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JOSÉ FARIA, brasileiro, estado civil…, profissão..., inscrita do CPF nº..., portador de
identidade de nº…., residente e domiciliado…., vem, por seu advogado infra firmado,
instrumento de procuração em anexo, o qual deverá receber todos os avisos e
notificações no endereço profissional…., vem à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no artigo 840, parágrafo 1º, da Consolidação da Leis Trabalhistas, propor:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Nos termos do art. 14, parágrafo 1° da Lei 5.585/1970, das Leis 1.060/1950 e 7.115/1983,
bem como do art. 790, parágrafo 3° da CLT, o reclamante declara para os devidos fins e
sob pena da Lei, ser pobre, encontrando-se desempregado e não tendo como arcar com
o pagamento de custas e demais despesas processuais sem o prejuízo de seu sustento,
pelo que requer os benefícios da justiça gratuita.
2. DO CONTRATO DE TRABALHO
3. DA FUNÇÃO E REMUNERAÇÃO
Esclarece a Reclamante que a última função exercida foi a de Engenheira Química,
função esta que vinha exercendo com total dedicação até a data de sua demissão injusta.
4. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
5. DA JORNADA DE TRABALHO
Aduz a Reclamante que na data de sua admissão até o mês de novembro de 2013,
exerceu a função de Engenheira Química, laborando de Segunda a Sábado, 08:00h às
12:00h e 13:00h às 18:00h de segunda a sexta e, aos sábados, das 08:00h às 12:00, com
intervalo intrajornada de cerca de 1 hora, o suficiente para almoçar e voltar ao labor.
Informou que, por ser Engenheira Química, estava subordinada a uma jornada de 6 (seis)
horas diárias e 30h semanais, inclusive de conformidade com a C.C.T da categoria
A Legislação vigente para estas categorias tem sido interpretada que a jornada
desempenhada por estes profissionais pode ser de 06 horas ou superior a 06 horas.
Ou seja: a jornada de trabalho dos engenheiros, químicos, arquitetos e
agrônomos é aquela fixada no contrato de trabalho.
Isto quer dizer, em curta síntese, que horas extras somente devem ser consideradas
aquelas excedentes à oitava diária, respeitando-se, logicamente, o salário mínimo da
categoria.
Por outro lado: quando a jornada for superior a 6 horas diárias, a fixação do salário-base
mínimo será feito, tomando-se por base o custo da hora fixado acrescidas de 25% as
horas excedentes das 6 horas de serviços.
Perceba, que ao contrário do que possa parecer, no contrato com esses profissionais não
está proibido de sobejar a jornada de seis horas. Todavia, em sendo contratado superior
de oito horas deverá remunerar as 06 horas com o salário-base, e as excedentes com
acréscimo de 25%.
No prazo estabelecido no artigo 477, §6º, da CLT, nada foi pago ao Reclamante, pelo que
se impõe o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário revertido em favor
do Reclamante, conforme §8º do mesmo artigo.
Sendo assim, tendo o contrato iniciado no dia 01/09/2013 e terminado no dia 30/11/2013
do mesmo ano, já com o aviso prévio projetado, o Reclamante faz jus às férias
proporcionais de 3/12 acrescidas do terço constitucional.
9. DA INSALUBRIDADE
Aduz a reclamante, que no setor que prestava seus serviços funcionava uma unidade de
produção que gerava ruídos excessivos e que jamais receberam da empresa os
protetores auditivos adequados para a permanência naquele ambiente.
No entanto, apesar de o Reclamante ter ficado exposto a condições nocivas a sua saúde,
o mesmo não percebia o adicional de insalubridade de 40% sobre o salário base.
Neste contexto, impõe-se a reclamada o pagamento de adicional de insalubridade no
percentual de 40% (quarenta por cento) sobre o salário base, conforme art. 189 e
seguintes da CLT c/c à súmula vinculante n°. 4 do STF, referente a todo o pacto laboral,
bem como a sua repercussão prévia, na gratificação natalina, nas férias, no FGTS, no
repouso semanal remunerado e nas horas extras, conforme entendimento
consubstanciado na súmula 139 do TST.
Aduz a reclamante que era perseguida por parte do seu superior hierárquico, Sr. Adelson
Galvão, coordenador, o qual o tratava de forma gravosa chegando até em certos
momentos tratá-la com palavras de baixo calão, tais como, Porra Josefa, presta atenção
no que você faz, pense numa funcionária preguiçosa, dentre outros.
No dia 30 de novembro do ano de 2013 foi demitida de forma gravosa, visto que o
responsável pelo setor o Sr.Adelson Galvão ora citado acima, afirmara diante dos
colegas que a ruptura contratual decorrera de sua incompetência funcional.
Ademais, não resta dúvida que a Justiça do Trabalho é competente para processar e
julgar ação envolvendo pedido de dano moral decorrente de relação de trabalho,
especialmente em face do disposto nos art’.s 5°, inc X e 114, inc. VI, ambos da CF/88 e a
súmula 392 do TST.
Se pela reintegração, assim não entender Vossa Excelência, que seja determinado o
pagamento da indenização correspondente ao período de garantia (180 dias) ,
computando-se o salário, acrescido das comissões e RSR.
O artigo 133 da Constituição Federal, norma cogente, de interesse público, das partes e
jurisdicional, tornou o advogado indispensável à administração da Justiça, revogando o
"JUS POSTULANDI".Sendo necessária a presença do profissional em Juízo, nada mais
justo e coerente do que o deferimento de honorários advocatícios, inclusive ao advogado
particular, por força do princípio da sucumbência (artigos 769 da CLT e 20 do CPC).
DOS PEDIDOS
i) Honorários advocatícios.
Além disso, condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no § 8º, do art. 477
da CLT, e, em não sendo pagas as parcelas incontroversas na primeira audiência, seja
aplicada a multa do art. 467 da CLT, tudo acrescido de correção monetária e juros
moratórios.
Protesta provar o alegado por todos os meios no Direito permitidos, notadamente oitiva de
testemunhas e depoimento pessoal.
Dá-se à causa o valor de R$ 95, 000,00 (noventa e cinco mil reais) para efeitos
fiscais.