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Nome
Chimoio
Outubro 2020
Nome
Chimoio
Outubro 2020
Índice
1. Introdução...........................................................................................................................iii
1.1. Objectivos...................................................................................................................iii
1.2. Metodologia................................................................................................................iii
3. Conclusão..........................................................................................................................17
4. Referências bibliográficas.................................................................................................18
1. Introdução
O homem sempre procurou os produtos que garantissem a sua sobrevivência, no início da
civilização esta busca incansável fazia com que os povos circulassem sempre em busca do
alimento. Um grupo de pessoas se fixava em um determinado local e ali buscava colectar o
alimento necessário a sua sobrevivência, uma vez esgotada a fonte de alimentação toda a
comunidade partia em busca de outro local rico em alimentos. Estes povos eram denominados
de Nómades.
Portanto, apenas após do surgimento da agricultura é que o homem passa a se fixar na terra e
a produzir aquilo que garanta a sobrevivência de sua família. A partir daí, diversos povos na
antiguidade se utilizavam da prática de trocar com outros povos os alimentos que sobravam
por aqueles que tiveram pouca ou nenhuma produção. Alguns por sua vez sequer produziam e
apenas se aperfeiçoaram nesta troca de produtos, dentre os quais podemos citar os fenícios.
Podemos dizer que neste período da antiguidade até a metade da idade mé- dia possuíamos
uma economia de escambo, ou seja, uma economia baseada na troca de mercadorias. Deve ser
destacada que esta actividade de troca de bens entre os homens, que possibilitava a integração
entre as pessoas, sofreu uma grande estagnação durante a idade média, pois os feudos -
unidade social da época eram auto-subsistentes e as relações com outros feudos era
praticamente nula ou insignificante.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Estudar o papel do Direito Empresarial na Administração Publica.
1.1.2. Objectivos específicos
Definir o Direito Empresarial;
Conhecer a Historia da evolução do Direito Empresarial;
Identificar os princípios da Administração publica adaptados aos contractos
Empresariais.
1.2. Metodologia
A fim de alcançar os objectivos traçados neste trabalho, recorreu a pesquisa de documentários
colectando a informação precisa para construção duma ideia sólida, a saber: alguns livros,
artigos, sem deixar de fora alguns sites confiáveis.
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2. Direito empresarial na administração pública
2.1. Direito empresarial
Nos dias atuais, observamos certa estabilidade em torno do conceito de Direito Empresarial.
Todavia, ao longo da história, que será mais detalhadamente abordada no próximo item,
percebemos que muitas foram as transformações sofridas por esse importante ramo
do Direito Privado, inclusive em sua nomenclatura que deixou de ser Direito Comercial para
se chamar Direito Empresarial, esta última mais ampla e concatenada com a moderna noção
de “comércio”.
E mais, “Direito é a ordenação bilateral atributiva das relações sociais, na medida do bem
comum” (REALE, 2004, p. 59); e por fim, seria o Direito um complexo de normas jurídicas
que regem as relações sociais, num determinado tempo e lugar, em busca do bem comum e
que tem ao seu servir o poder do Estado para fazer cumprir tais regras.
Não diferente dos conceitos supracitados, a definição de Direito Empresarial, preservando os
preceitos inerentes à noção básica de Direito e acrescentando outros próprios e peculiares à
actividade comercial, empresarial ou mercantil, consiste segundo Diniz (2005, p. 274):
Nesse sentido, segundo Ramos (2008, p. 50), o Direito Empresarial consiste no:
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Regime jurídico especial destinado à regulação das actividades económicas e dos seus
agentes produtivos. Na qualidade de regime jurídico especial, completa todo um
conjunto de normas específicas que se aplicam aos agentes económicos, hoje
chamados de empresários.
Foi só na Idade Média, em especial a partir do século XI, com as Corporações de Ofício, que
o Direito Comercial começa a surgir enquanto sistema, apresentando princípios e normas
próprios. Assim, ainda que de forma incipiente, dada à descentralização político
administrativa característica da época, mas já apresentando institutos sistematizados (embora
específicos de cada Corporação), inicia-se a formação do Direito Comercial enquanto ciência
autónoma.
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Conforme Restiffe (2006, p. 13):
Já no fim da Idade Média, mais precisamente no período denominado baixa Idade Média, e
início da Idade Moderna, com a formação dos Estados Nacionais e o início das Grandes
Navegações, incrementa-se ainda mais o Direito Comercial, só que agora não mais ditado por
uma Corporação, mas sim pelo poder central de um Estado Absolutista.
Nessa segunda fase do direito comercial, podemos perceber uma importante mudança:
a mercantilidade, antes definida pela qualidade do sujeito (o direito comercial era o
direito aplicável aos membros das Corporações de Ofício), passa a ser definida pelo
objecto (os actos de comércio).
No final do século XIX (com o Código Comercial alemão de 1897) e, de forma mais marcante
em meados do século XX (com o Código Civil italiano de 1942), nasce a Teoria Subjectiva
Moderna – Teoria da Empresa. Forjada a partir das incongruências do sistema anterior,
incapaz de estabelecer uma teoria coerente dos actos de comércio que, paulatinamente, fora
cedendo espaço a outros fundamentos: híbridos, a Teoria Objectiva revelou-se imprópria para
definir seu objecto (actos de comércio) e para acompanhar a dinâmica do mercado.
A partir dessas constatações desenvolveu-se a Teoria da Empresa, com a qual se
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[...] pretende a transposição para o mundo jurídico de um fenómeno que é
socioecónomico: a empresa como centro fomentador do comércio, como sempre foi,
mas com um colorido com o qual nunca foi vista. (HENTZ apud RAMOS, 2008, p.
42).
Nesse sentido,
[...] para a teoria da empresa, o direito comercial não se limita a regular apenas as
relações jurídicas em que ocorra a prática de um determinado ato definido em lei como
ato de comércio (mercancia). A teoria da empresa faz com que o direito comercial não
se ocupe apenas com alguns actos, mas com uma forma específica de exercer uma
actividade económica: a forma empresarial. (RAMOS, 2008, p. 43).
Assim, a partir de tal concepção, o foco de atenção do Direito Comercial desvia-se dos actos
de comércio para a empresa.
Na esfera privada, os indivíduos são concebidos como pessoas físicas à procura da satisfação
de seus interesses particulares. Nessa esfera, os indivíduos podem associar-se e constituir
pessoas jurídicas com a finalidade de perseguir os mais diferentes objectivos: económicos,
políticos, religiosos, culturais, entre outros. A personalidade colectiva resultante dessa
associação segue, no entanto, sendo privada, e não se confunde, em momento algum, com a
associação e colectividade públicas. A associação pública é uma associação única e, portanto,
substantivamente diferente de todas as demais. O Estado é o resultado por excelência dessa
associação e representa a totalidade dos cidadãos, que a ele se encontram sujeitos. Todas as
outras formas de associação observadas na sociedade são parciais, ou seja, envolvem parcelas
dos cidadãos (Reis, 2014).
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O Direito Privado vem assumindo cada vez mais um cariz instrumental face à intervenção
económica do Estado, verificando-se uma redução da tradicional excepcionalidade jurídica
desta intervenção manifesta através do seguinte: por um lado, tem cada vez mais como
destinatários entidades privadas, cuja acção se tem associado à do Estado em prol dos
objectivos deste; por outro lado, o Estado tem rogado sujeitar-se deliberadamente ao mesmo,
embora encoberto de diversas capas, como é o exemplo das empresas públicas (Souza, 2018).
Não resulta ser consequência da mera capacidade de Direito Privado do Estado os meios
jurídicos ao dispor das entidades públicas, privadas e mistas destinatárias da sua
intervenção económica. São antes resultado do conjunto de prerrogativas e especificidades
atribuídas pelo Estado com o objectivo de facilitar a sua intervenção (Souza, 2018).
Ao Direito Privado compete assumir-se como o meio mais adequado para a manifestação da
vontade privada, nomeadamente em ordens jurídicas democráticas que, tal como a nossa, lhe
reconhecem carácter conformador da ordem jurídico-económica (Souza, 2018).
Ao Direito Público, enquanto direito do interesse geral, não compete intervir na esfera privada
da actividade económica. Os interesses da colectividade devem ser espontaneamente
realizados no mercado, através do livre jogo da iniciativa e do risco individual, apenas
regulados pelo Direito Privado, regra geral, o Civil e o Comercial. O Direito Público deve ser
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impermeável à Economia, exclusiva esta da iniciativa privada e consequentemente do Direito
que rege os privados (Souza, 2018).
A decisão económica não deve ser a primeira agenda de um Estado, mas antes o garantir da
vida social e política, estas sim nucleares do Direito Público. O Estado não deve inventar
finalidades próprias através de fundamentos que legitimam a intervenção económica realizada
através das suas empresas. Em vez de prescrever produtos e serviços para cada cidadão-
consumidor, deve antes actuar de modo a que cada um possa alcançar livremente as suas
próprias produções e consumos (Souza, 2018).
O Estado actua cada vez mais como um particular, relacionando-se com os demais despido da
veste de “imperium” e sujeitando-se ao Direito Privado. Um exemplo do que se acaba de
referir são precisamente as empresas públicas, onde o Estado-Legislador pretende
expressamente “jogar” no campo do Direito Privado (artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 558/99, de
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17 de Dezembro (doravante RSEE), que estabeleceu o regime jurídico do sector empresarial
do Estado e das empresas públicas). Sendo o Estado, um Estado de Direito e, em
consequência, sendo a obediência ao Direito para o Estado necessariamente estrita, a
capacidade de agir, a iniciativa para a acção, assim como os fins e critérios que lhe presidem
no relacionamento com os particulares, têm de encontrar um fundamento fora ou para além do
Estado (Albano, 2012).
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O apelo aos valores da ordem jurídica exigidos pela proibição do arbítrio pode ser traduzido
de uma forma positiva em que a proibição do arbítrio exija do Estado e consequentemente da
sua Administração, que a sua apreciação das situações e a procura das soluções seja guiada
pela já referida “ideia de justiça”. Uma decisão viola, no enquadramento definido, o princípio
da proibição do arbítrio se, de um modo claro, sem margem para quaisquer dúvidas, violar
essa síntese valorativa e afectar os sentimentos mais elementares de justiça da comunidade.
Independentemente do que acontecer e das posições que possam ser tomadas quanto à
legitimação da acção de um Estado, não pode deixar de se encontrar um lugar para o
Direito no Estado, um lugar para o Direito na Administração Pública, mesmo quando actuem
sob a alçada do Direito Privado (Reis, 2014).
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Administração pública são aplicados vários princípios, pois são os pilares para a actuação do
Administrador público nas empresas (Souza, 2018).
Princípio da impessoalidade
De acordo com o princípio da impessoalidade, qualquer gestor público, eleito, concursado ou
indicado, está ocupando um posto para servir aos interesses do povo. Assim, seus actos
obrigatoriamente deverão ter como finalidade o interesse público, atingindo o bem da
colectividade e não sua vontade pessoal; isto é, seus actos devem ser impessoais (Souza,
2018).
Princípio da moralidade
Segundo o Art. 37/ 4º, da Constituição Federal de 1988, é necessário que, além de legal, o ato
administrativo seja aceitável do ponto de vista ético-moral. Esse princípio corresponde à
aplicação de regras de correta administração regida pela ética, em perfeita conjugação com a
lei, para resguardar o interesse público (Souza, 2018).
Obedecendo a esse princípio, o gestor público, além de seguir o que a lei determina, deve
pautar sua conduta na moral comum, separando o bem do mal, o legal do ilegal, o justo do
injusto, o conveniente do inconveniente, além do honesto do desonesto, fazendo o que for
melhor e mais útil ao interesse público.
Princípio da publicidade
De acordo com o princípio da publicidade, a gestão pública deve divulgar os actos praticados,
por meio das Mídias, para que possam ser reconhecidos pelos órgãos estatais competentes e
por toda a sociedade. Este acesso à informação está previsto no inciso XXXIII do Art. 5 da
Constituição Federal de 1988, que afirma:
todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse colectivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Neste sentido, toda informação produzida, guardada, organizada ou gerenciada pelo Estado é
pública e deve estar acessível à população de forma legal, isto é, sem propaganda pessoal,
garantindo assim um verdadeiro controle social (Souza, 2018).
Princípio da eficiência
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O princípio da eficiência foi inserido na Constituição Federal de 1988, em seu Art. 37, após a
Emenda Constitucional n.º 19/98, e trata sobre a Reforma Administrativa do Estado. A partir
de então, a gestão pública passou, explicitamente, a ter o dever de ser eficiente (Souza, 2018).
Segundo esse princípio, o gestor público deve realizar suas atribuições com agilidade,
perfeição e rendimento funcional, ou seja, objectivando os melhores resultados, com
satisfatório atendimento às necessidades da comunidade, e a menor custo (Souza, 2018).
Princípio da legalidade
O princípio da legalidade estabelece a supremacia da lei escrita, condição para a existência do
Estado Democrático de Direito. O objectivo principal de tal princípio é evitar o arbítrio dos
governantes. O Estado concentra sempre enorme poder nas mãos dos governantes e de seus
funcionários e, não fosse o claro estabelecimento constitucional desse princípio, certamente o
poder exercido pela Administração Pública sobre os cidadãos seria exorbitante. De acordo
com esse princípio, toda acção estatal deverá, necessariamente, encontrar-se respaldada em
lei, e esta deve estar em conformidade com a Constituição (Reis, 2014).
A forma dos contractos é livre, porém o mesmo deve obedecer alguns requisitos intrínsecos
que devem ser respeitados quando da sua elaboração, denominados pela doutrina como
princípios gerais dos contractos, são eles (Albano, 2012):
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3. Conclusão
Aquando a revisão bibliográfica do tema supracitado, afirmo que Direito Empresarial é o
mesmo que Direito Comercial, mas o Direito Empresarial é mais amplo que este, pois alcança
todo exercício profissional de actividade económica organizada para produção ou circulação
de bens ou de serviços (excepto intelectual). Já o Direito Comercial alcança, em sua
concepção inicial, apenas os comerciantes que compram para depois revender. De qualquer
forma, o Direito Comercial é um ramo histórico do Direito, que surgiu pelas necessidades dos
comerciantes não respaldadas pelas normas do Direito Civil.
Está claro, que em qualquer sociedade, em menor ou maior grau, mas sempre presente, o
comércio apresenta-se como uma importante actividade que merece e precisa ser normatizada,
de forma a regulamentar sua prática, estimular a existência dele e inibir condutas que possam
desestruturá-lo. Na Antiguidade, conforme mencionado anteriormente, já existiam normas
que regulamentavam as actividades comerciais.
Pode-se dizer que no período da antiguidade até a metade da idade média possuíamos uma
economia de escambo, ou seja, uma economia baseada na troca de mercadorias. Deve ser
destacada que esta actividade de troca de bens entre os homens, que possibilitava a integração
entre as pessoas, sofreu uma grande estagnação durante a idade média, pois os feudos -
unidade social da época eram auto-subsistentes e as relações com outros feudos era
praticamente nula ou insignificante.
Porém, desde a antiguidade o homem buscava uma mercadoria padrão, aquela que fosse
desejada por todos e que não impedissem a realização das trocas, já que não eram raras as
excepções em que uma pessoa não se interessava pelo produto que lhe foi oferecido para a
troca. Esta economia baseada em uma mercadoria padrão é a origem da economia monetária
que utilizamos até hoje, o seu momento mais marcante se deu na baixa idade média, com o
surgimento dos burgueses.
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interessa das pessoas, contudo, os negócios que se utilizavam de metais preciosos eram muito
morosos, pois o metal deveria ter sua pureza comprovada e seu peso deveria ser conferido.
4. Referências bibliográficas
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