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FUNDAMENTOS DE DIREITO E ESTRUTURAÇÃO EMPRESARIAL

PLANO DE ENSINO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Disciplina: ATIVIDADE EMPRESARIAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL

Carga horária: 80 horas

Prof. M.Sc. Heron Ungaretti Vaz

Semestre/Ano: 1°/2023

2. OBJETIVOS:

2.1. Objetivos da Disciplina:

 Propiciar ao aluno o exame sistematizado e aprofundado dos conceitos doutrinários


e a análise do quadro normativo, capacitando-o para o manejo profissional teórico e
prático da legislação empresarial.

2.2. Objetivos Específicos:

 Apresentar as noções introdutórias do Direito Empresarial e seus principais


institutos à luz da legislação empresarial brasileira;
 Analisar a evolução do Direito Empresarial até o advento da Teoria da Empresa e
caracterizar a empresa e o empresário, o seu campo de atuação e o exercício regular de sua
atividade.

3. EMENTA:

Aborda os fundamentos gerais do Direito Empresarial, Societário, Cambiário e Falimentar, bem


como o desenvolvimento empresarial, desde seus aspectos legais, contratuais e factuais.

4. BIBLIOGRAFIAS

Bibliografia Básica:
MARTINS, S. P. CLT Universitária. 19a. ed. São Paulo: Atlas, 2015. ISBN 9788597000290. 457
p. ISBN 9788597000290.
MARTINS, S. P. Direito do Trabalho. 31a. ed. São Paulo: Atlas, 2015. ISBN 9788597002300.
1040 p. ISBN 9788522496228.
MARTINS, S. P. Fundamentos de Direito do Trabalho. 16a.ed. São Paulo: Atlas, 2015. 189 p.
ISBN 9788522493753.
Bibliografia Complementar:
BENEVIDES, S. B. Nascimento e Renascimento do Direito do Trabalho. São Paulo: LTR, 2013.
96 p. ISBN 788536125220.
CASSAR, V. B. Direito do Trabalho. 11a. ed. São Paulo: Método, 2015. 1400 p. E- book. ISBN
9788530962043.
50
GARCIA, G. F. B. Manual de Direito do Trabalho. 8a. ed. São Paulo: Método, 2015. 912 p. ISBN
9788530965662.
LITHOLDO, V. P. S. Os Princípios de Direito do Trabalho: diretrizes para uma decisão justa e
dinâmica. São Paulo: LTR, 2013. 120 p. ISBN 9788536126210.
MARTINS FILHO, I. G.; MANNRICH, N.; PRADO, N. (Coord.). Os Pilares do Direito do Trabalho.
São Paulo: Lex Magister, 2013. 622 p. ISBN 9788577212064.

6. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA E DO EMPRESÁRIO


1.2 NOME EMPRESARIAL, TÍTULO DO ESTABELECIMENTO, MARCAS E
PATENTES
2.1 ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
2.2 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
3.1 SOCIEDADE LIMITADA
3.2 CONTRATO SOCIAL E ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE LIMITADA
4.1 DA RESOLUÇÃO E DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE
4.2 O CAPITAL SOCIAL
5.1 A SOCIEDADE ANÔNIMA
6.2 CHEQUE
7.1 DUPLICATA
7.2 NOTA PROMISSÓRIA
8.1 ATUAÇÃO EMPRESARIAL, DIREITO DO TRABALHO E DO CONSUMIDOR
8.2 ATUAÇÃO EMPRESARIAL E FUNÇÃO SOCIAL

Obs: - APRESENTAÇÃO – PROFESSOR – DIREITO EMPRESARIAL – DISCIPLINA


- SISTEMA DE AULA - - SISTEMA DE PROVA - BIBLIOGRAFIA - - DATAS DAS PROVAS

1. ORIGEM E EVOLUÇÃO

* Comércio surge com o Homem na antiguidade – ESCAMBO (alguns dizem que é inato)
- Antiguidade Código Hamurabi – empréstimo Juros
- contrato Sociedade
- contrato Depósito
- contrato Comissão
Roma – Lex rhodia de jactu – avaria, estragos nos navios
Grécia – Nauticum foenos (seguro marítimo)
* Direito Comercial com sistema – Séc. XII – corporações – criação direito próprio (+ ágil que o Direito
Romano Canônico)

* Evolução do Direito Empresarial -


1° - P. Subjetivo – (Séc. XII ao XVIII) – corporativo, fechado, classista, apenas os matriculados.
2° - P. Objetivo – (1808) – Codex – abolidas as corporações, liberdade de com. Importa prática do ato.
3° - P. Subjetivo Moderno (1942)

* Teoria da Empresa
Direito Empresarial; exercício de que quer atividade econômica organizada ( exc. atividade intelectual);
Código Civil Italiano 1942. Unificou o Direito Civil, Comercial e Trabalho

Núcleo: ATO → EMPRESA (definir a atividade)

*Sistemas Vigentes – Francês


- Italiano

* Direito Comercial no Brasil


- 1808 – Dom João VI – PORTOS, LIVRE COMÉRCIO, TRIBUTO REAL COMERCIAL; BB – (também por
exigência da Inglaterra)
- 1821 – Retorno Dom João VI – 1822 – Independência do Brasil; crescimento econômico, ....... de Direito
Comercial próprio – 1850 – C Comercial – os atos comercial regulados no Reg 737/1850 – art.19 – 1960
– aproximação com o sistema Italiano – Dec. 70 – estudos profundos
- Dec 80 – julgados 1° e 2° grau – Dec 90- leis esparças: CDC, L.Locações, Reg. Emp.
- 2002 – Novo Código Civil

* Análise Conceito Comércio


1 – ponto de vista econômico – é o que faz aumentar o valor dos produtos pela interposição entre
produtores e consumidores – é um ramo de produção, preocupação exclusiva com o LUCRO.
2 – ponto de vista jurídico – complexo de atos de intermediação, exercidos habitualmente com o fim de
lucro – o que interessa é o procedimento, como o ato é praticado – lucro
- profissionalismo
- mediação

2. CONCEITO DE EMPRESA E EMPRESÁRIO


Distinção entre empresa, empresário, estabelecimento empresarial e sócio;
Empresário individual e Sociedade empresária;
Ex.: Gerdau e o Tomateiro
Código Civil 1916 – empresa é chamada sociedade civil
Código Comercial – comércio (registro + atos + habitual)

* Objetivo do Direito Empresarial - Solucionar os conflitos de interesse entre os exercentes da atividade


comercial de produto ou circulação de bens ou serviço (as empresas)

* Fontes do direito Empresarial


1 – CF – art. 170; 2 – Código Civil; 3 – Código Comercial / Legislação Comercial e civil; 4 – Usos e
Costumes; 5 – Jurisprudência; 6 – PGDTO, Analogia .....

* Atividades econômicas sujeitas ao Direito Empresarial: (buscam o lucro)


1. Atividades Comerciais Específicas
2. Atividades Industriais
3. Atividades Bancárias
4. Atividades Securitárias
5. Atividades Prestação de Serviços

* Uso e Costumes Comerciais


- São praxes adotadas na atividade de comércio, praticadas de forma constante, uniforme, e durante certo
prazo de tempo, aceitas como regra obrigatória, quando a legislação não dispuser especificamente sobre
a matéria.

CONCEITO DE EMPRESÁRIO
Empresário é definido na lei como o profissional exercente de "atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços" (CC, art. 966).
Destacam-se da definição as noções de profissionalismo, atividade econômica organizada e produção ou
circulação de bens ou serviços.
Profissionalismo. A noção de exercício profissional de certa atividade é associada, na doutrina, a
considerações de três ordens. A primeira diz respeito à habitualidade. Não se considera profissional
quem realiza tarefas de modo esporádico.
Não será empresário, por conseguinte, aquele que organizar esporadicamente a produção de certa
mercadoria, mesmo destinando-a à venda no mercado. Se está apenas fazendo um teste, com o objetivo
de verificar se tem apreço ou desapreço pela vida empresarial ou para socorrer situação emergencial em
suas finanças, e não se torna habitual o exercício da atividade, então ele não é empresário. O segundo
aspecto do profissionalismo é a pessoalidade. O empresário, no exercício da atividade empresarial, deve
contratar empregados. São estes que, materialmente falando, produzem ou fazem circular bens ou
serviços. O requisito da pessoalidade explica por que não é o empregado considerado empresário.
Enquanto este último, na condição de profissional, exerce a atividade empresarial pessoalmente, os
empregados, quando produzem ou circulam bens ou serviços, fazem-no em nome do empregador.
Estes dois pontos normalmente destacados pela doutrina, na discussão do conceito de profissionalismo,
não são os mais importantes. A decorrência mais relevante da noção está no monopólio das informações
que o empresário detém sobre o produto ou serviço objeto de sua empresa. Este é o sentido com que se
costuma empregar o termo no âmbito das relações de consumo. Como o empresário é um profissional,
as informações sobre os bens ou serviços que oferece ao mercado — especialmente as que dizem
respeito às suas condições de uso, qualidade, insumos empregados, defeitos de fabricação, riscos
potenciais à saúde ou vida dos consumidores — costumam ser de seu inteiro conhecimento. Porque
profissional, o empresário tem o dever de conhecer estes e outros aspectos dos bens ou serviços por ele
fornecidos, bem como o de informar amplamente os consumidores e usuários.
Atividade. Se empresário é o exercente profissional de uma atividade econômica organizada, então
empresa é uma atividade; a de produção ou circulação de bens ou serviços. É importante destacar a
questão. Na linguagem cotidiana, mesmo nos meios jurídicos, usa-se a expressão "empresa" com
diferentes e impróprios significados. Se alguém diz "a empresa faliu" ou "a empresa importou essas
mercadorias", o termo é utilizado de forma errada, não-técnica. A empresa, enquanto atividade, não se
confunde com o sujeito de direito que a explora, o empresário. É ele que fale ou importa mercadorias.
Similarmente, se uma pessoa exclama "a empresa está pegando fogo!" ou constata "a empresa foi
reformada, ficou mais bonita", está empregando o conceito equivocadamente. Não se pode confundir a
empresa com o local em que a atividade é desenvolvida. O conceito correto nessas frases é o de
estabelecimento empresarial; este sim pode incendiar-se ou ser embelezado, nunca a atividade. Por fim,
também é equivocado o uso da expressão como sinónimo de sociedade. Não se diz "separam-se os
bens da empresa e os dos sócios em patrimônios distintos", mas "separam-se os bens sociais e os dos
sócios"; não se deve dizer "fulano e beltrano abriram uma empresa", mas "eles contrataram uma
sociedade".
Somente se emprega de modo técnico o conceito de empresa quando for sinónimo de empreendimento.
Se alguém reputa "muito arriscada a empresa", está certa a forma de se expressar: o empreendimento
em questão enfrenta consideráveis riscos de insucesso, na avaliação desta pessoa. Como ela se está
referindo à atividade, é adequado falar em empresa. Outro exemplo: no princípio da preservação da
empresa, construído pelo moderno Direito Comercial, o valor básico prestigiado é o da conservação da
atividade (e não do empresário, do estabelecimento ou de uma sociedade), em virtude da imensa gama
de interesses que transcendem os dos donos do negócio e gravitam em torno da continuidade deste;
assim os interesses de empregados quanto aos seus postos de trabalho, de consumidores em relação
aos bens ou serviços de que necessitam, do fisco voltado à arrecadação e outros.
Econômica. A atividade empresarial é econômica no sentido de que busca gerar lucro para quem a
explora. Note-se que o lucro pode ser o objetivo da produção ou circulação de bens ou serviços, ou
apenas o instrumento para alcançar outras finalidades.
Religiosos podem prestar serviços educacionais (numa escola ou universidade) sem visar
especificamente o lucro. É evidente que, no capitalismo, nenhuma atividade econômica se mantém sem
lucratividade e, por isso, o valor total das mensalidades
deve superar o das despesas também nesses estabelecimentos.
Mas a escola ou universidade religiosas podem ter objetivos não lucrativos, como a difusão de valores ou
criação de postos de emprego para os seus sacerdotes. Neste caso, o lucro é meio e não fim da
atividade econômica.
Organizada. A empresa é atividade organizada porque nela se encontram articulados, pelo empresário,
os quatro fatores de produção: capital, mão-de-obra, insumos e tecnologia. Não é empresário quem
explora atividade de produção ou circulação de bens ou serviços sem alguns desses fatores. O
comerciante de perfumes que leva ele mesmo, à sacola, os produtos até os locais de trabalho ou
residência dos potenciais consumidores explora atividade de circulação de bens, fá-lo com intuito de
lucro, habitualidade e em nome próprio, mas não é empresário, porque em seu mister não contrata
empregado, não organiza mão-de-obra. A tecnologia, ressalte-se, não precisa ser necessariamente de
ponta, para que se caracterize a empresarialidade. Exige-se apenas que o empresário se valha dos
conhecimentos próprios aos bens ou serviços que pretende oferecer ao mercado —
sejam estes sofisticados ou de amplo conhecimento — ao estruturar a organização económica.
Produção de bens ou serviços. Produção de bens é a fabricação de produtos ou mercadorias. Toda
atividade de indústria é, por definição, empresarial. Produção de serviços, por sua vez, é a prestação de
serviços. São exemplos de empresários
que produzem bens: os donos de montadora de veículos, fábrica de eletrodomésticos, confecção de
roupas; e dos que produzem serviços: os de banco, seguradora, hospital, escola, estacionamento,
provedor de acesso à internet.
Circulação de bens ou serviços. A atividade de circular bens é a do comércio, em sua manifestação
originária: ir buscar o bem no produtor para trazê-lo ao consumidor. E a atividade de intermediação na
cadeia de escoamento de mercadorias.
O conceito de empresário compreende tanto o atacadista como o varejista, tanto o comerciante de
insumos como o de mercadorias prontas para o consumo. Os donos de supermercados, concessionárias
de automóveis e lojas de roupas são empresários. Circular serviços é intermediar a prestação de
serviços. A agência de turismo não presta os serviços de transporte aéreo, traslados e hospedagem,
mas, ao montar um pacote
de viagem, os intermedeia.
Bens ou serviços. Até a difusão do comércio eletrônico via internet, no fim dos anos 1990, a distinção
entre bens ou serviços não comportava, na maioria das vezes, maiores dificuldades.
Bens são corpóreos, enquanto os serviços não têm materialidade. A prestação de serviços consistia
sempre numa obrigação de fazer. Com a intensificação do uso da internet para a realização de negócios
e atos de consumo, certas atividades resistem à classificação nesses moldes. A assinatura de jomal-
virtual, com exatamente o mesmo conteúdo do jornal papel, é um bem ou serviço? Os chamados bens
virtuais, como programas de computador ou arquivo de música baixada pela internete, em que categoria
devem ser incluídos? Mesmo sem resolver essas questões, não há dúvidas, na caracterização de
empresário, de que o comércio eletrônico, em todas as suas várias manifestações é atividade
empresarial.

EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Segundo Coelho (2009) o empresário pode ser pessoa física ou jurídica. No primeiro caso, denomina-se
empresário individual: no segundo, sociedade empresária.
Os sócios da sociedade empresária não são empresários. Quando pessoas (naturais) unem seus
esforços para, em sociedade, ganhar dinheiro com a exploração empresarial de uma atividade
econômica, elas não se tornam empresárias. A sociedade por elas constituída, uma pessoa jurídica com
personalidade autônoma, sujeito de direito independente, é que será empresária, para todos os efeitos
legais. Os sócios da sociedade empresária são empreendedores ou investidores, de acordo com a
colaboração dada à sociedade (os empreendedores, além de capital, costumam devotar também trabalho
à pessoa jurídica, na condição de seus administradores, ou as controlam; os investidores limitam-se a
aportar capital). As regras que são aplicáveis ao empresário individual não se aplicam aos sócios da
sociedade empresária — IMPORTANTE.
Segundo o autor, o empresário individual, em regra, não explora atividade economicamente importante.
Em primeiro lugar, porque negócios de vulto exigem naturalmente grandes investimentos. Além disso, o
risco de insucesso, inerente a empreendimento de qualquer natureza e tamanho, é proporcional às
dimensões do negócio: quanto maior e mais complexa a atividade, maiores os riscos. Em consequência,
as atividades de maior envergadura econômica são exploradas por sociedades empresárias anônimas ou
limitadas, que são os tipos societários que melhor viabilizam a conjugação de capitais e limitação de
perdas. Aos empresários individuais sobram os negócios rudimentares e marginais, muitas vezes
ambulantes. Dedicam-se a atividades como varejo de produtos estrangeiros adquiridos em zonas francas
(sacoleiros), confecção de bijuterias, de doces para restaurantes ou bufes, quiosques de miudezas em
locais públicos, bancas de frutas ou pastelarias em feiras semanais etc.
Em relação às pessoas físicas, o exercício de atividade empresarial é vedado em duas hipóteses
(relembre-se que não se está cuidando, aqui das condições para uma pessoa física ser sócia de
sociedade empresária, mas para ser empresária individual).

Profissional intelectual – A exclusão do conceito de Empresário - § único do art. 966. C.C.


Segundo Coelho (2009) não se considera empresário, por força do parágrafo único do art. 966 do CC, o
exercente de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo que contrate
empregados para auxiliá-lo em seu trabalho. Estes profissionais exploram, portanto, atividades
econômicas civis, não sujeitas ao Direito Comercial. Entre eles se encontram os profissionais liberais
(advogado, médico, dentista, arquiteto etc), os escritores e artistas de qualquer expressão (plásticos,
músicos, atores etc).
Há uma exceção prevista no mesmo dispositivo legal, em que o profissional intelectual se enquadra no
conceito de empresário. Trata-se da hipótese em que o exercício da profissão constitui elemento de
empresa.
Para compreender o conceito legal, convém partir de um exemplo. Imagine o médico pediatra recém-
formado, atendendo seus primeiros clientes no consultório. Já contrata pelo menos uma secretária, mas
se encontra na condição geral dos profissionais intelectuais: não é empresário, mesmo que conte com o
auxílio de colaboradores. Nesta fase, os pais buscam seus serviços em razão, basicamente, de sua
competência como médico. Imagine, porém, que, passando o tempo, este profissional amplie seu
consultório, contratando, além de mais pessoal de apoio (secretária, atendente, copeira etc), também
enfermeiros e outros médicos. Não chama mais o local de atendimento de consultório, mas de clínica.
Nesta fase de transição, os clientes ainda procuram aqueles serviços de medicina pediátrica, em razão
da confiança que depositam no trabalho daquele médico, titular da clínica. Mas a clientela se amplia e já
há, entre os pacientes, quem nunca foi atendido diretamente pelo titular, nem o conhece. Numa fase
seguinte, cresce mais ainda aquela unidade de serviços. Não se chama mais clínica, e sim hospital
pediátrico. Entre os muitos funcionários, além dos médicos, enfermeiros e atendentes, há contador,
advogado, nutricionista, administrador hospitalar, seguranças, motoristas e outros. Ninguém mais procura
os serviços ali oferecidos em razão do trabalho pessoal do médico que os organiza. Sua individualidade
se perdeu na organização empresarial. Neste momento, aquele profissional intelectual tornou-se
elemento de empresa. Mesmo que continue clinicando, sua maior contribuição para a prestação dos
serviços naquele hospital pediátrico é a de organizador dos fatores de produção. Foge, então, da
condição geral dos profissionais intelectuais e deve ser considerado, juridicamente, empresário.
Também os outros profissionais liberais e artistas sujeitam-se à mesma regra. O escultor que contrata
auxiliar para funções operacionais (atender o telefone, pagar contas no banco, fazer moldes, limpar o
ateliê) não é empresário. Na medida em que expande a procura por seus trabalhos, e ele contrata vários
funcionários para imprimir maior celeridade à produção, pode ocorrer a transição dele da condição
jurídica de profissional intelectual para a de elemento de empresa. Será o caso, se a reprodução de
esculturas assinaladas com sua assinatura não depender mais de nenhuma ação pessoal direta dele.
Tornar-se-á, então, juridicamente empresário.

* Exclusão do Conceito de Empresário - § único do art. 966. C.C.


- Elementos que caracterizam o Empresário - economicidade; - organização: trabalho e capital; e, -
profissionalismo
- Mônica Gusmão – ver exemplos
- Elemento de Empresa CAPITAL + TRABALHO + LUCRO + TECNOL. E INSUMOS
* Sociedade de Advogado – não é empresa – Registro na OAB – Escrituração na OAB
- isenção de confins; iNSS por advogado
- SUM 276 STJ – segue soc. Civil
- SOCIEDADE SIMPLES SOCIEDADE EMPRESARIAL
AUX. APENAS ATIV. MEIO ORGAN. ATIV. FIM

Empresário rural
A atividade econômica rural é a explorada normalmente fora da cidade. São rurais, por exemplo, as
atividades econômicas de plantação de vegetais destinadas a alimentos, fonte energética ou matéria-
prima, a criação de animais para abate, reprodução, competição ou lazer e o extrativismo vegetal, animal
e mineral (mineradoras, garimpo).
As atividades rurais, no Brasil, são exploradas em dois tipos radicalmente diferentes de organizações
econômicas.
Tomando-se a produção de alimentos por exemplo, encontra-se na economia brasileira, de um lado, o
agronegócio e, de outro, a agricultura familiar. Naquela, emprega-se tecnologia avançada, mão-de-obra
assalariada (permanente e temporária), especialização de culturas, grandes áreas de cultivo; na familiar,
trabalham o dono da terra e seus parentes, um ou outro empregado, e são relativamente menores as
áreas de cultivo. Convém registrar que, ao contrário de outros países, principalmente na Europa, em que
a pequena propriedade rural tem importância econômica no encaminhamento da questão agrícola, entre
nós, a produção de alimentos é altamente industrializada e se concentra em grandes empresas rurais.
Por isso, a reforma agrária, no Brasil, não é solução de nenhum problema econômico, como foi para
outros povos; destina-se a solucionar apenas problemas sociais de enorme gravidade (pobreza,
desemprego no campo, crescimento desordenado das cidades, violência urbana etc).
Atento a esta realidade, o Código Civil de 2002 reservou para o exercente de atividade rural um
tratamento específico (art. 971). Se ele requerer sua inscrição no registro das empresas (Junta
Comercial), será considerado empresário e submeter-se-á às normas de Direito Comercial. Esta deve ser
a opção do agronegócio. Caso, porém, não requeira a inscrição neste registro, não se considera
empresário e seu regime será o do Direito Civil. Esta última deverá ser a opção predominante entre os
titulares de negócios rurais familiares.

Cooperativas
Desde o tempo em que a delimitação do objeto do Direito Comercial era feita pela teoria dos atos de
comércio, há duas exceções a assinalar no contexto do critério identificador desse ramo jurídico, a
sociedade por ações, que será sempre comercial, independentemente da atividade que explora e, as
cooperativas, que são sempre sociedades civis (ou "simples", na linguagem do CC), independentemente
da atividade que exploram (art. 982).
As cooperativas, normalmente, dedicam-se às mesmas atividades dos empresários e costumam atender
aos requisitos legais de caracterização destes (profissionalismo, atividade econômica organizada e
produção ou circulação de bens ou serviços), mas, por expressa disposição do legislador, que data de
1971, não se submetem ao regime jurídico-empresarial. Quer dizer, não estão sujeitas à falência e não
podem requerer a recuperação judicial. Sua disciplina legal específica encontra-se na Lei n. 5.764/71 e
nos arts. 1.093 a 1.096 do CC, e seu estudo cabe ao Direito Civil.

3. ATOS DE COMÉRCIO
- IMP ainda devido ao Processo Falimentar
* É aquele praticado pelo empresário relativo ao exercício de sua atividade, é aquele considerado como tal
pela lei.

- Classificação de Carvalho de Mendonça


1. Ato de Comércio por NATUREZA ou PROFISSÃO – pratica no exercício da atividade. Ex.: C e V,
operações de câmbio, bancários, de corretagem ...
2. Ato de Comércio “ EX VI LEGIS” – são os definidos por lei, independente de quem os pratique, sua
enumeração é taxativa. Ex.: operações das S/A, de seguro, das Sociedades Empresariais
3. Ato de Comércio por CONEXÃO – são atos civil excepcionalmente considerados mercantis por
facilitares, promoverem ou realizarem o exercício da atividade mercantil (não são aplicados quanto aos
imóveis) são para melhorar o EE. ex.: AR central, carro, tele-entrega, contrato de mútuo para adquirir
maquina.
- Finalidade: adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos do empresário.

4. DA CAPACIDADE PARA EXERCER A ATIVIDADE ECONÔMICA

- Código Civil – 18 anos ou - 16 anos emancipado


- Brasileiro ou estrangeiro – empresário individual ou administrador de Sociedade
Exceções: 176, § 1°, 222 CF

- IMPEDIDOS DE EXERCER
1 – Servidor Público Civil F,E,M
2 – Militar da Ativa (Forças armadas F .E., Bombeiros)
3 – Magistrados e MP
4 – Corretores, Leiloeiros e Despachantes Aduaneiros
5 – Falido antes da reabilitação (2 anos após o ext de pena ou da execução)
6 – Chefes do Executivo
7 – Ministros de E
8 – Ccs em Geral
9 – Empregado não autorizado pelo empregador – CLT, 482, c
10 – Condenados por peculato, suborno, prevaricação, concussão , crime contra economia popular, contra
o sistema financeiro nacional – enquanto durar os efeitos da condenação.
11 – Médico para explorar farmácia.

Obs.: Membros do Legislativo não são impedidos desde que a empresa nãp goze de favorecimento por
contrato com poder público – art. 54, II,a CF

- Todos impedidos podem ser sócios, não podem ter poder de gestão, ou individual.

- Art. 974 CC – Continuidade de (E) sem a dissolução (1033 CC)


a- Falecimento – se o herdeiro for absolutamente incapaz é representado pelos pais ou tutores; se for
relativamente incapaz será assistido pelos pais ou tutores.
b- Interdição – representação por curador
- art. 975
- art. 976
- art. 977 – regime comunhal parcial ou separação total pode Soc., se for comunhão universal ou
separação obrigatório não pode

5. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL – 1142 CC

* Conjunto de bens que servem de base econômica para o desenvolvimento da empresa.

* Sobre valor – REUNIÃO + ORGANIZAÇÃO DOS BENS (materiais e imateriais) → gera um valor superior
a soma de cada um.
REUNE → ORGANIZA → AGREGA VALOR → F.E. → AVIAMENTO
Ex.: Formulário
Aviamento → expectativa de lucros futuro, é atributo da (E), não é bem incorpóreo, é a perspectiva de
lucratividade que a empresa pode pagar. Imp. quando se negocia o EE

O que se entende por aviamento? o


aviamento é o potencial lucrativo e o aumento do valor de determinado estabelecimento, seu valor global
decorrente da organização dos elementos; o do estabelecimento empresarial. Quanto maior a
organização, maior o potencial de lucratividade do estabelecimento, ou seja, uma expectativa de retorno
financeiro embasado no potencial do estabelecimento.

* Natureza – Teoria Imaterialista, o EE é um bem incorpóreo, constituído de um complexo de bens que não
se fundem e mantém unitariamente sua individualidade própria – Cc, art. 90 – diz que o (EE) é
universalidade de fato – é um objeto de direito.

* ≠ E e EE – a (E) não pode ser vendida, arrestada, por que é a atividade.

*Elementos – materiais – moveis, carros, máquinas ...


- imateriais – patente de I ou UM, marca, Nome Emp, ponto com, direitos
sobre contratos, créditos ...
Obs.: Ponto Comercial = atividade no local → clientela → aviamento → proteção da empresa → direito de
permanência (supera o direito de propriedade)

* Ponto Com e Bem Imóvel


P. Com é o local onde o empresário estabelece fisicamente a sua (E), é elemento EE;
O Bem Imóvel não é elemento do EE, por que o patrimônio total do emp. Não se confunde com o F. E. –
Exceção nos Estabelecimentos Industriais que predominam terrenos e edifícios, galpões é considerado
elemento.

* Sedes e Filiais
≠ irrelevante para o DEMP, o que o empresário considerar o mais imp. será a sede.
Imp. Para fixar a competência judicial (art. 1000, IV, a, b CPC) – a ação é interposta no foro da sede; No
Direito Falimentar o juízo competente é o do princ. EE devedor (razões econômicas).

* Clientela e Freguesia
C- conjunto de pessoas que adquirem prod. ou serv. por razões suj. de qualidade do emp. ou de (E). ex.
atendimento personalizado, garantias, prod. Exclusivos.
F- conjunto de pessoas que adquirem p ou s por razões subjetivas de conveniência. ex. localização,
horários, vizinhança .....

* Título do EE
- é admitido o uso de título ou insígnia que se relacione com o ativ. da (E) ou do titular. Exs. Pseudônimos,
iniciais, ..........
- por omissão L 8134/94 não se registra o título, apenas proteção aos seus direitos (195 LPJ).
- é o antigo Nome Fantasia – usado por questões mercadológicas.
Ex. Café do Ponto, Churrasco do Adão.
- é o meio pelo qual a empresa torna-se conhecida do público.

* Passivo do Empresário/Sucessão Empresarial


- não compõe o EE, não são bens incorpóreos – cuidado – 1146 c.c, se tiver contabilizado o adquirente
responde pelas dívidas – responsabilidade solidária do alienante por 1 ano exc: 133 CTN

* Alienação do EE
- trespasse = contrato do C e V do EE – o objeto da venda é o complexo de bens, não se confunde com a
cessão de quotas de Sociedade Limitada ou com a Alienação de controle acionário numa S/A (nessas o
EE não muda de novo).

O que se entende por trespasse? - Fabrício Carregosa Albanesi


12/01/2010-16:30

Trespasse é o nome dado pela doutrina para o contrato de compra e venda do estabelecimento
comercial.
No trespasse aliena-se o estabelecimento comercial por inteiro, diferenciando-se nesse ponto do contrato
de cessão de cotas, pois neste realiza-se a transferência (compra e venda) de cotas sociais,
transferindo o direito de ser sócio de uma sociedade.
O contrato de trespasse produzirá efeitos entre as partes (alienante e adquirente) mesmo que não seja
averbado na junta comercial, contudo para que venha a produzir efeitos perante terceiros deverá ser
averbado na Junta Comercial e publicado na imprensa oficial, conforme disciplina o art. 1.144 do
Cod.Civil.

Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à
margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no
Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.

* Nome Empresarial (1156 e seg cc)


- é a identificação do sujeito de direito que fornece ao mercado o produto ou serviço.
- é elemento do EE
- Espécies – Firma = Empresa Individual, Sociedade Limitada
- Denominação = Sociedade Ltda, S/A
- Razão Social não existe mais, é FIRMA
- Firma = composto por nome
Denominação = termo que se relaciona com a atividade, como o objeto social, pode também um nome.

Qual o âmbito de proteção do nome empresarial no direito brasileiro?

O nome empresarial; um bem tutelado pelo direito, que integra o patrimônio da empresa e tem a
finalidade de identificar a sociedade empresária ou o empresário individual em seus negócios.
A proteção ao nome empresarial se da mediante a inscrição da empresa na Junta Comercial, ou seja, a
proteção decorre automaticamente do registro do empresário ou da sociedade empresária na Junta
Comercial.
A Lei 8.934/1994, prevê em seu artigo 33 o seguinte:
Art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos
constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações.
Quanto ao ambito de proteção do nome empresarial existe uma grande discussão se as empresas
possuem proteção em todo o territorio nacional ou se ela se dá apenas no âmbito do estado onde a
mesma foi registrada. Sobre o assunto, vejamos.
Com a entrada em vigor do art. 1.166 do CC/2002, a questao se responde da seguinte maneira:
mencionada norma prevê que a proteção do nome em ambito estadual, uma vez que o arquivamento é
feito na Junta Comercial. Assim, em principio a proteção é estadual e para que a proteção seja em ambito
nacional é necessário que o registro do nome empresarial seja feito de acordo com a lei especial. Leitura
do art 1.166.
Ocorre que, no ordenamento juridico brasileiro não existe a lei especial que trate do registro do nome
empresarial em ambito nacional, sendo assim, visando proteger a empresa, a jurisprudencia e a doutrina
vem entendendo que ausencia de lei especial não impede a proteção nacional e internacional atribuída
ao nome empresarial, alcançada a partir do registro originário efetuado na Junta Comercial.
Desta forma, é correto afirmar que mesmo não existindo no ordenamento jurídico brasileiro uma lei
especial que trate do registro nacional do nome empresarial, a proteção abrange todo o território
nacional, bastando para tanto o arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades
na Junta Comercial.

Questões
1) O passivo do empresário é um elemento incorpóreo do EE e, se tiver contabilizado na
escrituração da E será de responsabilidade do adquirente do EE, ficando o alienante responsável
solidário por 1 ano ( F )
2) O Nome Empresa é a identificação do sujeito de direito não se confunde com o título do
EE, que é o meio pelo qual o produto ou serviço do E tornam-se conhecido do público ( F )
6. REGISTRO DE EMPRESA – L 8934/94

* Qualquer sociedade com fim econômico pode se registrar na J. Comercial – exc. Sociedade de
Advogados.

* Reg. Civil PJ → Fundações, Associações e Sociedade Simples (art. 998 CC)

* Órgãos - DNRC – art. 3°, I


- J. Comercial – art. 3°, II

* Atos do Registro de Empresa


a) Matrícula – art. 32, I – agentes aux. Com.
b) Arquivamento – art. 32, II – atos E ind, Soc. e ........
c) Autenticação – art. 32, III – livros, balanços ......

* Procedimento para o Arquivamento


- 30 dias da ass. do doc. ou ato – art. 36 Lei 8934 e art. 1151 CC

* Decisões Administrativas – art. 41 e 42

* Falta de Registro → Sociedade ou E Individual irregular – informalidade


- principal sanção – responsabilidade ilimitada dos sócios pelas obrigações
- outras sanções – não pode pedir falência do outro empresário; Nat. Adm e Fiscal – não tem inscrição
CNPJ, Cadastro Estadual, Municipal, Matrícula no INSS ( ? )
Obs.: No INSS já pode ter matrícula

7. ESCRITURAÇÃO – art. 1179, seg CC

* Contabilidade ( E ) - contador

* Funçõesa) Gerencial – instrum. tomada de decisões admin., empresariais


b) Documental – dá informações para terceiros interessados (Sócios,
Parceiros, .....)
c) Fiscal – instrum. de fiscalização do cumprimento das obrigações legais

* Espécies de Livros
- a) L. obrigatórios – porque geram sanção
Diário – 1184
L. Reg. De Duplicatas
- b) L. Facultativos – para auxiliar a adm.

- a) L. Contábeis – exigem contabilidade


- b) L. Simplesmente Memoriais – armazenar dados
Exs. Livro memória transações C e V, mútuo e liq. Das obrig. – Facultativo e S. M

Registro Empregados e Inspeção do Trabalho – obrigatório e S. M


Livro de Atas Assun. Geral S/A. O e S.M

* Regularidade – art. 1183 - requisitos

* Extravio ou perda - publicação jornal


- comunicar J. Com. 48h

* Conseqüência da falta da escrituração:


- Sancionadora – penalização ( também por crime falimentar) – presunção da veracidade da outra parte.
- Motivadora – nega determinados. benefícios (documentos, isenções, linhas de crédito...)

8. OBRIGAÇÕES COMUNS A TODOS EMPRESÁRIOS

A – Registro na J. Com. – art. 967 CC


B – Escriturar regularm. os livros
C – Levantar balanço patrimonial e de resultado econômico anual – 1179 CC
9. PROPRIEDADE INDUSTRIAL – L. 9279/96

9.1 INVENÇÃO OU MODELO DE UTILIDADE

* Nat. Jurídica – propriedade imaterial – art. 5°

* Patente – documento representativo do privilégio de exploração de invento ou M.U.

* Invenção – ato humano de criação original, lícito, não compreendido no estado da técnica e suscetível de
aplicação industrial.
* Modelo Utilidade – objeto de uso prático ou parte deste, não compreendido no estado da técnica,
suscetível de aplicação industrial.

* Requisitos
A) LICITUDE - a LP não considera I ou M.U. as hipóteses do art. 10 – não se enquadram no tipo ou no
conceito e art. 18 – impossibilidade de ser patenteado – razão de ordem pública ( interesse social ou
razões do E )

B) NOVIDADE – aquilo que é desconhecido pela comunidade científica, técnica ou industrial (algo não
compreendido pelo estado de técnica) – Brasil novidade absoluta não publicado no tempo e no espaço –
art. 11 § 1°

C) INDUSTRIABILIDADE – quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de industria –


se depender de mecanismo ou peça não existente, fere este princ. – art. 15.

D) ORIGINALIDADE – criar, ser o autor, o 1° a constituir ( ativ. inventiva) – art. 13 e 14 – ex.: lâmpada

* Prazo de Concessão da Patente


= Inv – patente 20 anos + 10 anos
= M.V. – patente 15 anos + 7 anos
Após o p2 o objeto caiu em domínio público (art. 40)
* Procedimento: R. Negrão v1 – pg. 119

* Extinção do Privilégio – pelo decurso do p2 de vigência, outras hipóteses – art. 78 à 83 LPI

* Invento de Empresa – art. 88


- Decorre de contrato de trabalho com cláusula inventiva – pertence exclusivamente ao empregador – art.
88

* Invento Comum
- Se decorrer do uso de meios fornecidos pelo empregador, mas si há vínculo por contrato, será de ambos.
O empregador tem direito de exploração mediante renumeração ao empregado – art. 91

9.2. DESENHO INDUSTRIAL

* Definição – art. 95 ex.: forma tridimensional de um prod (computador) – MI ou forma bidimensional de um


tecido - DI
* Brasil – INPI admite 32 classes ≠ de registro de DI
* Requisitos – mesmos da I e MV
* Registro - art. 101 à 106 LPI
* Certif. De Registro – efeitos de patente
* Proteção Legal – a violação dos direitos representados no Certificado é punido pela e civilmente – LPI
187, 188
* Prazo para exercer o direito – uso exclusivo 10 anos + 15 anos – art. 108
* Extinção do Registro – art. 119
* Cessão e Direito do Empregador – mesmos da / e MV

9.3. MARCA – art. 123

* Definição – “É um sinal utilizado pelo empresário para ≠ os produtos ou serviços sobre os quais imite a
sua atividade econômica.”

* Natureza – bem incorpóreo do EE

* Funções
A) Distinguidora – indica os produtos ou serviços de uma empresa.
B) Qualidade – é referência a produção ou serviço de origem não enganosa
C) Publicitária – contribui para a promoção dos produtos ou serviços

* Classificação quanto a aplicação


A) Marca de produto ou serviço
B) Marca de certificação – atesta a conformidade com outras normas técnicas
C) Marca coletiva – identifica P ou S de membros de .... entidade. Ex.: Café do Brasil

* Vedações ao Registro de Marca


- Sinais sem capacidade de ≠ → art. 124, II, VI, VIII, XI, XVIII e XXI
- Sinais causam confusão ou engano → art. 124, I, IV, V, IX, X, XII a XVII, XIX, XX, XXII e XXIII
- Sinais causam ofensa → 124, III
- Expressão sem proteção → 124, VII

Qual a diferença entre marca de alto renome e marca notoriamente conhecida? -


A marca de alto renome é aquela conhecida no mercado de consumo em geral, que alcançou um
patamar de grande reconhecimento e reputação positiva, sendo protegida em todos os ramos de
atividade, conforme art. 125 da Lei 9.279/96:

Art. 125. A marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção especial,
em todos os ramos de atividade.
Já a marca notoriamente conhecida é aquela registrada em outro países, mas que possui expressivo
reconhecimento perante os consumidores. Nesse caso, a proteção estende-se apenas ao seu ramo de
atuação, é o que depreendemos da leitura do art. 126 da Lei 9.279/96.

10. PROTEÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA E DA CONCORRÊNCIA

* O legislador estabeleceu mecanismos de amparo à liberdade de competição e de iniciativa – As práticas


empresariais que são incompatíveis com este regime são:
1. Infração à ordem econômica
2. Concorrência desleal

1) INFRAÇÃO À ORDEM ECONÔMICA ( ABUSO DO PODER ECONÔMICO)


- L 8884/94 – LIOE – para configurar o crime = art. 4° + art. 6°

2) CONCORRÊNCIA DESLEAL
- Na área do direito penal são tipificadas como crime de CD – art. 195 LPI
No plano civil à repressão à CD pode ter origens - contratual
- extra contratual
- Contratual – indenização pelo descumprimento da obrigação contratual ex.: 1174 CC Concorrência
contratada
- Extra Contratual
- Se também for crime, é certo a responsabilidade civil
- Se não for crime, PROBLEMA, art. 209 LPI – questão da competição por clientela, conquista de
mercado ......

De que trata o direito de livre concorrência? - Renata Cristina Moreira da Silva


17/03/2010-14:30

O direito de livre concorrencia, ou simplesmente direito de concorrência é o conjunto de normas que


regula a concorrência de atividades comerciais tendo como intuito que prevaleça no mercado o
princ. constitucional de livre concorrencia ou liberdade de concorrer, criando condições para que a luta
entre competidores se desenvolva com lealdade.
Neste sentido, toda restrição à liberdade de competir, contratual ou unilateral,
está sujeita a aplicação do Direito de Defesa da Livre Concorrência.

11. PREPOSTOS DO EMPRESÁRIO – 1169 a 1178 CC

* Vários trabalhadores desempenham funções sob a coordenação direta do empresário.


* Para efeitos do direito das obrigações, esses trabalhadores, independente da natureza do vínculo
contratual mantido são chamados PREPOSTOS.
* Os atos dos prepostos praticados no EE e relativo a atividade econômico desenvolvida obrigam o
empresário.
* Se agiram com culpa devem indenizar o preponente em regresso. Se agiram com dolo respondem
solidariamente com o empresário.

* Preposto – proibido também de concorrer sem autorização com o empresário, sob pena do art. 195 LPI.
– Conc desleal

A) GERENTE
- Funcionário com função de chefia, seus poderes devem estar arquivados na J. Com. Para produzir
efeitos perante terceiros, se não há limitação das funções, ele responsabiliza integralmente o empresário.

B) CONTABILISTA
- É o responsável pela escrituração dos livros do empresário – A função do contabilista é obrigatória.

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