Você está na página 1de 10

BIOÉTICA

EUTANÁSIA

 Trabalho realizado por: Cátia Silva 11ºA Nº5


 Disciplina: Filosofia
 Professor: Amílcar Lourenço

1
ÍNDICE:
1. Introdução
2. Matar e deixar morrer - Eutanásia e Homicídio
3. O que é a Eutanásia?
4. Tipos de Eutanásia
4.1 Quanto ao tipo de ação
4.2 Quanto ao consentimento do paciente
5. Distanásia
6. Argumentos a favor
7. Argumentos contra
8. Conclusão

2
1. INTRODUÇÃO
A Eutanásia tem sido tema de discussão e debate desde há muitos
séculos atrás, contudo continua a ser um tema controverso e chocante,
uma vez que, interfere com determinados princípios (éticos, religiosos,
jurídicos...), assim, como interfere com a conceção criada em redor do
valor da vida e da dignidade humana. Neste trabalho iremos abordar este
tema assim como os seus tipos. Esta pode ser entendida por “Suicídio
Assistido” ou “Morte Voluntária”.

3
2. Matar e deixar morrer - Eutanásia e Homicídio
Se disparamos sobre alguém é uma ação que poderá levar à
morte. Se desligarmos as máquinas de sobrevivência de uma pessoa
que precisa delas para sobreviver, também é matar.
Mortes deliberadas e intencionalmente provocadas numa situação
em que o causador poderia ter agido de outro modo, neste a caso, a
morte poderia ser evitada caso essa pessoa não tivesse essa intenção.
Este exemplo não é considerado eutanásia, é considerado homicídio.  
Quando utilizamos todos os meios de suporte à vida disponíveis,
sendo alguns considerados “extraordinários”, estamos perante o
conceito de distanásia,
considerada contrária
à eutanásia.
Sendo este tema,
de um ponto de vista
moral, tão debatido
poderão se assim ter
vários pontos de vista,
influenciados pela
educação, pelos
meios de
comunicação, e etc.

3. O que é a Eutanásia?
A eutanásia é o ato de matar/deixar morrer intencionalmente uma
pessoa, isto quando a pessoa se encontra num estado terminal ou
sofre de uma doença sem cura.
O termo “eutanásia” deriva de duas palavras gregas (eu e
thanatos) que significa morte boa ou suave, sendo por isso também
chamada de morte misericordiosa.

4
É verdade que os casos reais envolvem dor e angústia, mas o
significado literal do termo capta um importante aspeto da eutanásia:
a morte que dela resulta é para benefício do paciente. Podemos
então dizer que a eutanásia consiste em produzir ou acelerar
intencionalmente a morte de alguém para seu benefício. Produzir,
neste caso, implica matar (eutanásia ativa); acelerar implica deixar
morrer (eutanásia passiva).

4. TIPOS DE EUTANÁSIA

4.1 QUANTO AO TIPO DE AÇÃO


Na eutanásia ativa procede-se à morte do paciente com a devida
ajuda de um médico ou assistente, no qual é aplicado uma injeção de
dose letal de um fármaco (geralmente um barbitúrico de ação rápida,
seguido de um agente
paralisante). Esta  é
muitas vezes  confundida
com o suicídio assistido
em que o ato final é do
paciente e não do médico
ou responsável de saúde
encarregado.

A Eutanásia
Passiva é traduzida
simplesmente como “deixar
morrer”. A morte do paciente ocorre, dentro de uma situação terminal,
ou porque não se inicia uma ação médica ou pela interrupção de uma
medida extraordinária, com o objetivo de minorar o sofrimento.

5
4.2 QUANTO AO CONSENTIMENTO DO PACIENTE
A Eutanásia voluntária acontece quando a morte é provocada
atendendo a uma vontade do paciente, ou seja, quando uma pessoa
ajuda outra a acabar com a sua vida. Mesmo que a pessoa já não esteja
em condições de afirmar o seu desejo de morrer, a eutanásia pode ser
voluntária. Pode-se desejar que a própria vida acabe, no caso de se ver
numa situação em que, embora sofrendo de um estado incurável e
doloroso, a doença ou um acidente tenham tirado todas as capacidades
racionais e já não seja capaz de decidir entre a vida e a morte. Se,
enquanto ainda capaz, tiver expresso o desejo refletido de morrer
quando numa situação como esta, então a pessoa que, nas
circunstâncias apropriadas, tira a vida de outra atua com base no seu
pedido e realiza um ato de eutanásia voluntária.
Normalmente, a forma mais habitual é uma dose excessiva de um
fármaco que é deixado perto da mão do paciente, sendo esta chamada
de Eutanásia Ativa Voluntária. É uma questão de simples pedido e de
liberdade pessoal. Traduzindo para linguagem do dia-a-dia, é um
suicídio.
Existe ainda a Eutanásia Passiva Voluntária, que acontece quando
é deixado alguém morrer, suspendendo a medicação ou não a
iniciando, a pedido da pessoa em questão.

A Eutanásia não voluntária acontece quando a pessoa a quem se


retira a vida não pode escolher entre a vida e a morte para si - por
exemplo, um recém-nascido irremediavelmente doente ou
incapacitado, ou por doença ou por acidente tornaram incapaz uma
pessoa anteriormente capaz - sem que essa pessoa tenha previamente
indicado se sob certas circunstâncias quereria ou não praticar a
eutanásia. Nestes casos existe a aprovação da família ou dos indivíduos
responsáveis pelo mesmo. Pode também ser passiva ou ativa consoante
o meio praticado.
A Eutanásia Involuntária acontece quando é realizada numa
pessoa que poderia ter consentido ou recusado a sua própria morte,

6
mas não o fez ― seja porque não lhe perguntaram, ou porque lhe
perguntaram mas não deu consentimento, querendo continuar a viver.
Embora os casos claros de eutanásia involuntária são relativamente
raros, há quem defendesse que algumas práticas médicas largamente
aceites (como as de administrar doses cada vez maiores de
medicamentos contra a dor que eventualmente causarão a morte do
doente, ou a suspensão não consentida ― para retirar a vida ― do
tratamento) equivalem a eutanásia involuntária. Este tipo de Eutanásia
é chamado de “homicídio por compaixão”, e ocorre em benefício do
doente e é o que levanta na maior parte das vezes problemas em
tribunais e julgamentos. Pode também ser passiva ou ativa consoante a
ação praticada.

5. DISTANÁSIA
A distanásia do grego “dis” (mal/algo mal feito) e “thánatos”
(morte) é etimologicamente o contrário da eutanásia. Consiste em
atrasar o mais possível o momento da morte usando todos os meios,
proporcionados ou não, ainda que não haja esperança alguma de cura,
e ainda que isso signifique infligir ao doente sofrimentos adicionais e
que, obviamente, não conseguirão afastar a inevitável morte mas
apenas atrasá-la umas horas ou uns dias em condições deploráveis para
o doente.

Questão Filosófica: Deverá ser a eutanásia moral e legalmente aceite?

Tese: Consideramos que a Eutanásia é moral e deve ser legalmente


aceite. No entanto, a eutanásia involuntária (ativa ou passiva) deve ser
ponderada consoante os casos e segundo um concelho que abrange
médicos e familiares.  

6. ARGUMENTOS A FAVOR
7
 A prolongação da vida a um ser humano cheio de sofrimento não
devia acontecer;
 Um recém-nascido com problemas graves, não merece o direito a
uma vida cheia de sofrimento;
 Um ser humano acamado sem possibilidade de sair ou recuperar
é, já considerado como morto, apenas se está a adiar a sua morte;
 Entre todas as tradições religiosas de católicos, protestantes,
judeus, budistas, hindus e muçulmanos, existe um acordo
substancial quanto a não sermos moralmente obrigados a
preservar a vida em todos os casos terminais;
 Podemos matar um outro por legítima defesa, mas não o podemos
matar para o salvar de um sofrimento? A nossa resposta é sim;
 Será a sobrevivência biológica, o valor de primeira grandeza e que
todas as outras considerações, como a personalidade, a dignidade,
o bem-estar e o auto domínio assumem, necessariamente, um
lugar secundário?;
 Se o aborto já é legal (por fim à vida sub-humana no útero), então
porque não a eutanásia também (por fim à vida de um ser humano
em sofrimento)?;
 A medicina não é apriorística ou preconceituosa na sua ética e nas
suas modalidades e, portanto, proibir quer o suicídio quer o
assassínio por compaixão é tão espalhafatosamente
inconsequente que exige uma análise crítica. Não consegue fazer
sentido. É contrário à clínica e doutrinário.

7. ARGUMENTOS CONTA
 No momento do nascimento com vida, existe um ser humano que
tem o direito à mais ampla proteção legal. O mais fundamental de
todos os direitos de que goza qualquer ser humano é o direito à
própria vida.
 A eutanásia passiva é uma morte lenta e feia. (Apenas deverá
acontecer com o consentimento do próprio paciente ou do
veredicto do concelho; A distanásia é que deve ser considerada

8
uma morte lenta e feia, a prolongação do sofrimento de um
paciente);
 Ao praticar-se a eutanásia estar-se-ia a contrariar as leis da
Natureza. Cada vez que nos aleijamos, o nosso próprio corpo cura-
nos, e matarmo-nos seria contra essa lei.
 Ocorrem com alguma frequência, recuperações milagrosas de
pacientes em mau estado e a eutanásia cortaria essa esperança, é
preciso lutar contra a doença.
 Uma vida perdida para um médico/enfermeiro é, para eles, quase
um fracasso pessoal, um insulto à sua perícia e conhecimentos. A
aplicação da eutanásia levaria a uma degradação geral dos
cuidados médicos, levando a uma notável paragem no
desenvolvimento científico.
 A eutanásia involuntária pode ser abusada em vários aspetos
como tirar a vida a um paciente só por interesses pessoais. Deste
modo, poderia ser praticada em benefício de outros sem ser do
paciente, o que não seria o pretendido.

8. CONCLUSÃO
Quanto à minha tese, posso concluir que cheguei e tirei algumas
conclusões quanto aos problemas colocados acerca da Eutanásia.
No que toca à Eutanásia Voluntária, seja ela passiva ou ativa,
concordo plenamente que seja liberalizada, visto que o que aqui está
em jogo é a opinião e decisão do próprio indivíduo no qual é causado
grande sofrimento. Acho que moralmente e legalmente, visto que,
não podemos admitir que um ser que está a viver uma relação entre
vida/morte e em que lhe causa tamanha dor, não possa tomar a
decisão de continuar a viver esperando pela cura ou acabar com
aquele sofrimento pondo fim à sua própria vida.
Ao que diz respeito à Eutanásia Involuntária fiquei um pouco
reticente quanto à sua legalização, no entanto, cheguei ao consenso
que neste caso não se pode exercer o processo de eutanásia sem uma
grande envolvência à volta de cada caso específico para analisar as
hipóteses de uma vida minimamente digna ou de pleno sofrimento
portanto, dever-se-ia combinar um concelho entre médicos e
9
familiares para decidir se a morte é o bem-estar da outra pessoa.
Nestes casos defendo que só se deve aplicar a Eutanásia ativa, para
que o sofrimento do paciente não se prolongue, sendo que se este já
se encontrar morto (preso a uma cama sem possibilidade de sair ou
recuperar), aplicar a Eutanásia Passiva, como por exemplo desligar as
máquinas que mantêm a vida, é considerado Eutanásia ativa, pois o
paciente já se dava como morto.
Este tema é um problema da cultura científico-tecnológica, pois
gera inúmeras vezes interrogações. A tecnologia teve uma grande
influência na Ciência e portanto também influenciou a forma de
aplicar a Eutanásia. O equipamento tecnológico sofreu uma evolução
que permitiu tanto curar o paciente como ajudá-lo a por fim ao seu
sofrimento.
Ao longo da pesquisa para este trabalho pude verificar que a
aplicação da eutanásia ainda não é aceite em vários países, no
entanto ficamos a saber que embora esta não seja liberalizada cada
vez mais a opinião dos profissionais de saúde progride para a sua
liberalização no entanto, continua a existir uma grande discussão a
volta dos valores morais e legais da vida de seres humanos o que faz
com que se deixe esquecido este assunto, visto que gera enorme
confusão de ideias.

10

Você também pode gostar