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Podendo ser apresentado como sinônimo de direito privado, o Direito Civil pode
ser descrito como o “direito do cidadão”, que rege as condutas das pessoas na
vida em sociedade.
Este artigo tem como objetivo fazer um resumo do que é o Direito Civil e de
como ele é aplicado na área jurídica brasileira, além de apresentar o Código
Civil e as suas particularidades e indicar alguns livros sobre o assunto.
Continue o artigo abaixo!
Dessa forma, este artigo irá se ater exclusivamente aos limites de atuação e de
regramentos que o Código Civil impõe na matéria.
O Código Civil (Lei
10.406/2002): o que é?
Dentro do ordenamento jurídico brasileiro, o Direito Civil, entendido então como
as áreas do direito privado que não são regidas por entendimento jurídico
específico, é regido pelo Código Civil, atualmente o de 2002, estabelecido
através da lei nº 10.406.
O Código Civil de 2002 é composto por 2.046 artigos e é norteado por três
princípios: socialidade, eticidade e operabilidade (ou concretude). Além disso, é
dividido em duas partes: a Parte Geral e a Parte Especial.
Os princípios e as partes do Código Civil de 2002 são abordadas de forma
mais minuciosa abaixo. Continue lendo!
Socialidade
O princípio da socialidade é provavelmente o princípio fundamental do código
civil atual que mais antagoniza o de 1916.
O princípio da socialidade que guia o código civil atual coloca o coletivo sobre o
individual, diferente da proposta do Código Civil de 1916, que era altamente
individualista.
“Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do
contrato”.
Eticidade
O princípio da eticidade rege não somente o Direito Civil, mas como todo o
ordenamento jurídico brasileiro.
A eticidade traz a ideia de que a aplicação da lei deve ser realizada levando em
consideração a boa-fé objetiva e subjetiva, além da justiça, da ética, da moral e
com valores de equidade e probidade.
Isso quer dizer que é um princípio guia do Direito Civil a busca pelo combate à
injustiça e a qualquer atitude que seja de má-fé, realizada de forma antiética e
imoral.
A eticidade como princípio do Código Civil de 2002 pode ser vista, por
exemplo, no artigo 113, que define que os negócios jurídicos devem ser
interpretados a partir do princípio da boa-fé entre as partes:
Esse princípio tem como objetivo dar mais autonomia ao julgador para que
aplique as regras e normas impostas pelo Código Civil de uma forma menos
genérica e abstrata, levando em consideração o caso concreto.
1. Das Pessoas
O primeiro livro do Código Civil de 2002 trata das regras e normas, dentro do
âmbito do Direito Civil, para as pessoas (naturais e jurídicas).
2. Dos Bens
O Livro 2 da parte geral do Código Civil de 2002 trata das classificações dos
bens.
A parte especial é dividida em cinco livros: o direito das obrigações, direitos das
empresas, direto das coisas, direito da família e o direito das sucessões.
O direito das obrigações é uma parte substancial do Direito Civil, tendo como
regramentos os artigos 233 a 965 do código civil.
2. Direito de Empresa
O segundo livro da parte especial do Código Civil apresenta os regramentos
sobre os tipos de empresa, sobre os direitos e deveres do empresário, sobre a
constituição e dissolução de uma empresa e dos direitos e deveres dos sócios.
Nessa parte do Direito Civil e do Código Civil de 2002, aborda-se: posse, direito
à propriedade, habitação, uso de bens, direitos do comprador, penhora,
hipoteca e outros temas relacionados com os direitos das pessoas com as
coisas.
Para saber mais sobre o tema, confira o Juriscast #57, sobre conflitos
sucessórios, com a especialista Dra. Maria Amélia Araújo:
Com efeito, as diferenças entre os dois códigos legais são ainda mais amplas,
quando se trata de analisar artigo à artigo. Aqui, contudo, interessou-nos
pontuar apenas as grandes mudanças de concepção trazidas pela nova
redação do Código de 2002.
Leia também:
Editora: Método;
Páginas: 1704 páginas;
Editora: ArkiUltra;
Páginas: 666 páginas.
Conclusão
O Direito Civil, embora possa ser visto como toda a relação jurídica particular
do cidadão na sociedade, é formado pelos direitos privados que não possuem
regulamento específico, ficando sob o guarda-chuva do Código Civil de 2002.
Dessa forma, é notável que o Direito Civil não só é muito importante para a
manutenção da vida em sociedade e na preservação dos direitos individuais e
coletivos, como também permeia toda a atividade do profissional do direito.