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EUTANÁSIA:
ARTIGO
Cachoeira
2006
ABRAÃO DE LIMA SILVA, DAVID BARROS, ELIÉZER MONTEIRO,
MICHAEL SEGSON E URBANO PEREIRA
EUTANÁSIA:
ARTIGO
Cachoeira
2006
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................3
2 O QUE É “EUTANÁSIA”? ........................................................................4
2.1 Tipos de Eutanásia..................................................................................4
3 EUTANÁSIA E RELIGIÃO ........................................................................6
4 EUTANÁSIA NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES.................................8
4.1 Aspectos Éticos e Bioéticos da Eutanásia ...........................................8
5 CONCLUSÃO .........................................................................................13
REFERÊNCIAS.........................................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO
“Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. A partir deste
morte e liberdade? Que direito temos de prolongar a vida de um paciente que não
deseja continuar a viver e solicita que ponha um fim à sua existência? Não é
direito à morte e escolher quando chegou o momento em que não tem mais sentido
sempre preservada? Até quando será permitida a dor, ainda que isso signifique um
paciente terminal, ou se deve continuar o tratamento? Quando, e se, tirar uma vida é
moralmente justificável?
medicina, nas religiões, e nos códigos penais brasileiros, mostrando motivos a favor
2 O QUE É “EUTANÁSIA”?
significando, de um modo geral, “boa morte” (ou “morte tranqüila”). Em seu uso
clássico, a palavra significa “matar por misericórdia” – o ato de dar fim à vida
equiparado ao homicídio.
eletrônicos são capazes de garantir longa sobrevida vegetativa aos doentes de fase
vida do paciente se torna cada vez mais dependente de uma decisão, caso a caso.
passiva, de outro. No primeiro caso, trata-se de uma ação médica pela qual se põe
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fim à vida de uma pessoa enferma, por um pedido do paciente ou à vida de uma
distinção parece não ser o mais adequado para se abordar hoje o problema da
bebê fosse “normal”, e a de um adulto ao qual não se aplica, quaisquer que sejam
zelar não somente pelo doente grave e terminal, mas também em outras duas
situações que ocorrem nos dias de hoje. Uma é a das crianças que nascem com
defeitos congênitos, das quais se subtrai alimento para evitar o sofrimento do sujeito
benefício.
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3 EUTANÁSIA E RELIGIÃO
tenha seu fim apressado, mesmo quando isso evitaria a dor. O argumento
que deve ser tratado com a mesma consideração devida a toda e qualquer pessoa
vivente.
procedimento conflita com a preservação da vida ele deve ser considerado como de
menor valor.
abundância”. Lembrando da lei maior dada no Sinai, que preceitua “Não matarás”,
Êx 20:13. Isso demonstra o desejo de Deus de dar aos seres humanos uma vida
entendemos uma ação ou opção que por sua natureza ou nas instruções, provoca a
Deus. Não são presentes de uma pessoa para outra, nem propriedade de alguma
criatura que às vezes os retém. A pessoa humana é o ser mais nobre e digno de
honra que existe. Tudo que o céu e a terra abrangem está à sua disposição. A ela
controvérsia deve ser dita ao leito do moribundo. Deve-se dirigir o sofredor para
aquele que está desejoso de salvar a todos os que a Ele vêm com fé”.
se acha a hesitar entre a vida e a morte”. Pois, para que Deus opere, deverá o
homem “enquadrar-se em fila e trabalhar com ele; pois Ele é o salvador do corpo.
seres humanos mantêm para com Deus com respeito à preservação da saúde e da
vida”.
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Nos últimos dez anos foram dados grandes passos que permitem
dificuldades remanescentes.
problemas.
crimes contra a vida, em seu artigo 121 diz: “ matar alguém: pena-reclusão de 6 a 20
caracterizar o ilícito penal de várias formas, vejamos uma delas: caso um terceiro
homicídio.
ser humano. No século III antes da nossa era, Epícuro refletia o seguinte: “Deus ou
quer eliminar o mal e não pode, ou pode e não quer, ou nem quer nem pode. Se Ele
quer e não pode, é impotente, mas isso não pode acontecer a Deus. Se pode e não
quer, é invejoso e isso também não convém a Deus. Se nem quer nem pode, é
invejoso e impotente e por isso nem é Deus -, donde vêm os males e por que Deus
não os elimina?”.
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final, se tratamos do direito de viver e do direito de morrer temos que fazer uma
análise sob todos os ângulos possíveis: científico, legal, filosófico, ético, moral e
anos de idade, havia anotado a sigla NTBR em caso de parada cardíaca. O que
impacto da notícia chegou até o Parlamento Inglês, porque chocou muito esse tipo
mais ou menos graves não deviam ser ressuscitadas em caso de parada cardíaca.
Este fato deu ensejo a muita discussão, porque este tipo de conduta padronizado
“sacrificadas”, vamos dizer assim, sem nenhuma razão. Esse tipo de procedimento
de alto requinte tecnológico, existe razão para se aprofundar este tipo de debate.
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famílias).
grave ou terminal, mas também em algumas outras situações. Aqui, deve ser
1- “O médico deve guardar absoluto respeito pela vida humana, atuando sempre em
1949, declara que “o médico deve ter sempre presente o cuidado de conservar a
vida humana”, e que “deve a seu paciente completa lealdade e empregar em seu
princípios éticos que o médico no exercício de sua profissão, deve manter absoluta
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proteção e lealdade pela vida do seu semelhante, usando dos seus conhecimentos
sempre em seu favor (princípio da beneficência). Ele não deve socorrer-se dos seus
conhecimentos nem dos recursos da medicina para gerar sofrimento físico ou moral,
nem muito menos cuidar do extermínio do ser humano, qualquer que seja o
participar de qualquer procedimento que tenha como meta atingir a integridade física
que a escrita contemporânea nos oferece, destaca-se o livro publicado por uma das
Mannoni. “Deixar a vida na hora que se escolhe continua sendo hoje um privilégio
suave”. Alguns países iniciaram uma democratização vigiada do processo que exclui
dignidade existem desde 1935 na Grã-Bretanha, desde 1938 em Nova York, 1967
morte surge, com efeito, mas não é administrada diretamente. Essa situação
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momento em que são aliviados” (Mannoni, 70). Os cuidados paliativos são objeto do
1998 na França, resulta que 79% dos franceses são favoráveis à legislação da
paciente com seus familiares, diz que o médico não poderá utilizar em qualquer
caso, meios destinados a abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou
5 CONCLUSÃO
sofrimento afligem cada vida humana. Os traumas físicos, mentais emocionais são
Executivo da Conferência Geral, deu seu parecer sobre este assunto. Seguem-se
algumas declarações: (1) uma pessoa que se aproxima do fim da vida,e que tenha
(3) quando uma pessoa a morrer seja incapaz de dar o seu consentimento ou
tomadas por alguém já escolhido pela dita pessoa, caso não tenha sido possível, a
determinação deverá ser tomada por alguém próximo do paciente; (4) ninguém é
misericórdia” nem ajudam ao suicídio, logo é contra a eutanásia ativa; (6) quando
seja claro que a intervenção médica não curará o doente, o principal objetivo do
cuidado a prestar deverá passar a ser o de aliviar o sofrimento; (7) deve ter-se um
cuidado especial para que as pessoas que estão perto da morte sejam tratadas com
vida humana neste mundo. No entanto, este poder deve ser usado de um modo
pessoa morra naturalmente. Nesse caso “eutanásia” passiva não seria a melhor
REFERÊNCIAS
Cruz, Luiz Carlos Lodi. “Eutanásia à Vista”. Pesquisa realizada na Internet, no site
França, Genival Veloso de. Comentários ao código de ética médica. Rio de Janeiro:
Guanabara, Koogan, 1997.
Nova Enciclopédia Barsa. Rio de Janeiro: Barsa Consultoria Editorial Ltda, 2001.
Ver “Eutanásia”.
Martin, Leonard M. A ética médica durante o paciente terminal Aparecida, SP: Vida
Nova, 1997.
Orr, Robert D., e outros. Decisões da vida e da morte. Rio de Janeiro: Junta de
Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira, 1994.
_________, e Paul, Christian de. Bioética alguns desafios. São Paulo: Loyola, 2001.
DEDUC
doutrinaadventista@iaene.br
www.doutrinaadventista.com.br
www.salt.edu.br