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b) Informalismo
As operações em massa, transações eletrônicas e globalizadas não admitem que o sistema tenha
formalismos e exigências excessivas, devendo acompanhar a dinâmica do mercado e da própria
autonomia.
c) Fragmentarismo
O direito empresarial é um complexo de leis, estando estas presentes no código civil, bem como
esparsas pelo ordenamento, acrescidas das convenções internacionais sobre diversos temas
mercantis.
d) Onerosidade
As relações empresariais não são gratuitas. O comércio, hoje liderado pela noção de empresa,
está voltado para a obtenção de lucro. As atividades empresariais devem ser, ao menos em tese,
lucrativas para aqueles que as desenvolvem.
Fontes do direito empresarial
Diretas, primárias ou imediatas: cheque, duplicata, franquia, nota promissória, lei,
registro de empresas...
Indiretas, segundarias ou mediatas: analogias, costumes e princípios gerais do direito
que servem para complementar o sistema normativo mercantil, cabe acrescentar que a
prova dos costumes comerciais faz-se através da certidão de registro na junta comercial.
Conceito de empresário
É o profissional que exerce atividade econômica organizada para produção ou circulação de
bens e serviços, através de produção ou distribuição.
Atributos do empresário
1) Profissionalismo: devem ser obedecidas as seguintes considerações:
A- habitualidade: não há caráter esporádico. Há uma rotina estabelecida de acordo
com a atividade exercida.
B- pessoalidade: o empresário, no exercício da atividade empresarial, deve contratar
empregados, os quais produzirão ou farão circular bens ou serviços.
C- monopólio das informações: são de inteiro conhecimento do empresário as
informações sobre os bens ou serviços que oferece ao mercado, bem como de informar
amplamente os consumidores e usuários.
2) Atividade
Empresa é uma atividade de produção de circulação de bens e serviços. É bom que se
ressalte que no Princípio de Preservação da Empresa, construído pelo moderno direito
Empresarial, valor básico prestigiado é o da conservação da atividade face aos
interesses que transcendem o dono do negócio ou da sociedade.
3) Econômica
Busca gerar lucro para quem a explora, podendo este ser o objetivo da produção a
circulação de bens ou serviços ou instrumento para alcançar outras finalidades. Ex: A
finalidade do empresário é ter lucro: Inauguração de loja de roupas de inverno no
shopping → modificações na cláusula para vender roupar de verão também;
McDonalds vendendo comida saudável também.
4) Organizada
Nela se encontram articulados pelo empresário os 4 fatores de produção: capital, mão
de obra, insumos (investimentos e estruturas) e tecnologia; havendo ausência de um
desses fatores, não há empresário.
7) Bens ou serviços
Bens são corpóreos, enquanto serviços não tem materialidade. A prestação de serviços
consiste numa obrigação de fazer. Cabe acrescentar que o comércio eletrônico, nas suas
várias manifestações, é atividade empresarial.
PREPOSTOS DO EMPRESÁRIO
Obs².: Está o preposto proibido de concorrer com o seu preponente. Quando o faz sem
autorização expressa responde por perda e danos. O empresário prejudicado tem
também direito de retenção até o limite dos lucros da operação econômica irregular de
seu preposto sobre os créditos deste. Ex.: desvio de clientela – o prejudicado tem
direito a receber danos emergentes e lucros cessantes.
Aula 4 – 20/08/18
Tipos de preposto
1) Gerente
é o funcionário com funções de chefia encarregado, possuindo poderes que podem ser
limitados por ato escrito do empresário. Para produzir efeitos perante terceiros, deve
estar registrado/arquivado na junta comercial ou comprovadamente informado aos
terceiros (ciência por escrito - AR, notificação...). Não havendo limitação expressa, o
agente responsabiliza o preponente em todos os seus atos e pode inclusive atuar juízo
pelas obrigações decorrentes do exercício de sua função.
Obs.: O gerente tem certas limitações também, pois há coisas que só competem ao
dono. Se não há limitação entre gerente e dono, o gerente pode assumir o lugar do
dono em juízo.
2) Contabilista
É o responsável pela escrituração dos livros do empresário. Só nas grandes empresas
costuma ser empregado; nas demais, normalmente, é prestador de serviços.
Obs¹.: a função do gerente é facultativa, enquanto a do contabilista é obrigatória,
salvo se não houver nenhuma localidade.
Obs².: qualquer pessoa pode trabalhar como gerente, mas apenas os regularmente
inscritos no órgão profissional podem trabalhar como contabilista.
Nome Empresarial
Natureza e espécies
É aquele com o qual se apresenta o empresário, seja pessoa física ou jurídica, nas
relações de fundo econômico (onerosidade). Ex.: Unit – Sociedade de Educação Tiradentes
Ltda.; Vale – Vale do Rio Doce Ltda.
O Direito de empresa contempla duas espécies de nome empresarial: firma e denominação,
que se distinguem em 2 planos: quanto à estrutura e quanto à função.
a) Quanto à estrutura: a firma só pode ter por base nome civil dos sócios da sociedade
empresarial, e o núcleo do nome empresarial dessa espécie será sempre um ou mais
nomes civis. Ex.: Souza e Lima Ltda.; Fontes e Filhas Ltda.
Razão social + nome = firma
b) Quanto à denominação: pode designar o objeto da empresa e pode ter por base nome
civil ou qualquer outra expressão linguística. Ex.: Companhia Brasileira de
Abastecimento (Extra); Farmácias Pague Menos Ltda.; Sociedade de Educação
Tiradentes Ltda.
Razão social + expressão linguística = denominação
Aula 5 – 27/08/18
3) Sociedade em comandita simples (hibrida ou mista)
Possui dois tipos de sócios:
Obs.: a mesma regra não se aplica a escritórios de advocacia, pois são regidos pelo
Estatuto da OAB tem como principio a não onerosidade, e sim a especialidade.
5) Sociedade limitada
Pode ter firma ou denominação:
Se tiver firma, o nome dos sócios e a partícula “e companhia (& Cia)” sempre que
omitir onome de algum, não podendo jamais deixar de adotar a expressão “Ltda.”
(limitada) sob pena de responsabilização ilimitada dos administradores que fizerem uso
do nome empresarial. Podem ou não colocar o ramo da atividade que exploram. Ex.:
Escariz (Paulo Escariz & Cia Ltda.)
6) Sociedade anônima
Só pode adotar denominação em que deve constar referência ao objeto social desde a
entrada em vigor do Código Civil de 2002. Deve conter no nome societário a locução
“sociedade anônima (S/A)” ou “companhia” sendo também autorizado o emprego de
nomes civis de pessoas que fundaram a companhia ou concorrem para o seu bom êxito.
Ex.: Extra – Companhia Brasileira de Abastecimento; Petróleo Brasileiro S/A;
4) Transformação
É a mudança de tipo societário. Ex.: Norcon S/A → Norcon Rossi S/A
Obs.: O titular do nome empresarial tem direito a exclusividade de uso, podendo impedir que
outro empresário se identifique com nome idêntico ou semelhante que possa causar confusão
entre consumidores ou no meio empresarial. Em caso de semelhança ou identidade de nomes, o
empresário que anteriormente haja feito uso dele, terá direito de obrigar o outro a acrescer ao
seu nome distintivos suficientes, alterando-o totalmente, inclusive se não houver outra forma de
distingui-los com segurança.
Aula 6 – 03/09/18
1) Titularidade Negocial
Quando a sociedade empresarial realiza negócios jurídicos .... Necessariamente pela
ação de seu representante legal, é ela, pessoa jurídica de direito autônomo personalizado
que assume um dos polos da relação negocial. Ex.: Rede Globo S/A, quando compra
direitos autorais de Série, é pelo conselho de diretoria, que também pertence aos
irmãos Marinho; Toyolex e Toyota; SBT comprou “Pantanal” da massa falida.
2) Titularidade Processual
A pessoa jurídica pode demandar e ser demandada em juízo, tendo capacidade para ser
parte processual, sendo sujeito de direito autônomo. A ação referente a negócio da
sociedade deve ser endereçada a contra pessoa jurídica, e não aos seus sócios ou
representantes legais. Ex.: em um processo contra a Oi, a Oi é o polo passivo.
3) Responsabilidade patrimonial
A sociedade terá patrimônio próprio separado do patrimônio dos sócios, pois sendo
sujeito de direito personalizado autônomo, a pessoa jurídica responderá com seu
patrimônio pelas obrigações que assumir.
Exceção: sociedade em nome coletivo e sociedade em comandita, aos comanditados;
primeiro vai para a sociedade, e depois para os sócios.
2.2)Administração da Sociedade
É assegurado a todos os sócios o direito de participação nas deliberações sociais a
qualquer tempo.
2.3)Fiscalização da administração
Seja através do exame de livros, documentos e do estado de caixa da sociedade.
Seja pela prestação de contas aos sócios pelos administradores, na forma prevista
contratualmente, ou no término do exercício social. Ex.: os sócios tem acesso aos
documentos da empresa para fins de fiscalização.
2.4)Direito de Retirada
O sócio pode retirar-se da sociedade, dissolvendo-a parcialmente, tendo, então,
direito de receber do patrimônio líquido da sociedade a parte equivalente à sua
quota do capital social. Cabe acrescentar que nas sociedades de prazo
indeterminado (REGRA GERAL), o sócio pode retirar-se sem necessidade de
motivação (não precisa justificar), e nas contratadas com prazo determinado,
somente se houver justa causa comprovatória em juízo.
E se quiser sair antes do prazo determinado? Justa causa! Umas das hipóteses de
exclusão do sócio.
2) Justa causa
Violação ou falta de cumprimento das obrigações sociais ( ver deveres dos sócios).
São sociedades de pessoas, pela qual a cessão das quotas sociais está condicionada à
concordância dos demais sócios.
Adotam firma na composição do respectivo nome empresarial, ou seja, tem que constar
o nome dos sócios, observando as condições.
Somente o nome civil de sócio de responsabilidade poderá fazer parte da firma (teoria
da aparência).
Somente sócio de responsabilidade ilimitada poderá administrar a sociedade.
Somente pessoa física pode ser sócia com responsabilidade ilimitada, já que se a pessoa
jurídica for sócia, poderá entrar em falência, automaticamente, entrando no patrimônio
pessoal, pelo o princípio da continuidade do negócio.
Aula 7 – 10/09/18
Tipos
1) Sociedade de nome coletivo
Todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais, podendo qualquer
um deles ser nomeado administrador da sociedade e ter seu nome civil aproveitado na
composição do nome empresarial.
Tipos de sócios
1) Ostensivos
Respondem ilimitadamente pelas obrigações que em nome próprio assumirem pelo
desenvolvimento do empreendimento comum. Falindo o sócio ostensivo, a conta em
participação deve ser liquidada. Sempre respondem ilimitadamente.
2) Participantes
Não respondem senão perante de sócios ostensivos, na forma que houver sido pactuado,
ou seja, limitada ou ilimitadamente, conforme o contrato. Não mantêm qualquer relação
jurídica com os credores por obrigações decorrentes do empreendimento comum,
devendo os ditos credores demandar os sócios ostensivos, os quais em regresso, nas
condições do contrato, poderão voltar-se contra os participantes, não podendo estes
demandar os devedores da sociedade. Falindo o participante, os direitos decorrentes do
contrato de sociedade em conta de participação podem integrar à massa, segundo às
regras dos contratos bilaterais.
Aula 8 - 17/09/2018
Aula 9 – 24/09/2018
Estabelecimento empresarial
É a reunião dos bens necessários ao desenvolvimento da atividade econômica. Quando
organizados racionalmente, face os bens serem de natureza variada, haverá um aumento do
seu valor, enquanto estiverem reunidos, dando-se a esta circunstância o nome de aviamento.
Ex.: o prédio da UNIT vinculado a todo o seu equipamento e estrutura, e ao seu nome
conceituado, de credibilidade no mercado; são coisas que agregam valor ao imóvel (a UNIT
com todos os seus bens vale mais do que sem eles).
Obs.: o patrimônio do empresário resume-se ao estabelecimento empresarial. Todo
estabelecimento empresarial integra o patrimônio de seu titular. No entanto, os bens de
propriedade do empresário, cuja exploração não se relaciona com o desenvolvimento da
atividade econômica, integra o seu patrimônio; porém, não o empresarial.
Contrato de alienação deve ser celebrado por escrito para que possa ser arquivado na
junta comercial e publicado pela imprensa oficial. Enquanto não providenciadas estas
formalidades, a alienação não produzirá efeitos perante terceiros.
Obs.: para que o empresário venda o estabelecimento, deve haver anuência de seus credores,
que pode ser expressa ou tácita, decorrendo esta última modalidade o silêncio do credor da
notificação da alienação que o devedor lhe deve endereçar. Se não forem observados tais
procedimentos, o empresário terá sua falência decretada, e vindo a falir, a alienação será
considerada ineficaz perante a massa falida, podendo o estabelecimento empresarial ser
reivindicado das mãos de seu adquirente.
Obs.: o passivo regularmente escriturado (registrado nos livros) do alienante transcreve-se ao
adquirente do estabelecimento, continuando o alienante a ser responsável por este passivo
durante 1 ano. Assim sendo, o adquirente será sucessor do alienante, podendo os credores
deste demandar àquele para cobrança de seus créditos. A cláusula de não transferência do
passivo não libera o adquirente, que poderá ser demandado pelo credor, cabendo-lhe direito
de regresso contra o alienante. O credor do alienante somente perde o direito de cobrar o
crédito do adquirente do estabelecimento se expressamente renunciou ao direito quando anuiu
com o contrato.
Obs.: O adquirente não responde pelas obrigações do alienante se adquiriu o estabelecimento
empresarial mediante lance dado em leilão judicial, promovido em processo de recuperação
judicial por falência. Ex.: Varig.
II Unidade