional e depósito de
FGTS.

08- DO DSR NÃO GOZADO PELO TRABALHADOR

23) Como relatado pela Autora, em todo o seu período de trabalho, apenas
gozava de folgas duas vezes por semana, sendo as mesmas nas segundas
feiras.

24) Vale ressaltar, que todo trabalhador tem direito de usufruir de no mínimo
uma folga por semana, sendo que pelo menos uma deve ser no domingo.

25) Ademais, o DSR do domingo não deve prejudicar o DSR da semana, pois
toda folga deve ser a cada 06 (seis) dias de trabalho terá um dia de descanso.
Art. 1º a Lei 605/49: “Todo empregado tem direito ao repouso semanal
remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos
domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados
civis e religiosos, de acordo com a tradição local”.

No inciso XV da CF/88: “Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos


domingos”.

Na CLT Art. 67: “Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de


24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência
pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo,
no todo ou em parte”.

Súmula TST Nº 172 – Repouso Remunerado: Computam-se no cálculo do


repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas.

26) Diante do argumentos apresentados pela Autora, fica evidente que a


mesma faz jus aos pagamentos de duas folgas semanais não usufruídas nos
últimos 05 (cinco) anos com juros e seus devidos reflexos, o que passa a
requer o Autor desde já.

09- DO DÉCIMO TERCEIRO NÃO PAGO

27) Como informado nos fatos pela a Autora, em todo o período contratual o
empregador nunca procedeu com os pagamento do décimo terceiro salário,
Conhecida como décimo terceiro salário, a gratificação de Natal foi instituída no
Brasil pela Lei 4.090, de 13/07/1962, e garante que o trabalhador receba o
correspondente a 1/12 (um doze avos) da remuneração por mês trabalhado.
Ou seja, consiste no pagamento de um salário extra ao trabalhador no final de
cada ano, o que nunca foi pago a Reclamante.

28) Diante do exposto a Autora faz jus ao décimo terceiro salário de todo o
período contratual.

10– DO DEPÓSITO DO FGTS

29) É oportuno lembrar que desde dezembro de 1992 os depósitos do FGTS


não eram efetuados, tendo em vista que o empregador não procedeu com a
assinatura da CTPS do empregado.
30) Ocorre que todos os empregadores ficam obrigados a depositar, em conta
bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga
ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as
parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT (comissões, gorjetas,
gratificações, etc.) e a gratificação de Natal a que se refere a Lei 4.090/1962,
com as modificações da Lei 4.749/1965.

31) Por trata-se de um direito pessoal e intransferível garantido


constitucionalmente, o sistema do FGTS prevê que o trabalhador terá direito ao
saque quando algumas condições decorrerem do contrato de trabalho, de
saúde do trabalhador, de aposentadoria entre outras. Em não havendo o
depósito este direito do trabalhador se mostra prejudicado o que é o caso em
riste.

32) Tendo em vista que a empresa desde o início do contrato de trabalho não
recolheu o FGTS, caso um empregado seja demitido sem justa causa, a
empresa estará sujeita a recolher o FGTS de todos os meses, com a devida
correção monetária, além do pagamento da multa (GRF) sobre o total recolhido
normalmente mais o recolhido em atraso.

33) Diante do exposto a Reclamante requer o depósito do FGTS de todo


período contratual mais a multa de 40% com todos os acréscimos legais
lembrando que não há que se falar em prescrição em razão do que dispõe a
Súmula 362 do TST.

11- DAS FÉRIAS SIMPLES PROPORCIONAL E EM DOBRO

34) Como relatado, a Reclamante mesmo tendo trabalhado por mais de 20


(vinte) anos, em momento algum recebeu férias anuais, ocorre que a CLT,
prevê que todo trabalhador deve gozar de trinta dias de férias sempre após
doze meses de trabalho.

35) Ocorre que as férias devem ser concedidas pelo empregador em um só


período a cada 12 (doze) meses, período em que o trabalhado adquire o direito
ao gozo da mesma, nos termos do artigo 134 da CLT, o que nunca foi
concedido a ora Reclamante.
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só
período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver
adquirido o direito.

36) Com o lapso temporal em que a Reclamante trabalhou e os fatos


apresentados, não resta dúvida que a Reclamante não procedeu com os
pagamentos das férias em todo período contratual, tendo a mesma perdido o
prazo de concessão dos últimos 60 (sessenta) meses, devendo pagar as
mesmas em dobro, nos termos do artigo 51, II, da Lei Complementar 123/2006,
sendo as mesmas acrescidas do terço constitucional, nos termos do artigo 7º,
inciso XVII, da Constituição Federal.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal

37) Diante de tudo exposto, a Reclamante faz jus ao recebimento de todas as


férias em dobro, simples e proporcional tudo acrescido do terço constitucional
previsto em Lei.

38) Como bem evidenciado acima pelo trabalhador, a empregadora deixou de


pagar 03 (três) mil reais a titulo de salário ao Autor, de forma que passa a
requerer desde já o valor corrigido.

12 – DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT.

39) Quanto as verbas hora em questão, se verificando que são incontroversas


devem ser pagas no ato da audiência sob pena do acréscimo de 50 % nos
termos do artigo 467 da CLT.

Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia


sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao
trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte
incontroversa dessas verbas, sob pena de paga-las acrescidas de cinquenta
por cento.
40) Diante de todo o exposto e das provas contidas nos autos, fica evidente
que a Reclamante faz jus a Multa do artigo 467 da CLT.

12 – DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT

41) Tendo em vista que o contrato de trabalho foi firmado por prazo
indeterminado e o empregado não deu causa ao rompimento contratual deve
ser assegurado ao Reclamante a Multa do artigo 477 da CLT.

42) Com efeito, o empregador não respeitou o prazo determinado no § 6º do


mesmo dispositivo legal, pois o mesmo determina que o aviso prévio sendo
indenizado o empregador tem um prazo de dez dias para proceder com o
pagamento das verbas rescisórias, o que não ocorreu no caso em tela.

Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para
a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para
cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na
mesma empresa

§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou


recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou

b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da


ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu
cumprimento.

43) Diante de todo o exposto e das provas contidas nos autos e tendo em vista
o preenchimento dos requisitos da legislação hora vigente, fica evidente que a
Reclamante faz jus a respectiva multa.

IV– PEDIDOS EREQUERIMENTOS

Pelo exposto e por tudo mais que certamente será suprido pelo elevado saber
jurídico de Vossa Excelência, requer-se:

a) A concessão do beneficio da gratuidade da justiça nos termos da Lei


1060/50 combinada com o art. 98 do NCPC
b) O reconhecimento do vinculo de emprego nos termos do artigo 3º da CLT,
com assinatura da CTPS

c) O intervalo intrajornada de 1 (uma) hora acrescida de 50%, com todos os


reflexos legais dos últimos cinco ano

d) A diferença salarial dos último cinco anos tendo em vista que recebia apenas
R$ 800,00 por mê

e) O deferimento de 05 (cinco) horas extras acrescidas de 50% e todos os


efeitos legais dos últimos 60 (sessenta) mese

f) O DSR não gozados, pelo trabalhador não pagos nos últimos cinco ano

g) O deferimento do Aviso Prévio proporcional ao tempo de serviço

h) Pagamento do décimo terceiro salário, de todo o período trabalhado

i) O deferimento do depósito do FGTS, mais a multa de 40% e a liberação das


guias para sua liberação

j) A concessão de todas as férias dos últimos cinco anos acrescida do terço


Constitucional

l) O deferimento da multa do artigo 467, e 477, § 8º, da CLT

m) Termo de Rescisão Contratual com a liberação das guias para o saque do


Seguro Desemprego, a não liberação importará em indenização substitutiva;

n) A procedência de todos os pedidos com a condenação da Reclamada ao


pagamento de todas as verbas rescisórias e todos os seus reflexos.

o) A notificação da Reclamada para querendo apresentar defesa em audiência,


o não comparecimento importará em revelia e confissão quanto a matéria de
fato

p) Intenciona-se comprovar o alegado por todos os meios de provas admitidos


em lei, essencialmente documentos e testemunhas e depoimentos pessoai

Apenas para efeito do teto processual, dá-se à causa o valor de R$ 42.000,00


(quarenta e dois mil reais).

Nesses termos, Pede deferimento.


Natal-RN, 17 de junho de 2017.

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