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Princípio da Moralidade:
Princípio da Impessoalidade:
Princípio da Publicidade:
Princípio da Eficiência:
Descreva 3 princípios não expressos na Constituição Federal do Direito
Administrativo
Uma questão interessante que merece ser analisada no tocante ao ato administrativo é a
omissão da Administração Pública ou, o chamado silêncio administrativo.
Essa omissão é verificada quando a administração deveria expressar uma pronuncia
quando provocada por administrado, ou para fins de controle de outro órgão e, não o faz.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o silêncio da administração não é um ato jurídico,
mas quando produz efeitos jurídicos, pode ser um fato jurídico administrativo.
Explica o referido autor:
"o silêncio não é ato jurídico. Por isto, evidentemente, não pode ser ato
administrativo. Este é uma declaração jurídica. Quem se absteve de
declarar, pois, silenciou, não declarou nada e por isto não praticou ato
administrativo algum. Tal omissão é um 'fato jurídico' e, in casu, um 'fato
jurídico administrativo'. Nada importa que a lei haja atribuído determinado
efeito ao silêncio: o de conceder ou negar. Este efeito resultará do fato da
omissão, como imputação legal, e não de algum presumido ato, razão por
que é de rejeitar a posição dos que consideram ter aí existido um 'ato
tácito'."
Marçal Justen Filho distingue manifestação omissiva e ausência de vontade. Para ele, "a
atuação omissiva produzirá um ato administrativo quando consistir em 'manifestação de
vontade'. Se houver ausência de manifestação de vontade, não existirá ato administrativo
em sentido restrito. Poderá existir ato ilícito: se a Administração Pública omitir a
manifestação de vontade quando estava obrigada a atuar, existirá ilicitude e incidirá o
regime da responsabilidade civil."
Da leitura dos conceitos dos supramencionados, denota-se que o silêncio pode consistir
em omissão, ausência de manifestação de vontade, ou não. Em determinadas situações
poderá a lei determinar a Administração Pública manifestar-se obrigatoriamente,
qualificando o silêncio como manifestação de vontade. Nesses casos, é possível afirmar
que estaremos diante de um ato administrativo.
Neste sentido, explica Maria Sylvia Zanella Di Pietro, "até mesmo o silêncio pode
significar forma de manifestação da vontade, quando a lei assim o prevê; normalmente
ocorre quando a lei fixa um prazo, findo o qual o silêncio da Administração significa
concordância ou discordância."
Desta forma, quando o silêncio é uma forma de manifestação de vontade, produz efeitos
de ato administrativo. Isto porque a lei pode atribuir ao silêncio determinado efeito jurídico,
após o decurso de certo prazo.
Em relação ao direito de petição (art. 5º, XXXIV, "a", da Constituição Federal - clique
aqui), cumpre esclarecer que Poder Público tem o dever de se manifestar acerca das
petições dos administrados. Havendo silencio indevidamente, haverá negligência e
afronta ao dever funcional de exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo,
conforme previsto no art. 116, I da Lei nº 8.112/90 (clique aqui).
Assim, cumpre salientar que o silêncio administrativo será considerado infração ao direito
sempre que houver dever de agir pela Administração Pública, configurando-se assim um
ato ilícito.
Por fim, vale destacar a denominação realizada por Marçal Justen Filho quanto ao silêncio
qualificado:
Assim, em síntese é possível afirmar que o silêncio administrativo não se configura ato
administrativo, com exceção dos casos em que a lei qualifica a omissão administrativa
como manifestação de vontade.
Atos unilaterais: São aqueles formados pela manifestação de vontade de uma única
pessoa. Ex: Demissão - Para Hely Lopes Meirelles, só existem os atos administrativos
unilaterais.
Atos bilaterais: São aqueles formados pela manifestação de vontade de mais de uma
pessoa. Ex: Contrato administrativo.
A questão das nulidades no Direito é um dos temas mais tortuosos enfrentados pelos
juristas e doutrinadores.
Se mesmo no Direito Civil[9] ainda provoca polêmicas, de pode imaginar seus efeitos no
Direito Administrativo. Bem oportuna é a lição de Seabra Fagundes, lembrado
por Carvalho Filho, que asseverou “a deficiência e a falta de sistematização dos textos
de Direito Administrativo embaraçam a construção da teoria das nulidades dos atos da
Administração Pública”.
Como salienta Celso Antônio Bandeira de Mello, “a ordem normativa pode repelir
com intensidade variável atos praticados em desobediência às disposições
jurídicas, estabelecendo destarte uma gradação no repúdio a eles”.
No Direito Civil, são duas as diferenças básicas entre a nulidade e a anulabilidade [10]. A
primeira é que a nulidade não admite a convalidação, ao passo que na anulabilidade ela é
possível. A segunda é que a nulidade pode ser decretada pelo juiz ex officio (sem
provocação da parte interessada), ou ainda mediante provocação pela parte ou pelo
Ministério Público; enquanto que no caso da anulabilidade, esta só pode ser apreciada
mediante provocação da(s) parte(s) interessada(s).
Para estes, é possível que o Direito Administrativo admita a existência da dicotomia entre
nulidade e anulabilidade, inclusive, neste último caso, com o efeito da convalidação de
atos defeituosos (posição defendida principalmente por Celso A. Bandeira de Mello,
Cretella Júnior, Lucia Valle Figueiredo e Silvia Di Pietro)[12].
Esta é a posição defendida por Celso A. B. de Mello, para quem, “nulos são os atos que
não podem ser convalidados, entrando nessa categoria: os atos que a lei assim o declare;
os atos em que é materialmente impossível a convalidação, pois se o mesmo conteúdo
fosse novamente produzido, seria reproduzida a invalidade anterior (é o que ocorre com
os vícios relativos ao objeto, à finalidade, ao motivo, à causa); seriam anuláveis os que a
lei assim declare; os que podem ser praticados sem vício (é o caso dos praticados por
sujeito incompetente, com vício de vontade, com defeito de formalidade)”.
Com o advento da lei federal nº 9.784/99 foi positivada a teoria dualista, já que a referida
lei admite expressamente a possibilidade de convalidação dos atos administrativos que
apresentarem defeitos sanáveis, pelo que se faz imperioso, hodiernamente, a aceitação
de atos administrativos anuláveis[13].
Ressalte-se, todavia, que o prazo qüinqüenal acima mencionado só pode referir-se, por
ilação lógico-jurídica, e interpretação sistemática da legislação vigente, aos atos
anuláveis, e não aos nulos. Os atos nulos, portadores de vícios insanáveis, ou
expressamente declarados nulos por disposição expressa de lei podem ser invalidados a
qualquer tempo.
É que não se pode admitir que a nulidade visceral, deletéria do interesse público e
violadora de expressa determinação legal, tenha a sua declaração de nulidade sujeita a
prazo.
É correto que se sujeite a prazo a ação anulatória, mas não a declaração de nulidade.
Não é por outra razão que o art. 54, acima transcrito menciona que o prazo qüinqüenal é
de natureza decadencial. Sabe-se que os prazos de natureza decadencial ligam-se
intimamente ao exercício dos chamados direitos potestativos. Ora, o direito da
administração de anular atos administrativos que produzam efeitos favoráveis aos
destinatários é típico exemplo de direito potestativo, os quais devem ter prazo fixado para
o seu exercício, para que não se sujeite aquele a quem o ato beneficie a eterna
possibilidade de intervenção em sua esfera jurídica pela simples manifestação de vontade
da administração.
Já no que se refere à declaração de nulidade, não se pode aceitar que haja prazo para fazê-lo. O
que se pode considerar é que os atos administrativos viciados que não se encontrem sob o manto do
art. 54, caput, da Lei Federal n. 9.784/99, possam ser administrativamente invalidados a qualquer
tempo[16], desde que os terceiros de boa-fé prejudicados tenham seus possíveis prejuízos
ressarcidos, e, especialmente, que a má-fé do beneficiário seja comprovada[17].
Como se poderia entender que a nomeação de servidor público para cargo efetivo sem o
atendimento a exigência de prévia aprovação em concurso público esteja sujeita a prazo, diante de
sua visceral nulidade e da expressa determinação contida no parágrafo segundo da Constituição que
expressamente o declara nulo? O que se pode aceitar é a convalidação dos atos praticados por tal
servidor que atinjam terceiros de boa-fé, como antes já foi dito, mas jamais que a nomeação em si
tornou-se inatacável pela decadência. O mesmo ocorreria com a expressa determinação de nulidade
dos atos mencionados no art. 21 da lei complementar nº 1001/00.
Há que se distinguir, portanto, a anulação, sujeita ao prazo decadencial de cinco anos, previsto no
art. 54 da lei nº 9.784/99, da declaração de nulidade, que pode ser feita a qualquer tempo, justamente
por se tratar de mera declaração, que como tal, não se sujeita a prazo. [18][19]
Por outro lado, fica patente pela análise integral do art. 54, que o mesmo visou estabilizar,
principalmente, os atos que produzam efeitos patrimoniais, numa preocupação legítima e justificável,
de poupar os administrados dos terríveis efeitos decorrentes da devolução de quantias, ou da
supressão de vantagens pecuniárias já incorporadas ao seu patrimônio, em flagrante violação a
cláusula da estabilidade financeira.[20][21]
Ressalte-se que para se proceder à invalidação de ato administrativo que afete esfera jurídica de
terceiros, deve a administração instaurar o devido processo administrativo, para que se garanta os
princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
Ato de impugnação que visa à retirada de conduta administrativa que viola direito
preexistente do peticionante. Nesses casos, o particular prejudicado busca a anulação do
ato administrativo que lhe causou prejuízos diretamente. Suponha que um licitante
impugna edital de licitação que traz regras que o desclassificam do certame.
Defina os sistemas de controle administrativo: o contecioso
administrativo e sistema de jurisdição una.
Assim, como ato que visa a correção de condutas verificou-se que a “correição” está
ligada ao exercício do “poder disciplinar”, termo sobre o qual apresentamos as seguintes
definições:
a) para Hely Lopes Meirelles, o poder disciplinar seria “a faculdade de punir internamente
as infrações disciplinares dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos
órgãos e serviços da Administração Pública”;
b) para Maria Sylvia Zanello Di Pietro, o Poder Disciplinar “é o que cabe à Administração
Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais
pessoas sujeitas à disciplina administrativa”;
c) para Marcello Caetano, o “Poder Disciplinar tem origem e razão de ser no interesse e
na necessidade de aperfeiçoamento progressivo do serviço público”.
“Art.8º Os cargos dos titulares das unidades setoriais e seccionais de correição são
privativos de servidores públicos efetivos, que possuam nível de escolaridade superior e
sejam, preferencialmente: (Redação dada pelo Decreto nº 7.128, de 2010).
I - graduados em Direito; ou (Incluído pelo Decreto nº 7.128, de 2010).
II - integrantes da carreira de Finanças e Controle. (Incluído pelo Decreto nº 7.128, de
2010)."
Há essa imposição legal para que os titulares das unidades de correição da Administração
Pública Federal sejam, privativamente, servidores públicos ocupantes de cargo efetivo
que possuam nível de escolaridade superior, preferencialmente Direito ou integrantes da
carreira de Finanças e Controle.
“§ 3º A exigência contida no caput deste artigo não se aplica aos titulares das unidades de
correição em exercício na data de publicação deste Decreto” (grifou-se).
Vale lembrar que as unidades de correição constituem-se das corregedorias setoriais, que
atuam junto aos Ministérios, e das corregedorias seccionais, que compõem a estrutura
dos Ministérios.
Todas as entidades da Administração Pública Federal devem ter uma unidade
especializada em matéria disciplinar?
Alguns órgãos e entidades da administração pública federal dispõem, por norma
específica (seja lei orgânica, estatuto ou regimento interno), de unidade especializada na
matéria disciplinar, normalmente chamada de Corregedoria, dotada de competência
exclusiva para o assunto. No entanto, em outros órgãos, não há uma estrutura de
Corregedoria e tal atribuição é desempenhada por algum setor administrativo.
A CGU tem competência para analisar processos disciplinares de outros órgãos que
estejam em andamento?
Sempre que a Controladoria-Geral da União constatar omissão da respectiva autoridade
instauradora, ou, facultativamente, nos casos envolvendo lesão ou ameaça de lesão a
patrimônio federal, os § 1º, 2º e 4º do art. 18 da Lei nº 10.683/03, conferem-lhe os
poderes de avocar o apuratório e de instaurar procedimento para apurar a inércia da
autoridade originariamente competente.
Não obstante, a sindicância inquisitorial, por falta de rito definido em qualquer norma,
pode adotar, extensivamente, no que cabível, os institutos, rito e prazos da sindicância
contraditória.
Celso Antônio Bandeira de Mello estabelece que os empregos públicos "são núcleos de
encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para
desempenhd- los, sob relação trabalhista, como, alids, prevê a lei 9.962 de 22.2.2000"
Consoante disposto no art. 61, §1°, II, "a" da Constítuição FederaL a criação de empregos
públicos deve ser feita mediante lei e, pelo princípio da simetria das formas, exige-se esta
mesma regra para sua extinção.
Ademais, para que seja possível a celebração de contrato de emprego, o particular deve
ter sido previamente aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos,
definido nos moldes do are. 37, II da CF, ainda que para prestação de serviços nos entes
privados da Administração Descentralizada.
O que é agente público?
Os cargos efetivos são aqueles que podem ser exercidos exclusivamente por servidores
recrutados, a partir da Constituição Federal de 1988, exclusivamente por meio de
concurso público de provas e títulos. Conforme explica Aldino Graef, especialista em
políticas públicas e gestão governamental, “estes cargos podem ser isolados ou
integrantes de planos de cargos ou de carreira, em conformidade com a legislação
vigente”.
Não há, portanto, qualquer definição dos “casos” e das “condições” para o exercício dos
cargos em comissão por servidores. A ausência da regulamentação do referido dispositivo
constitucional implica, na prática, na ausência de requisitos legais e, também, na ausência
de espaços da hierarquia definidos para os cargos em comissão e para as funções de
confiança.
Segundo decisão recente do Tribunal Superior do Trabalho, "o vínculo existente entre o
ocupante de cargo comissionado e o ente público não é empregatício, e sim
administrativo, de caráter precário e transitório, com possibilidade de exoneração sem
causa".
Cargos em comissão
- Não precisa de concurso público para ingressar
- Apenas para cargos de chefias, assessoramento e direção
- Sem estabilidade (exonerado “ad nutum”)
- Não precisa ser titular de cargo efetivo – ocupante de cargo efetivo que é nomeado para
cargo em comissão fica afastado das atribuições do cargo efetivo
- Aposentadoria pelo INSS
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período. A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão ou científico.