Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AULA 06
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES:
ESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO
Sumário
Sumário .................................................................................................... 1
Considerações Iniciais ................................................................................ 2
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES ........................................................................ 2
6. Teoria Geral das Obrigações .................................................................... 2
1. Noções Gerais ..................................................................................... 2
2. Estrutura das obrigações .................................................................... 10
2.1. Quanto ao vínculo ........................................................................... 10
2.2. Quanto ao objeto ............................................................................ 12
2.3. Quanto ao sujeito ........................................................................... 20
3. Solidariedade .................................................................................... 22
3.1. Solidariedade Passiva ...................................................................... 23
3.2. Solidariedade Ativa ......................................................................... 30
4. Classificação das obrigações ............................................................... 33
4.1. Obrigações de dar........................................................................... 34
4.2. Obrigações de fazer ........................................................................ 40
4.3. Obrigações de não fazer .................................................................. 42
Legislação pertinente ................................................................................ 44
Jurisprudência e Súmulas Correlatas .......................................................... 50
Questões ................................................................................................. 53
Questões sem comentários ..................................................................... 53
Gabaritos ............................................................................................. 69
Questões com comentários ..................................................................... 73
Resumo ................................................................................................ 104
Considerações Finais .............................................................................. 113
Considerações Iniciais
Na aula de hoje vamos iniciar o tratamento dos Livros Especiais do CC/2002,
com as noções gerais de Direito das Obrigações, tema esse que tomará ainda
mais duas aulas.
Esse é um tema tecnicamente mais complexo, mas que cai com graaande
frequência nas provas. O Direito das Obrigações não é o campeão de questões
nas provas, mas sua compreensão facilita – e muito – o entendimento do
Direito dos Contratos, principalmente, do Direito das Coisas e do Direito de
Família. E não só, pois o conteúdo do Direito das Obrigações é, em grande
medida, também conteúdo do Direito dos Contatos, notadamente as noções que
giram em torno dos temas da aula seguinte, a Teoria do Pagamento e a Teoria
do Inadimplemento.
Além disso, após o levantamento que fiz em relação às questões das
Magistraturas do Trabalho e das outras provas em Nível Superior, as
Obrigações têm um número de questões semelhante ao número de
questões de Contratos, ao passo que o Direito das Obrigações tem um
conteúdo muito menor e mais fácil para estudar.
1. Objeto
• No Direito das Obrigações o objeto da relação jurídica é uma
prestação
• No direito das coisas o objeto da relação é, em última análise,
uma coisa
2. Duração
3. Quantidade
4. Formação
5. Eficácia
6. Exercício
7. Sujeito passivo
Numerus clausus
Quantidade Numerus apertus
(taxativos)
Indireto Direto
Exercício
(depende do outro) (sobre a coisa)
Direitos
Direitos
das
Reais
Orbigações
Obrigações Reais
Essas figuras híbridas, obrigações reais sem sentido amplo, podem ser
subdivididas, para facilitar sua análise e compreensão:
Ônus reais
Assim, as obrigações com eficácia real são, a rigor, obrigações, mas com um
peculiar efeito real. É como se a obrigação sorvesse uma única característica
dos direitos reais, a oponibilidade erga omnes, mantendo suas demais
características (vale lembrar que as obrigações têm mera eficácia relativa, entre
aqueles que se obrigam, em regra).
O exemplo mais singelo e clássico é a obrigação que o adquirente tem de
respeitar o contrato de locação vigente antes da aquisição, prevista no art. 576
do CC/2002. O adquirente, em regra, não precisa respeitar a locação realizada
entre o locador e o locatário, ou seja, pode resilir o contrato, por meio da
denúncia.
No entanto, caso o locatário averbe o contrato de locação na matrícula do
imóvel locado, se o adquirente resolver resilir o pacto locatício, pode o locatário
opor-se à denúncia, dado que a averbação transforma a obrigação comum
numa obrigação real, que pode ser oposta mesmo contra o adquirente.
Sub-rogação real
A. Sujeito
O primeiro elemento diz respeito aos titulares, as partes, as pessoas que
compõem os polos de uma relação jurídica obrigacional. O elemento sujeito
divide-se em:
I. Sujeito ativo
Chamado genericamente de credor da obrigação. Ele é o sujeito que tem o
direito de exigir o cumprimento da obrigação, o titular do interesse
juridicamente tutelável.
Tal direito é relativo, ou seja, obriga apenas aquele credor. Em regra, qualquer
pessoa pode ser credora, mesmo que sob tutela ou curatela (há ressalvas em
relação a obrigações com determinados encargos pesados), seja pessoa
física/natural ou jurídica, seja pessoa jurídica de direito público ou pessoa
jurídica de direito privado. Porém, o credor, por vezes, está momentaneamente
indeterminado, mas pode ser determinado (novamente lembro do art. 166, inc.
II do CC/2002), como ocorre na execução individual de ações coletivas ou no
caso da consignação em pagamento decorrente de morte de beneficiário de
situação jurídica patrimonial. Em qualquer caso, porém, deve o credor ser
determinado até o cumprimento da obrigação.
Prestação Coisa
C. Vínculo
O vínculo é “o” algo que liga o credor ao devedor. Porém, diferentemente de
qualquer vínculo, o vínculo obrigacional é um vínculo “jurídico”, o que quer
dizer que ele é acompanhado por uma sanção legal.
Especificamente quanto à obrigação, essa sanção legal é uma pretensão
processual. Vimos em aula anterior o que significa a pretensão, quando vimos a
diferença entre prescrição e decadência, que é, resumindo, a exigibilidade
jurídica.
Ou seja, é por causa do vínculo jurídico que a obrigação é “obrigação”, no
sentido jurídico da palavra; o credor, pelo vínculo, é capaz de coagir o devedor
a cumprir, pelos meios legais.
O vínculo se estrutura em três elementos:
A. Direito à prestação: que é o interesse juridicamente protegido, possuindo
o credor a titularidade da tutela de seu interesse;
B. Dever correlativo de prestar: o devedor não tem direito de prestar, nem
tem um ônus, mas um dever jurídico;
C. Garantia: a qualificação do vínculo obrigacional, que estabelece a disposição
do patrimônio do devedor ao credor, em caso de inadimplemento.
B. Vínculo natural
O vínculo natural constitui uma autêntica obrigação jurídica, mas com vínculo
menos estável. Ela será uma obrigação sem pretensão
processual e correspectiva obrigação processual. O
exemplo é a dívida de jogo tolerado. A lei tira a pretensão
do credor, que continua credor, mas não possui pretensão
processual, ou seja, não poderá se utilizar do Poder Judiciário para conseguir
obter a prestação.
Curiosamente, o CC/2002 não trata da obrigação natural diretamente,
mas apenas indiretamente. O problema começa quando o Código afiança
que o devedor deve cumprir com suas obrigações e, ao mesmo tempo, ordena
que o credor que recebe um valor que não lhe é devido deve devolver tal valor,
segundo o art. 884.
II. Acessórias
As obrigações acessórias constituem encargos ou garantias não
essenciais à obrigação principal, ou seja, não têm elas existência
autônoma. Em outras palavras, as relações jurídicas obrigacionais acessórias
não fazem sentido se tomadas isoladamente.
Temos, como exemplos, uma fiança ou a obrigação referente ao pagamento de
uma multa penitencial; ambas não fazem sentido se tomadas isoladamente,
ninguém se obrigará a uma fiança sem um contrato de locação; ninguém
aplicará uma multa penitencial sem uma cláusula de descumprimento num
outro contrato principal.
II. Resultado
São as obrigações com objetivos já pretedeterminados; como, por
exemplo, a pintura de uma residência, a edificação de um prédio ou a entrega
de um veículo.
III. Garantia
São obrigações que objetivam dar segurança a outro negócio, outra
obrigação, por isso são sempre acessórias. Por exemplo, o seguro
habitacional ou a fiança de uma locação.
C. Quanto à divisibilidade
I. Divisíveis/periódicas
Em relação ao objeto imediato, a prestação, ela pode ser particionada,
fracionada em mais de um momento. As obrigações divisíveis são
características das obrigações de trato sucessivo, como a locação, ou a compra
e venda parcelada.
Em relação ao objeto imediato, a coisa, tratamos da divisibilidade a partir da
ótica dos bens divisíveis/indivisíveis. O objeto divisível é aquele que pode ser
fracionado, sem que perca suas características ou valor.
II. Indivisíveis/instantâneas
Assim estabelece o art. 258:
A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a
razão determinante do negócio jurídico.
Ou seja, é inviável fracionar a obrigação das partes, seja pela própria natureza
da obrigação (natural), seja por imposição da lei (legal), seja pela vontade das
partes (contratual).
No entanto, segundo estabelece o art. 263 do
CC/2002, perde a qualidade de indivisível a
obrigação que se resolver em perdas e danos. Isso
ocorrerá, por exemplo, quando, numa obrigação, a
prestação for de entregar um veículo, mas o veículo, por alguma razão, deixar
de existir; nesse caso, ela resolve-se em perdas e danos e a obrigação deixa de
ser indivisível.
Nesse caso, se houver culpa de todos os devedores, responderão todos por
partes iguais, segundo o §1º do mesmo artigo. Se, porém, for de um só a
culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos,
segundo o §2º.
No caso das obrigações indivisíveis, se houver dois ou
mais devedores, cada um será obrigado pela dívida
toda. Porém, segundo o parágrafo único do art. 259, o
devedor que paga a dívida sub-roga-se no direito do credor em relação aos
outros coobrigados.
Inversamente, se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes
exigir a dívida inteira, na dicção do art. 260 do CC/2002. Nesse caso, o
devedor ou devedores se desobrigarão, pagando, segundo os incisos do artigo:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Caso um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros
assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total,
consoante regra do art. 261 do CC/2002. Em caso de perdão da dívida,
transação, novação, compensação ou confusão, por um dos credores, a
obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir,
descontada a quota do credor remitente, nos termos do art. 262 e do parágrafo
único do CC/2002.
D. Quanto às condições
I. Puras
As obrigações puras não dependem de qualquer condição outra que não a
própria obrigação para terem eficácia;
II. Impuras
As obrigações impuras dependem de algo mais para serem eficazes. As
obrigações impuras podem ser:
a. condicionais:
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das
partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto
c. a termo:
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
II. Alternativas/disjuntivas
Já as obrigações alternativas determinam-se no cumprimento, ou seja, a
escolha de uma obrigação exclui a outra, segundo estabelece o art. 252 do
CC/2002. Essa escolha pode ser feita a critério do credor, do devedor ou de
árbitro, ou caso, o terceiro não aceitar a incumbência, ficará a cargo do juiz,
segundo o art. 252, §4º do CC/2002. O juiz também acaba decidindo no caso
de ausência de concordância, em havendo pluralidade de optantes (mais de
uma pessoa deve fazer a escolha), terminado o prazo para a escolha (§3º do
mesmo dispositivo).
Em regra, porém, se não houver estipulação alguma
a respeito do tema, a escolha cabe ao devedor,
segundo regra clássica prevista no art. 252 do
CC/2002.
Quem faz a escolha deve escolher uma das
alternativas integralmente, não podendo escolher parte
de uma ou de outra, consoante estabelece o art. 252, §1º
do CC/2002. No entanto, no caso de prestações periódicas,
a opção pode ser exercida a cada período, e não apenas no primeiro ato de
escolha, pela previsão do §2º.
A obrigação alternativa tem por peculiaridade sua manutenção, ainda
que haja perecimento de um dos objetos ou tenha ele se tornado
inexequível (art. 253). Se uma das obrigações se
torna impossível, sem culpa de quaisquer das partes,
a obrigação se concentra na restante,
independentemente de a quem caiba a escolha, na
dicção do art. 253 do CC/2002. Se uma das obrigações se torna impossível, por
culpa do devedor, e o credor é quem deveria escolher, opta pela remanescente
ou pelo valor da outra, segundo o art. 255, primeira parte. Se uma das
obrigações se torna impossível, por culpa do devedor, e o devedor mesmo é
quem deveria escolher, ele cumpre a remanescente, obviamente.
Se todas as obrigações se tornam impossíveis, sem culpa do devedor, a
obrigação se extingue, conforme o art. 256 do CC/2002. Se se tornam
impossíveis com culpa do devedor, deverá pagar pela que ao fim se
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
Restante ou
SIM equivalente pela outra Concentra na restante
+ perdas e danos
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
III. Facultativas
Preste atenção, porém, para não confundir a noção
de obrigação alternativa com a obrigação facultativa.
É comum que as provas tentem de confundir,
tomando uma pela outra! Fala-se que “na obrigação
alternativa é facultado ao...” ou que na obrigação
facultativa a alternativa é...” e por aí vai. O grande
problema é que o CC/2002 não trata da hipótese, sendo que se utiliza como
amparo a legislação comparada, notadamente o Código Civil Argentino.
A obrigação facultativa é também chamada de
subsidiária, ou seja, consiste na entrega de um único
objeto. No entanto, faculta-se o devedor, à sua
escolha, desde que pactuado previamente, substituir
a prestação quando do adimplemento. Pode-se facultar a escolha ao
credor? Não, jamais, sob pena de se desfigurar a obrigação facultativa.
Na obrigação alternativa, pode o credor, se assim se convencionou, escolher
qualquer das duas obrigações (uma ou outra); na obrigação facultativa, porém,
não pode ele escolher a obrigação subsidiária, pois tem direito apenas à
principal (uma se + ou outra).
Principais/essenciais
Reciprocamente considerado
Acessórias
Meio
Conteúdo Resultado
Quanto ao objeto
Garantia
Divisíveis
Divisibilidade
Indivisíveis
Puras
Condições
Impuras
Cumulativas
Determinação Alternativas
Facultativas
B. Plurais/múltiplas
O polo credor e/ou devedor são integrados por dois ou mais sujeitos,
subdividias em três subespécies:
I. Obrigações Conjuntas
As obrigações conjuntas são a presunção legal, nos termos do art. 257 do
CC/2002:
Singulares/únicas
Conjuntas
Plurais/múltiplas
Solidárias
3. Solidariedade
Como dissemos, as obrigações solidárias correspondem à principal exceção à
presunção da obrigação conjunta. No entanto, ela precisa sempre de previsão
específica:
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Pela comunhão de interesses de credores e
devedores, estes são vistos como um só: qualquer
dos credores, individualmente, pode exigir a
integralidade da obrigação; e qualquer dos
devedores pode ser compelido a cumprir com a obrigação inteira, na
dicção do art. 264 do CC/2002. De qualquer forma, a obrigação solidária pode
ser pura e simples para um dos cocredores ou codevedores, e condicional, ou a
prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro, sem problemas.
Existem também relações jurídicas que não são solidárias, pois há
devedores distintos cuja obrigação é distinta, mas originada de um
mesmo fato. São as chamadas obrigações in solidum, que não se
confundem com as solidárias. Um exemplo é o sujeito que pega meu veículo
emprestado, sem autorização, e o bate, culposamente. Posso acionar essa
pessoa, pelo ato ilícito cometido, e a seguradora. Ambos respondem pela
integralidade da obrigação, ainda que não de maneira solidária, dada a origem
una do evento danoso.
Silvio Venosa diz que o remido tem a obrigação extinta para si, mas não explica
a consequência disso; Arnaldo Rizzardo diz que B foi excluído, pelo que o credor
é quem será chamado a pagar.
O STJ ainda não decidiu situação análoga, mas pelas outras decisões a respeito
do tema, parace indicar que não seria adequado deixar o prejuízo da
insolvência de D apenas com C e D, mas não se sabe se diria que ficaria com o
credor ou se o remido também seria chamado a repor o desfalque. Por isso,
levaremos em conta as decisões do STJ a respeito do tema e, na
omissão, pela ausência de decisão em casos análogos, levaremos em
conta o que aparentemente é a ratio da Corte, a
partir dos Princípios Gerais do Direito e dos
princípios que regem o Direito das Obrigações), bem
como a melhor doutrina.
Perspectiva Externa
Na perspectiva interna, não interessa a relação dos devedores entre si, mas
apenas a relação do credor com os codevedores solidários. “Ah, mas e se um
codevedor estiver insolvente e o outro pagar tudo, pode ele cobrar do remido
da dívida”? Isso será objeto de análise na perspectiva interna, apenas. Vamos
com calma...
Devedor
A
Devedor Devedor
B Credor C
Devedor
D
Perspectiva Interna
Na perspectiva interna, já não nos interessa mais o credor, eis que está ele
satisfeito, seja com o pagamento direto, realizado por um ou mais de um dos
codevedores obrigados, seja porque transacionou, renunciando à solidariedade
Devedor B
Devedor Devedor
Credor
A C
Devedor D
Perspectiva Externa
Aqui, vale repetir, analisaremos a perspectiva externa, ou seja, a relação do
devedor com os cocredores. Não importa, portanto, a relação dos credores
entre si, seja porque apenas um deles recebeu os valores integralmente, seja
porque remitiu a dívida.
Credor
A
Credor Credor
Devedor
B C
Credor
D
pagar a um dos cocredores, depois de citado por outro deles? Vigora a máxima,
“quem paga mal, paga duas vezes”, sendo que o devedor deverá, depois de
efetivar o pagamento correto, cobrar do cocredor que recebeu indevidamente.
Se um credor falecer, seus herdeiros só poderão exigir sua quota-parte,
exceto no caso de obrigação indivisível, conforme regra do art. 270 do
CC/2002. Isso, de alguma maneira “quebra” a solidariedade, tal qual ocorria na
solidariedade passiva
Tal qual na solidariedade passiva, o devedor não pode opor exceção aos demais
credores quando só a tem em relação a algum deles, como, por exemplo,
quando tiver compensação por ter uma dívida com um desses credores, na
forma do art. 273.
A alternativa I está correta, nos termos do art. 259: “Se, havendo dois ou
mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela
dívida toda”.
A alternativa II está incorreta, na dicção do art. 269: “O pagamento feito a
um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago”.
A alternativa III está incorreta, segundo o art. 275, Parágrafo único: “Não
importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra
um ou alguns dos devedores”.
A alternativa IV está correta, na leitura do art. 309: “O pagamento feito de
boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor”.
A alternativa V está correta, por conta do art. 349: “A sub-rogação transfere
ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em
relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores”.
A alternativa D está correta, portanto.
Perspectiva Interna
Aqui, o devedor já está liberado, seja porque adimpliu integralmente, da
maneira que se esperava, satisfazendo os interesses dos credores, seja porque
deve sua dívida remida, não importa. Necessário é analisar as relações entre os
cocredores, portanto, de modo que o eventual credor que recebeu ou que
remitiu deve prestar contas aos demais.
Credor
B
Credor Credor
Devedor
A C
Credor
D
O credor que vier a receber fica obrigado a prestar aos demais cocredores a
quota proporcional que lhes cabe, na regra do art. 272 do CC/2002. Por isso, o
credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá
aos outros pela parte que lhes caiba.
A remissão, tal qual ocorria na solidariedade passiva, pode ser parcial
ou total. O cocredor pode perdoar o devedor apenas quanto à cota-parte que
cabe, pelo que a dívida se extingue apenas em relação a ele. Pode remir dívida
em valor superior à sua cota, mas ainda não extinguindo a dívida toda; nesse
Os conteúdos das obrigações podem se misturar. Por exemplo, pode haver uma
obrigação de fazer e não fazer ao mesmo tempo, como no contrato de trabalho;
obrigação de dar e fazer, como na empreitada; obrigação de dar e não fazer,
como no desconto de cheque pré-datado.
Porém, sempre uma obrigação é mais relevante, pelo que ela será classificada
por essa obrigação mais relevante, mais importante que as demais, a obrigação
central, nuclear. Vejamos cada uma das obrigações a partir de agora.
I) Deterioração
Aquele que tem a obrigação de dar deve resguardar a coisa, conservando-a até
que seja feita a tradição. No caso de a coisa se perder, total ou parcialmente,
deve-se atentar para a culpa do devedor e sua boa ou má-fé.
II) Perecimento
No caso de perda integral da coisa (perecimento), sem culpa de quem
deveria entregá-la, extingue-se a obrigação, sem indenização para
nenhuma das partes, nos termos do art. 234 do CC/2002. Novamente, de
modo óbvio, se o devedor da coisa já recebeu parte do pagamento, deve
restituí-lo, sob pena de enriquecimento ilícito. Seriam exemplos o furto da
coisa, a morte do animal, a destruição do bem por intempéries diversas (chuva,
granizo etc.):
Art. 234. Se (...) a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente
a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes (...).
III) Acréscimo/melhoramento
Ao contrário, pode ser que a coisa venha a sofrer melhoramentos antes da
tradição, o que não é incomum. Nesses casos, o acréscimo pertence ao devedor
(e esse é outro lado do res perit domino), sendo que o credor passa a ter
duas opções:
a. aceitar o acréscimo e pagar proporcionalmente por ele, nos termos do art.
237 do CC/2002, ou;
b. resolver o negócio, sem indenização para nenhuma das partes, segundo o
mesmo artigo, na segunda parte.
Extinção da obrigação
Sem culpa
Aceitação + abatimento
Deterioração
Extinção da obrigação (c/
perdas e danos)
Obrigação de dar
Com culpa
Aceitação + abatimento
(c/ perdas e danos)
Perecimento
Extinção da obrigação (c/
Com culpa
perdas e danos)
Aceita + aumento
Com boa-fé
Extingue a obrigação
Melhoramento
Devedor perde o
Sem boa-fé
melhoramento
B. Obrigações de restituir
A obrigação de restituir ocorre quando o credor é
dono da coisa, entrega a outrem e tem o direito de,
posteriormente, recebê-la de volta, como na locação
ou no comodato.
I) Deterioração
No caso da obrigação de restituir, o devedor é, em realidade, o sujeito que deve
restituir a coisa, e, portanto, não é o dono do bem.
Se houver deterioração, ou seja, perda parcial, sem culpa do devedor, o credor
receberá a coisa no estado em que se encontra, sem direito de
indenização, consoante regra do art. 240 do CC/2002. Exemplo é a casa de
veraneio que eu tomo emprestada de um amigo e que passa por um vendaval;
eu a entrego, com danos, sem qualquer indenização:
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor,
tal qual se ache, sem direito a indenização
II) Perda/perecimento
Se houver perecimento, ou seja, perda integral da coisa,
sem culpa do devedor, haverá extinção da obrigação
com a perda para o credor. Porém, ele recebe, por
exemplo, o dinheiro da locação pelo tempo utilizado, nos termos do art. 238 do
CC/2002:
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se
perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados
os seus direitos até o dia da perda.
III) Acréscimo/melhoramento
Se, ao contrário, houve melhoramento antes da restituição, a resposta é mais
complexa. Se não houve dispêndio de energia ou recursos por parte
daquele que está com a coisa, o melhoramento é integral do
proprietário, sem que tenha ele de indenizar o devedor, segundo o art.
241. É o caso da minha vaca emprestada que acaba por ficar prenhe na posse
do comodatário; nesse caso, a cria é minha, sem que eu tenha que indenizar o
devedor.
Se, ao contrário, houve trabalho ou dispêndio, a solução é mais ampla,
obedecendo o caso à disciplina das benfeitorias e dos frutos, segundo
regra do art. 242 do CC/2002:
Veremos, mais à frente, essas regras, que estão contidas nos arts. 1.214 a
1.220 do CC/2002, mas vou deixar elas resumidas, por hora, para que você dê
uma olhada desde já!
Recebe como
Sem culpa
está
Deterioração
Recebe como
Com culpa está (c/ perdas e
danos)
Extinção da
Sem culpa
Obrigação de restituir
obrigação
Perecimento
Extinção da
Com culpa obrigação (c/
perdas e danos)
Boa-fé (úteis,
necessárias e
voluptuárias, se
aceitas)
Benfeitorias
Sem dispêndio Má-fé (só
Melhoramento necessárias, sem
retenção)
Com dispêndio
Boa-fé
(percebidos e
despesas de
produção)
Frutos
Má-fé (nenhum,
despesas de
produção
Ou seja, até a escolha da coisa pelo credor ou pelo devedor, este não poderá se
eximir pela perda, parcial ou total, da coisa, devendo providenciar outra de
igual gênero e na mesma quantidade. Assim, o devedor tem
responsabilidade integral, independentemente de culpa, segundo
estabelece o art. 246 do CC/2002. Se a escolha já
tiver sido feita, valem as mesmas regras da
obrigação de dar coisa certa.
Possível desfazer:
Impossível desfazer:
Extingue desfaz, mais perdas e
perdas e danos
danos
Legislação pertinente
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou
devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com
aquele por perdas e danos.
Art. 585. Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa,
ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante.
Art. 639. Sendo dois ou mais depositantes, e divisível a coisa, a cada um só entregará o
depositário a respectiva parte, salvo se houver entre eles solidariedade.
Art. 680. Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para negócio comum,
cada uma ficará solidariamente responsável ao mandatário por todos os compromissos e
efeitos do mandato, salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra os outros
mandantes.
Art. 867, Parágrafo único. Havendo mais de um gestor, solidária será a sua
responsabilidade.
Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa
importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem
o benefício de divisão.
Art. 1.460. O devedor do título empenhado que receber a intimação prevista no inciso III
do artigo antecedente, ou se der por ciente do penhor, não poderá pagar ao seu credor.
Se o fizer, responderá solidariamente por este, por perdas e danos, perante o credor
pignoratício.
No caso de responsabilidade dos pais, pelos filhos menores que estiverem sob
sua autoridade e em sua companhia; do tutor e o curador, pelos pupilos e
curatelados, que se acharem nas mesmas condições; do empregador ou do
comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho
que lhes competir, ou em razão dele; dos donos de hotéis, hospedarias, casas
ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de
educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; e dos que
gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente
quantia, também há solidariedade no pagamento da indenização:
Art. 942, Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores
e as pessoas designadas no art. 932.
Art. 993, Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios
sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com
terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que
intervier.
Art. 1.003, Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato,
responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros,
pelas obrigações que tinha como sócio.
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo,
respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias:
os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações
sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.
Art. 1.055, § 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem
solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da
sociedade.
Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como
diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
§ 1o Se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, depois de
esgotados os bens sociais.
Art. 1.177, Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente
responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros,
solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
No direito de família, talvez o ramo do Direito Civil que deveria ser mais
“solidário”, temos casos de solidariedade obrigacional:
Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro:
I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica;
II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir.
Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente obrigam
solidariamente ambos os cônjuges.
Igualmente, a mesma regra vale para a Ação Civil Pública que objetiva a
proteção de direitos do consumidor, regulada pela Lei 7.347/1985:
Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis
pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e
ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.
Art. 75. Na hipótese do inciso III do art. 72 (Art. 72, inc. III. A contestação do locador,
além da defesa de direito que possa caber, ficará adstrita, quanto à matéria de fato, a ter
proposta de terceiro para a locação, em condições melhores), a sentença fixará desde
logo a indenização devida ao locatário em conseqüência da não prorrogação da locação,
solidariamente devida pelo locador e o proponente.
Por fim, mais uma hipótese de solidariedade está disposta na Lei 6.766/1979,
sobre o Parcelamento do Solo Urbano:
Art. 47. Se o loteador integrar grupo econômico ou financeiro, qualquer pessoa física ou
jurídica desse grupo, beneficiária de qualquer forma do loteamento ou desmembramento
irregular, será solidariamente responsável pelos prejuízos por ele causados aos
compradores de lotes e ao Poder Público.
Questões
(C) II.
(D) I e II.
(E) I.
Gabaritos
O item está correto, pela conjunção dos arts. 251 (“Praticado pelo devedor o
ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob
pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.”) e 250
(“Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se
lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.”)
D) Sendo certa a coisa a ser dada, seus eventuais acessórios não estão
abrangidos no dever de entrega do devedor.
E) As obrigações de dar coisa incerta, a escolha cabe sempre ao devedor.
Comentários
A alternativa A está correta, conforme regra do art. 238: “Se a obrigação for
de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da
tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os
seus direitos até o dia da perda”.
A alternativa B está incorreta, pelo que se depreende do art. 249: “Se o fato
puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à
custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização
cabível”. Ou seja, se a obrigação pode ser cumprida por terceiro, ela é fungível,
mas não necessariamente o será, sempre.
A alternativa C está incorreta, pela dicção do art. 315 (“As dívidas em dinheiro
deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal,
salvo o disposto nos artigos subsequentes”) c/c art. 316 (“É lícito convencionar
o aumento progressivo de prestações sucessivas”), ou seja, a correção deve ser
pactuada, ou a dívida se presume pagável pelo valor nominal.
A alternativa D está incorreta, na literalidade do art. 233: “A obrigação de dar
coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o
contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso”.
A alternativa E está incorreta, por aplicação da regra do art. 244: “Nas coisas
determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se
o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior,
nem será obrigado a prestar a melhor”.
A alternativa C está incorreta, por aplicação do art. 1.389, inc. III: “Também
se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de
fazê-la cancelar, mediante a prova da extinção pelo não uso, durante dez anos
contínuos”.
A alternativa D está incorreta, dada a literalidade do art. 266: “A obrigação
solidária pode ser pura e simples para um dos cocredores ou codevedores, e
condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro”.
devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar
a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor”.
A alternativa B está incorreta, de acordo com o art. 258: “A obrigação é
indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou
dada a razão determinante do negócio jurídico”.
A alternativa C está correta, consoante o art. 266: “A obrigação solidária pode
ser pura e simples para um dos cocredores ou codevedores, e condicional, ou a
prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro”.
A alternativa D está incorreta, na dicção do art. 247: “Incorre na obrigação de
indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta,
ou só por ele exequível”.
A alternativa E está incorreta, mais uma vez, pela leitura da parte central do
art. 244, supracitado.
Resumo
(taxativos)
Indireto Direto
Exercício
(depende do outro) (sobre a coisa)
Ônus reais
Sub-rogação real
Prestação Coisa
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
Restante ou
SIM equivalente pela outra Concentra na restante
+ perdas e danos
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
Principal/essencial
Reciprocamente considerado
Acessória
Meio
Conteúdo Resultado
Quanto ao objeto
Garantia
Divisíveis
Divisibilidade
Indivisíveis
Puras
Condições
Impuras
Cumulativas
Determinação Alternativas
Facultativas
Singulares/únicas
Conjuntas
Plurais/múltiplas
Solidárias
Devedor
A
Devedor Devedor
B Credor C
Devedor
D
Devedor B
Devedor Devedor
Credor
A C
Devedor D
Do mesmo modo, ainda que a solidariedade ativa seja bem mais simples, vale
fazer o mesmo, analisando primeiro a perspectiva externa (cocredores X
devedor), para depois se ver a perspectiva interna (cocredor receptor X demais
cocredores:
Credor
A
Credor Credor
Devedor
B C
Credor
D
Credor
B
Credor Credor
Devedor
A C
Credor
D
Extinção da obrigação
Sem culpa
Aceitação + abatimento
Deterioração
Extinção da obrigação (c/
perdas e danos)
Obrigação de dar
Com culpa
Aceitação + abatimento
(c/ perdas e danos)
Perecimento
Extinção da obrigação (c/
Com culpa
perdas e danos)
Aceita + aumento
Com boa-fé
Extingue a obrigação
Melhoramento
Devedor perde o
Sem boa-fé
melhoramento
Recebe como
Sem culpa
está
Deterioração
Recebe como
Com culpa está (c/ perdas e
danos)
Extinção da
Sem culpa
Obrigação de restituir
obrigação
Perecimento
Extinção da
Com culpa obrigação (c/
perdas e danos)
Boa-fé (úteis,
necessárias e
voluptuárias, se
aceitas)
Benfeitorias
Sem dispêndio Má-fé (só
Melhoramento necessárias, sem
retenção)
Com dispêndio
Boa-fé
(percebidos e
despesas de
produção)
Frutos
Má-fé (nenhum,
despesas de
produção
Possível desfazer:
Impossível desfazer:
Extingue desfaz, mais perdas e
perdas e danos
danos
Considerações Finais
Chegamos ao final desta aula. Vimos a primeira parte do Direito das Obrigações
inserida no CC/2002. Com isso, na aula que vem, entramos na segunda parte
do livro do Direito das Obrigações.
Como você viu pela aula, não é um tema extremamente frequente nas provas,
já que a Parte Geral é responsável, sozinha, por numerosas questões das
últimas provas de Nível Superior. No entanto, é uma matéria que, nesses
certames, é exigida, em larga medida, apenas pela letra da lei, pelo que perder
algum tempo na leitura do CC/2002 e numa releitura da matéria, como
acompanhamento, pode ser bastante proveitoso para matar algumas questões
mais simples.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou
disponível no fórum no Curso, por e-mail e, inclusive, pelo Facebook.
Aguardo vocês na próxima aula. Até lá!
Paulo H M Sousa
prof.phms@gmail.com
facebook.com/prof.phms