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RECONHECIMENTO MEC DOC.

356 DE 31/01/2006 PUBLICADO EM 01/02/2006 NO DESPACHO 196/2006 SESU

DEMÓSTENES NEVES DA SILVA

UMA VISÃO CRISTÃ PARA DIVERSÃO E RECREAÇÃO:


ARTIGO

Cachoeira
2006
DEMÓSTENES NEVES DA SILVA

UMA VISÃO CRISTÃ PARA DIVERSÃO E RECREAÇÃO:


ARTIGO

Trabalho revisado, editorado e formatado no segundo


semestre de 2006.
Arquivo nº 06007

Cachoeira
2006
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................3
1.1 Também é preciso lembrar que: ............................................................3
1.2 O Povo de Deus Sempre Foi Guiado Por Profetas ...............................4
1.3 Nós Adventistas, Cremos: ......................................................................4
1.4 O Cinema Teve Seu Início no Final do Século XIX ...............................5
2 TEATRO ELÉTRICO.................................................................................6
2.1 O Que Diz a Enciclopédia Adventista do Sétimo Dia ...........................7
2.2 É Importante o Caráter do que é Retratado nos Filmes.......................8
3 A INFLUÊNCIA DO CINEMA COMO SHOW ...........................................9
3.1 A inda Sobre o Cinema Como “Teatro”.................................................9
3.2 Televisão ..................................................................................................9
3.3 O Que Diz O Manual da Igreja Assistir a Filmes seletos Sem ir ao
Cinema 10
3.4 O que Significa a declaração do Manual .............................................10
3.5 Algumas Declarações Inspiradas ........................................................17
4 CONCLUSÃO .........................................................................................22
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1 INTRODUÇÃO

Cinema e filmes, teatro e afins, nestas como em outras questões:

A decisão é sua. O dia que você guarda, o que você usa como

alimento, como você vive e o que você crê é problema seu. Mas você um dia vai dar

conta de tudo a Deus. Você será responsável pelo que Ele lhe disse e não pelo que

você “acha”.

Não se pode abordar esse tema relativo a entretenimentos sem

vincular teatro, TV, cinema e filmes em geral. Portanto abordaremos tudo isso em

conjunto. Também três aspectos devem ser considerados:

Se os princípios bíblicos e as referências inspiradas se aplicariam

a esses divertimentos.

Se os efeitos de tais diversões causam alguma influência negativa

sobre o cristão.

Se o mais importante é o quê e o porquê ou Quem deu as

diretrizes para nossa vida cristã.

1.1 TAMBÉM É PRECISO LEMBRAR QUE:

Precisamos de uma orientação segura, pois este como outros

assuntos são decididos algumas vezes pela opinião pessoal.

Essa (opinião) não é a base para definir a ética cristã nem a vontade

de Deus.

Precisamos de dados concretos da Revelação e fatos que nos

mostrem o que fazer.


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1.2 O POVO DE DEUS SEMPRE FOI GUIADO POR PROFETAS

A direção e presença profética sempre foram marcas distintivas do

povo de Deus em sua história.

No Egito, na história bíblica de Israel, no Novo Testamento, e até o

fim dos tempos o povo de Deus sempre precisou decidir o que fazer e as respostas

vinham da palavra dos profetas. A Palavra de Deus diz: II Cr 20:20

“... Crede no senhor vosso Deus e estareis seguros, crede nos seus

profetas e prosperareis.”

Provérbios 29:18

“Sem profecia o povo se corrompe..,”

1.3 NÓS ADVENTISTAS, CREMOS:

Que Deus concedeu orientação profética específica para esta igreja

nestes últimos dias o que está indicado nas Escrituras conforme Efésios 4:8-12;

Apocalipse 12:17 e 19:10 entre outras passagens.

Cremos que somos um povo com origem, mensagem e orientação

profética.

Está demonstrado que sem essa orientação profética nós não

prosperamos e nos corrompemos.

Cremos ainda:

Que as orientações de Ellen G. White são manifestação do legítimo

dom de profecia e que foram dadas à igreja para que, em harmonia com a Bíblia, ela

prospere na sua missão e espiritualidade e não se corrompa.

Essa é uma orientação segura melhor do que a opinião pessoal.


5

Poderia o cinema ser alvo das declarações de Ellen White que

faleceu em 1915? Sim.

1.4 O CINEMA TEVE SEU INÍCIO NO FINAL DO SÉCULO XIX

E não em 1915 como alguns têm pensado.

O que a Barsa chama de: “A maior indústria de mitos populares

do nosso tempo...”, ou seja, das “estrelas” do cinema, tem uma história bem

anterior à nossa época. Barsa, 1995, vol. 5, 2428.

Em 1894 o diretor Willian Dickson já havia produzido 60 filmes.

Barsa, 1995, vol. 5, 2422.

Foi em Paris, França, que realizou-se “no dia 28 de dezembro de

1895 o primeiro espetáculo cinematográfico público.” Barsa, 1995, vol. 5, 2420.

Em abril de 1896 apareceu nos EUA o cinema como hoje o

conhecemos. Barsa, 1995, vol 5, 2422

De 1906 a 1908 foi lançada uma série de filmes “à razão de dois

ou três filmes por semana.” A duração dos filmes nessa época (1908) era de

mais ou menos 15 minutos. Barsa, 1995, vol. 5, 2422 e 2423.

Em 1907 já haviam sido descobertas as vantagens de

Hollywood [para a indústria cinematográfica] e em 1911 e 1912 já havia cerca

de 15 companhias no local. Barsa, 1995, vol. 5, 2428.

Revistas de fãs já circulavam sendo que uma perdurou: a

revista Photoplay (1911). Barsa, Vol. 5, 2428.

O primeiro cinema (Motion Picture Studio) por Thomas A.

Edison, 1892 chamavam-se Black Maria.

O CINEMA, NA ÉPOCA, ERA CHAMADO NOS EUA DE


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2 TEATRO ELÉTRICO

De acordo com as Enciclopédias Barsa e Britannica, mesmo em

data muito posterior, ainda era chamado de “Travelling movie (cinema itinerante),

[como] em Kansas, EUA, 1910, [onde] o espetáculo era conhecido pelo nome de

‘teatro elétrico’ e as barracas tinham o nome de “black tops” (tetos negros).”

Enc. Barsa, “cinema”.

As palavras abaixo (1910), entre aspas, são retiradas da

enciclopédia Barsa, v. 5, 302, onde aparecem na foto de uma tenda dos antigos

cinemas, o “espetáculo [que] era chamado teatro elétrico” (cinema).

“ELECTRIC THEATRE”

“Where you see all the latest life size moving pictures”.

(onde você assiste todos os últimos filmes em tamanho natural)

“Moral and refined. Pleasing to ladies, women and children”.

( Moral e refinado. Agradável para senhoritas, mulheres e crianças)

Compare os dizeres comuns nas propagandas teatrais com a

advertência

de Ellen G. White:

“Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o

teatro.

Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas

vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade.” CPPE,

3ª ed. 302, (grifo nosso)

O famoso Warner’s Theater (EUA), em 1927, conservou o nome

de teatro para, as sempre muito concorridas, sessões de cinema.

Enc. Britânica, “cinema”


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Cinema e shows teatrais se identificaram de tal maneira que,

mesmo anos depois do seu início, falar de um era falar do outro. Teatro é o

nome comum para os cinemas até hoje nos EUA.

“A Parisiana”, na França, era considerado o “Rei dos Cinemas”,

uma das primeiras salas cinematográficas luxuosas de Paris, usava o nome cinema

e fez grande sucesso nos idos de 1911.

Enc. Britânica, “cinema”

A palavra “cinema” era mais usada na Europa - uma das razões

da ausência dessa palavra nas mensagens dadas à igreja nos EUA no início do

século XX.

Na Seventh-day Adventist Encyclopedia, o “moving picture” (cinema)

é igualado ao teatro e ao show. O cinema (o local propriamente dito) é

chamado de “moving picture theater”.

RH, 1976, vol. 10 página, 1187, 1188, citando o Manual da Igreja de

1963.

O cinema é o mesmo teatro onde se projeta a película - em

vez de atores ao vivo no palco.

A igreja adventista, portanto, considera que Deus inspirou as

orientações proféticas que condenam a freqüência ao teatro e que as

declarações de Ellen White abrangem o cinema ao mencionar shows e teatro.

2.1 O QUE DIZ A ENCICLOPÉDIA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA

Deve haver critério nos divertimentos visuais.

“Entretenimento visual. Este inclui formas de divertimento tais

como revistas em quadrinhos e desenhos animados [serial cartoons], filmes de


8

cinema [motion picture], televisão, freqüência ao teatro e esportes comercializados.

Os ASD têm sido governados em suas escolhas desses tipos de diversão por alguns

princípios gerais que são aplicáveis em diferentes níveis.

Seventh-day adventist Encyclopedia, RH, vol. 10, Revised edition,

Commentary Reference series, 1976, 1187, 1188. (grifos acrescentados)

2.2 É IMPORTANTE O CARÁTER DO QUE É RETRATADO NOS FILMES

“Os filmes são reconhecidos como um dos meios mais eficientes

para influenciar o comportamento que o homem conhece. Por isso ser verdade, é

evidente que há grandes possibilidades para o bem ou o mal nas cenas,

dependendo do caráter do que elas retratam. Devido a isso, um dos critérios básicos

que os ASD têm usado para determinar o que é próprio ou impróprio para os cristãos

assistirem é o caráter do que é retratado.”

Seventh-day adventist Encyclopedia, RH, vol. 10, Revised edition,

Commentary Reference series, 1976, 1187, 1188.

O CINEMA TEM A MESMA INFLUÊNCIA DO TEATRO

“Filmes [motion pictures]. O desenvolvimento dos filmes

movimentados, especialmente com som, tornaram possível apresentações

impressionantemente realísticas de produções dramáticas. Os cristãos tradicionais

que já reconheciam a má influência do teatro perceberam os mesmos efeitos nos

filmes produzidos em massa.”

Seventh-day adventist Encyclopedia, RH, vol. 10, Revised edition,

Commentary Reference series, 1976, 1187, 1188. (grifos acrescentados)


9

3 A INFLUÊNCIA DO CINEMA COMO SHOW

“É bem conhecida que a influência das cenas mostradas,

especialmente sobre crianças e jovens, é poderosa, e que o conteúdo dos filmes

dramáticos [dramatic shows] não se direcionam para altos ideais. Esses filmes

[shows] freqüentemente exaltam como atrativos e excitantes o que é vulgar e de

baixa qualidade, quando não o fazem com os aspectos violentos e criminosos da

vida e glorificam personagens e ações indignas.” (Continuação do verbete “filmes”)

Seventh-day adventist Encyclopedia, RH, vol. 10, Revised edition,

Commentary Reference series, 1976, 1187, 1188.

3.1 A INDA SOBRE O CINEMA COMO “TEATRO”

“Os Adventistas têm sido advertidos (no Manual da Igreja, 1963,

206, 207) ‘contra a sutil e sinistra influência do cinema [moving picture theater]’, o

qual é uma escola de treinamento naquilo que, para os cristãos, são falsos valores –

mundanismo, frouxidão, amor ao prazer - e, às vezes, expõe os jovens que o

freqüentam a companhias prejudiciais.”

Seventh-day adventist Encyclopedia, RH, vol. 10, Revised edition,

Commentary Reference series, 1976, 1187, 1188. (grifos acrescentados)

3.2 TELEVISÃO

“Televisão. Através da televisão a decisão do que assistir tem-se

tornado um problema diário no lar. A IASD não tem condenado a TV, mas aconselha

os seus membros a aplicar a todos os programas os mesmos princípios que são

aplicados aos filmes de cinema [moving picture], e, mais ainda, evitar gastar muito
10

tempo assistindo mesmo bons programas.”

Seventh-day adventist Encyclopedia, RH, vol. 10, Revised edition,

Commentary Reference series, 1976, 1187, 1188. (grifos acrescentados)

3.3 O QUE DIZ O MANUAL DA IGREJA ASSISTIR A FILMES SELETOS SEM IR AO CINEMA

“Enquanto condenando o cinema [motion picture theater], os

ASD não se opõem a assistir filmes não teatrais se o caráter das atividades

retratadas é sadio e instrutivo e se a temperança é exercitada na quantidade de

tempo gasto. Instituições da igreja exibem, para seu pessoal, filmes selecionados.”

Seventh-day adventist Encyclopedia, RH, vol. 10, Revised edition,

Commentary Reference series, 1976, 1187, 1188. (grifos acrescentados)

“Advertimos vigorosamente contra a influência sutil e sinistra do

cinema que não é lugar para o cristão.”

“Apelamos para os pais, as crianças e os jovens a que fujam desses

lugares de diversão e se abstenham de assistir a esses filmes que glorificam os

atores e profissionais.”

Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, 2000, 171.

3.4 O QUE SIGNIFICA A DECLARAÇÃO DO MANUAL

Que a Assembléia Geral de todos os delegados do mundo inteiro

concordam que a advertência de não ir ao cinema tem fundamento em princípios

bíblicos e nas orientações proféticas da igreja.

Que a Comissão do Manual da Igreja da Associação Geral também

entende que as declarações de Ellen White referem-se ao cinema.


11

Considere que, segundo Ellen White, deve a voz da Assembléia da

Associação Geral ser a maior autoridade da igreja abaixo de Deus e que diante de

sua decisão a opinião individual deve ser renunciada.

Desobedecer ao Manual é desobedecer a essa autoridade que na

Bíblia decidia toda questão. Veja o exemplo do concílio de Jerusalém em Atos 15.

“Que os princípios bíblicos não favorecem o cinema como lugar de

divertimento para o cristão.” Manual, 215

4. Que a desculpa de que as advertências sobre o cinema “foram

somente para aquela época” não tem fundamento.

5. Nada há nas declarações de Ellen White de que as afirmações

sobre teatro (também cinema) são somente para o passado.

Pelo exposto até aqui podemos concluir que as declarações

inspiradas contra o teatro e shows abrangiam claramente o cinema.

E que são válidas até os dias atuais.

Vemos também que a igreja nunca proibiu assistir a filmes ou

possuir TV, mas recomendou, com base nas Escrituras e nas orientações

inspiradas, que fossem aplicados critérios de seleção para filmes de acordo com os

valores cristãos.

A proibição de ir ao teatro e a shows são diretas referências ao

cinema também. Era apenas uma nova modalidade de espetáculo nos teatros.

Um artigo sobre “os Adventistas e os filmes” pelo Dr. Brian E.

Strayer, Andrews Universit, EUA, História, Pesquisas, Atitudes.

Declarou Ellen G. White em 1881:

“O teatro encontra-se entre os mais perigosos lugares de

diversões... Música baixa, gestos, expressões e atitudes sensuais, [1]


12

depravam a imaginação e [2] aviltam a moral... Não há influência mais

poderosa em envenenar a imaginação, [3] destruir as impressões religiosas e

[4] embotar o gosto pelos prazeres tranqüilos e [5] sóbrias realidades da vida

do que as diversões teatrais.”

Testemonies for the Church, Vol. 4, 652-653. (grifos e números

acrescentados)

De acordo com o Dr. Strayer:

A advertência anterior foi levada a sério e fez parte das orientações

da igreja por várias gerações, mas infelizmente com o tempo e devido ao sucesso do

cinema, a atenção da igreja focalizou-se na freqüência ao ambiente do cinema

esquecendo outros aspectos como a influência dos filmes além de outras

modalidades de diversão.

Revista Diálogo 5:1 – 1993 “Os Adventistas e os filmes: Um Século

de Mudança”, pág. 12.

“Apenas o pastor D. A. Delafield relacionou o cinema e a televisão

em 1949 como perigos gêmeos para o lar, atacando a TV por transformar as famílias

norte-americanas em pessoas “escravas da cadeira, míopes e mudas”.

Revista Diálogo 5:1 – 1993 “Os Adventistas e os filmes: Um Século

de Mudança”, pág. 12.

“Aqueles que pensavam que este era o caso produziram muitas

prescrições para o controle da TV.”

Strayer, Taming the Tube, págs. 3-5.

“Alguns citavam princípios bíblicos:

[1] Filipenses 4:8 (“tudo o que é puro...”),

[2] Colossenses 3:2 (“Pensai nas coisas que são de cima”),


13

[3] 1 Coríntios 10:31 (“Portanto... Fazei tudo para a glória de Deus”),

[4] Salmos 101:3 (“não porei coisa má diante de meus olhos”).

Outros sugeriam que fossem vistos apenas filmes que não

transgredissem nenhum dos 10 Mandamentos.

Strayer, Taming the Tube, págs. 3-5. (grifos e números

acrescentados)

Mais diretrizes bíblicas

“Não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, antes

condenai-as.” Efésios 5:11

“Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor, e não

toqueis nada imundo, e eu vos receberei como filhos.” II Coríntios 6:17

“Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe.” Efésios

5:12.

Referindo-se à companhia dos mundanos para apreciar suas obras

depravadas e rir de suas chocarrices diz o apóstolo: “Portanto não sejais seus

companheiros.” Efésios 5:3-7

Poderiam tais princípios serem seguidos dentro de um cinema

quando as orientações inspiradas vedam sua freqüência?

Para os que dizem que a Bíblia não fala de cinema e nem televisão

é bom lembrar que não fala de maconha, cigarro e muitas outras coisas.

Deveríamos dizer que permite todas essas e outras coisas proibidas

que surgiram nesses últimos dias?

Até mesmo a sociedade secular tem se levantado contra os efeitos

negativos da TV e do cinema.

Jornais, revistas e programas seculares clamam constantemente


14

contra a sujeira e e o baixo nível dos filmes e a manipulação da TV e dos filmes de

cinema.

O rei da pornochanchada brasileira, David Cardoso, em matéria

escrita na Revista Veja declara-se escandalizado com os filmes “livres” da televisão

e do cinema.

Seu apelo é para que se faça alguma coisa pois os filmes invadem

nossos lares sem permissão ou critério algum.

Lamenta ele que alguns dos seus filmes são rejeitados pelos

cinemas pelo fato de terem pouco sexo e violência. Revista Veja, 6 de abril de 1994,

114.

Assusta que enquanto os mundanos lutam contra a baixaria no

cinema e na TV.

Enquanto projetos no Congresso propõem mecanismos para

controle dos programas de televisão.

Crentes assistem a filmes e programas que enaltecem a

vulgaridade, violência e pornografia rotulada de “nu artístico”.

É lamentável que além de consumirem tudo o que é transmitido na

TV indiscriminadamente ainda usam seu próprio vício em filmes de todo tipo para

desculpar a freqüência ao cinema, contra declarações inspiradas.

É como se um erro justificasse outro.

Não admira tanta fraqueza ética e espiritual!

Não sabemos se os mundanos são mais sensíveis ou se alguns

líderes espirituais estão um pouco abaixo em exigência ética do que o próprio “rei da

pornochanchada”.

Mas alguns estavam de tal forma dependentes que se exasperaram


15

somente em pensar de viver sem o vício.

Pesquisas demonstraram que os filmes de TV e cinema viciavam

quase como qualquer droga.

Alguns males nem são mais lembrados a não ser quando se tornam

problema de saúde pública:

“[1] Evidências de condicionamento mental,

[2] obesidade,

[3] stress emocional,

[4] doenças cardiovasculares e

[5] cinismo prematuro em adolescentes,

somavam-se em centenas de pesquisas científicas.”

Revista Diálogo 5:1-1993, “Os Adventistas e os filmes: Um Século

de Mudança”, pág. 13. (grifos e números acrescentados)

A freqüência ao teatro e cinema estava fora de questão mas...

“Muitos Sentiam que a igreja necessitava ensinar novamente valores

éticos às crianças, pois a TV – agora em 92% dos lares adventistas – moldou neles

até mesmo a compreensão da Bíblia.”

Revista Diálogo 5:1-1993, “Os Adventistas e os filmes: Um Século

de Mudança”, pág. 14.

“Daniel Sheehy, declarou que as técnicas dos filmes

[1] distorcem a realidade,

[2] sobrecarregam o sistema nervoso,

[3] amortecem as faculdades críticas e

[4] forçam a aceitação subliminar dos valores dos atores ...

...como um estudo demonstrou,


16

51% dos quais [dos filmes] endossa o adultério, 80% são

favoráveis ao homossexualismo, e 97% defendem o aborto).”

Sheehy, Adventist Review, 21 de outubro de 1982, págs. 996-998;

28 de outubro de 1982 págs. 1023-25. Citado em Revista Diálogo 5:1-1993, “Os

Adventistas e os filmes: Um Século de Mudança”, pág. 14. (grifos e números

acrescentados)

“Os filmes colocam aqueles que os vêem em:

[1] um estado semelhante ao transe,

[2] sobrecarregam o cérebro com estímulos visuais,

[3] sepultam as suas imagens diretamente no subconsciente e

[4] induzem ondas cerebrais alfa, semelhantes à mente no estado de

sono.”

Sheehy, Adventist Review, 21 de outubro de 1982, págs. 996-998;

28 de outubro de 1982 págs. 1023-25. Citado em Revista Diálogo 5:1-1993, “Os

Adventistas e os filmes: Um Século de Mudança”, pág. 14. (grifos e números

acrescentados)

Alguns até apelaram para os filmes eróticos para “apimentarem” sua

visa matrimonial.

Ou foram buscar nos romances das novelas e filmes de amor o

modelo da relação ideal.

“Estudos demonstram, contudo, que

[1] não assistir TV ou filmes por um mês ou mais, dramaticamente

melhora a vida amorosa de um casal.

[2] Relacionamentos sexuais cinematográficos são

sensacionalizados muito além daquilo que as pessoas na vida real podem produzir;
17

[3] a tentativa de igualar o sexo das celulóides, dizem os

conselheiros, leva ao divórcio.”

Revista Diálogo 5:1-1993, “Os Adventistas e os filmes: Um Século

de Mudança”, pág. 14. (grifos e números acrescentados)

Desde há muito tempo os jovens têm se conscientizado da

inutilidade de praticamente a maioria do que vêem nos filmes de TV.

São diversões vazias.

“Uma pesquisa feita em 1980 entre os leitores de Insight revelou que

40% dos jovens sentiam que eles poderiam ajustar-se caso

perdessem seus televisores; 10% admitiu que “seria uma bênção”.

“Em uma pesquisa em 1982 entres os jovens do Columbia Union

College e Associação Califórnia, 60% chamou a televisão de “uma perda de tempo”,

14% achou-a enfadonha...

...enquanto que 19% sentiu que ela era prejudicial.

Além disto, 44% disse que quando eles se tornarem pais, seus

filhos veriam menos TV do que eles próprios tinham visto.

O surpreendente índice de 23% resolveu que seus futuros lares não

teriam televisão!”

Insight, 7 de julho de 1981, pág. 10; 16 de novembro de 1982, pág.

5, citado em Revista Diálogo 5:1-1993, “Os Adventistas e os filmes: Um Século de

Mudança”, pág. 14.

3.5 ALGUMAS DECLARAÇÕES INSPIRADAS

Feitas antes e após o aparecimento do cinema.

“Os que não aceitarem a última e solene mensagem de advertência


18

enviada ao mundo, perverterão as Escrituras; atacarão o caráter e farão falsas

declarações quanto à fé e às doutrinas dos defensores da verdade bíblica. Será

empregado todo meio possível a fim de distrair a atenção. Cinemas [shows],

jogos, corridas de cavalo e várias outras espécies de divertimento serão

postas em operação. Serão incitados por intenso poder de baixo para se oporem à

mensagem vinda do Céu. ... Reunamo-nos sob a bandeira do Príncipe Emanuel e,

no nome e na força de Jesus, avancemos com a batalha até às portas.” (1881)

Filhos e Filhas de Deus, MM, 30/09/1956 e 30/09/2005.

“Os que não aceitarem a última e solene mensagem de advertência

enviada ao mundo, perverterão as Escrituras; atacarão o caráter e farão falsas

declarações quanto à fé e às doutrinas dos defensores da verdade bíblica. Será

empregado todo meio possível a fim de distrair a atenção. Cinemas [shows],

jogos, corridas de cavalo e várias outras espécies de divertimento serão

postas em operação. Serão incitados por intenso poder de baixo para se oporem à

mensagem vinda do Céu. ... Reunamo-nos sob a bandeira do Príncipe Emanuel e,

no nome e na força de Jesus, avancemos com a batalha até às portas.” (1881)

Filhos e Filhas de Deus, MM, 30/09/1956 e 30/09/2005.

“O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência, assim

como o desejo das bebidas intoxicantes se fortalece com seu uso. O único

caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a qualquer outro lugar

de diversão duvidosa.” Conselhos aos Professores Pais e Estudantes (CPPE), 3ª

ed. 302. (compilação feita por ela mesma em 1911-1915)

“Toda diversão em que vos puderdes empenhar

pedindo sobre ela com fé, a benção de Deus, não

será perigosa.” CPPE, 3ª ed. 304 (1911-1915).


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“Assim que essas diversões são introduzidas, as objeções para

não ir a casas de espetáculos são removidas de muitas mentes, e a alegação

de que cenas morais de alto padrão vão ser representadas no teatro faz ruir a

última barreira. Os que desejariam permitir essa espécie de divertimentos (...)

fariam melhor se buscassem de Deus sabedoria para guiarem estas pobres,

famintas e sedentas almas à Fonte da alegria, paz e felicidade.”

Conselhos Sobre Saúde, 240.

“Nos lares cristãos deve erguer-se um muro contra a tentação.

Satanás está usando todos os meios para tornar o crime e vícios degradantes

populares. Não podemos andar nas ruas de nossas cidades sem encontrar

chocantes notícias de crimes que serão contados e recontados nos romances

e no teatro. A mente é educada para familiarizar-se com o pecado. A conduta

seguida pelos baixos e vis é mantida diante do povo pelos periódicos do dia, e tudo

que pode despertar a paixão é posto diante deles em agitadas histórias.”

Bible Echo, 1894. O Lar Adventista, 406.

“Aos que anseiam por essas diversões, respondemos: Não

podemos condescender com elas em nome de Jesus de Nazaré. A bênção de

Deus não poderia ser invocada sobre o tempo gasto no teatro ou na dança. Nenhum

cristão desejaria enfrentar a morte em tal lugar. Ninguém desejaria ser aí encontrado

quando Cristo vier.”

Review and Herald, 28 de fevereiro de 1882. O Lar Adventista, 516.

“Muitos dos divertimentos populares do mundo hoje, mesmo entre

aqueles que pretendem ser cristãos, propendem para os mesmos fins que os dos

gentios, outrora. Poucos há na verdade entre eles, que Satanás não torne
20

responsáveis pela destruição de almas. Por meio do teatro ele tem operado

durante séculos para despertar a paixão e glorificar o vício. A ópera com sua

fascinadora ostentação e música sedutora, o baile de máscaras, a dança, o jogo,

Satanás emprega para derribar as barreiras do princípio e abrir a porta à satisfação

sensual. Em todo ajuntamento onde é alimentado o orgulho e satisfeito o apetite,

onde a pessoa é levada a esquecer-se de Deus e perder de vista os interesses

eternos, está Satanás atando suas correntes em redor da alma.” Patriarcas e

Profetas, págs. 459 e 460. (1890)

“Há os que consideram o pecado coisa de tão pouca

importância, que não têm defesa contra sua prática ou suas conseqüências. ...

Para alguns... a religião é pura questão de sentimento. Neles se vê, por algum

tempo, razoável amostra de fervor e devoção, mas logo sobrevém uma mudança. ...

Querem um trago do prazer da excitação: a sala de baile, a dança, o show. ... “

MM, Para conhê-LO, 30/08/1965.

Referindo-se aos que recomendavam a freqüência ao teatro como

forma de ajudar pessoas que precisavam repousar a mente e recuperar a saúde ela

escreveu:

“Eles...recomendam a freqüência ao teatro e tais lugares de

divertimentos mundanos, o que está em direta oposição aos ensinos de Cristo e

dos seus apóstolos.” Testimonies for the Church, 1, 490, 554. (1864)

Hoje as palavras de Ellen G. White estão cada vez mais atuais.

Os adventistas e a própria sociedade não cristã protesta contra

a qualidade dos filmes e e o mau uso da TV.

Muitos crentes, porém, ainda assistem a tudo que seja atraente

e interessante na TV e estão dispostos não apenas a ir ao cinema e teatro mesmo


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contrariando uma orientação inspirada, mas a incentivar outros a fazê-lo.

Outros continuam a assistir a tudo que podem sem nenhum

critério ético ou espiritual.

Não admira tanta fraqueza espiritual em nosso meio!

Hoje as palavras de Ellen G. White estão cada vez mais atuais.

Os adventistas e a própria sociedade não cristã protesta contra

a qualidade dos filmes e o mau uso da TV.

Muitos crentes, porém, ainda assistem a tudo que seja atraente

e interessante na TV e estão dispostos não apenas a ir ao cinema e teatro mesmo

contrariando uma orientação inspirada, mas a incentivar outros a fazê-lo.

Outros continuam a assistir a tudo que podem sem nenhum

critério ético ou espiritual.

Não admira tanta fraqueza espiritual em nosso meio!


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4 CONCLUSÃO

As declarações de Ellen G. White sobre o teatro referem-se aos

shows, cinemas e outros ambientes e espetáculos mundanos.

A igreja sempre manteve essa orientação com base nessas

declarações e não em opiniões pessoais.

Perda dos valores cristãos, aceitação dos valores mundanos são

alguns de muitos resultados de tempo gasto em filmes

Deus não pode ser invocado e o cristão não será encontrado nos

lugares que Ele proibiu de estarmos.

No entanto a questão mais importante não é somente o porquê não

ir ao teatro e cinema e não assistir certos filmes.

6. Somente terá valor nossa atitude se tivermos consciência de

Quem disse para não ir a tais lugares e não ver tais filmes.

Não são apenas os males do cinema, mas Aquele que ordenou não

ir lá que nos interessa.

Não foi o veneno do fruto proibido que trouxe a desgraça ao mundo

foi o desprezo por QUEM disse para não comer.

Mesmo porque não havia naquele fruto veneno algum.

O Senhor nos deu as Escrituras e a orientação da profecia para que

prosperemos, pois sem profecia o povo se corrompe.

A decisão é sua se vai segui-la ou seguir seu próprio desejo e

opinião.

A orientação é clara:

“O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de

diversão nem se entregar a nenhum entretenimento sobre que não possa pedir
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a bênção divina. Não será encontrado no teatro, e nos salões de jogos. Não se

unirá aos alegres valsistas, nem contemporizará com nenhum outro enfeitiçante

prazer que lhe venha banir a Cristo do espírito. The Adventist Home, 516.

MM – Fé pela qual eu vivo. 28/08/1959.


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