Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2ºGRUPO
Chimoio
2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO
3ᵒ ANO / LABORAL
Direito Comercial
I SEMESTRE
DOCENTE:
Msc. Hélder Titos
DISCENTES:
1. Introdução ................................................................................................................................... 1
Conclusão........................................................................................................................................ 9
Bibliografia ................................................................................................................................... 10
1. Introdução
O Direito Comercial, também conhecido como Direito Empresarial, é um ramo do Direito que
regula as relações jurídicas decorrentes da atividade empresarial. Ele abrange as normas que
disciplinam a organização, a estruturação e o funcionamento das empresas, bem como as relações
jurídicas entre empresários, fornecedores, clientes, funcionários, credores e outros agentes
econômicos.
Para a elaboração do presente trabalho, houve uma pesquisa bibliográfica e electronica ( livros
electronicos) com base para rrecolha de informações.
1
Noções do Direito Comercial
(Ascarelli 1976 ) O direito comercial é um ramo do direito privado e abarca o conjunto de normas
relativas aos comerciantes no exercício da sua profissão. A nível geral, pode-se dizer que é o ramo
do direito que regula o exercício da actividade comercial. Seu objeto de estudo é resolver os
conflitos de interesses envolvendo empresários ou relacionados às empresas.
Também nesse período da formação do direito comercial, surgem seus primeiros institutos
jurídicos tais como títulos de crédito (letra de câmbio), as sociedades (comendas), os contratos
mercantis (contrato de seguro) e os bancos.
Além disso, algumas características próprias do direito comercial começaram a se definir, como o
informalismo e a grande influência dos usos e costumes no processo de elaboração de suas regras.
Este regulamento específico visa garantir que a economia de mercado funcione de forma correta e
eficiente e que não haja fraudes empresariais ou abusos por parte dos consumidores. A atividade
empresarial precisava de seu próprio código e regulamentação, uma vez que não tem a mesma
finalidade ou as mesmas estruturas dos contratos comerciais e civis.
O direito comercial organiza tanto a atividade estrangeira das sociedades com outros operadores
jurídicos como a sua atividade interna (contas anuais, contabilidade, etc.). Existe uma jurisdição
específica para resolver os conflitos que possam surgir em relação a esses contratos comerciais.
Esta jurisdição é a comercial com seus próprios juízes e tribunais (bem como a jurisdição civil ou
trabalhista).
O critério objectivo é aquele que diz respeito aos actos de comércio em si mesmos. Em
contrapartida, o critério subjectivo relaciona-se com a pessoa que desempenha a função de
comerciante.
2
O direito comercial não é estático, uma vez que se adapta às necessidades mutáveis das empresas,
do mercado e da sociedade em geral. Porém, são sempre respeitados cinco princípios básicos:
Direito profissional (na medida em que resolve conflitos próprios dos empresários).
O direito comercial visa estruturar a organização empresarial moderna e regular o estatuto jurídico
do empresário, entendendo-se como tal a pessoa que realiza actos de comércio. Por outro lado, os
actos de comércio são aqueles que são levados a cabo com a finalidade de obter lucro.
Dentro do direito comercial ainda há a presença de outros ramos do direito a fim de regulamentar
e organizar as atividades, tais como os seguintes:
– O Direito do Trabalho que cuida das relações entre o empregador e o empregado e também
com as entidades sindicais;
– O Direito Penal que fica responsável por tratar dos crimes por parte de administradores e de
contadores;
– Há também o Direito Previdenciário que ampara as pessoas jurídicas que são contribuintes da
previdência;
Dentre as características do direito comercial tem-se que ele precisa estar em harmonia com as leis
vigentes no país (assim como com as normas e códigos) e também deve ser estudada quais as
3
condições para a realização das atividades comerciais, inclusive no caso de estrangeiros, pois
consegue-se um equilíbrio na sociedade.
Uma outra característica do direito comercial é que nele há a presença da onerosidade, ou seja,
algo é dado em troca de outro algo, por exemplo: perde-se uma quantia em dinheiro por um calçado
novo. E apesar de existirem promoções em que leva-se um produto gratuitamente e isso querer
significar a ausência de onerosidade, ainda assim a pessoa teve que levar um outro produto para
ter aquele gratuito (e nesse não há gratuidade).
Fase medieval: nessa fase, o comércio era pouco desenvolvido e as atividades comerciais eram
reguladas por normas religiosas e costumes locais. A figura do mercador era importante, mas ainda
não havia uma legislação específica para as atividades comerciais.
4
Fase mercantilista: a partir do século XV, com o surgimento das grandes navegações e a expansão
do comércio internacional, o direito comercial começou a se desenvolver de forma mais
sistematizada. Nessa fase, surgiram as primeiras leis comerciais, voltadas para a proteção dos
interesses dos comerciantes e a promoção do comércio.
Fase liberal: com o advento do liberalismo econômico no século XIX, o direito comercial passou
a ser regido pelo princípio da liberdade contratual, que previa a mínima intervenção do Estado nas
atividades comerciais. Nessa fase, surgiram diversas leis que regulavam as sociedades empresárias
e as atividades comerciais.
Fase social: a partir do século XX, com o surgimento do Estado social e a crescente preocupação
com a proteção dos direitos dos trabalhadores e consumidores, o direito comercial passou a ser
marcado por uma maior intervenção do Estado. Surgiram leis que buscavam garantir a segurança
jurídica das relações comerciais e a proteção dos direitos dos mais vulneráveis.
Fase global: a fase global do direito comercial é caracterizada pela intensificação das relações
comerciais internacionais e pela necessidade de harmonização das normas e regras que regem o
comércio entre países. Nessa fase, surgem novos instrumentos jurídicos internacionais, como
acordos e convenções internacionais, que buscam estabelecer padrões comuns e reduzir as
barreiras comerciais.
Primeiras Normas comerciais
É justamente neste momento histórico, quando as pessoas adotam um fator comum de troca, que
as relações comerciais surgiram. Assim, também começaram a ser criadas as normas
que impunham condutas iguais para todos os que se envolvessem.
A relação comercial entre as pessoas já era prevista desde o tempo do Código de Hamurabi. Ele
continha formas primitivas de ajustes de pessoas, que se aproximavam da sociedade, em setores
de produção econômica. O Código de Hamurabi previa ainda em seu art. 99 regras que
disciplinavam os efeitos das sociedades.
Quando vários homens se reúnem para cooperar, cada um com o seu trabalho, em uma mesma
empresa, tal é a maneira por que deve ser feita a distribuição das partes”
Seguindo na linha histórica, e ainda na lição de Arnaldo Rizzardo, no ano de 1409, na cidade de
Gênova, surgiu a primeira sociedade por ações. O fato ocorreu quando a então Banca di San
Giorgio fracionou o seu capital em títulos de crédito, todos de igual valor.
5
Ainda a título de exemplo, o mútuo bancário teve origem nas bancas que eram instaladas nas
entradas das feiras livres. Elas constituíam grandes acontecimentos de circulação de dinheiro e de
outros valores, guardados em locais protegidos, que se chamaram casas bancárias. Desse modo,
como os valores não eram retirados de imediato, passou a surgir a prática do empréstimo dos
excedentes.
Se dividem em 7 (sete):
6
Simplicidade ou Informalismo: há menos formalismo desnecessário, sendo muito mais prático
do que as demais áreas, visando não atrapalhar o devido desenvolvimento econômico.
Elasticidade: muitos princípios são elucidativos (claros em si mesmos); refere-se ao fato de que
este ramo deve transcender os limites nacionais territoriais e estar ligado, atento, antenado aos
costumes empresariais, mais do que aos diplomas normativos ultrapassados: caráter renovador
e dinâmico.
Questões de falência: Esta parte do regulamento é indicada para quando as empresas estão em
processo de falência. Ou seja, quando não conseguem arcar com suas dívidas.
Lei de câmbio: Este regulamento é responsável pelos cheques e notas promissórias. Propriedade
Industrial: Este regulamento está encarregado de proteger a inovação tecnológica industrial.
Lei corporativa: Esta parte se encarrega de impor as regras sobre as formas de sociedade que uma
empresa pode realizar, bem como seus benefícios, parceiros, organização, etc.
Lei da concorrência: Essas regras são responsáveis por regular que haja competição saudável
entre empresas, podendo obter todas as mesmas oportunidades com as mesmas características.
7
Fontes materiais
As fontes materiais do Direito Empresarial são os fatos econômicos. Em outras palavras, são os
fatores e acontecimentos mercadológicos que influenciam toda a economia de um país.
Fontes formais
Já as fontes formais indiretas são a analogia, costumes e os princípios gerais do direito. Tratam-
se de formas de integração da lei, quando há alguma lacuna ou necessidade de interpretação, diante
de um caso concreto.
O Código Napoleônico
O direito comercial inaugura, então, sua segunda fase, podendo-se cogitar num sistema jurídico
estatal preocupado em disciplinar as relações jurídico-comerciais.
O Código Napoleônico era reconhecidamente um direito que atendia aos interesses da nobreza
fundiária e estava fortemente concentrado no direito de propriedade. Por sua vez, o Código
Comercial encarnava o espírito da burguesia comercial e industrial, valorizando a riqueza
mobiliária.
A divisão do direito privado em civil e comercial em dois grandes corpos de leis a reger as relações
jurídicas entre os particulares cria a necessidade de criar critério que delimitasse a incidência de
cada um desses ramo.
8
Conclusão
Em resumo, o direito comercial, também conhecido como direito empresarial, é um ramo do direito
que regula as atividades comerciais e empresariais, garantindo a proteção dos direitos dos
empreendedores, consumidores e sociedade em geral. Os princípios fundamentais do direito
comercial, como a livre iniciativa, a livre concorrência, a função social da empresa, a proteção ao
consumidor e a preservação da ordem econômica, são essenciais para o equilíbrio e o
desenvolvimento do mercado, promovendo a eficiência e a competitividade das empresas. É
importante que os empreendedores e profissionais da área do direito estejam familiarizados com
os princípios e normas do direito comercial para atuar de forma adequada e eficiente no mercado
9
Bibliografia
10