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Teoria Geral do
Processo
Sumá rio
1 – Tema 8 – Processo Civil/Penal Constitucional.......................................................................3
1.1 – Acesso a Justiça – Art. 5º, XXXV.................................................................................3
1.1.1 – Art. 5º, XXXV.............................................................................................................3
1.2 – Justiça Gratuita – Art. 5º, LXXIV.......................................................................................3
1.2.1 – Art. 5º, LXXIV............................................................................................................3
1.3 – Celeridade – Art. 5º, LXXVIII............................................................................................3
1.3.1 – Art. 5º, LXXVIII..........................................................................................................4
1.4 – Contraditório – Art. 5º, LV...............................................................................................4
1.4.1 – Art. 5º, LV.................................................................................................................4
1.5 – Juiz Imparcial – Art. 5º, XXXVII.........................................................................................4
1.5.1 – Art. 5º, XXXVII...........................................................................................................4
1.6 – Princípio do Juiz Natural – Art. 5º, LIII e XXXVIII..............................................................4
1.6.1 – Art. 5º LIII e XXXVII....................................................................................................5
1.7 – Proibição da Prova Ilícita – Art. 5º, LVI............................................................................5
1.7.1 – Art. 5º, LVI................................................................................................................6
1.8 – Motivação das Decisões – Art. 93, IX...............................................................................6
1.8.1 – Art. 93, IX..................................................................................................................6
1.9 – Possibilidade de Recurso – Art. 92 e Seguintes...............................................................6
1.9.1 – Art. 92 e seguintes....................................................................................................6
1.10 – Publicidade – Art. 93, IX e Art. 5º, LX.............................................................................6
1.10.1 – Art. 5º, LX e Art. 93, IX. CF......................................................................................7
1.11 – Presunção de Inocência – Art. 5º, LVII...........................................................................7
1.11.1 – Art. 5º, LVII.............................................................................................................7
1.12 – Devido Processo Legal – Art. 5º, LIV..............................................................................7
1.12.1 – Art. 5º, LIV..............................................................................................................7
1.13 – Princípio da Instrumentalidade do Processo – Art. 8º e 277 CPC..................................7
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Matheus Mattioli Moro – Teoria Geral do Processo – 1º Ano
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Matheus Mattioli Moro – Teoria Geral do Processo – 1º Ano
Assim, quem busca a defesa de seus direitos (ameaça ou lesão) espera que o Estado-juiz dite o
direito para aquela situação, em substituição da força de cada litigante, pacificando os
conflitos e facilitando a convivência social.
Essa efetividade somente se daria num contexto em que as partes possuíssem “completa
‘igualdade de armas’ – a garantia de que a conclusão final dependa apenas dos méritos
jurídicos relativos das partes antagônicas, sem relação com diferenças que sejam estranhas ao
Direito e que, no entanto, afetam a afirmação e reivindicação do direito”.
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direto.
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos.
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Velar pela celeridade processual é dever das partes, dos auxiliares da justiça, do juiz, dos
advogados e terceiros interessados, conjuntamente com uma legislação processual não
contida de formalismos e burocratização, mas de manejos simplistas, que alcancem a
efetividade para a qual foram formulados.
Para que seja feita justiça o juiz deve ser absolutamente imparcial. Quando o juiz é parcial, a
parte pode ingressar com exceção de suspeição.
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LIII – “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”.
XXXVII – “não haverá juízo ou tribunal de exceção”.
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A (i)legalidade da obtenção das provas não pode preponderar sobre determinadas garantias e
direitos individuais, como o direito à ampla defesa. Não se pode utilizar a vedação das provas
ilícitas, que é um direito do réu, contra o próprio acusado.
Também, é o princípio segundo o qual as decisões judiciais podem conter erros, e sua revisão
por uma instancia superior colegiada diminuiu as chances de erros judiciários, garantindo, aos
cidadãos, uma justiça mais próxima do ideal.
A regra é que a publicidade seja ampla, porém, ela comporta exceções. Ela será restrita nos
casos em que a defesa da intimidade e o interesse social exigirem. Neste caso, a publicidade se
dará somente em relação às partes e seus procuradores ou somente em relação a estes.
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Considerado o mais importante dos princípios constitucionais, é deste que derivam todos os
demais.
A coisa mais importante, no entanto, é a citação em si, se não o indivíduo não saberá que tem
um processo contra ele.
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2 – Tema 10 – Jurisdição/Judicialização
2.1 – Jurisdiçã o
É o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de
solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei.
No sentido coloquial, jurisdição é a área territorial (município, estado, região ou país) sobre o
qual este poder é exercido por determinada autoridade ou Juízo.
A jurisdição compete geralmente apenas aos órgãos do Poder Judiciário, porém já é aceita a
noção de que outros órgãos também exerçam a função, desde que exista autorização
constitucional.
2.1.1 – Características
2.1.1.1 – Lide
Trata-se do conflito de interesse. Uma das partes tem uma pretensão, ou seja, um desejo, que
é resistido por outra parte, nascendo um conflito de interesse.
2.1.1.2 – Inércia
A jurisdição deve ser provocada pelas partes para que ela se manifeste, ou seja, não se move
por si só, de ofício.
2.1.1.3 – Definitividade
As decisões que surgem em decorrência do poder jurisdicional, tem uma capacidade tornarem
imutáveis, o que é chama de coisa julgada.
Tal fato, ocorre somente após o transcurso de toda fase recursal respeitando o princípio do
duplo grau de jurisdição.
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2.1.3.2 – Investidura
O Estado exerce a jurisdição por seus órgãos constitucionalmente definidos e essa função
jurisdicional é exercida por agentes políticos que preencham rigorosos critérios legais
(aprovação em concurso de provas e títulos, três anos de prática jurídica, formação em direito;
ou nomeados pelo chefe do Poder Executivo para ingresso no quinto ano constitucional ou em
tribunais superiores).
2.1.3.3 – Territorialidade
O juiz exerce a jurisdição dentro de um limite espacial sujeito à soberania do Estado. Além
desse limite ao território do Estado, sendo numerosos os juízes de um Estado, normalmente o
exercício da jurisdição que lhes compete é delimitado à parcela do território, conforme a
organização judiciaria da justiça em que atua.
2.1.3.4 – Indelegabilidade
Cada poder da República tem as atribuições e o conteúdo fixados constitucionalmente,
vedando-se aos membros de tais Poderes por deliberação, ou mesmo mediante lei, alterar o
conteúdo de suas funções.
2.1.3.5 – Inevitabilidade
Traduz-se na imposição da autoridade estatal por si mesma por meio da decisão judicial.
Quando provocado o exercício jurisdicional, as partes sujeitam-se a ela mesmo contra sua
vontade, sendo vedado à autoridade pronunciar o non liquet em seu oficio jurisdicional.
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Matheus Mattioli Moro – Teoria Geral do Processo – 1º Ano
2.1.3.6 – Inafastabilidade
Dispõe no art. 5º, XXXV que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito”. Desta forma, a Lei Maior garante o acesso ao Poder Judiciário a todos
aqueles que tiverem seu direito violado ou ameaçado, não sendo possível o Estado-Juiz eximir-
se de prover a tutela jurisdicional àquelas que o procurem para pedir uma solução baseada em
uma pretensão amparada pelo direito.
2.1.3.8 – Indeclinabilidade
Segundo o qual a todos é possibilitado o acesso ao Judiciário em busca da solução de suas
situações litigiosas e conflitos de interesse em geral, bem assim para a administração de
interesses privados pela jurisdição voluntária.
2.2 – Judicializaçã o
É um fenômeno mundial por meio do qual importantes questões políticas, sociais e morais são
resolvidas pelo Poder Judiciário ao invés de serem solucionadas pelo poder competente, seja
este o Executivo ou o Legislativo.
2.3.1 – Autotutela
Em regra, é proibida, porque nos remete ao tempo da barbárie, já que um dos conflitantes
impõe a solução do conflito ao outro. Excepcionalmente, é permitida como, por exemplo, na
legítima defesa, no desforço incontinenti nas ações possessórias etc.
2.3.2.1 – Transaçã o
Forma mais tradicional, na qual a solução é dada pelas partes, sendo que cada uma delas faz
concessões recíprocas.
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Matheus Mattioli Moro – Teoria Geral do Processo – 1º Ano
2.3.3 – Mediaçã o
Há intervenção de um terceiro que se põe no conflito para auxiliar as partes a chegarem à auto
composição. Ressalte-se que o mediador não decide, apenas estimula a auto composição.
2.3.4 – Arbitragem
É o equivalente jurisdicional mais polêmico no que tange à sua natureza. No direito brasileiro,
a decisão arbitral, em regra, não pode ser discutida no Poder Judiciário, nem precisa de
homologação para ser exigida.
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