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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA...

VARA
DO TRABALHO DE...

... (nome completo em negrito da parte), ... (nacionalidade), ... (estado


civil), ... (profissão), portador do CPF/MF nº ..., com Documento de
Identidade de n° ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP:
..., ... (Município – UF), representado por advogado, mandato anexo, que esta
subscreve, com endereço profissional na Rua Felipe Schmidt n. 303, Sala n.
1.203, Centro, Florianópolis (SC), CEP 88.010-001; onde recebe notificações e
intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a
presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE RESCISÃO INDIRETA

em face da empresa ..., inscrita sob o CNPJ (MF) ..., Com representação no
Município de Santana, situada na Av. Santana, nº 420, área comercial, CEP:
68.925-076;

DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, esclarece o Reclamante, que é pessoa pobre na acepção jurídica


do termo, não estando em condições de demandar, sem o sacrifício do
sustento próprio, motivo pelo qual, pede e espera que a Justiça do Trabalho
lhe conceda os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos das Leis
n.ºs. 5.584/70 e 1.060/50, com a redação que lhe deu a Lei n.º 7.510/86.

DOS FATOS

O Reclamante foi contratado pela empresa ZAMIN AMAPÁ MINERAÇÃO S.


A (ANGLO FERROUS AMAPÁ MINERAÇÃO LTDA), para exercer o cargo
de TÉC. EM SEGURANÇA DO TRABALHO, sendo admitido em 13 de
março de 2013, conforme constante em sua CTPS, sendo promovido a
supervisor em segurança do trabalho em 01/07/2013, considerando
a data de demissão, 06 de maio de 2015, percebendo como maior
remuneração o valor de R$5.921,65 (cinco mil, novecentos e vinte e
um reais e sessenta e cinco centavos), tendo em vista a rescisão
indireta do contrato de trabalho (cód. I1).

O autor tinha como jornada de trabalho de segunda a sexta o horário de


08h00m as 18h00m com uma hora de intervalo para o almoço

DA MAIOR REMUNERAÇÃO PARA FINS DE CÁLCULO DAS VERBAS


RESCISÓRIAS

Excelência, como é cediço, a indenização das verbas rescisórias deve ser


realizada com base na maior remuneração percebida pela Obreira nas
empresas, conforme se depreende das disposições constantes no
art. 477 da CLT:

1. Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo


prazo estipulado para a terminação do respectivo
contrato, e quando não haja ele dado motivo para
cessação das relações de trabalho, o direito de haver do
empregador uma indenização, paga na base da maior
remuneração que tenha percebido na mesma empresa.
(Grifamos)

Excelência, como o Reclamante durante a vigência do pacto laboral percebia


um salário de (R$5.096,00) mais o acréscimo de 7% sobre este valor, mais o
valor do salário in natura correspondente a auxilio alimentação e cesta na
natalina previsto em ACT, ambos no valor de R$: 470,00, ou
seja, totalizando o valor de R$ (5.921,65) com salário mensal.

DA RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante não recebeu o pagamento dos seus salários correspondentes


aos meses de janeiro a abril do ano de 2015, além de outras verbas
trabalhistas devidas, que serão alinhadas posteriormente.

Assim, fica devidamente comprovado que a reclamada não está arcando


com a sua responsabilidade no pacto laboral.

Sobre o contrato de trabalho, como é sabido, faz lei entre as partes e tem
como fundamento o “pacta sunt servanda” , que estabelece que os acordos
devem ser cumpridos.

Acerca do assunto o artigo 483 da CLT, assim prescreve:

Art. 483 – O empregado poderá considerar rescindido o contrato e


pleitear a devida indenização quando:

d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;

§ 3º - Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão


de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações,
permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. (Grifamos)

Desse modo, tem direito o Reclamante à rescisão indireta do seu contrato de


trabalho. Ainda, a lei lhe permite optar por não permanecer no serviço até o
final da decisão do processo.

DOS SALÁRIOS RETIDOS

Excelência, o Reclamante não recebeu o pagamento dos seus salários


correspondente aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril do ano de
2015, além de outras verbas trabalhistas devidas, que serão alinhadas
posteriormente.

Assim, fica devidamente comprovado que a reclamada não está arcando com
a sua responsabilidade no pacto laboral.

Sobre o contrato de trabalho, como é sabido, faz lei entre as partes e tem
como fundamento o “pacta sunt servanda” , que estabelece que os acordos
devem ser cumpridos.

Acerca do assunto o artigo 483 da CLT, assim prescreve:

Art. 483 – O empregado poderá considerar rescindido o contrato e


pleitear a devida indenização quando:

d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;

§ 3º - Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão


de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações,
permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. (Grifamos)

Desse modo, tem direito o Reclamante à rescisão indireta do seu contrato de


trabalho. Ainda, a lei lhe permite optar por não permanecer no serviço até o
final da decisão do processo.

DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Em decorrência da rescisão indireta do contrato de trabalho, faz jus o obreiro


ao pagamento das verbas rescisórias decorrentes do pacto laboral, pelo que
requer conforme elencadas:

a) Saldo de salário;

b) Aviso prévio;

c) 13º salário 2015 proporcional

d) Férias 2014/2015, simples e 2015/2016 proporcionais, bem como o 1/3


constitucional;

Requer também os reflexos sobre as verbas incontroversas, bem como as


multas dos artigos 467, 477 § 8º, ambos da CLT.

DA LIBERAÇÃO DO FGTS + MULTA DE 40%

Em decorrência do pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho pelo


Reclamante, por culpa exclusiva da reclamada, deverá à mesma, tomar todas
as providências necessárias para liberação das guias para saque do FGTS + a
Multa de 40%.
Vale frisar, que a reclamada não estava efetuando os depósitos desde julho
de 2014, requer seja reconhecida a aplicação da multa do art. 477, §
8 da CLT.

Neste sentido, faz jus e requer o Reclamante, a liberação do FGTS com a


Multa Indenizatória de 40%, em valores atualizados, devendo a reclamada
realizar o depósito das diferenças de imediato, sob pena de indenização
substitutiva.

DO SALÁRIO IN NATURA

Recebida o Reclamante o valor de 470,00 (quatrocentos e setenta reais)


mensal, referente ao auxilio alimentação estabelecido no ACT 2014/2015,
cláusula 16ª. (doc. Anexo).

Tal valor não vinha sendo pago pela empresa desde dezembro de 2014, razão
pela qual pleiteia pela condenação da Reclamada ao pagamento do auxílio
alimentação no importe de R$ 470,00 mensais e reflexos, devidos nos meses
de dezembro/2014, Janeiro/2015, Fevereiro/2015, Março/2015,
Abril/2015 e o proporcional maio/2015.

GRATIFICAÇÃO NATALINA DE 2014

O Reclamante recebia um valor de R$470,00 referente à GRATIFICAÇÃO


NATALINA, tento como pendente o ano de2014, razão pela qual pleiteia a
Autora pela condenação da Reclamada ao pagamento da r. Parcela, conforme
demonstrativo de cálculos em anexo.

DA LIBERAÇÃO DAS GUIAS PARA SAQUE DO SEGURO DESEMPREGO

O Reclamado deve tomar as providências necessárias para que seja expedidas


o Reclamante as guias para saque do Seguro Desemprego.

Nesse sentido, faz jus e requer o Reclamante a liberação das guias para saque
do seguro desemprego (Tem direito a 5 parcelas no valor de: R$1.385,91
totalizando: R$ 6.929,55) e/ou indenização substitutiva no importe de
R$6.929,55 (seis mil, novecentos e vinte e nove reais e cinquenta e cinco
centavos).

DA MULTA DO ARTIGO 475-J do CPC

Caso a reclamada seja condenada ao pagamento de quantia certa ou já fixada


em liquidação, não as efetuem no prazo de cinco dias, requer o Reclamante
que o montante da condenação seja acrescido de multa no percentual de dez
por cento, de acordo com o artigo 475-J do CPC, aplicado subsidiariamente ao
Processo do Trabalho.

DA BAIXA NA CTPS DO RECLAMANTE


Finalmente, requer que as reclamadas procedam às anotações necessárias em
virtude do salário atualizado com os 7% estipulado no acordo coletivo em
anexo, bem como, dêem baixa na sua CTPS, assinalando como término do
pacto laboral, o dia 06 de maio de 2015, em razão da rescisão indireta
do pacto laboral, por culpa exclusiva das empregadoras.

FGTS. AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO. RESCISÃO INDIRETA. Por se


tratar de relevante obrigação contratual e legal não cumprida pelo
empregador, a omissão no recolhimento do FGTS configura culpa grave
patronal que enseja a rescisão indireta perseguida pelo obreiro, a teor do
disposto no artigo 483, d, da CLT, não podendo o intérprete criar distinção
quanto ao tipo de descumprimento contratual se assim não procedeu o
legislador (ubilex non distinguit, necinterpresdistingueredebet) ao insculpir a
norma. Recurso provido, no particular.(TRT2ª R. - RO 00995200603602001 -
Ac. 20070386735 - SP - 4ª T. - Rel. Desemb. Ricardo Artur Costa e Trigueiros
- DJ 01.06.2007).

IMPOSTO DE RENDA

São de exclusivo encargo da ré eventuais incidências de imposto de renda


sobre o valor de acordo ou valor apurado em liquidação de sentença
trabalhista, consoante lapidar ementa jurisprudencial a seguir transcrita:

"Havendo incidência de IRPF, a mesma deverá ser suportada pela rda.,


exclusivamente, não sendo cabível a dedução do valor respectivo do crédito
devido ao reclamante, por não pagos os valores nas épocas próprias
(Lei 8.541/92, art. 46; art. 159 do Código Civil; art. 45, parágrafo único,
do Código Tributário Nacional; artigos 517 e 576 do Regulamento do Imposto
de Renda e art. 203 do Código Penal)."

INSS

Quanto ao desconto previdenciário do Reclamante, deve ficar exclusivamente


a cargo da ré, ante o que dita o art. 33, parágrafo 5º, da Lei n. 8.212/91.

DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

O Reclamante faz jus a indenização por danos morais por não receber nos
prazos em lei preceituados e de forma correta, sendo submetida a constante
pressão psicológica em virtude de suas dívidas e da possibilidade do próprio
sustento. A jurisprudência admite assim a reparação do dano moral sofrido,
tal qual, o caso em tela, amparado pela jurisprudência colacionada:

INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. ATRASO SALARIAL REITERADO.


Considerando a natureza alimentar do salário, o qual garante a subsistência
do trabalhador, o atraso reiterado do seu pagamento causa sofrimento e
angústia ao lesado, podendo ainda macular sua honra e imagem, sendo
imperioso o reconhecimento do direito reparatório. O montante deferido deve
ser hábil a reparar o dano sofrido e servir de fator inibidor de novas práticas
lesivas. (TRT-4 - RO: 1152002920085040102 RS 0115200-
29.2008.5.04.0102, Relator: GEORGE ACHUTTI, Data de Julgamento:
07/12/2011, 2ª Vara do Trabalho de Pelotas).

DANO MORAL. ATRASO REITERADO NO PAGAMENTO SALARIAL. O


dano moral resulta de lesão a direito da personalidade, repercutindo na esfera
intelectual do indivíduo. A reparação por dano moral decorrente do contrato
de trabalho pressupõe um ato ilícito ou um erro de conduta do empregador ou
de seu preposto, um dano suportado pelo ofendido e um nexo de causalidade
entre o comportamento antijurídico do primeiro e o prejuízo suportado pelo
último. O atraso reiterado no pagamento de salários configura o
descumprimento do dever do empregador mais relevante ao contrato de
trabalho, implicando, assim, violação dos direitos da personalidade do
empregado, com destaque para o da dignidade da pessoa humana. No caso
dos autos comprovado o reiterado atraso de salários impõe-se o deferimento
da indenização postulada. 2. Recurso ordinário conhecido e provido em
parte. (TRT-10 - RO: 561201300210000 DF 00561-2013-002-10-00-0
RO, Relator: Desembargador Brasilino Santos Ramos, Data de
Julgamento:

11/09/2013, 2ª Turma, Data de Publicação: 20/09/2013 no DEJT).

Por tais razões, faz jus a recorrente ao pedido de indenização por danos
morais.

Destaco que assim já decidiu o C. TST, cujas ementas das decisões seguem
abaixo transcritas:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. DANO


MORAL. ATRASO REITERADO NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS. DANO
"IN RE IPSA". Constatada violação direta de dispositivo de lei federal
(arts. 186 e 927,"caput", do Código Civil), merece ser processado o Recurso
de Revista, nos termos do art. 896, c, da CLT. Agravo de Instrumento provido.
RECURSO DE REVISTA. DANO MORAL. ATRASO REITERADO NO PAGAMENTO
DOS SALÁRIOS. DANO "IN RE IPSA". O atraso reiterado no pagamento dos
salários configura, por si só, o dano moral, porquanto gerador de estado
permanente de apreensão do trabalhador, o que, por óbvio, compromete toda
a sua vida - pela potencialidade de descumprimento de todas as suas
obrigações, sem falar no sustento próprio e da família. Precedentes da Corte.
Recurso de Revista parcialmente conhecido e provido.” (AC. 4.ª T./TST-RR-
3321-25.2010.5.12.0037. Julgamento: 14/11/2012. Ministra
Relatora: Maria de Assis Calsing)

“RECURSO DE REVISTA. ATRASOS SIGNIFICATIVOS E REITERADOS


DE PAGAMENTO DE SALÁRIOS. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. A
principal obrigação do empregador é o pagamento tempestivo dos salários,
parcela que constitui a principal vantagem trabalhista do empregado em face
de seu contrato laborativo (arts. 457 e 458, caput, da CLT). Os salários têm
natureza alimentícia, exatamente por cumprirem papel basilar no tocante ao
cumprimento de necessidades básicas, essenciais mesmo, da pessoa humana
e de sua família, quais sejam alimentação, moradia, educação, saúde, lazer e
proteção à maternidade e à infância. Todas essas necessidades, a propósito,
são consideradas direitos sociais fundamentais da pessoa humana, em
conformidade com a Constituição Federal (art. 6º). A natureza alimentícia dos
salários, registre-se, é até mesmo enfatizada expressamente
pela Constituição da República (art. 100, § 1º). Ora, o atraso reiterado,
significativo, dos salários do empregado constitui infração muito grave,
ensejando repercussões trabalhistas severas (a rescisão indireta, por exemplo:
art. 482, d, da CLT), além de manifestamente agredir o patrimônio moral do
trabalhador, uma vez que, a um só tempo, afronta-lhe diversos direitos sociais
constitucionais fundamentais (art. 6º, CF/88), além de o submeter a inegável
e desmesurada pressão psicológica e emocional. Naturalmente que pequenos
atrasos, isto é, disfunções menos relevantes, embora possam traduzir ilícito
trabalhista, não teriam o condão de provocar a incidência do art. 5º, V e X,
da Constituição, e art. 186 do Código Civil. Porém, sendo significativos e
reiterados esses atrasos, não há dúvida de que incide o dano moral e a
correspondente obrigação reparatória. No caso concreto, o atraso salarial foi
grave, pois, além de reiterado nos últimos meses do pacto laboral, teve
extensa duração, chegando a atingir 20/25 dias. Portanto é evidente a lesão
moral sofrida pelo empregado, que foi privado de valer-se do salário para a
sua subsistência. Nessas circunstâncias, reconhece-se o direito do obreiro ao
recebimento de indenização por danos morais. Recurso de revista conhecido e
parcialmente provido.”(AC. 3ª T./ TST-RR-2684800-83.2009.5.09.0001.
Julgamento: 24/11/2012. Ministro Relator: Mauricio Godinho
Delgado)

"[...] INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL DECORRENTE DA MORA


SALARIAL. CONFIGURAÇÃO. O Tribunal Regional, apesar de indeferir a
indenização por dano moral decorrente da mora salarial, afirmou que o atraso
no pagamento dos salários se estendera por cerca de quinze dias e se dera
reiteradamente, demonstrando, pois, o contumaz descumprimento das
obrigações trabalhistas e a configuração do dano in reipsa. O salário mensal,
diversamente do que sucede com outras prestações remuneratórias, serve ao
cumprimento de obrigações inerentes à rotina do trabalhador, a exemplo de
tarifas pelo uso de água, luz, meios de comunicação, saúde e educação do
empregado e sua família, não se podendo supor, menos ainda exigir, que os
credores do trabalhador se ajustem, resignadamente, à expectativa de que
suas obrigações, em razão de ilicitude cometida pela reclamada, não sejam,
igualmente, cumpridas a tempo e modo. Assim, o atraso reiterado no
pagamento dos salários deve ser visto com cautela, pois gera apreensão e
incerteza ao trabalhador acerca da disponibilidade de sua remuneração,
causando-lhe abalo na esfera íntima suficiente à caracterização de prejuízo ao
seu patrimônio moral, protegido pelo art. 5º, X, da Carta Magna. Recurso de
revista conhecido e parcialmente provido. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SINDICAL. A decisão recorrida está em
consonância com as Súmulas 219 e 329 do TST. Recurso de revista não
conhecido". (Processo: RR - 511200-47.2005.5.12.0022, Data de
Julgamento: 07/12/2010, Relator Ministro: Augusto César Leite de
Carvalho, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 11/03/2011).

PELO QUE REQUER INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NO VALOR


DE R$30.000,00(TRINTA MIL REAIS), REFERENTE AO ATRASO
REITERADO DOS SALÁRIOS.

HONORÁRIOS ADVOCATICIOS SUCUMBENCIAIS

Por força do art. 133 da CF/88, art. 20, § 3º do CPC, dos


arts. 389, 402 e 404do CC, do principio da integral reparação, e considerando
a hierarquia das normas e o disposto no art. 769 e art. 8º, parágrafo
único da CLT, requer o Autor a condenação ao pagamento dos honorários
sucumbenciais no importe de 25%, ou ao critério do MM. Juízo, sobre o valor
deferido ao autor, uma vez que preenchidos os requisitos legais, ainda que
não satisfeita a exigência da Sumula nº 219 do TST, sendo certo que esta não
se sobrepõe a qualquer das normas legais citadas que amparam a pretensão a
honorários, bem como não tem efeito vinculante, eis que também não é
proveniente do STF.

DO PEDIDO

Ante o exposto, requer:

1. Reconhecimento do direito a rescisão indireta do contrato de trabalho pelo


Reclamante, com o seu termo em 06 de maio de 2015, por motivo de culpa
exclusiva das reclamadas, por violação do contrato de trabalho;

2.A concessão dos benefícios da Assistência Judiciária gratuita por ser o


Reclamante pobre na acepção jurídica do termo, não tendo condições de
dispor de qualquer importância, para recolher custas e despesas processuais,
honorários de Advogados, peritos e demais gastos;

3. Notificação dareclamadapara sua defesa se assim quiser, sob pena de


revelia e confissão no que tange as matérias de fato;

4. Recolhimento das contribuições previdenciárias, sem qualquer desconto ao


reclamante;

5. Recolhimento do Imposto de Renda, a cargo exclusivo da ré, observada a


retenção que acaso couber, mês a mês, com as deduções e isenções legais;

6. Projeção do Aviso Prévio Proporcional por Ano de Serviço Indenizado, ao


tempo de serviço, para fins de cálculo das verbas rescisórias, prorrogando a
data da RESCISÃO DO PACTO LABORAL PARA 06 de maio DE 2015;

7. Seja utilizada a maior remuneração do Reclamante percebida nas


empresas, a quantia de (R$5.921,65), para fins de realização dos cálculos
das verbas rescisórias, conforme fundamentação constante nesta exordial;
8. Tudo a apurar em liquidação de sentença, com correção monetária e juros
legais;

9. Condenação da reclamada ao pagamento das parcelas abaixo


mencionadas, feitas pelo sistema JURISCALC:

(do 1 ao 71 equivale a tabela do programa juriscalc)

1. Relatório Resumo - Ultima Atualização

2. JurisCalc - Quem conhece, usa.

3. Processo 0000010-51.2015.5.08.0008

4. SALÁRIOS RETIDOS (JANEIRO À ABRIL 2015)

5. 23.686,60

6. FGTS SOBRE SALÁRIO RETIDO

7. 1.894,92

8. MULTA ART. 467 DA CLT - SALÁRIO RETIDO

9. 11.843,28

10.MULTA ART. 477 DA CLT - ATRASO NA RESCISÃO

11.5.921,65

12.SALDO DE SALÁRIO

13.1.184,33

14.MULTA ART. 467 DA CLT - SALDO DE SALÁRIO

15.592,16

16.FGTS SOBRE SALDO DE SALÁRIO

17.94,75

18.AVISO PRÉVIO

19.7.105,98

20.FGTS SOBRE AVISO PRÉVIO

21.568,48

22.MULTA ART. 467 DA CLT - AVISO PRÉVIO


23.3.552,99

24.13º SALÁRIO

25.2.467,35

26.FGTS SOBRE 13º SALÁRIO

27.197,39

28.MULTA ART. 467 DA CLT - 13º SALÁRIO

29.1.233,68

30.FÉRIAS + 1/3

31.9.869,41

32.FGTS SOBRE FÉRIAS + 1/3

33.789,55

34.MULTA ART. 467 DA CLT - FÉRIAS + 1/3

35.4.934,70

36.FGTS

37.10.973,65

38.MULTA ART. 467 DA CLT – FGTS

39.5.486,78

40.GRATIFICAÇÃO NATALINA

41.470,00

42.SALÁRIO IN NATURA

43.2.365,66

44.INDENIZACÃO POR DANO MORAL

45.30.000,00

46.SEGURO DESEMPREGO

47.6.929,55

48.MULTA SOBRE FGTS


49.5.807,50

50.Principal Corrigido 117.644,12 Bruto devido ao Reclamante


137.970,36

51.FGTS (8%) + Reflexos - Pago 14.518,74 Depósito FGTS + Juros


de Mora 0,00

52.Multa FGTS + Reflexos 40,00 5.807,50 Honorários devidos a


terceiros 0,00

53.Juros de Mora sobre FGTS 0,00 IRRF do Reclamante 6.691,88

54.Bruto devido ao Reclamante (1) 137.970,36 Líquido


devido ao Reclamante (5) 131.278,48

55.INSS Segurado 0,00

56.INSS devido pelo Reclamado 6.287,81 INSS Empresa 23,00


6.287,81

57.Contribuição Social (Multa FGTS 10%) 0,00

58.Contribuição Social 0,5% 0,00

59.Outros débitos (3) 6.287,81 Total devido ao INSS


6.287,81

60.Total Parcial 144.258,17

61.Custas de Conhecimento 2.885,16 Base de cálculo IRRF 27.338,28

62.Custas de Liquidação 638,46 IRRF do Reclamante 6.691,88

63.Custas pelo Reclamado (4) 3.523,62

64.TOTAL DEVIDO PELO RECLAMADO (1+2+3+4) 147.781,79

65.Emitido em 06/05/2015

66.Valores atualizados até 06/05/2015

67.Cálculo de acordo com a Lei Número 8.177/91, índice de 05/2015

68.Percentual de Parcelas Remuneratórias: 19,81 %

69.Percentual de Parcelas Tributáveis: 19,81 %

70.Relatório Resumo - Ultima At

71.Relatório Resumo - Ultima Atualização em 22/OUT/2013 -


Formatado para papel A4
10. Caso a Reclamada seja condenada ao pagamento de qualquer quantia já
fixada em liquidação e, não o efetue no prazo de 5 dias, que seja acrescido o
montante da condenação em 10 % (dez por cento) nos termos do artigo 475-
Jdo Código de Processo Civil, aplicável subsidiariamente ao Processo do
Trabalho;

11. Liberação das guias para saque do seguro desemprego e/ou indenização
substitutiva;

12. Que a reclamada dê baixa na sua CTPS, assinalando como término do


pacto laboral, o dia 06 de maio de 2015, em razão da rescisão indireta
do pacto laboral, por culpa exclusiva das empregadoras.;

13. Expedição de ofícios a Caixa Econômica Federal, a Secretaria da Receita


Federal e ao Instituto Nacional do Seguro Social;

14.Expedição de ofício ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para


conhecimento do feito e, para medidas julgadas cabíveis, haja vista que, por
se tratar de direitos trabalhistas, regidos pela CLT, cabe a este Órgão fiscalizar
o cumprimento da legislação, bem como dirimir dúvidas suscitadas por
quaisquer das partes envolvidas, ainda, lavratura de auto (s) de infração e
conseqüente imposição de multa (s) administrativa (s), caso seja necessário;

15.Encaminhamento de ofícios ao Ministério Público Estadual ou Federal e


Ministério Público do Trabalho, para as devidas providências legais cabíveis,
caso sejam constatados indícios de infração penal;

16. Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito


permitidos, especialmente pelos depoimentos doReclamante e reclamadas,
inquirição de testemunhas, juntada de documentos, exame pericial, exibição
de documentos, se necessário for, desde logo requerido;

17. Requer, finalmente, A PROCEDÊNCIA INTEGRAL DA


RECLAMATÓRIA TRABALHISTA, condenando a reclamada ao pagamento
integral do pedido.

Dá-se à causa, o valor de R$147.781,79 (cento e quarenta e sete mil,


setecentos e oitenta e um reais e setenta e nove centavos).

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano).


ADVOGADO
OAB n° .... – UF

Atenção

Dentre as principais mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista,


importante destacar sobre a necessária liquidação prévia dos valores
pleiteados, considerando a alteração do Art. 840 da CLT, passando a adotar a
seguinte redação:

§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a


designação do juízo, a qualificação das partes, a breve
exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido,
que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu
valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu
representante.

§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em


duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário,
observado, no que couber, o disposto no § 1o deste
artigo.

Com isso, tem-se a necessidade de se apresentar os valores


discriminados das verbas pleiteadas e todos os seus reflexos, sob pena de
extinção do processo, conforme redação do referido artigo 840 em seu § 3º:

§ 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o


deste artigo serão julgados extintos sem resolução do
mérito.

A importância de uma discriminação minuciosa dos valores pleiteados


ganha especial relevância, uma vez que estes valores serão tomados por base
para o pagamento das verbas de sucumbência, outra novidade trazida pela
reforma trabalhista.

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