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RECONHECIMENTO MEC DOC.

356 DE 31/01/2006 PUBLICADO EM 01/02/2006 NO DESPACHO 196/2006 SESU

ABRAÃO DE LIMA SILVA, DAVID BARROS, ELIÉZER MONTEIRO,


MICHAEL SEGSON E URBANO PEREIRA

EUTANÁSIA:
ARTIGO

Cachoeira
2006
ABRAÃO DE LIMA SILVA, DAVID BARROS, ELIÉZER MONTEIRO,
MICHAEL SEGSON E URBANO PEREIRA

EUTANÁSIA:
ARTIGO

Trabalho revisado, editorado e formatado no segundo


semestre de 2006.
Arquivo nº 06011

Cachoeira
2006
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................3
2 O QUE É “EUTANÁSIA”? ........................................................................4
2.1 Tipos de Eutanásia..................................................................................4
3 EUTANÁSIA E RELIGIÃO ........................................................................6
4 EUTANÁSIA NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES.................................8
4.1 Aspectos Éticos e Bioéticos da Eutanásia ...........................................8
5 CONCLUSÃO .........................................................................................13
REFERÊNCIAS.........................................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO

A Declaração Universal dos Direitos do Homem no artigo III diz:

“Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. A partir deste

pressuposto, como podemos encarar a questão da “eutanásia”? Como conciliar vida,

morte e liberdade? Que direito temos de prolongar a vida de um paciente que não

deseja continuar a viver e solicita que ponha um fim à sua existência? Não é

coerente reconhecer à pessoa não somente um direito à vida, mas também um

direito à morte e escolher quando chegou o momento em que não tem mais sentido

continuar vivendo? Deve a vida humana, independentemente de sua qualidade ser

sempre preservada? Até quando será permitida a dor, ainda que isso signifique um

abreviamento da vida? Devem-se empregar todos os aparelhos da medicina atual

para acrescentar umas poucas semanas, dias ou mesmo horas à vida de um

paciente terminal, ou se deve continuar o tratamento? Quando, e se, tirar uma vida é

moralmente justificável?

Estas e outras questões serão analisadas nesta pesquisa a fim de

expor o assunto “eutanásia” em diversos aspectos, tais como: na bioética, na

medicina, nas religiões, e nos códigos penais brasileiros, mostrando motivos a favor

e contra esta polêmica.


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2 O QUE É “EUTANÁSIA”?

A eutanásia é uma questão das mais polêmicas no que se refere ao

tratamento de doentes terminais sujeitos a dores incontroláveis e que se mantêm

vivos artificialmente, sem atividade cerebral.

A palavra “eutanásia” deriva de uma combinação de dois termos em

grego: o advérbio eu (bem) e uma variante do substantivo thonatos (morte),

significando, de um modo geral, “boa morte” (ou “morte tranqüila”). Em seu uso

clássico, a palavra significa “matar por misericórdia” – o ato de dar fim à vida

humana propositalmente, por motivo de compaixão.

A eutanásia é uma doutrina médico-jurídica alvo de controvérsia em

muitos países. O termo designa a prática pela qual se abrevia, deliberadamente e

sem sofrimentos, a vida de uma pessoa acometida de enfermidade dolorosa e sem

esperança de cura, por decisão do próprio paciente ou de seus parentes. Na

atualidade, ela é prática aceita em alguns países, enquanto em outros é virtualmente

equiparado ao homicídio.

O progresso da tecnologia médica nas últimas décadas do século

XX tornou ainda mais complexa a discussão sobre eutanásia. Os aparelhos

eletrônicos são capazes de garantir longa sobrevida vegetativa aos doentes de fase

terminal se mantenham artificialmente por muito tempo. Assim, e manutenção da

vida do paciente se torna cada vez mais dependente de uma decisão, caso a caso.

2.1 TIPOS DE EUTANÁSIA

Distingue-se entre eutanásia ativa (positiva ou direta), de um lado, e

passiva, de outro. No primeiro caso, trata-se de uma ação médica pela qual se põe
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fim à vida de uma pessoa enferma, por um pedido do paciente ou à vida de uma

pessoa enferma, por um pedido do paciente ou à sua à revelia. O exemplo típico

seria a administração de uma superdose de morfina com a intencionalidade de por

fim à vida do enfermo. É também chamada de morte piedosa ou suicídio assistido.

A eutanásia passiva ou negativa não consistiria numa ação médica,

mas na omissão, isto é, na não-aplicação de uma terapia médica com a qual se

poderia prolongar a vida da pessoa enferma. Por exemplo, a não-aplicação ou

desconexão do respirador num paciente terminal sem esperanças de vida. Essa

distinção parece não ser o mais adequado para se abordar hoje o problema da

eutanásia. Sob a qualificação de ser sempre lícita moralmente, temos situações

muito distintas: a do recém-nascido com determinadas anomalias físicas ou mentais,

que se deixa morrer, sem aplicar medidas terapêuticas, as quais se aplicariam se o

bebê fosse “normal”, e a de um adulto ao qual não se aplica, quaisquer que sejam

as rações, uma terapia médica, habitual, existindo possibilidade de sobrevivência.

Para completar o panorama das definições de eutanásia, deve-se

zelar não somente pelo doente grave e terminal, mas também em outras duas

situações que ocorrem nos dias de hoje. Uma é a das crianças que nascem com

defeitos congênitos, das quais se subtrai alimento para evitar o sofrimento do sujeito

e um peso para a sociedade. Fala-se aqui de “eutanásia neonatal”. A outra opção é

a chamada “eutanásia social”, em que não se trata de opção da pessoa, mas da

sociedade, em casos de custos elevadíssimos no tratamento de doentes com

enfermidades prolongadas. Os recursos econômicos seriam reservados aos doentes

em condições de voltar sadios à vida produtiva. Entra em jogo o critério custo-

benefício.
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3 EUTANÁSIA E RELIGIÃO

A eutanásia é um bom exemplo de uma situação em que diferentes

tendências religiosas têm visões similares.

Existem muitas evidências de que a pessoa que está morrendo não

tenha seu fim apressado, mesmo quando isso evitaria a dor. O argumento

freqüentemente usado é que o paciente é de qualquer maneira uma pessoa viva, e

que deve ser tratado com a mesma consideração devida a toda e qualquer pessoa

vivente.

É claro que eliminar a dor é um valor importante, mas quando esse

procedimento conflita com a preservação da vida ele deve ser considerado como de

menor valor.

Em Jo 10:10 lê-se: “... Eu vim para que tenhas vida, e vida em

abundância”. Lembrando da lei maior dada no Sinai, que preceitua “Não matarás”,

Êx 20:13. Isso demonstra o desejo de Deus de dar aos seres humanos uma vida

longa e com qualidade.

A Igreja Católica declarou em um documento intitulado “Declaração

sobre a eutanásia” pontos importantes sobre o assunto.

É interessante relembrar o conceito de eutanásia. Por eutanásia

entendemos uma ação ou opção que por sua natureza ou nas instruções, provoca a

morte a fim de aliviar toda a dor.

O documento condena duramente a eutanásia como sendo uma

“violação da lei divina”, de uma ofensa à dignidade humana, de um crime contra a

vida e de um atentado contra a humanidade. No que toca o valor da vida humana,

esta é vista como sendo “o fundamento de todos os bens, a fonte e a condição

necessária de toda atividade humana e de toda convivência social”. Os crentes vêm


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nela, também um dom do amor de Deus, que eles têm a responsabilidade de

conservar e fazer frutificar.

Segunda a legislação islâmica, todos os direitos humanos provêm de

Deus. Não são presentes de uma pessoa para outra, nem propriedade de alguma

criatura que às vezes os retém. A pessoa humana é o ser mais nobre e digno de

honra que existe. Tudo que o céu e a terra abrangem está à sua disposição. A ela

fora dada, por força divina, a razão e a capacidade de pensar e de dirigir.

O pensamento islâmico atribui todo poder a Deus e limita

drasticamente a autonomia da nação humana.

A posição oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, saiu em 1992

em uma declaração que distingue “intervenções médicas prolonguem ou cortem o

sofrimento no momento da morte” e “as ações necessárias que direcionam o

cuidado da vida”. Essa declaração é baseada nos princípios de valores humanos da

Bíblia e rejeita a eutanásia afirmando o compromisso da Igreja Adventista em revelar

a graça de Deus em minimizar o sofrimento.

Concluindo, registra-se o conselho da escritora Ellen G. White, em

especial para médicos cristãos, diz: “Palavra alguma a respeito de credo ou

controvérsia deve ser dita ao leito do moribundo. Deve-se dirigir o sofredor para

aquele que está desejoso de salvar a todos os que a Ele vêm com fé”.

Portanto “esforçai-vos zelosa e ternamente para auxiliar a alma que

se acha a hesitar entre a vida e a morte”. Pois, para que Deus opere, deverá o

homem “enquadrar-se em fila e trabalhar com ele; pois Ele é o salvador do corpo.

Acima de todos os demais, necessitam os médicos compreender a relação que os

seres humanos mantêm para com Deus com respeito à preservação da saúde e da

vida”.
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4 EUTANÁSIA NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES

Nos últimos dez anos foram dados grandes passos que permitem

olhar com certo otimismo o desenvolvimento da bioética no Brasil, no obstante as

dificuldades remanescentes.

Como na maioria dos países do mundo, também no Brasil a ética

médica precede a bioética e centraliza em grande parte a atenção para os seus

problemas.

De acordo com o código penal brasileiro, no capitulo 1 que trata dos

crimes contra a vida, em seu artigo 121 diz: “ matar alguém: pena-reclusão de 6 a 20

anos (homicídio simples). Portanto no Brasil a eutanásia é crime, podendo

caracterizar o ilícito penal de várias formas, vejamos uma delas: caso um terceiro

médico ou familiar do doente terminal lhe dê a morte. Estaremos diante do

homicídio.

O valor social e moral deve ser considerado objetivamente, de

acordo com os padrões sociais e não segundo o entendimento do agente.

4.1 ASPECTOS ÉTICOS E BIOÉTICOS DA EUTANÁSIA

A questão do mal é a inquietação mais antiga e mais permanente do

ser humano. No século III antes da nossa era, Epícuro refletia o seguinte: “Deus ou

quer eliminar o mal e não pode, ou pode e não quer, ou nem quer nem pode. Se Ele

quer e não pode, é impotente, mas isso não pode acontecer a Deus. Se pode e não

quer, é invejoso e isso também não convém a Deus. Se nem quer nem pode, é

invejoso e impotente e por isso nem é Deus -, donde vêm os males e por que Deus

não os elimina?”.
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No que diz respeito às angústias, se encontra no leito de dor, que

precede à morte, os maiores dilemas da consciência. O médico no enfrentamento da

prática cotidiana, se depara com situações em que pessoas incapazes de desfrutar

de qualquer tipo de satisfação ou bem estar, estando no ponteiro entre a vida e a

morte, preferem a morte.

Estas situações nem sempre podem ser derivadas pelos parâmetros

estritos da ética médica, é preciso que a eutanásia seja amplamente discutida, a

final, se tratamos do direito de viver e do direito de morrer temos que fazer uma

análise sob todos os ângulos possíveis: científico, legal, filosófico, ético, moral e

transcendental, pois em torno desta questão se interferem experiências passadas,

instituições contraditórias e atitudes opostas. Sobretudo, iremos nos deter aqui

apenas nos aspectos médicos e bioéticos.

Há alguns anos um fato chocou a opinião pública inglesa. Descobriu-

se que em um hospital de Londres, em certos arquivos de doentes a partir de 65

anos de idade, havia anotado a sigla NTBR em caso de parada cardíaca. O que

significa a sigla NTBR? Not to be ressuscited – Não deve ser ressuscitado. O

impacto da notícia chegou até o Parlamento Inglês, porque chocou muito esse tipo

de procedimento pelos médicos desse hospital, no qual pessoas com enfermidades

mais ou menos graves não deviam ser ressuscitadas em caso de parada cardíaca.

Este fato deu ensejo a muita discussão, porque este tipo de conduta padronizado

pode acarretar abusos e podem ocorrer situações em que pessoas são

“sacrificadas”, vamos dizer assim, sem nenhuma razão. Esse tipo de procedimento

deve ser condenado e pode configurar a antimedicina. E hoje, quando estamos

vivendo a época da terapia intensiva, da medicina dos transplantes, do ato médico

de alto requinte tecnológico, existe razão para se aprofundar este tipo de debate.
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Porque às vezes, há interesses ocultos (de médicos, de corporações médicas, de

famílias).

No presente fala-se de eutanásia não apenas em relação ao doente

grave ou terminal, mas também em algumas outras situações. Aqui, deve ser

considerado o caso do recém-nascido com graves anomalias (wrongful life). De uma

maneira perversa, em certos países de primeiro mundo, determinados membros da

sociedade (idosos, indivíduos não- produtivos, pacientes com patologias múltiplas ou

com doenças crônicas prolongadas e onerosas ao sistema público de saúde) deixam

de ser contemplados com assistência médica integral. Nesses casos, o sistema de

saúde se abstém de proporcionar atos médicos complexos ou de empregar

procedimentos de altos custos. É a lógica perversa da economia, batizada pela

relação custo-beneficio. Nestas situações, alguns falam em “eutanásia social”.

Diante destas complexas condutas médicas, de tomar uma definição

ética, evocamos os valores éticos da medicina relacionados no artigo 6, no capitulo

1- “O médico deve guardar absoluto respeito pela vida humana, atuando sempre em

benefício do paciente. Jamais utilizará seus conhecimentos para gerar sofrimento

físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar

tentativa contra sua dignidade e integridade”.

O código internacional de ética médica aceito pela terceira

assembléia geral da associação médica mundial, realizada em Londres, outubro de

1949, declara que “o médico deve ter sempre presente o cuidado de conservar a

vida humana”, e que “deve a seu paciente completa lealdade e empregar em seu

favor todos os recursos da ciência”.

Desta forma, fica estabelecido em todos os documentos de

princípios éticos que o médico no exercício de sua profissão, deve manter absoluta
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proteção e lealdade pela vida do seu semelhante, usando dos seus conhecimentos

sempre em seu favor (princípio da beneficência). Ele não deve socorrer-se dos seus

conhecimentos nem dos recursos da medicina para gerar sofrimento físico ou moral,

nem muito menos cuidar do extermínio do ser humano, qualquer que seja o

propósito ou a intenção. Não deve o médico, sob nenhuma hipótese, permitir ou

participar de qualquer procedimento que tenha como meta atingir a integridade física

ou moral do homem. Nem deve também participar, contribuir, apoiar ou facilitar a

prática da tortura ou de outros procedimentos degradantes e cruéis contra as

pessoas, e mais: tendo o conhecimento de fatos dessa ordem, onde estejam

envolvidos médicos, tem o dever de denunciar aos conselhos de medicina.

Entre as reflexões mais humanamente ponderadas diante da morte

que a escrita contemporânea nos oferece, destaca-se o livro publicado por uma das

mais eminentes discípulas de Lacan e Françoise Dolto, a psicanalista Maud

Mannoni. “Deixar a vida na hora que se escolhe continua sendo hoje um privilégio

reservado aos iniciados. A morte, quando lucidamente desejada (fora de um estado

depressivo e porque já se está despossuído da própria vida), se que segura e

suave”. Alguns países iniciaram uma democratização vigiada do processo que exclui

os pacientes em estado depressivo. Associações para o direito de morrer com

dignidade existem desde 1935 na Grã-Bretanha, desde 1938 em Nova York, 1967

na Holanda, 1980 na França. Uma associação (Nederlandse Vereniging...) se

formou em 1937 na Holanda para habilitar os médicos a responder às “necessidades

finais” de sua clientela incurável e desejosa de terminar o périplo.

Especializados ingleses e canadenses estudam os usos dos

derivados da morfina, dos corticóides ou barbitúricos: “a vida se vê encurtada e a

morte surge, com efeito, mas não é administrada diretamente. Essa situação
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corresponde à ambivalência dos pacientes que não exigem a morte a partir do

momento em que são aliviados” (Mannoni, 70). Os cuidados paliativos são objeto do

próprio desenvolvimento. “Atualmente, o homem que conseguiu dominar o

nascimento deseja o direito de dominar a morte” (MM). Em 25 de abril de 1991 a

Comissão do meio ambiente, da saúde pública e da proteção aos consumidores do

Parlamento Europeu admitiu o princípio da eutanásia, que espera regulamentações

apropriadas, nacionais e internacionais. De fato, de uma sondagem efetuada em

1998 na França, resulta que 79% dos franceses são favoráveis à legislação da

eutanásia nos casos de pedido de doentes terminais lúcidos e não depressivos.

Finalmente no artigo 66 no capítulo 100 que trata da relação do

paciente com seus familiares, diz que o médico não poderá utilizar em qualquer

caso, meios destinados a abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou

de seu responsável legal.

Ainda que no caso de médicos cristãos, este documento assegura

ao médico o direito de recusar a realização de atos médicos que, embora permitida

por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência.


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5 CONCLUSÃO

Cada vez mais tornar-se difícil decidir entre prolongar ou retardar a

morte de pacientes terminais. A eutanásia é um dos assuntos mais polêmicos no

campo da bioética, pois levanta difíceis questões morais e éticas. A dor e o

sofrimento afligem cada vida humana. Os traumas físicos, mentais emocionais são

inevitáveis e de caráter universal.

Diante desta polêmica, a Igreja Adventista do Sétimo Dia na sessão

do Concílio Anual em Silver Spring, a 19 de outubro de 1992, através do Conselho

Executivo da Conferência Geral, deu seu parecer sobre este assunto. Seguem-se

algumas declarações: (1) uma pessoa que se aproxima do fim da vida,e que tenha

capacidade de compreender, merece saber a verdade acerca da sua condição, das

escolhas do tratamento e possíveis resultados; (2) Deus deu a liberdade de escolha

aos seres humanos, inclusive em relação as decisões sobre os cuidados médicos;

(3) quando uma pessoa a morrer seja incapaz de dar o seu consentimento ou

exprimir preferências acerca da intervenção médica, tais decisões deverão ser

tomadas por alguém já escolhido pela dita pessoa, caso não tenha sido possível, a

determinação deverá ser tomada por alguém próximo do paciente; (4) ninguém é

obrigado a oferecer ou aceitar intervenções médicas cujos inconvenientes suplantem

os prováveis benefícios; (5) os Adventistas do Sétimo Dia não praticam o “o golpe da

misericórdia” nem ajudam ao suicídio, logo é contra a eutanásia ativa; (6) quando

seja claro que a intervenção médica não curará o doente, o principal objetivo do

cuidado a prestar deverá passar a ser o de aliviar o sofrimento; (7) deve ter-se um

cuidado especial para que as pessoas que estão perto da morte sejam tratadas com

respeito pela sua dignidade e se injusta descriminação.

A IASD apóia a utilização da medicina moderna para prolongar a


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vida humana neste mundo. No entanto, este poder deve ser usado de um modo

compassivo, através da minimização do sofrimento.

O termo “eutanásia” é usado impropriamente na perspectiva

Adventista do Sétimo Dia, referindo-se a suspensão ou retirada de intervenções

médicas que prolonguem artificialmente a vida humana, permitindo assim que a

pessoa morra naturalmente. Nesse caso “eutanásia” passiva não seria a melhor

definição, o mais apropriado seria mesmo “morte natural”.


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REFERÊNCIAS

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Pioneira, 1997.

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