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Exercício Profissional de

Enfermagem e Relações
Psicossociais

Professora Natália Maira Fortes


Turma 222- Tarde- Curso Técnico de Enfermagem

Centro Formador Cruz Vermelha


Bioética

O que é?
Quais os conceitos?
Para que serve?
• Bio : vida
• Éthos: ética

• É a abordagem dos problemas


éticos ocasionado pelo avanço
Bioética extraordinário das ciências
biológicas, bioquímicas e médicas.
• Tem como finalidade estudar a vida
dos seres humanos em geral, a fim
de formular, articular e resolver
dilemas que emergem das
propostas de pesquisas.
• 1927 na Alemanha

• “Respeita, em princípio, cada ser vivo


como uma finalidade em si e trata-o
como tal, na medida do possível”
(Fritz)

Bioética • “Bioética, como se diz hoje, não é


uma parte da Biologia; é uma parte da
ética, é uma parte de nossa
responsabilidade simplesmente
humana; deveres do ser humano para
com outro ser humano, e de todos
para com a humanidade” (Sponville)
Bioética
“Bioética é uma reflexão
compartilhada, complexa e
interdisciplinar sobre a
adequação das ações que
envolvem a vida e o viver.”
(Goldin, 2006)
Beneficência

Não
maleficência Bioética justiça

autonomia
Bioética e a relação
Profissional-Paciente

• O que eu posso
fazer?

• Até onde eu posso ir?

• Cuidado x Cura
Bioética e a relação Profissional-Paciente.

• 1971 Potter (oncologista) : “Morrer com


dignidade”
Definição de morte e direitos do paciente

• Como definir a morte?


• morte
substantivo feminino
• 1.interrupção definitiva da vida de um
organismo.
• 2.fim da vida humana.
Definição de morte
• Deus?
• Médico?
• O paciente?
• Quem decide?
Direitos do paciente
• Lei n. 10.241/99 – DIREITOS
DOS PACIENTES
São eles:
• Ter atendimentos dignos,
atenciosos e respeitosos.
• Ser identificado e tratado pelo
seu nome e sobrenome.
• Não ser identificado ou tratado
por números ou códigos.
• Ter resguardado o segredo sobre
os seus dados pessoais, desde
que não acarrete riscos a
terceiros ou à saúde pública.
• Poder identificar as pessoas
responsáveis por sua assistência,
através de crachás visíveis.
Direitos do paciente
• Lei n. 10.241/99 – DIREITOS
DOS PACIENTES
• Receber informações claras e
objetivas quanto ao
diagnóstico, tratamento,
riscos e benefícios.
• Consentir ou recusar, com
adequada informação
procedimentos diagnósticos e
terapêuticos.
• Acessar a qualquer momento
o seu prontuário.
• Conhecer a procedência do
sangue e dos hemoderivados.
• Ter assegurado, durante as
consultas, exames e
tratamentos a satisfação de
suas necessidades fisiológicas.
Morte e Morrer
• Distanásia

a distanásia pode
ser definida como
(...) uma forma de
prolongar a vida de
modo artificial,
sem perspectiva de
cura ou melhora.
O direito de morrer!
• Eutanásia
Morte e
Em sentido literal, eutanásia
Morrer
significa a "boa morte". De
forma sucinta podemos dizer
que a eutanásia consiste na
prática de abreviar a vida de
um doente incurável, terminal
ou não, a seu pedido, de
maneira controlada, por
exemplo, utilizando-se uma
medicação que induza a morte
ou desligando os aparelhos
que mantém o paciente vivo,
tem por finalidade evitar o
sofrimento do enfermo.
Eutanásia
viver é um direito e não uma obrigação, a prática busca
evitar a dor e o sofrimento de pessoas sem qualidade de vida,
portadoras de uma doença incurável, que uma das angustias de
um paciente portador de uma doença incurável é o temor da
solidão e o medo de se tornar um estorvo para a família e
amigos e, que a falta de esperança, de expectativa de
tratamento ou cura, enseja outro direito, o direito à morte
digna.

Nos países onde a prática é considerada ilícita, argumenta-se


que a vida é um bem jurídico inviolável, indisponível e
intangível, que a dignidade é um atributo da vida e que a prática
da eutanásia incorreria no desrespeito a princípios
fundamentais a arte médica.
Morte e Morrer
Eutanásia
No Brasil, a legislação diz que
atendendo ao pedido de um
doente incurável, provocar-lhe a
morte, responderá pelo crime
de homicídio doloso, art. 121,
Capítulo I - Dos Crimes Contra a
Vida, que estabelece: Art. 121.
“Matar alguém: Pena - reclusão,
de 6 (seis) a 20 (vinte) anos” 22 .
Significa a morte da maneira natural a morte, se dá
sem a interferência ativa de nenhum agente, sem
um prolongamento artificial executado pelo aparato
tecnológico próprio da medicina contemporânea. É o
famoso “desligar os aparelhos”, com o qual se
cerram as cortinas do espetáculo da vida.
• Suicídio Assistido

No suicídio assistido, a morte


não decorre diretamente da ação
Morte e de terceiro. Ela é consequência de
uma atitude do próprio paciente,
Morrer sob a assistência de um terceiro,
assistência esta que pode
compreender uma orientação, o
auxilio ou apenas a observação
deste terceiro.
Morte e Morrer
• Suicídio Assistido

Com efeito, do mesmo modo e pelas mesmas razões já expostas, isto é,


por ser a vida considerada um bem jurídico inviolável, aquele que prestar
assistência ao suicídio será responsabilizado pelo crime de induzimento,
instigação ou auxilio ao suicídio, elencado art. 122, do Código Penal, que
determina: Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe
auxílio para que o faça. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o
suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, se da tentativa de
suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.

Interessante notarmos que embora tecnicamente a orientação e o auxílio


sejam prestados por médico, não há na lei qualquer determinação neste
sentido, então aqui também, assim como na eutanásia, o sujeito ativo pode
ser qualquer pessoa que por vontade livre e consciente assista ao
procedimento que resulte na morte do paciente suicida. A vontade livre e
consciente configura a conduta dolosa contra a vida e remete a competência
do julgamento ao tribunal do júri.
Início da vida e reprodução: Pesquisa
com células-tronco embrionárias,
reprodução artificial e aborto.
Pesquisas com Células troncos

Qual a fronteira às inovações técnico-


científicas? Se é que existem, quais os
limites éticos e jurídicos da pesquisa
genética em seres humanos?
Início da vida e reprodução: Pesquisa com células-
tronco embrionárias, reprodução artificial e aborto.

As células-tronco poderiam
revolucionar a medicina, ao curar
doenças fatais com tecidos e
órgãos especialmente criados. Mas
a ciência pode ceder à política o
privilégio da decisão sobre quando
essa esperança se realizará.
Início da vida e reprodução: Pesquisa com células-
tronco embrionárias, reprodução artificial e aborto.

Mas como conciliar, neste momento, ética, moral e os


conhecimentos jurídicos existentes? Como valorar a pesquisa humana
frente aos benefícios que traria à vida humana? Qual o mais
importante: o bem coletivo ou a não manipulação do material genético
humano?

A legislação do Brasil, diriam uns, autoriza a pesquisa com células-


tronco adultas. Como então afirmar que a Constituição veda a
manipulação de material genético? Sim, a legislação permite, mas
proíbe totalmente a clonagem terapêutica de seres humanos e, em
muitos casos, o tratamento apenas com células-tronco adultas não é
suficiente para amenizar a dor dos pacientes.
Ao homem cabe a consciência de que
não se deve brincar de Deus,
porém se Ele dotou os seres humanos
de inteligência suficiente para criar e produzir a
vida,
nas suas mais variadas formas,
por quê não utilizá-la?
•Quando começa a vida
humana???
• Inseminação Artificial
significa inserir o sêmen no corpo da
mulher por meio de uma transferência feita
artificialmente, mediante uma seringa, por via
transabdominal, ou mediante um cateter, por
via transvaginal. Com esse procedimento,
pretendem-se superar algumas das causas de
infertilidade encontradas em homens e
mulheres.
inseminação homóloga;
inseminação heteróloga. 
Fertilização in vitro
fecundação artificial é a fecundação extra-corpórea, realizada em
laboratório: é o bebê de proveta,
  Escolhem-se os que parecem, ao olhar do técnico, mais robustos. Os que
parecem mal formados são descartados. É preciso dizer que esses embriões
são seres humanos, são filhos.
Depois de feita a fecundação, os embriões são transferidos para as trompas.
• Aborto

Interrupção eugênica da gestação (IEG): são os casos


de aborto ocorridos em nome de práticas eugênicas,
isto é, situações em que se interrompe a gestação
por valores racistas, sexistas, étnicos, etc.
Comumente, sugere-se o praticado pela medicina
nazista como exemplo de IEG quando mulheres
foram obrigadas a abortar por serem judias, ciganas
ou negras. Regra geral, a IEG processa-se contra a
vontade da gestante, sendo esta obrigada a abortar;
Aborto

Interrupção terapêutica da gestação (ITG):


Casos previstos por lei: estupro, risco de
morte materna, anencefalia.
Transplantes de Órgãos e Tecidos
A obtenção de órgãos de doador vivo tem sido muito
utilizada, ainda é útil, porém é igualmente questionável
desde o ponto de vista ético.
Este tipo de doação somente tem sido aceito quando
existe relação de parentesco entre doador e receptor. A
doação de órgãos por parte de amigos ou até mesmo de
desconhecidos tem sido fortemente evitada.
As questões envolvidas são a autonomia e a liberdade
do doador ao dar seu consentimento e a avaliação de
risco/benefício associada ao procedimento, especialmente
com relação à não-maleficência (mutilação) do doador.
Transplantes de Órgãos e Tecidos
A utilização de órgãos de doadores cadáveres tem sido a
solução mais promissora para o problema da demanda excessiva.
O problema inicial foi o estabelecimento de critérios para
caracterizar a morte do indivíduo doador.
A mudança do critério cardiorrespiratório para o encefálico
possibilitou um grande avanço neste sentido.
Os critérios para a caracterização de morte encefálica foram
propostos, no Brasil, pelo Conselho Federal de Medicina através
da resolução CFM 1480/97.
Na doação de órgãos por cadáver muda-se a discussão da
origem para a forma de obtenção: doação
voluntária, consentimento presumido, manifestação compulsória.
Transplantes de Órgãos e Tecidos
Em 16 de janeiro de 1997, foi aprovada , pelo Congresso Nacional, a
nova lei de transplantes ( Lei 9434/97), sancionada pelo Presidente da
República em 4 de fevereiro de 1997, que altera a forma de obtenção para
consentimento presumido. A legislação anteriormente vigente (Lei 8489/92
e o Decreto 879/93) estabeleciam o critério da doação voluntária. Em
março de 2001 houve uma nova mudança, através da lei 10211, que dá
plenos poderes para a família doar ou não os órgãos de cadáver. Todas as
manifestações de vontade constantes em documentos  foram tornadas sem
efeito.
A alocação dos órgãos para transplante, assim como de outros recursos
escassos deve ser feita em dois estágios. O primeiro estágio deve ser
realizado pela própria equipe de saúde, contemplando os critérios de
elegibilidade, de probabilidade de sucesso e de progresso à ciência, visando
a beneficência ampla. O segundo estágio, a ser realizada por um Comitê de
Bioética, pode utilizar os critérios de igualdade de acesso, das
probabilidades estatísticas envolvidas no caso, da necessidade de
tratamento futuro, do valor social do indivíduo receptor, da dependência de
outras pessoas, entre outros critérios mais.
Leitura Complementar

• https://www.ufrgs.br/bioetica/complex.pdf

• http://www.saocamilo-sp.br/pdf/bioethikos/54/Bioetica_
e_profissionais.pdf

• http://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/jus_hu
manum/article/viewFile/891/707

http://www.pucrs.br/bioetica/cont/mariangela/bioeticaere
producao.pdf

http://www.pucrs.br/bioetica/cont/mariangela/
bioeticaeaborto.pdf
Estudo dirigido
1. Conceitue ética, bioética e moral
2. Sobre o código de ética da enfermagem o que é
permitido e o que é proibido
3. Conceitue e exemplifique: negligência, imperícia,
imprudência.
4. Conceitue e exemplifique: ortotanásia, distanásia e
eutanásia.
5. Direitos dos pacientes
6. Teoria psicanalítica
7. Associação de teorias da enfermagem
8. Princípios fundamentais da ética em enfermagem
Não esqueçam! Temos prova 31 de
Outubro!!!!

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