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FACULDADE MAUÁ
História do Direito
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................ 77
História do Direito 2
MÓDULO 1 – DO MUNDO ANTIGO
O direito, portanto, é intrínseco para a vida social, não podendo o homem existir
em suas ideias formais de organização sem o direito, assim como o direito não é
capaz de existir sem o homem. Assim como aponta Flávia Lages de Castro (2007, p.
2), veja:
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são possíveis sem o Homem, porque é o Ser Humano quem faz o
Direito e é para ele que o Direito é feito.”
Como se pode notar, o direito em todos esses aspectos tem como objetivo obter
justiça e garantir o bem comum, observando a individualidade de cada caso, dando
uma solução ponderada e merecida, calcado na interpretação adequada de acordo
com os princípios gerais do direito. Como afirma Ronaldo Leite Pedrosa (2006):
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Desse modo, o direito surge em cada sociedade de acordo com suas próprias
regras, a partir de suas culturas, histórias e tradição.
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Moderna, até a Revolução Francesa, ocorrida em 1789; Idade Contemporânea, até
os dias atuais.
Portanto, é certo afirmar que toda organização social dispõe, ainda que
primitivamente, de um sistema jurídico. Como afirma WOLKMER, falar de um direito
arcaico ou primitivo vai muito além dos horizontes das civilizações que dominavam a
escrita:
Nesse momento, ainda não há uma diferenciação efetiva entre o que é jurídico
e o que não é jurídico. A que se apontar que as fontes jurídicas primitivas
são escassas. Seus precedentes decorriam do julgamento de relações concretas e
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interpessoais, conflitos que ocorriam entre os membros da comunidade, e eram
normalmente decididas por um chefe ou ancião, que repetia a tradição estabelecida
por líderes tribais anteriores. Estes procedimentos orais eram propagados por
gerações, designados por Gilissen como os “provérbios e adágios”, em paralelo ao
conceito moderno de “precedentes judiciários”.
Pode-se afirmar que o direito penal é a esfera mais antiga da história do direito.
O direito primitivo priorizava a criminalidade. A pena sempre foi uma ferramenta efetiva
de contenção do ímpeto humano. Mas essas penas eram sangrentas e brutais, não
havendo o mínimo de proporcionalidade entre pena e transgressão. O direito penal
primitivo era extremamente retributivo, assinalando esse momento da história como o
Período da Vingança.
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Portanto, o autor orienta que a lei primitiva não dispõe apenas de aspectos
negativos, resumindo-se no castigo como consequência para toda transgressão, mas
pode também assumir um caráter positivo, ao usar da recompensa para aqueles que
satisfazem as regras de convivência.
A partir de certo momento, o mero costume já não era o suficiente para conduzir
o direito e seu desenvolvimento na normatização social, pois as sociedades já
passaram a reunir e formar grandes cidades e sociedades urbanas complexas. Foi
na Mesopotâmia, a região entre os rios Tigre e Eufrates, que surgiu a técnica de
escrita cuneiforme, desenvolvida pelos sumérios, por volta de 3100 a.C., que tratava-
se de símbolos de aspecto anguloso gravados em tábuas de argila, marcados por
cunhas.
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Com o nascimento da grafia, normas sociais puderam ser registradas e
consolidadas, possibilitando uma melhor transmissão de conhecimento. Assim
começaram a surgir os primeiros textos jurídicos, que se pode chamar de códigos,
que constituíam de normas de direito um tanto quanto abstratas.
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trazendo em seu conteúdo princípios de direito penal e civil, contribuindo
especialmente ao prever direito de família e responsabilidade civil, por exemplo, a
determinação de que se um animal portador da raiva, levasse alguém a morte, era da
responsabilidade de seu dono depositar certa quantia nos cofres públicos. Este código
tornou-se base para o código de Hamurabi.
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Os Wardu: tratava-se da classe dos escravos. Estes muitas vezes eram
inimigos derrotados em guerra, mas a escravidão podia também ser
determinada pela hereditariedade.
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Art.229º – Se um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente
e a casa que ele construiu cai e fere de morte o proprietário, esse
arquiteto deverá ser morto.
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espalhados por cada unidade política, que traçavam as características do direito
público e privado, de acordo com suas individualidades.
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A luz de José Manuel de Sacadura Rocha (2015) podemos afirmar que os mais
importantes legisladores gregos foram Drácon (século VII a.C.) e Sólon (640
a.C. – 558 a.C.), ambos cidadãos Atenienses. As leis de Drácon são conhecidas por
suas notáveis determinações penais, especialmente suas previsões quanto ao
homicídio. Enquanto Sólon fora responsável por reformar as Leis de Drácon, em busca
de melhorar código quanto ao grau de crueldade de suas sanções, assim como
aprimorar seus aspectos civis.
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Sólon não modificou as distinções entre homicídio voluntário, involuntário e
legítima defesa. Assim como propôs elucidar a separação entre Direito Privado e
Público, a partir de normas claramente aplicadas para a vida social, como por
exemplo, estabelecendo pela lei que o pai que não ensinasse um ofício ao filho
desobrigava este de abrigá-lo e cuidar quando estivesse velho.
Os textos literários,
assim como a filosofia, são
também de grande importância
para a edificação do
pensamento ocidental, assim
como para a organização
política. Para mais, a noção de
justiça grega ainda preserva-
se no âmago das civilizações
ocidentais modernas.
Em virtude da leitura
desses registros, verifica-se para os pensadores gregos, o direito origina-se do nomos,
regras ou leis transmitidas por costumes. Esse conceito foi usado primeiramente por
Hesíodo, “que tratava em seus escritos da justiça do camponês; contrapondo-se a
Homero, o qual apresentava suas epopeias a justiça aristocrática”, como afirma
Vicente Bagnoli (2014). Desse modo, compreende-se a ideia de nomoscomo uma
limitação do poder, quando os indivíduos devem obedecer tão somente a lei. Convém
ressaltar que, o nomos entende as leis não no sentido romano e moderno, mas no
costume, pois, o Grego ainda não visualizava a constituição de codificações
normativas.
Em suma, vale ressaltar o papel do direito privado na Grécia, embora não tenha
influenciado muito o direito ocidental moderno. Essa modalidade de direito
preconizou-se em Atenas em seu período clássico (séculos V e IV a.C.), pois se
constituía predominantemente de traços individualistas, viabilizando a livre disposição
de bens e do indivíduo em particular. Vicente Bagnoli (2014, p. 34) destaca ainda as
orientações de John Gilissen, afirmando que há regras que
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favorecem em maior grau a liberdade individual grega, do que em Roma, usando de
três exemplos:
Diante do exposto, vale ratificar que a contribuição grega foi mais significante
para o direito público do que para o direito privado. Isso devido à valorização e
primazia do direito público que intensificou o pensamento político, cujo reflexo pode
ser verificado no próprio direito privado; este, não possui papel central na civilização
grega e também é marcado por traços da liberdade individual e significância da
manifestação de vontade nos contratos. Características que só podem tratar de uma
sociedade que encorajava a atividade política por parte dos cidadãos.
Na perspectiva de Platão e
Aristóteles, o direito e as leis eram
princípios primordiais para a
organização da polis, e objetos cruciais
para atingir o ideal de bem. Cumpre
observar que, para Platão, o uso do
termo ‘ideia’ está vinculado diretamente
com a ética; sendo assim,
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como de fato existente e verdadeira, e o problema estando em introduzir o Estado a
ela. O que resulta desse raciocínio é os governantes buscarem a sabedoria, tornando-
se filósofos, e os filósofos deveriam ser governantes, como esclarece Bagnoli,
resultado que garantiria alcançar a ideia de justiça
Em suma, para Platão, as leis são justas quando visam atingir o bem
comum, logo, estarão afastadas da verdade de justiça aquelas leis que
tenham o escopo de proteger interesses de um grupo ou uma classe. As
leis, elaboradas por sábios, devem participar ao máximo da ideia de
justiça, sendo que devem ser seguidas por todos, inclusive pelos
governos.
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Da perspectiva filosófica aristotélica, faz-se
necessário distinguir igualdade numérica e proporcional.
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função da lei e da constituição do direito, relacionados intrinsecamente a ideia de
justiça.
Ora, nenhum direito do passado reúne, para esse fim, as condições que
o direito romano apresenta. Abarcando mais de 12 séculos de evolução
– documentada com certa abundancia de fontes -, nele desfilam, diante
do estudioso, os problemas de construção, expansão, decadência e
extinção do mais poderoso império que o mundo antigo conheceu. É
assim o direito romano notável campo de observação do fenômeno
jurídico em todos os seus aspectos.
O direito romano engloba mais de mil anos de história, no que tange o conteúdo
geral. A partir de 449 a.C. com a Lei das Doze Tábuas (Lex DuodecimTabularum) até
aproximadamente 530 d.C. e o Corpo de Direito Civil por Justiniano.
“Três vezes Roma conferiu leis ao mundo e por três vezes serviu de laço
de união entre os povos: primeiro, em face da unidade do Estado,
quando o povo romano se encontrava no auge do seu poder; depois, na
unidade da igreja nascente da queda do império; e, finalmente, pela
unidade do direito ao ser adotado durante a Idade Média.”
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3.1 O Período Arcaico
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3.2 Lei das Doze Tábuas
Embora os autores antigos dêem a entender que a Lei das XII Tábuas
abarcava todo o direito público e privado (Tito Lívio, III, 34, 3, a ela se
refere como fons omnis publicipriuatique iuris - "fonte de todo o direito
público e privado"), isso não procede. Com efeito, exceto as normas
relativas a direito penal, são escassos os dispositivos que tratam do
direito público, não havendo quaisquer regras sobre os institutos
fundamentais do direito constitucional e do direito administrativo. Quanto
ao direito privado, é ele tratado com mais largueza, embora, ainda aí, as
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lacunas sejam consideráveis. Apenas com referência ao processo, é que
se encontram dispositivos mais numerosos e que obedecem a uma
sistemática. Portanto, a Lei das XII Tábuas não era um código como os
modernos, que se ocupam de determinado ramo do direito (por exemplo;
código civil, código comercial, código penal), mas lei geral que continha
dispositivos sobre direito público e direito privado. Girard, observando
que ela dedica especial cuidado à agricultura, o que, aliás, estava de
acordo com a civilização da época, a caracteriza como código rural.
Além das Doze Tábuas, outras fontes jurídicas também conhecidas dos
primórdios do direito romano são:
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Figura 12 Império Romano. Fonte: pixabay.com
A principal inovação nesse período ocorreu devido ao trabalho exercido pelos pretores.
Esta função não se assemelhava com os juízes modernos, pois os pretores não usavam de
provas, estes buscavam compreender ambas as partes e decidir como julgariam o processo.
Nesse momento, entrava o iudex (que cumpria de certo modo a função de juiz)que com a partir
das informações do pretor, julgaria a causa e aplicava a sentença.
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Neste período destacam-se alguns dos maiores jurisconsultos. Alguns destes
sistematizadores do direito romano, e criadores de conceitos tópicos da ciência
jurídica romana, seriam elevados a posição de fonte imutável do direito romano no
período Justiniano:
Os contratos nominados, que hoje fazem parte da grande maioria dos códigos
civis modernos (prestação de serviços, venda, aluguel etc.)
Marcou-se o fim do período clássico com a redução dos trabalhos dos pretores
e jurisconsultos, e o cerceamento de sua autoridade e, ao longo do tempo, o
crescimento do poder do imperador.
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O período pós-clássico começa aproximadamente no século três d.C. Neste
momento o direito passa a ser elaborado quase que unicamente pelo estado. Este
período é marcado pelo surgimento do processo extraordinário, que é próximo em
semelhança com processos hodiernos, onde o autor apresentava os fatos ao
magistrado que designava um empregado para conduzir o autor durante a denúncia.
Esse mesmo magistrado acompanhava o processo, eliminando a necessidade de um
juiz. Outra importante observação é que, nesse momento, o magistrado já usava de
fatos e provas para decidir a lide, diferente dos pretores do período anterior.
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esforços da reunião da legislação em único documento.
DEMO, Wilson (2000, p. 78-79)
A partir disso, pode-se afirmar que a influência cristã no direito romano surgiu
com mais força no direito de família, e não patrimonial.
É neste período que surgem os juízos de Deus, aplicados por juízes que não
dispunham o mínimo de aptidão e competência para assumir tal cargo. Que
determinavam juízos baseados em evidências e constatações absurdas, como: “o
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acusado era obrigado a segurar nas mãos nuas uma barra de ferro incandescente. Se
depois alguns dias a mão não estivesse infeccionada, o acusado era absolvido,
porque Deus o tinha protegido”.
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momento. Encarregados por Justiniano, os jurisconsultos Triboniano, Teófilo e
Doroteu em 533 d.C. lançaram um estudo de introdução ao direito, direcionado a
estudantes, denominado de Institutiones. Justiniano ainda expediu um grande número
de constituições imperiais modificando a legislação vigente, entre c. 535 e 565 d.C.
Formaram um total de 177 volumes que, após a morte de Justiniano, foram
compiladas e denominadas de Novelles(Novelas). O conjunto de obras transcritas
durante o período Justiniano, formado pelo Codex, o Digesto e as Pandectas as
Intitutiones e as Novelles é chamado de Corpus Juris Civilis, o corpo do direito civil.
A expressão Corpus Juris Civilis, no entanto, não foi lançada por Justiniano,
mas pode ser creditada ao romanista Denis Godefroy, que atribuiu este nome à
compilação jurídica romana, como afirma Ralph Lopes Pinheiro (1997, p.45):
O Corpus Juris Civilis de Justiniano passou por uma série de revisões ao longo
de sua subsistência, com o propósito de simplificação e sumarização, assim como
atualizar seu conteúdo. Dessas, as mais importantes foram a Écloga, de 740 d.C.,
pelo Imperador Leão, o isaurino; e as Basílicas, desenvolvidas e promulgadas ao final
do século IX, pelo imperador Leão, o filósofo. O código susteve-se até a tomada de
Constantinopla pelos Turcos, já no século XV, depois de ser recuperado pelo direito
canônico, das universidades medievais.
3.5 Apêndice
História do Direito 35
Justiniano, para melhor elucidação e, também, viabilizar um modelo de pesquisa
comparativo ao estudante. Segue em nota, os trechos atualizados e dispostos na obra
de José Manuel Sacadura Rocha (2015), dos textos que compõe o Corpus Juris
Civilis: Institutas, Digesto e Novelles.
3.5.1 DIGESTO
Livro Primeiro, 1
Da Justiça e do Justo
História do Direito 36
homens.
Assim, o direito civil é o que deriva das leis, dos plebiscitos, dos senátus-
consultos e da autoridade dos jurisprudentes. O direito pretório é o que
os pretores introduziram para interpretar, integrar ou corrigir o direito civil
em razão da utilidade pública. O qual também se designa por honorário,
em honra dos pretores.
3.5.2 INSTITUTAS
Título XVI
Título XVIII
§ 4. Idem o da lei Julia dos Adultérios, a qual pune com a degolação não
só os violadores do leito conjugal alheio, como também os que ousam
exercer a pederastia. Pela mesma lei pune-se o crime de estupro,
quando alguém tiver cópula sem violência com uma virgem ou viúva que
vivia honestamente. A pena, que ela impõe aos culpados, é a do confisco
da terça parte dos bens, se são pessoas honestas, e a de açoites e
degredo, se são de extratos baixos.
3.5.3 NOVELLES
História do Direito 39
Figura 15CORPUS IURIS CIVILIS ROMANI. Gothofredus, 1583
A queda do Império começa com uma crise econômica incentivada pela diminuição das
guerras e, consequentemente, arrecadação de espólios de guerra, onde podemos incluir os
escravos. Exaurindo a mão de obra, diminuindo a produção. Desencadeando um processo de
ruralização, com a maior parte da população vivendo no campo, a partir do estabelecimento do
História do Direito 40
regime de colonato. Gerando, assim, a descentralização administrativa delegando aos grandes
proprietários a cobrança de impostos.
O Império Romano Ocidental culmina em sua queda a partir do processo das invasões e
ocupações bárbaras, no entanto sua influência jamais deixou o continente europeu. Muitos dos
aspectos administrativos e religiosas, como o iuscivile como o direito das populações, foram
conservadas através dos séculos nas regiões latinizadas. Ao norte do antigo império predominou-
se o direito germânico.
Aliás, à parte alguns clérigos, ninguém sabia escrever; os juízes leigos eram
incapazes de ler textos jurídicos. A justiça era feita, em grande parte, apelando para
a vontade divina; foi a época dos ordálios e dos duelos judiciários. Todos os vestígios
do direito romano desapareceram por volta do século X, exceto em algumas regiões
de forte tradição latina como a Itália, Espanha e sul da França, onde sobreviveram
sob a forma de costumes locais. (Apud. WOLKMER, 2015 p.111)
Além do direito feudal, pode-se afirmar que o direito canônico estabeleceu-se como único
ordenamento escrito durante toda a Idade Média, dada especialmente a sua uniformidade
alcançada a partir de Gregório VII. Desse modo, conservou-se de certa maneira a jurisprudência
romana através do direito eclesiástico, mas sempre tratado como uma fonte complementar da
justiça canônica, estando sob o julgo do direito divino e dos poderes e decretos eclesiásticos.
Alta Idade Média (séculos V a IX d.C.): onde se desenvolveu o direito canônico a partir das
fontes de direito romano e germânico.
Baixa Idade Média (séculos IX a XV d.C.): este período foi marcado pelo direito feudal,
assim como o renascimento do direito romano a partir das universidades.
Nossos estudos serão orientados a partir das ordenações jurídicas que contribuíram para a
edificação do direito europeu, e consequentemente o direito ocidental como um todo. A partir do
direito presente nas tradições e condutas dos povos germânicos; o direito consuetudinário feudal
História do Direito 42
e os contratos de vassalagem; o direito clerical, advindo da organização eclesiástica e os princípios
cristãos, denominado direito canônico até a redescoberta do direito romano, a partir das
universidades.
Como ressalta a autora, tratavam-se de povos ligados a terra, que ainda não haviam
desenvolvido a escrita ou organizações territoriais e políticas, cujas as famílias de autoridade
patriarcal eram a base de sua organização social. A oralidade e o costume regiam suas noções de
direito ou formação jurídica. Como dito anteriormente, esse período é marcado pelo direito
consuetudinário, e o princípio da personalidade do direito, onde cada tribo dispunha de uma
tradição própria.
Como aponta Castro (2013, Apud. MADEIRA), foi mantido um princípio de pessoalidade do
direito nos primeiros momentos do período medieval, a partir dos povos dominantes daquele
momento. Diferente do período da vingança, como retratado anteriormente em nossos estudos,
tais povos não impunham seu direito sobre os diferentes povos, “que mantiveram o estatuto de
suas tribos de origem, o que também permitiu”. Este mesmo caráter também permitiu a
preservação e sobrevivência do direito romano.
A tradição jurídica tornou-se oral, e seu principal fundamento era o costume e tradição de
cada coletividade, como no período do direito arcaico (povos anteriores a escrita). As relações
feudo-vassálicas determinavam toda a organização jurídica, quando já inexistiam toda a sorte de
organização estatal e legislativa.
Este direito consuetudinário tem bases territoriais, as normas eram diferentes de acordo com
cada região, devido ao desaparecimento do princípio da pessoalidade das leis, e houve o total
abandono de qualquer espécie de ensino jurídico, e não há como determinar se houve o
desenvolvimento de qualquer sorte de ciência jurídica. “O único direito supranacional, no início
da Idade Média, era o direito da igreja Romana, sendo que nem ele, que gozava de prestígio, foi
na época estudado” Maísa C.D. Silveira (2005).
Os séculos X e XI foram séculos sem escritos jurídicos: nem leis, nem livros de direito,
História do Direito 45
nem sequer actos reduzidos a escrito. Os contratos tão numerosos que estão na base
dos laços de dependência de homem para homem (vassalagem, servidão) e dos
direitos sobre a terra (feudos, foros, etc.) raramente eram reduzidos a escrito; quando
muito, algumas instituições eclesiásticas (sobretudo capítulos e abadias) mandaram
redigir os actos (sobretudo doações) que lhe interessavam... à parte alguns clérigos,
ninguém sabe ler nem escrever, há poucas escolas; os juízes (por exemplo, os
vassalos reunidos num tribunal feudal) são incapazes de ler textos jurídicos. A justiça
é feita, a maior parte das vezes, apelando para Deus, com a ajuda de ordálios ou de
duelos judiciários. Enfim, a maior parte das relações entre os homens, que nascem
das convenções próprias das instituições feudo-vassálicas, são regidas pelo costume
que fixa as obrigações duns e doutros (Gilissen, 2003, p. 191, apud. MADEIRA).
Quanto à administração da justiça, é valido lembrar que a justiça era um regime embasado
em tradições locais, e esta era aplicada a partir de juízes leigos. Ainda assim, criou-se um sistema
de tribunais feudais, que era composto pelos tribunais Senhoriais, Eclesiásticos e Municipais.
Quanto aos métodos processuais, convém expor o trecho:
Portanto, pode-se assumir que o direito feudal desenvolveu-se primordialmente a partir dos
costumes, tendo desaparecido o direito romano, com exceção da Itália, e o direito canônico regia
apenas as relações eclesiásticas e alguns ramos civis, como aponta Maísa Silveira. Ao monarca
cabia a tarefa de legislar questões particulares. Podemos encontrar o registro desses costumes
em obras como Legesfeudorum(século XII), que originam-se do fim do Direito Feudal.
As mudanças no campo do direito também são consideráveis. O papa Gregório VII marca
sua reforma distinguindo de forma clara a separação entre Sacramentos e leis que, até então, eram
restritas a regras comuns, de caráter vago e abstrato.Isso a partir de medidas que buscaram
encerrar a subordinação da igreja a influência política do poder civil. Gregório institui um poder
político eficaz para se opor a seus adversários, libertando a igreja Ocidental como um todo do
poder secular. Formando a partir desse esforço político o direito canônico, que era voltado a uma
jurisdição particular e com propósitos políticos determinados, provinda da Igreja reformada. Daí́ por
diante serão os institutos de direito canônico, particularmente o desenvolvimento racional e formal
do processo canônico, que serão imitados por reis, príncipes e senhores seculares. Por este
caminho é que a Europa reencontrará sua tradição jurídica racionalizante e formalizante, BAGNOLI
História do Direito 48
(2014).
A Igreja é una, santa, católica, apostólica, romana, única fundada por Cristo que na
região da Cesareia de Filipe disse a Simão, filho de Jonas, “tu és Pedro, e sobre esta
pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,
18). Desde então, Pedro é sucedido pelos Papas. Outrossim, a Igreja é universal, não
se confundindo com os Estados. Nesse senti- do as passagens bíblicas segundo as
quais Jesus afirma que seu Reino não é deste mundo, e que se deve dar a César o
que é de César, e a Deus o que é de Deus.(BAGNOLI, S, CGBD: pag. 66. 2014).
Desse modo, eram destacados nesses direitos ideais de paz, fraternidade, harmonia e
solidariedade, prestando a este direito uma grande influência da moral, como afirmam
MAGALHÃES & ALMEIDA em seu artigo. Fazendo com que muitas lides fossem resolvidas a partir
do acordo das partes, determinado pela renúncia recíproca em determinada porção, garantindo
assim uma transação amigável.
Como afirmado anteriormente, enquanto o direito laico escrito desaparecia nos séculos X a
XII, tornando-se predominantemente consuetudinário, houve a persistência do direito canônico a
partir da preservação e compilação de diversos textos, restando durante grande período da Idade
Média, como o único direito escrito.
Dentre os escritos acerca do Direito canônico, pode-se citar a Discadália dos Apóstolos, que
História do Direito 49
consistia dos princípios fundamentais para a disciplina doutrinaria da igreja. A preservação de
documentos ocorreu também a partir do compilado das chamadas coleções canônicas. É
considerado também o Decreto de Graciano, onde foi realizada a interpretação de vários textos
compilados.
O lavor legislativo prossegue com os papas posteriores: aos cinco livros das
Decretais (iudez, iudicium, clericus, connubia, crimen) acrescentam-se o sexto, de
Bonifácio VIII, 1298; as Clementinas, de Clemente V, 1314; as extravagantes, de João
XXII, 1319, as extravagantes comuns, 1325. Estas compilações constituíram, mais
tarde (século XVI), o corpo de Direito Canônico, Corpus Iuris Canonici, adicionando-
se, ainda, as Instituições, de Paulo Lancelotto, obra didática que complementa o
texto. (AZEVEDO: 2007, p. 114 apud.MAGALHÃES & ALMEIDA).
E dentre outras fontes é válido mencionar também, as decisões eclesiásticas, dos quais lhe
fazem parte os decretos e os decretais, constituições pontifícias, e como já advertido, os costumes
e princípios do direito romano, como destaca a obra de Vincente Bagnoli. Podemos relacionar a
legislação canônica e sua fundamentação a partir da seguinte orientação:
História do Direito 50
Os tribunais eclesiásticos eram responsáveis pelo julgamento de litígios de toda a esfera do
direito privado, como conflitos e demandas envolvendo casamento ou divórcio. É também notável
uma busca pela perfeição, durante os julgamentos desse período, com o uso não apenas dos fatos
e consequências, mas da influência da personalidade do autor e réu na decisão final. Ao nos
apropriarmos do texto de WIEACKER (1980, apud. SILVEIRA), o poder e a autoridade do direito
canônico desenvolveu-se a partir da inexistência de uma legislação estatal, assim como a
afirmação da autoridade da igreja.
A que se falar também do Tribunal do Santo Oficio ou Tribunal da Inquisição, que surgiu
com o propósito especial para o julgamento e condenação de hereges. Como nos orienta Lígia
Mori Madeira, cabia apenas a parte lesada o direito de realizar acusações. Tais acusações eram
secretas, tal qual os atos e provas que eram mantidos em segredo, validando-se em primazia da
prova testemunhal e, mais importante ainda, da prova de confissão que era na grande maioria das
vezes alcançada mediante tortura. Era dado ao juiz liberdade para interpretar as leis, podendo-se
utilizar de penas variadas (Castro, 2003, p. 138. Apud. MADEIRA).
Ao final da baixa Idade Média, no século XII, o direito canônico passa por um processo de
sistematização, para o formato de códigos. Ainda não há que se falar em criação e
desenvolvimento de direitos, mas ainda de uma recuperação e compilação intelectual. Ainda sobre
a orientação de WIEACKER (1980, apud. SILVEIRA), o direito canônico apresentou durante um
longo período regulamentação associadas ao direito de família, situações eclesiásticas,
testamentos e questões imobiliárias, assim como bens imóveis.
Assim, podemos afirmar que muitas foram as contribuições do Direito canônico. A realização
de um direito inteiramente escrito, e um processo que contava com a participação ativa do autor e
réu, previsão da possibilidade de reconvenção, preocupação com a realização da justiça (o “trânsito
em julgado” só ocorria após três sentenças no mesmo sentido), e até mesmo a figura
de procuradores que proporcionavam acesso à justiça aos necessitados, os chamados
Ainda durante o período da Baixa Idade Média, insurge o renascimento do Direito Romano,
a partir do surgimento das universidades que aprimoraram o desenvolvimento da ciência do direito,
a partir do século XII. Essas universidades utilizam do direito romano para fundamentar o ensino
do Direito, a partir, especialmente, das codificações reunidas no período de Justiniano, o Corpus
Iuris Civile, redescoberto por volta do ano 1100, como afirma CAENEGEM (2000, apud. Rocha
Santos).
Como afirma o pesquisador Michel Carlos Rocha Santos (2011), foi a partir disso que se
formaram os dois pilares primordiais para o chamado direito erudito europeu medieval, que são o
Direito Romano (na esfera civil) e o Direito Canônico. O desenvolvimento do direito romano deu-
se consequente dos estudos de três grandes escolas:
História do Direito 52
utilizando-se de casos concretos para realizar a interpretação do texto do Corpus.
(CAENEGEM, 2000. Apud. Rocha Santos). Estes porém eram mal vistos, criticados
como homens de pouca cultura, promovendo uma distorção do direito romano.
A escola dos humanistas: cuja influência reflete-se de maneira obtusa no
movimento Renascentista. Estes estudiosos ousaram ir mais longe do que os
glosadores, tomando o Corpus Iuris Civile como produto da evolução jurídica
desenvolvida por muitos séculos.
História do Direito 53
sobrepondo-se ao costume a partir do século XIII.
História do Direito 54
de senhores responsáveis pela administração de grandes propriedades agrárias,
como afirma Bagnoli (2014).O mesmo autor nos orienta que, ao final da Idade Média,
com o advento do mercantilismo, o cenário econômico fora transformado com a
presença de atividades urbanas, que libertava o camponês da terra para fazer parte
da mão de obra para a produção e comércio. Desse modo, dinamizou-se o processo
de formação dos Estados nacionais.
História do Direito 55
Proporcionam a elaboração, a partir de parâmetros objetivos, da estrutura de um
sistema jurídico especifico, como nos orienta Bagnoli (2014).
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Figura 21 Da conquista Normanda da Inglaterra. Cena da batalha de Hastings (1066), na tapeçaria de Bayeux.
Esta tradição de direito fragmentado e local, teve seu fim com a conquista da
normanda da Inglaterra em 1066, o que proporcionou o desenvolvimento de uma
sociedade feudalista e organizada, com grande experiência administrativa. (DAVID,
2006, apud. GALIO). Com a chegada dos normandos são apreciados os primeiros
registros da expressão comuneley, ou common law (PORTO, 2006, p. 762. Apud.
GALIO). Iniciando-se assim a ministração de um sistema jurídico comum.
História do Direito 60
inglês, diferente do direito canônico, como pudemos observar no módulo anterior.
Porquanto o momento da redescoberta do direito romano traduziu-se na afirmação da
lei escrita como fonte constitucional do direito, a common law atribuiu a legislação
função secundária, apesar do ativo desenvolvimento legislativo por parte dos reis
Ingleses.
Entre outras diferenças, o common law trata-se de direito judiciário que, por
definição, é eminentemente processual. Enquanto que para o civil law romano, o
processo é apenas acessório nos princípios fundamentais de seus direitos.
História do Direito 60
Por fim, é válido ressaltar que o sistema common law ficou muito restrito a
Inglaterra. Enquanto que, na Europa Continental, o direito romano serviu de grande
influência para o desenvolvimento “de todos os seus institutos, procedimentos e
formas de compreensão da organização jurídica e judiciária” (Bagnoli, 2014, pag 82).
História do Direito 61
identidade, é que surge o movimento de estruturação jurídica em regras positivadas,
o movimento da Codificação (Bagnoli, 2014).
História do Direito 62
idôneos à organização jurídica estabelecida, que dão sustentação à
formulação de um novo tipo de sociedade política na qual devem ser
estabelecidos novos parâmetros. Esse processo criador resultará na
constituição de códigos separados entre os diversos ramos e relações
jurídicas assim denominados de direito “civil”, “comercial”, “penal”,
“processual” e “constitucional”. (Bagnoli, S, CGBD 02/2014, pag. 91)
História do Direito 63
Pode-se afirmar, portanto, que o Code Civil
reúne perspectivas liberalistas e do conservadorismo.
Seu conteúdo reflete o próprio governo de Napoleão.
História do Direito 64
encaminhar da história.
O direito português segue uma tradição que datada da segunda metade do séc.
I a.C. quando se inicia a ocupação do império romano sobre a região da península
ibérica, anteriormente habitada por diversos povos como; celtas, iberos e lusitanos.
Fortes marcas culturais romanas passam a ser parte dos costumes locais entre elas
vale destacar a língua latina e o direito. A partir do séc. V d.C. as migrações bárbaras
se intensificam o que mina a unidade cultural e administrativa romana. A região passa
por intensos entraves políticos envolvendo visigodos, hispanos entre outros povos.
Por volta do séc. VIII ocorrem as incurções mulçulmanas e a dominação da região.
Durante o processo de dominação islãmica o antigo códico visigotico continua a ser
permitido entre os cristãos residentes. Entretanto ao norte da península grupos de
resistencia cristã se organizam dando origem a pequenos reinos como o de Leão,
Castela e Aragão. Portugal tem origem assim do Condado Portucalense, formado na
segunda metade do séc. IX entre os rios Minho e Douro, vindo a ser um reino apenas
no séc. XII após uma notável vitória contra tropas mouras por D. Afonso Henriques
que é proclamado senhor do reino de Portugal, com capital em Coimbra. Portugal
segue expandindo suas fronteiras, a conquista de Lisboa se dá em 1147, com o apoio
de cruzados.
História do Direito 65
Ordenações
História do Direito 66
Figura 23Detalhe da A Primeira Missa no Brasil de Victor Meirelles (1861).
História do Direito 68
colonizador estrangeiro. Pelo aumento das rotas relacionadas ao gado, busca de
cativos nativos e principalmente pela mineração as fronteiras do império português se
expandem bastante além do tratado de Tordesilhas.
25 Aurélio de Figueiredo: Juramento da situação, c. 1891. Promulgada a 1ª Constituição publicano assumem o poder os
marechais nuel Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
História do Direito 71
O corpo judicial era composto por Magistrados, em geral, fieis a coroa. O grupo
dos Magistrados pertencia a uma elite do funcionalismo público burocrático brasileiro
tendo uma série de privilégios. Eram letrados e agiam em favor da consolidação do
estado nacional. A partir de 1832 aparece a figura do Juiz de Paz. Juízes regionais sem
formação em direito e sem remuneração que julgavam casas locais.
História do Direito 72
No contexto legal tem-se uma reforma do Código Penal e a proclamação da
constituição de 1891, sob o governo de Marechal Deodoro da Fonseca. Essa nova
constituição tinha como principais inovações:
História do Direito 74
constituição própria em 1967 marcada pela centralização do
poder, a elevação do poder executivo ante os poderes
legislativo e judiciário, o enfraquecimento do federalismo,
supressão de direitos fundamentais. A Lei da Imprensa e a Lei
de Segurança Nacional como mecanismos desse modelo.
Assim como em sua fundação o fim da ditadura brasileira é muito marcado pelo
cenário internacional. A crise do petróleo torna extremamente complexa a
administração do país, a elevada inflação, as dívidas contraídas pelos militares na
década de 60 e 70 cobraram um alto preço sobre a economia nacional. Nesse
contexto a descompressão do regime ocorre como uma forma de transição não
violenta, onde os atos institucionais (Ais) são desfeitos, a volta da pluralidade
partidária, fim da censura e por fim e mais marcante a lei de anistia. A
redemocratização ocorre dando fim oficial ao regime militar em 1985. Em 3 anos
ocorre a promulgação da atual constituição nacional de 1988.
História do Direito 75
Formal: possui dispositivos que não são normas essencialmente
constitucionais;
Escrita: apresenta-se em um documento sistematizado;
Promulgada: elaborada democraticamente;
Rígida: não é facilmente alterada;
Analítica: descreve em pormenores suas normas;
Dogmática: constituída por uma assembleia nacional constituinte.
História do Direito 76
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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AZEVEDO, Luis Carlos de. Introdução à História do Direito. São Paulo: Revista dos
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uma nova nação. 2. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004. 248 p. BRASIL.
BRUM, Argemiro Jacob. Democracia e partidos políticos no Brasil. Ijuí: Ed. Unijuí,
1988. 166 p.
CASTRO, Flávia Lages de Castro. História do Direito Geral e Brasil. 4. ed. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2007.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2002.
KOTAIT, Ivanete; Maria Luiza Carrieri e Neide YumieTakaoka (2009). Raiva - aspectos
gerais e clínica. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/instituto- pasteur/ (PDF)>
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em 03/2011. Revista Jus. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/18610/historia- do-
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XAVIER, Renata Flávia Firme. Evolução histórica do Direito Romano. Revista Jus
Navigandi. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/18474/evolucao-historica-do-
direito-romano> Acesso em 10 de abril de 2017.
História do Direito 79
QUESTIONÁRIO DE LEITURA DIRIGIDA
01) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Segundo Wolkmer, assinale a alternativa correta
a respeito do Direito Primitivo:
a) ( ) Falar, portanto, de um direito arcaico ou primitivo implica ter presente não só
uma diferenciação da pré-história e da história do direito, como, sobretudo, nos
horizontes de diversas civilizações, precisar o surgimento dos primeiros textos jurídicos
com o aparecimento da escrita (...);
b) ( ) Podemos denominar direito arcaico, os sistemas legais e consuetudinários
praticados pelos povos e sociedades cuja escrita era primitiva, mas essencial;
c) ( ) O direto arcaico surgiu de um único indivíduo também legislador, prescindindo
em seu surgimento antigos princípios que constituíram a família, derivando das crenças
religiosas universalmente admitidas;
d) ( ) Cada comunidade possuía seu próprio direito, único e que se confundia com o
de outras formas de associação, fundamentado nas normas previamente estabelecidas;
e) ( ) O direito primitivo era legislado, pois essas populações conheciam a escritura
formal, e a conservação dessas normas reguladoras dava-se pelo registro em rochas
espalhadas pelas cidades.
02) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) O direito penal primitivo era extremamente
retributivo, assinalando esse momento da história como o Período da Vingança. O
período da vingança pode ser divido em três momentos do desenvolvimento do direito
primitivo: o Período da vingança divina, da vingança privada e da vingança pública.
a) ( ) Vindicta Pessoal, Vingança Divina e Vingança Privada;
b) ( ) Vingança Divina, Vingança Pessoal e Vingança Pública;
c) ( ) Vingança Privada, Vingança Divina e Vingança Pública;
d) ( ) Vindicta Privada, Vindicta Pessoal e Vindicta Res;
e) ( ) Vindicta Pessoal, Vindicta Privada e Vindicta Divina.
03) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) O código de Hamurabi trazia consigo a mais
antiga e popular técnica de proporcionalidade entre transgressão e pena, a Lei de
Talião. Conhecida pelo jargão:
a) ( ) Olho por olho, mão por mão;
b) ( ) Olho por olho, dente por dente;
c) ( ) Dente por dente, pé por pé;
d) ( ) Olho e mente por mão e dente;
e) ( ) Dente e olho por mão e mente.
80
REFERÊNCIA: Módulo 1, Pág. 13
04) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Que pensador grego defende que “As leis são
justas quando visam atingir o bem comum, logo, estarão afastadas da verdade de justiça
aquelas leis que tenham o escopo de proteger interesses de um grupo ou uma classe.
As leis, elaboradas por sábios, devem participar ao máximo da ideia de justiça, sendo
que devem ser seguidas por todos, inclusive pelos governos.”?
a) ( ) Sócrates;
b) ( ) Hermes;
c) ( ) Drácon;
d) ( ) Platão;
e) ( ) Aristóteles.
07) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) A respeito da Lei das Doze Tábuas, assinale a
alternativa incorreta:
a) ( ) Era notável por sua crueldade, pois instituía até o direito de tirar a vida de
indivíduos;
b) ( ) Abarcava todo o direito público e privado;
c) ( ) Previa proteção ao direito de propriedade com sanções àqueles que contra ela
atentassem;
d) ( ) Dispunha de princípios avançados como direitos de crédito;
e) ( ) Dedicava especial cuidado à agricultura.
08) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Além da Lei das Doze Tábuas, outras fontes
jurídicas também são conhecidas dos primórdios do direito romano, quanto a estas,
assinale a alternativa correta:
a) ( ) A Lei Canuleia: de aproximadamente 445 a.C., a lei não permitia o casamento -
iusconnubii - entre patrícios e plebeus;
b) ( ) As Leis Licínias Sêxtias: de aproximadamente 367 a.C., cujo texto restringia a
posse de terras privadas - agerpublicus - e exigiam que um dos cônsules, magistrados,
fosse plebeu;
c) ( ) A Lei Ogúlnia: sua gênese é de aproximadamente 300 a.C., desautorizando a
ocupação de cargos sacerdotais por plebeus;
d) ( ) Lei Hortensia, de 287 a.C., que determinou que as decisões das assembleias
plebeias passavam a valer para todo o povo.
e) ( ) Lei Aquília, de 284 a.C., do período republicano, cujo conteúdo regulava
obrigações tributárias.
09) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) O período que envolve o direito medieval é
marcado pelo início do declínio do Império Romano. Quanto a esse período, assinale a
alternativa correta:
a) ( ) A queda do Império começa com uma crise econômica incentivada pela
diminuição das guerras e, consequentemente, arrecadação de espólios de guerra, onde
podemos incluir os escravos. Exaurindo a mão de obra, diminuindo a produção;
b) ( ) Desencadeou-se um processo de ruralização, com a maior parte da população
vivendo no campo, a partir do estabelecimento do regime de colonato;
c) ( ) Gerou-se a descentralização administrativa delegando aos grandes proprietários
a cobrança de impostos;
82
d) ( ) O Império Romano Ocidental culmina em sua queda a partir do processo das
invasões e ocupações bárbaras, no entanto sua influência jamais deixou o continente
europeu;
e) ( ) Todas as alternativas estão corretas.
10) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Os povos de origem bárbara, como designaram
os romanos, ocuparam os territórios do Império Romano, trazendo consigo uma cultura
socioeconômica retrógrada. São características destes povos, exceto:
a) ( ) Tratava-se de povos ligados a terra;
b) ( ) Haviam desenvolvido de forma exemplar a escrita e as organizações territoriais
e políticas;
c) ( ) As famílias de autoridade patriarcal eram a base de sua organização social;
d) ( ) A oralidade e o costume regiam suas noções de direito ou formação jurídica;
e) ( ) Eram juridicamente regidos pelo direito consuetudinário, onde cada tribo
dispunha de uma tradição própria.
11) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Definido como sendo um homem livre,
comprometido para com o seu senhor por um contrato solene pelo qual se submete ao
seu poder e se obriga a ser-lhe fiel e a dar-lhe ajuda e conselho, enquanto o senhor lhe
deve proteção e manutenção. A ajuda era geralmente militar. Esta descrição pertencia
ao:
a) ( ) Feudo;
b) ( ) Pretor;
c) ( ) Vassalo;
d) ( ) Feitor;
e) ( ) Federado.
13) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) São os principais institutos do período medieval,
exceto:
a) ( ) Feudo;
b) ( ) Contrato de Enfeudação;
c) ( ) Propriedade;
d) ( ) Relação de Trabalho;
e) ( ) Positivismo.
14) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) A Igreja é una, santa, católica, apostólica,
romana, única fundada por Cristo que na região da Cesareia de Filipe disse a Simão,
filho de Jonas, “tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do
inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16: 18). Desde então, Pedro é sucedido pelos
Papas. Outrossim, a Igreja é universal, não se confundindo com os Estados. A respeito
do Direito Canônico assinale a assertiva incorreta:
a) ( ) O Direito Canônico afirma o poder legislativo e judicial da Igreja, levando em
conta o objetivo de salvar todas as almas;
b) ( ) Constitui o conjunto de normas jurídicas, de origem divina e humana (mas
sempre de inspiração divina), reconhecidas ou promulgadas por autoridade da Igreja
Católica, que determina a sua organização e atuação e a de seus fiéis, em relação aos
fins que lhe são próprios;
c) ( ) Reflete primordialmente as Escrituras Sagradas, portanto um direito divino
(iusdivinum), assim como a influência dos conceitos herdados do direito romano durante
os primeiros séculos da igreja;
d) ( ) Ao contrário de outros direitos de origem religiosa, como o hebraico ou
mulçumano, a igreja reconhece e divide este sistema jurídico em direito laico (iuscivile),
cujo poder restringe as relações humanas; e o direito religioso (iuscanonici), como guia
e modelo de preservação das almas, salvação do espírito;
e) ( ) O lavor legislativo prossegue com os papas posteriores: aos cinco livros das
Decretais (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) acrescentam-se o
sexto, de Bonifácio VIII, 1298; as Clementinas, de Clemente V, 1314; as extravagantes,
de João XXII, 1319, as extravagantes comuns, 1325.
15) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) O sistema jurídico cuja denominação surgiu
apenas na Baixa Idade Média durante o século XIII, fora desenvolvido por juízes a
mando do rei e mantido através da autoridade outorgada aos precedentes judiciários.
Trata-se de um sistema fundamentado no direito costumeiro e na continuidade, motivo
pelo qual é fruto de uma grande evolução sem interrupções. Trata-se do sistema
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conhecido como:
a) ( ) “Commow Law”;
b) ( ) “Civil Law”;
c) ( ) “Constitucional Law”;
d) ( ) “Writs”;
e) ( ) “Bill of Rights”.
16) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) A respeito do Direito no Brasil julgue os itens e
assinale a assertiva correta:
a) ( ) As primeiras relações entre Portugal e as novas terras encontradas a partir de
1500 é de uma exploração pouco pronunciada do pau-brasil e de posto militar,
entretanto após 1530 o rei se convence de que a região deve ser povoada
permanentemente. O primeiro produto a se estabelecer em maior escala é o açúcar de
beterraba.
b) ( ) Pelo ano de 1534 são fundadas as capitanias hereditárias. São ao todo 15
capitanias tendo, porém, apenas duas alcançando êxito e continuidade, sendo elas em:
São Vicente e Pernambuco, governadas por: Martim Afonso de Sousa e Duarte Coelho.
c) ( ) Em 1549 é estabelecida a primeira cidade brasileira: Salvador. Tendo o
Governo-Geral por Tomé de Sousa. Também é aberta uma Câmara Municipal onde 3
ou 4 vereadores eleitos pelos chamados “homens bons”.
d) ( ) A primeira metade do momento imperial brasileiro se demarca por uma série
grande de conflitos internos em que forças políticas e econômicas buscam emancipação
com relação ao poder central ou reivindicações próprias, tem-se também embates do
estado recém-formado contra nações vizinhas e lutas sociais de grupos segregados.
e) ( ) O fim do período imperial brasileiro é marcado pela Guerra do Chile, que por um
lado é extremamente custosa ao estado brasileiro e por outro viés foi responsável pelo
fortalecimento e organização do exército brasileiro que seria responsável pela tomada
do poder.
a) ( ) FVVVF
b) ( ) VVVFV;
c) ( ) VVVVF;
d) ( ) FVFVF;
e) ( ) FVVVV.
17) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) No Brasil o golpe militar é marcado pela volta da
censura, repressão, perseguição política e pela aproximação com governo
estadunidense. Esse regime promulga sua constituição própria em 1967 marcada pela
centralização do poder, a elevação do poder executivo ante os poderes legislativo e
judiciário, o enfraquecimento do federalismo, supressão de direitos fundamentais. Esse
85
período, cujo último presidente militar foi João Batista Figueiredo, perdurou de:
a) ( ) De 1964 a 1988;
b) ( ) De 1964 a 1985;
c) ( ) De 1963 a 1988;
d) ( ) De 1963 a 1985;
e) ( ) De 1965 a 1985.
18) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Assinale a alternativa que melhor preenche as
lacunas:
Promulgada em ______________ a Constituição da República Federativa do Brasil é a
__________ na história nacional e a sexta do período republicano, lançada um ano
antes do centenário da Proclamação da República. Uma de suas edições originais
encontra-se em exposição no museu do ________________________.
a) ( ) 03 de outubro de 1988 – sétima – Supremo Tribunal Federal;
b) ( ) 05 de outubro de 1988 – oitava – Superior Tribunal de Justiça;
c) ( ) 05 de outubro de 1988 – sétima – Supremo Tribunal Federal;
d) ( ) 12 de outubro de 1988 – oitava – Supremo Tribunal Federal;
e) ( ) 12 de outubro de 1988 – sétima – Superior Tribunal de Justiça.
22) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Toda cultura possui um determinado aspecto
normativo, que delimitam regras e valores que institucionalizam modelos de conduta e
essa necessidade dá-se pelo pressuposto de regulamentação de padrões que são
essenciais para:
a) ( ) História do direito;
b) ( ) Humanidade;
c) ( ) Controle social;
d) ( ) Convívio social;
e) ( ) Convivência.
23) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) As normas que eram sagradas, e que delas
emanavam aspectos delimitadores de conduta, assim como proteção divina, onde as
regras eram fundamentadas por critérios meramente religiosos, tendo o temor pautado
na conduta e a transgressão atraia a ira divina contra o infrator e contra a sociedade
que não o punisse da maneira devida, era a:
a) ( ) Vingança divina;
b) ( ) Vingança pública;
c) ( ) Vingança privada;
d) ( ) Vingança de Malinowiski;
e) ( ) Vingança sacerdotal.
24) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) O código que contribuiu para a diminuição
considerável da violência e do grau de crueldade das penas até então impostas e que
também já previa tipos penais como lesão corporal, roubos ou sequestros, e técnicas
de proporcionalidade, ainda que mínimas, entre infração e a pena aplicável, era o:
a) ( ) Código de Hamurabi;
b) ( ) Código de Ur-nammu;
87
c) ( ) Código Penal;
d) ( ) Código civil;
e) ( ) Corpus Iuris Civilis.
I- Período dos clãs- constituíram-se os clãs a partir de uniões de indivíduos, com base
em um parentesco real ou fictício.
II- Início da formação da Polis- a partir da constituição dos clãs, desenvolveram-se em
um período posterior, as cidades na Grécia (ou Polis), com diversas formas de
organizações políticas.
III- Regime democrático- apareceu em algumas cidades, destacando-se em Atenas,
que registrou diversos escritos a respeito. É valido também apontar as leis de Drácon
(ano 621 a.C.), que passou a limitar o uso da vingança como meio de resolver conflitos,
determinando o encaminhamento das controvérsias aos tribunais. Um de seus maiores
marcos era a determinação em lei, de que todas as suas normas fossem públicas,
afixadas em pedras de mármore em locais públicos. As leis de Drácon também podem
ser reconhecidas por sua severidade na esfera penal, com sansões como o exílio, ou
pena de morte.
IV- Período de unificação- Ocorreu com Alexandre, a união entre o Ocidente e o
Oriente no final do século IV a.C. Porém, o grande Império formado tornou-se
insustentável, gerando inúmeras monarquias, que são dirigidas por reis absolutos a
partir do século III.
26) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Analise os itens e marque conforme a numeração
os itens dispostos nos parênteses:
1- Areópago;
2- Paládion;
3- Delfínion;
4- Freato;
88
5- Pritaneu
A sequência correta é:
a) ( ) 2, 1, 3, 4, 5;
b) ( ) 2, 1, 3, 5, 4;
c) ( ) 1, 2, 3, 5, 4;
d) ( ) 1, 2, 3, 4, 5;
e) ( ) 1, 2, 4, 5, 3.
27) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) As leis conhecidas por suas notáveis
determinações penais, especialmente com relação ao homicídio, eram as leis de:
a) ( ) Drácon;
b) ( ) Solón;
c) ( ) Paladion;
d) ( ) Delfinon;
e) ( ) Freato.
28) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) A ideia deve ser compreendida não como uma
construção utópica do que deveria ser o Estado, mas sim como algo verídico
representando o princípio de onde a polis teria de participar, o que significa a ideia como
de fato existente e verdadeira, e o problema estando em introduzir o Estado a ela. E
segundo Bagnoli, como resultado desse raciocínio, os governantes deveriam buscar a
sabedoria, tornando-se filósofos, e os filósofos deveriam ser governantes e teriam como
resultado a garantia de alcançar a ideia de justiça.
Tal inteligência de ideais se deve à:
a) ( ) Sócrates;
b) ( ) Platão;
c) ( ) Aristóteles;
d) ( ) Sólon;
89
e) ( ) Drácon.
30) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) As fases do direito romano costumam ser dividas
pelos historiadores sob critério do desenvolvimento das instituições jurídicas romanas,
a partir dessas orientações o direito romano pode ser apresentado em três grandes
períodos, como defende Argemiro Cardoso Moreira Martins (2010):
a) ( ) Direito Arcaico ou direito primitivo; direito clássico e direito pós-clássico, que se
estende ao período do Imperador Justiniano;
b) ( ) Direito Arcaico ou direito positivo; direito clássico e direito pré-clássico, que se
estende ao período do Imperador Justiniano;
c) ( ) Direito Arcaico ou direito primitivo; direito clássico e direito pós-clássico, que se
estende ao período do Imperador Justiniano;
d) ( ) Direito Arcaico ou direito primitivo; direito neo-clássico e direito pós-clássico,
que se estende ao período do Imperador Justiniano;
e) ( ) Direito Arcaico ou direito primitivo; direito pré-clássico e direito pós-clássico, que
se estende ao período do Imperador Justiniano.
31) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018): Momento compreendido de 753 a.C. a 242 a.C.
onde teve o início do iuscivile, um direito exclusivo para a relação entre cidadãos
romanos, de maneira alguma para estrangeiros, trata-se do momento do período
arcaico:
a) ( ) Universalista;
b) ( ) Nacionalista;
c) ( ) Civilista;
d) ( ) Socialista;
90
e) ( ) Capitalista.
32) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Além das Doze Tábuas, outras fontes jurídicas
também conhecidas dos primórdios do direito romano. Desta forma, analise os itens
abaixo e marque o que se pede.
33) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) O período que envolve o direito medieval começa:
a) ( ) Começa com a crise do Império Romano, que se deu um processo de perda de
efetividade administrativa, econômica e organizacional;
b) ( ) Começa com a crise na Grécia, que se deu um processo de perda de efetividade
administrativa, econômica e organizacional;
c) ( ) Começa com a queda do Império e exaurindo a mão de obra, diminuindo a
produção;
d) ( ) Quando o Rei concede terras que estes se obriguem militarmente ao Império, a
partir do fornecimento de soldados (os federados);
e) ( ) Com início do feudalismo.
34) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) Período com escasso desenvolvimento jurídico,
onde regeu o sistema social político europeu por quatro séculos, a contar a partir do
século VIII no reino franco e, subsequentemente, vigorando por todo o Ocidente europeu
91
e tinha eram como valorização as relações pessoais e a propriedade fundiária, assim
como a inexistência de uma concepção de Estado.
I- Código Civil Alemão, foi elaborado com a participação de inúmeros juristas e entrou
entrando em vigor no ano de 1900, surgindo em um contexto de reforma de leis;
II- Code Civil vigorou no ano de 1804, inspirado no Direito Romano e no Direito
revolucionário, foi promulgado por Napoleão com o propósito de reformar o sistema legal
francês, que antes não se tratava de um corpo único de leis e dependia de costumes
locais, e teve grande influência na formação jurídica sistemática de vários países
ocidentais. Este código abordou normas de direito civil, como a propriedade, e aboliu os
vestígios do feudalismo.
37) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) A contribuição da Idade Moderna para o Direito
é fundamentada na divisão dos sistemas Civil Law, o sistema de direito da família
romano-germânica, e no sistema fechado no sistema de caráter aberto, onde suas
normas são continuamente renovadas a partir de sua fundamentação na razão.
Sistemas estes que pautaram as medidas para toda e qualquer interpretação ou
formulação teórica jurídica advinda posteriormente. Esse sistema denominamos de:
a) ( ) Sistema germânico:
b) ( ) Sistema germânico low;
c) ( ) Common law;
d) ( ) Sistema aberto;
e) ( ) Sistema Civil Law.
38) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) As Capitanias que obtiveram êxito foram quantas,
onde e quando foram criadas? Respectivamente.
a) ( ) 15, São Vicente e Pernambuco, em 1538;
b) ( ) 02, São Vicente e Pernambuco, em 1534;
c) ( ) 02, Santo André e Pernambuco, em 1534;
d) ( ) 15, São Vicente e Pernambuco, em 1534;
e) ( ) 02, São Vicente e Santo André, em 1534.
39) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) A igualdade de todos perante a lei; fim da censura
promovida pela ditadura do Estado Novo, confirmando a liberdade de manifestação de
pensamento, a inviolabilidade do sigilo de correspondência; a liberdade religiosa; a
liberdade de associação para fins lícitos; a inviolabilidade da casa como asilo do
indivíduo; a prisão só em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade competente
e a garantia ampla de defesa do acusado; extinção da pena de morte são direitos que
foram garantidos a partir da Constituição de :
a) ( ) 1824;
b) ( ) 1891;
c) ( ) 1934;
d) ( ) 1946;
e) ( ) 1967.
40) (Faculdade Mauá – NEAD – 2018) a Constituição que teve por princípio a retomada
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e expansão de direitos fundamentais, que permitiu o judiciário atuação no caso de lesão
ou ameaça a direitos, afastando das práticas militares colocando como crime
inafiançável não só a tortura, mas também quais ações armadas contra o estado é a de:
a) ( ) 1937;
b) ( ) 1967;
c) ( ) 1946;
d) ( ) 1988;
e) ( ) 1891.
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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A C B D D E B D E B C A E E A A B C C C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E C A B C B A B D A B C A D D C C B D E
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