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Trabalho de Direito Civil

Direitos da Personalidade

1 - O que significa dizer que os direitos da personalidade são intransmissíveis e


irrenunciáveis?

Direitos intransmissíveis são aqueles direitos em que a lei proíbe a sua transmissão. Ex.


Posse em Concurso Público. Públicos e privados.

A irrenunciabilidade de direitos é a impossibilidade jurídica de privar-se do recebimento de


uma ou mais verbas de natureza trabalhista. Isso significa, na prática, que o profissional não
pode abrir mão de direitos de ordem pública de forma voluntária, como as férias, por exemplo.

Art. 11 do Código Civil: Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

2 - O que significa dizer que pode-se exigir que cesse a ameaça ou a lesão a direito da
personalidade e reclamar perdas e danos?

A lesão a direito da personalidade dá ensejo à reclamação por perdas e danos. Em caso de


falecimento da vítima, a legitimidade ativa ad causam pertence ao cônjuge sobrevivente, ou a
qualquer parente na linha reta ou colateral até o quarto grau, de acordo com norma expressa
do Código Civil.

Art. 12 . Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar
perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto
grau. 

3 - O que significa dizer que é defeso o ato de disposição do próprio corpo?

DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO CORPO (ART. 13 E 14)

1. REGRA: PROIBIDA.
2. EXCEÇÕES:
 EXIGÊNCIA MÉDICA.
 TRANSPLANTE.
 DEPOIS DA MORTE: FIM CIENTÍFICO OU ALTRUÍSTICO

Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso ( PROIBIDO) o ato de disposição do próprio corpo, quando
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

4 - Explique o artigo 14 e 15 do Código Civil brasileiro.

A doutrina chama de consenso afirmativo o ato pelo qual a pessoa capaz manifesta a sua
vontade no sentido de dispor gratuitamente do próprio corpo nas condições do artigo 14,
podendo ser revogada a qualquer tempo nos termos do parágrafo único do mesmo
dispositivo.
Contudo, é possível a retirada de tecidos, órgãos ou partes do falecido mediante a autorização
de qualquer parente capaz, da linha reta ou colateral até o segundo grau, ou do cônjuge
sobrevivente, instrumentalizada por um documento firmado por duas testemunhas presentes,
nos termos do que prevê o artigo 4º da lei de transplantes.

Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no
todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único
.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico
ou a intervenção cirúrgica.

5 - Explique o artigo 16, 17 e 18 do Código Civil brasileiro


.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

6 - É possível uma pessoa requerer a proibição da utilização de sua imagem?

O uso de imagem com consentimento silencioso ou presumido é o mais praticado, sobretudo


quando se trata da imagem de pessoas públicas ou notórias em meios de divulgação de
informações, como revistas, jornais, livros e canais televisivos que usam livremente a imagem de
pessoas sem solicitar a autorização.

Nesse caso, esses veículos se apoiam na justificativa do uso meramente informativo ou educativo
da imagem. Este uso informativo é lícito no Brasil e na maioria dos países, e está vinculado ao
direito coletivo à liberdade de informação, em que todos têm o direito de informar e serem
informados.

Porém, mesmo este uso informacional pode acarretar em constrangimentos jurídicos, caso a
pessoa seja retratada em situações desrespeitosas ou tenha seus momentos íntimos – em local
público ou privado e não relacionados à atividade ou trabalho que a tornou famosa – expostos.

A violação do direito de imagem, portanto, ocorre quando há o uso não autorizado, e está previsto
em lei quando ocorre em duas situações:

 Uso não voluntário


 Uso não voluntário para motivos torpes

Ambas as situações são passíveis de sanções penais graves. De acordo com o Código Civil
Brasileiro (capítulo 2, artigo 20), a violação do direito de imagem é descrita como:
“Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a
utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo
da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se
destinarem a fins comerciais.”

7 - Tendo em vista que a vida privada da pessoa natural é inviolável, qual o instrumento
necessário para impedir ou fazer cessar este ato?

A intimidade corresponde ao conjunto de informações da vida pessoal do indivíduo, hábitos,


vícios, segredos desconhecidos até mesmo da própria família, como por exemplo, as preferências
sexuais, dentre outros, ao passo que a vida privada está assentada no que acontece nas relações
familiares e com terceiros, como interferir em empréstimo feito junto aos seus familiares ou obter
informações sobre o saldo bancário do empregado, devendo ser preservado no anonimato o que ali
ocorre. Dito isto, constata-se que o direito à intimidade se situa em um círculo concêntrico menor
que o direito à vida privada.

Finalmente, cumpre salientar que tanto a proteção à intimidade como à vida privada devem ter
como fundamento maior a proteção à dignidade da pessoa humana, da qual emana toda e
qualquer proteção ao indivíduo.

No direito brasileiro, o direito à intimidade e à vida privada é reconhecido no artigo 5º, X, da


Constituição da República Federativa Brasileira de 1988, assim como na cláusula geral do artigo 21
do Código Civil brasileiro. É relevante notar-se, ainda, em relação ao ordenamento pátrio, que a Lei
de Imprensa (Lei n º. 5250/67) foi o primeiro instrumento legislativo a tutelar expressamente o
direito à intimidade e à vida privada.

21 do Código Civil: “A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do


interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a
esta norma”.

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