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Cuidados Paliativos
https://www.youtube.com/watch?v=HO1manZ2wek
CP
Os cuidados paliativos são indicados para toda doença com caráter ameaçador à vida.
Com isso ficamos frequentemente próximos ao conceito de morte.
Vive-se numa sociedade mortal que escamoteia a morte. Assim como o nascer, a
morte faz parte do processo de vida do ser humano. É algo extremamente natural
do ponto de vista biológico.
Atualmente, a doença é vista como fraqueza e punição, tendo em vista a
interrupção à produção.
A doença coloca o indivíduo em contato com sua fragilidade, finitude, e o coloca
frente a dor de um longo tratamento percebendo-se enquanto ser mortal.
O Estudo da Morte
Tanatologia: Estudo da morte, reflexão sobre o sentido da vida e o processo da
morte e do morrer com dignidade
O morrer na sociedade tradicional era vivido de modo mais pacífico que hoje,
visto que o indivíduo se sentia acolhido pela comunidade e pela religião.
A Hospitalização
O hospital como meio terapêutico surge no final do século XVIII, ao mesmo
tempo em que a medicina surge como ciência do indivíduo. O hospital se torna
uma instituição administrada e controlada pelos médicos, passando a ser referência
na área da saúde, da vida, do sofrimento e da morte.
A intenção, na verdade, não é de proteger o doente da angústia do final da vida, mas sim de
impedir que a rotina institucional seja perturbada pela emergência das emoções. Esta
estratégia de ocultamento ao doente da proximidade da morte, na verdade, vem conduzir o
doente a um isolamento social.
Eutanásia
"Ajuda para Morrer" consiste em acabar com o sofrimento de uma pessoa doente,
cujo prognóstico é fatal ou que está em estado de coma irreversível, sem chances de
sobreviver, apressando a sua morte ou dando-lhe meios de o conseguir.
A eutanásia visa induzir a morte precoce de uma maneira suave e sem dor, com a
finalidade de acabar com o sofrimento do paciente através da sua própria morte.
A palavra "eutanásia" tem origem nos termos gregos eu = boa e thanatos = morte, o
que significa "boa morte" ou "morte piedosa".
No Brasil, em 1996, foi proposto um projeto de lei no Senado Federal (projeto de lei
125/96), instituindo a possibilidade de realização de procedimentos de eutanásia no
Brasil. Tal projeto como é cediço não prosperou (CARVALHO, 2003).
Distanásia
Obstinação terapêutica: é o prolongamento do processo da morte através de
tratamentos extraordinários que visam apenas prolongar a vida biológica do doente.
O objetivo da distanásia é o prolongamento máximo da vida. Também pode ser
definida como o adiamento da morte através de métodos reanimatórios.
A palavra "distanásia" tem origem grega, onde dis significa "afastamento" e thanatos
quer dizer "morte".
Ortotanásia
A ortotanásia visa aliviar o sofrimento de um doente terminal através da suspensão
de tratamentos extraordinários que prolongam a vida, mas são incapazes de curar ou
trazer melhorias práticas.
A palavra "ortotanásia" vem do grego, onde orto = certo e thanatos = morte.
Essa prática não apressa e nem prolonga o processo de morrer, mas proporciona
condições de vida durante esse período, aliviando todos os tipos de sofrimentos
(físico, espiritual e emocional) e permitindo um maior contato com as pessoas
queridas do seu convívio a fim de proporcionar a despedida sem culpas e dúvidas.
A Morte e os Cuidados Paliativos
Os CP surge como uma alternativa a esse modelo. Diferentemente do paradigma de
cura da ciência médica, valorizam a qualidade de vida do paciente e, por isso, têm
como princípio fundamental o cuidado integral e o respeito à autonomia do
paciente em relação ao processo de morrer.
Não há solução para a morte, mas se pode ajudar a morrer bem, com dignidade,
facilitando os processos de finalização. O que se propõe como cuidados no fim da
vida são de que não deveria haver atitudes autoritárias e paternalistas, e sim
movimentos de solidariedade, compromisso e compaixão. O grande desafio é
permitir que se viva com qualidade a própria morte; que se tenha uma boa morte
A História dos Cuidados Paliativos
A origem dos Cuidados Paliativos ocorreu no movimento hospice. A palavra
hospice deriva do latim hospes, que significa estranho; hospitalis que significa
amigável, portanto: boas vindas ao estranho.
Em 1840, na França, os hospices eram abrigos para que os peregrinos pudessem
cuidar de pessoas doentes e feridas durante suas viagens de cunho religioso. Nesses
abrigos, cuidavam-se de pessoas enfermas à beira da morte.
Esse movimento estendeu-se a outras partes do mundo e em 1967 foi criado em
Londres o St Cristopher's Hospice, por Cicely Saunders, que revolucionou a ideia
de Cuidados Paliativos e serviu de incentivo para outros grupos na criação de vários
hospices independentes.
St Cristopher's Hospice
A História dos Cuidados Paliativos
1970: os Estados Unidos, Cicely Saunders e Elizabeth Kübler-Ross se uniram dando
continuidade ao crescimento do movimento hospice.
1982: A OMS recomendou que todos os países trabalhassem com movimento
hospice, visando alívio e cuidados aos pacientes com câncer.
Entretanto, o termo hospice foi trocado por Cuidados Paliativos devido às
dificuldades de tradução autêntica em alguns idiomas.
2002: A OMS recomendou os cuidados paliativos não apenas para os casos de
câncer, mas também para todos os pacientes com doenças agressivas ou que
indiquem risco à vida.
Atualmente: O reconhecimento dos Cuidados Paliativos como cuidados específicos
para pacientes que estão sem recurso de tratamento ou cura.
A História dos Cuidados Paliativos
Elizabeth Kübler-Ross foi uma psiquiatra que Cicely Saunders, foi uma médica, enfermeira,
nasceu na Suíça. em 1969, escreveu o livro assistente social, e escritora inglesa. Em 1965,
intitulado "Sobre a morte e o morrer", onde ela foi agraciada como Oficial da Ordem do
ela descreve os cinco estágios pelos quais Império Britânico. É reconhecida como a
passam os enfermos diante da aproximação da fundadora do moderno movimento hospice
morte.
A História dos Cuidados Paliativos
Em 2002, a OMS definiu, pela última vez, os Cuidados Paliativos como:
"Uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos doentes que enfrentam
problemas decorrentes de uma doença incurável com prognóstico limitado, e/ou
doença grave (que ameaça a vida), e suas famílias, através da prevenção e alívio do
sofrimento, com recurso à identificação precoce, avaliação adequada e tratamento
rigoroso dos problemas físicos, como a dor, mas também psicossociais e espirituais."
"O homem não é destruído pelo sofrimento, mas pelo sofrimento sem sentido".
Victor Frankl
Conceitos Fundamentais
Elizabeth Kübler-Ross define em "Sobre a Morte e o Morrer" o Processo de
Finitude em 5 estágios:
1) negação e isolamento;
2) raiva;
3) barganha;
4) depressão;
5) aceitação.
Somente aqueles enfermos que superam seus temores e angústias são capazes de
chegar ao estágio final, caracterizado pela aceitação
Aceitação
Estágio de tranquilidade onde o paciente aceita sua doença, limitações e
possibilidades, quando existem. O enfermo deseja ficar cada vez mais só, sem as
perturbações do cotidiano; começa a perder a vontade de conversar.
Nesse momento o toque e o silêncio tornam-se a comunicação.
"Para o paciente é reconfortante sentir que não foi esquecido quando nada mais
pode ser feito por ele"
Kübler-Ross
Aceitação
Estágio de tranquilidade onde o paciente aceita sua doença, limitações e
possibilidades, quando existem. O enfermo deseja ficar cada vez mais só, sem as
perturbações do cotidiano; começa a perder a vontade de conversar.
Nesse momento o toque e o silêncio tornam-se a comunicação.
https://www.youtube.com/watch?v=mT1o2AGv4L4
"Para o paciente é reconfortante sentir que não foi esquecido quando nada mais
pode ser feito por ele"
Kübler-Ross
A Humanização em CP
Humanizar é garantir à palavra a sua dignidade ética. Para que o sofrimento
humano e as percepções de dor ou de prazer no corpo sejam humanizados, é
preciso tanto que as palavras expressadas pelo sujeito sejam entendidas pelo
outro quanto que este ouça do outro palavras de seu conhecimento.
A morte anunciada é uma forma do paciente ter a chance de, quando apoiado,
traduzir e dar um significado para a experiência da morte ou, ressignificar a
própria vida.
Porto, Gláucia, & Lustosa, Maria Alice. (2010). Psicologia Hospitalar e Cuidados
Paliativos. Revista da SBPH, 13(1), 76-93. Recuperado em 03 de outubro de 2022, de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
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Rezende, Laura Cristina Silva, Gomes, Cristina Sansoni, & Machado, Maria Eugênia da
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2022, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-
093X2014000100005&lng=pt&tlng=pt.