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questões da
vida e da morte
Introdução
• A morte no século XXI é vista como tabu, interdita,
vergonhosa; por outro lado, o grande desenvolvimento
da medicina permitiu a cura de várias doenças e um
prolongamento da vida.
• Esta atitude de tentar preservar a vida a todo custo é
responsável por um dos maiores temores do ser humano
na atualidade, que é o de ter a sua vida mantida às
custas de muito sofrimento, solitário numa UTI, ou
quarto de hospital, tendo por companhia apenas tubos e
máquinas.
Introdução
• É neste contexto que surge a questão: é possível escolher
a forma de morrer?
• Observa-se o desenvolvimento de um movimento que
busca a dignidade no processo de morrer, que não é o
apressamento da morte, a eutanásia, nem o
prolongamento do processo de morrer com intenso
sofrimento, a distanásia.
As grandes questões
sobre o fim da vida
• Tem a pessoa o direito de decidir sobre sua própria
morte, buscando dignidade?
• Pode-se planejar a própria morte?
• Os profissionais de saúde, que têm o dever de cuidar das
necessidades dos pacientes, podem atender um pedido
para morrer?
• Podem ser interrompidos tratamentos que têm como
objetivo apenas o prolongamento da vida, sem garantia
da qualidade da mesma?
Introdução
• O desenvolvimento da bioética vinculada aos seguintes
princípios: autonomia, beneficência e justiça.
• A autonomia se refere ao respeito à vontade e ao direito
de autogovernar-se, favorecendo que a pessoa possa
participar ativamente dos cuidados à sua vida.
• O princípio da justiça envolve a propriedade natural das
coisas, a liberdade contratual, a igualdade social e o
bem-estar coletivo entendido como eqüidade: cada
pessoa deve ter suas necessidades atendidas,
reconhecendo-se as diferenças e as singularidades.
Introdução
• Um outro ponto que provoca discussões importantes no
ramo da bioética é o desenvolvimento da tecnologia
médica, o prolongamento da vida, às vezes sem limite, e
o dilema entre a sacralidade da vida e uma preocupação
com a sua qualidade.
• Se é a vida, como valor absoluto, que deve ser mantida
a todo custo, nada poderá ser feito para a sua
abreviação, e deve se evitar a morte a todo custo.
• Estes são os dilemas relativos à eutanásia, à distanásia,
ao suicídio assistido e ao morrer com dignidade.
Dignidade humana
• Toda esta discussão se torna fundamental quando está em jogo a busca
da dignidade, não só durante toda a vida, mas também com a
aproximação da morte, envolvendo a valorização das necessidades e a
diminuição do sofrimento.
• Retomamos a questão da vida, e da sua manutenção a todo custo.
• Quando se leva em conta apenas a sacralidade, o que importa é a vida,
sem entrar no mérito de sua qualidade.
• Quando a discussão envolve a qualidade do viver, então, não são
somente os parâmetros vitais que estão em jogo, mas sim que não haja
sofrimento.
• O que é fundamental não é a extensão da vida e sim sua qualidade.
Eutanásia Involuntária
• Anjos (2002) aponta a importância de se pensar numa bioética para o terceiro mundo, na
qual a justiça para todos é uma questão importante, uma vocação para se pensar
naqueles que são os excluídos, os pobres, para quem não se discute a eutanásia
voluntária, e sim, a involuntária.
• Trata-se de um erro conceitual, são aqueles que morrem antes do tempo, não pela sua
vontade, mas pela falta de atendimento adequado e pelas condições sub-humanas de
vida.
• É neste contexto que a noção de equidade é significativa, ou seja, é fundamental atender
um número maior de pessoas nas suas necessidades, tanto na alocação de recursos,
quanto na sua qualidade e magnitude.
Eutanásia(S)
Suicídio: ação que o sujeito faz contra si próprio, e que resulta em morte.