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Direito Empresarial

Thiago Camargo Comelli

 Código de Hamurabi: Paradigma que revolucionou o sistema legal


no que tange os negócios;
 Grande força da religião nos antigos meios negociais;
 “olho por olho, dente por dente” (antiga noção de justiça estabelecida
pelo Código de Hamurabi. Embora para o atual padrão de direito seja
extremista e antijurídico, vale destacar a importância na época que foi
desenvolvido, sendo umas das primeiras legislações que temos
conhecimento.
 Uma das primeiras visando proteger o direito do antigo cidadão de
possíveis injustiças, garantindo tal vingança;
 O Direito é pacificador, visando o bem-estar geral e garantia dos
direitos do indivíduo;
 Normas negociais foram desenvolvidas, com o escambo. Do escambo,
foi desenvolvido o meio monetário (que trazia maior garantia/igualdade).

 Evolução do Direito Comercial: Grécia e Roma, com os


contratos comerciais e as primeiras bases do sistema do bancário que
temos hoje;
 Na Roma antiga, temos a proibição da prática de usura (proibido ganhar
dinheiro em cima da moeda). Muito do direito civil moderno fora
embasado na Roma antiga;
 A navegação possibilitou uma grande abrangência no comércio, indo até
mares distantes, adquirindo mercadorias do Oriente e alimentando a
economia local romana;
 Muitos costumes e leis orientais foram aplicadas no Ocidente, embora o
Oriente não seja tão bem documentado quanto o mesmo;
 A necessidade faz com que regras sejam desenvolvidas. A escassez
é procedida por novas regras, visando garantir direitos.

 Idade Média: Novas fronteiras foram alcançadas graças ao comércio


marítimo, gerando assim as primeiras codificações de comércio;
 Processo de falência se estruturou, e as primeiras sociedades
comerciais foram criadas. Vale ressaltar que a Igreja condenava tais
atividades, fazendo assim que os comerciantes se juntassem e fizessem
seus investimentos em segredo;
 O governo nada faz por si próprio, tendo a necessidade de tributos,
economia e outros para gerir a si mesmo;
 Relação governo X empresas, gerando uma ponderação tributária (que
não deveria taxar muito, nem pouco, buscando uma justa medida);
 Primeiro vem a sociedade, depois o Direito que legisla sobre a mesma
desenvolvendo regras para limitar e garantir os direitos do indivíduo
inserido na sociedade;

 França e Inglaterra: Grandes industrias surgem, fabricando


produtos em série;
 Desenvolvem-se então as cooperações de ofício;
 A Revolução Francesa abre as portas para o liberalismo econômico,
tendo assim papel vital para a criação do Capitalismo;
 Nascem as oficinas, responsáveis pelo desenvolvimento de navios,
materiais de construção, armas e outros. Nascem as marcas e
patentes.
 As patentes trazem segurança científica para a tecnologia inventada.

 Necessidade/escassez: Fazem com que novas leis econômicas sejam


desenvolvidas. Fraternidades, negociando livremente com qualquer um
sobre qualquer coisa, contanto que esteja dentro da legalidade (a igreja
não mais possui força de proibir tais formas negociais);
 Igualdade de concorrências e direitos;

 Brasil: Código Comercial de 1850, novo Código Civil de 2002,


provendo uma nova estrutura para o direito comercial;
 Livro do Direito da Empresa, que fora reunido com o Código Civil por
Miguel Reale. Vale ressaltar que Renan Calheiros entrou com um
projeto de lei visando separar o Direito da Empresa do CC (projeto de lei
do senado n°487, 2013);

 Sistema Capitalista: Tem como característica inerente uma força


dominante de processo de destruição criativa, que se fundamenta no
princípio que reside no desenvolvimento de novos produtos, métodos de
produção e mercados;
 Basicamente, destruir o velho para se criar o novo. O capitalismo então
se recria a todo momento;
 Surgem então as linhas de produção (que necessitam de gestão por
parte de executivos) e a retirada do estoque (Toyota, queima de estoque
de carros).

 2°Bimestre

 Empresário visa lucro, enquanto o profissional intelectual não vê lucro;


 O profissional intelectual visa rendimentos apenas no que diz respeito a
sua própria manutenção (dinheiro volta para a própria fundação,
buscando assim gestão e manutenção da mesma);
 Profissionais liberais podem acabar ganhando mais que um empresário;
 Empresário independe do objeto (o foco de seus riscos de ações e
investimentos recaem sempre sobre o lucro);
 Pela letra de lei, nem todo mundo (empresário e profissional intelectual
em geral) visa lucro pessoal;
 Lucro é o resultado econômico do empresário (o empresário realiza
captação pessoal de lucros);
 Se configura como empresário quando existir o estabelecimento
empresarial, empresário e a realização de uma atividade econômica
organizada;
 Art.966 CC (caput) – Conceitua empresário;
 Art.966 CC (Parágrafo Único) – Conceitua o profissional intelectual;

 Empresário Coletivo – Será considerada uma sociedade, com mais de


um sócio atuando no ato formal da empresa;
 Estabelecimento Empresarial – É o conjunto de bens reunidos pelo
empresário para exploração de sua atividade econômica;
 Passa por uma organização anterior;
 Possui um conjunto de bens que o compõem (software, marcas,
patentes), produtos estes que visam aferir lucro;
 Contrato que estabelece que deve ser vendido aquilo que foi fechado
anteriormente por contrato (no caso de uma concessionária, podemos
exemplificar com o fato de uma fornecedora X fechar uma quantidade Y
de carros fornecidos para a concessionária, que deverá vender até o
prazo Z)
 Bens Corpóreos – Possuem corpo, são tangíveis (mesa, CPU, cadeira,
porta);
 Bens Incorpóreos – Não possuem corpo, não sendo tangíveis
(encontram-se em abstrato, necessitando assim de contratos/registros
para terem o devido valor). Como exemplo, podemos citar patentes,
marcas, etc.

 Personificação da Sociedade Empresária – A personalidade jurídica


da empresa não se confunde com a dos sócios;
 São pessoas distintas, independentes;
 Sociedade capaz de direitos e obrigações, passando a ter existência
distinta de seus membros;
 Separa os bens para que uma demanda empresarial não acabe
recaindo sobre patrimônio dos sócios;
 Sem comunicação entre a pessoa física e a pessoa jurídica;
 Trata-se de uma forma de proteger o patrimônio dos sócios (pessoa
física dos mesmos);
 Empresa responderá por si, com seu patrimônio próprio;
 Cada um com sua devida contabilidade;
 Lucro: advém da relação entre a demanda e despesa de um exercício
societário;

 3° Bimestre:

 Sociedade Limitada (art.1052 e 1087 do CC);


 Surge na Alemanha em 1982, atendendo aos interesses de pequenos e
médios empreendedores;
 Integraliza o patrimônio;
 Não se fala sobre ações (que se aplica às grandes empresas) mas sim
quotas;
 Sapateiros, alfaiates no começo para então chegar ao comércio;
 Comerciante foi o mediador no processo, industrializa para então
vender;
 No Brasil, surge em 1019 e aí então no novo CC, tornando-se mais
conceitualizada (Lei n° 10.406);
 Pessoa responde por aquilo que integralizou, porém todos
respondem solidariamente para complementar o pagamento do
capital social da sociedade;
 Responsabilidade restrita ao valor de suas devidas quotas sociais;
 2 ou mais pessoas, sendo somente bens jurídicos afetados (salvo
casos de fraudes de sócios, tendo assim a desconsideração da pessoa
jurídica);
 180 dias com apenas um sócio. A lei oferece este prazo em razão de
falência de algum dos sócios ou saída, tendo o prazo de 180 dias para
substituição do mesmo ou, caso estourado o prazo, a
transformação da empresa para EIRELE (empresário individual);
 Limita patrimônio e capital social (Sociedade Limitada);
 Nome Empresarial – Denominação social deve designar o propósito da
sociedade, sendo possível figurar o nome de um ou mais sócios;
 Ex: Ferreira e Silva Confecções Ltda (firma social);
 Rio Verde Confecções (Denominação);
 Usa uma ou outra, não podendo utilizar as 2
nomenclaturas;
 Nome Empresarial – Junta (âmbito estatal);
 Marca – INPI (âmbito federal);
 Internet – Gestor de Internet (União Federal);

 Capital Social:
 Vedada a contribuição de sócios por meio de prestação de
serviços. Durante 5 anos, TODOS os sócios respondem entre si pelo
total de bens do capital social;
 A redução de capital para a restituição aos sócios está sujeita a prazo
de 90 dias para oposição de credores, ficando o sócio livre para
ceder sua quota para outros;

 Administração:
 É permitido que a empresa seja administrada por não sócios,
DESDE QUE estabelecido no contrato social, sendo que para efeitos de
validade perante terceiros, a renúncia do administrador somente será
reconhecida após registro e publicação;
 LTDA: Administrador pode OU não ser sócio (gestores e/ou gerentes),
sendo mais complexa que a Sociedade Simples;
 Tais sócios auxiliam no escoamento da mercadoria;
 Não sócios, executivos (executa atos);
 Registro na Junta Comercial e noticiado em jornal;

 Órgãos de Decisão:
 Caso o número de sócios seja superior a dez (OU exista previsão no
contrato social) é obrigatória a assembleia de sócios (art.1072, §1° do
CC);
 Microempresas e pequenas empresas com menos de 10 sócios que não
desejarem a assembleia devem explicitar no contrato social. Quanto
ao conselho fiscal, sua existência é facultativa;
 Assembleia – reunião, com pautas e assuntos relacionados quanto a
direção para aí então EXECUTAR;

 Publicações:
 Passa a ser obrigatória de anúncio de convocações para as
assembleias de sócios, quando necessárias (as assembleias);
 Outros atos, tais como renúncia do administrador, redução do capital
social, dissolução, fusão, cisão e incorporação da sociedade, deverão
ser publicadas em jornais;
 Podem existir sócios como pessoas físicas e sócios representado
pessoas jurídicas (empresa dona de empresa);

 Norma Supletiva:
 Omissão das normas aplicáveis especificamente às limitadas, CC,2002,
art.1053 do CC/02;
 Também é previsto como diploma legal supletivo para as sociedades
limitadas a lei da S/A. Para isso, é necessário que o contrato social
contemple cláusula expressa nesse sentido;
 Normas supletivas (adequadas ao empresário) dependem da
necessidade da pessoa jurídica;
 Sociedade Limitada dá liberdade para utilizar as normas supletivas;
 Tem como regra geral a Sociedade Simples como norma supletiva;
 Contrato da Sociedade Limitada deve ser expresso;
 Sociedade Limitada (exemplo de cláusulas obrigatórias) – Nome,
Foro e Prazo de Duração;

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