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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
II DO MÉRITO
De pronto, convém que nos atentemos ao disposto nos Arts. 818, II, da CLT e 373,
II, do CPC, que tipifica que o ônus de se comprovar a falta grave praticada pelo
empregado pertence a empresa, além de que inexistem as causas para rescisão
de contrato mediante justa causa, tipificadas no art.482 da CLT.
Consequentemente, deve ser postulado o pagamento das verbas resilitórias
típicas localizadas no art.467 da CLT: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias
proporcionais acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização
de 40% sobre o FGTS.
2.2 DO EXCESSO DE JORNADA
Conforme demonstrado pelos contracheques apresentados pelo reclamante, o
mesmo realizava uma jornada de trabalho de 11hr40 de duração (incluindo neste
ínterim as duas horas de transporte e excluindo os 20 minutos de almoço
fornecidos pela reclamada).
Tal situação vai totalmente de encontro com o estipulado pelo art. 58 da CLT e no
Art. 7º, inciso XIII, da CRFB/88, ambos trazendo que a duração normal do trabalho
não deverá exceder as 8 horas diárias, salvo expresso outro limite, que não fora
convencionado entre as partes do caso em questão.
De modo que se requer o pagamento de horas extras, com adicional de 50% pelo
excesso de jornada, das 20.00 às 5.00 h;
Em seu artigo 7°, inciso IX a CF/88 estabelece que o trabalho noturno é aquele
realizado entre as 22:00hrs de um dia até as 05hrs do dia seguinte. Como fora
demonstrado pelo reclamante, o mesmo trabalhava das 20hrs até as 05hrs, de
modo que, a partir das 22h horas, temos a tipificação do art.73 da CLT, que
garante a remuneração superior do trabalho noturno, sendo acrescida de 20%.
Tais previsões legais buscam a melhoria da condição social do empregado, haja
visto se encontrar este em posição de maior vulnerabilidade frente ao empregador.
III - PEDIDOS
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e Data
Advogado (a)
OAB nº ...