Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ortotanásia e mistanásia
3
Morte e morrer
Com relação aos modelos de profissionais médicos,
temos:
Médico humano.
Médico empresário.
Médico tecnotrônico.
6
Princípios da Bioética
7
Bioética e Terminalidade
Beneficência:
Evitar submeter o paciente à intervenções
cujo sofrimento seja muito maior do que o
benefício eventualmente conseguido.
Não Maleficência:
Evitar intervenções que determinem
desrespeito à dignidade do paciente como
pessoa.
8
Bioética e Terminalidade
Autonomia:
O princípio da autonomia, frente ao paciente
terminal, está secundariamente situado em relação à
beneficência e à não-maleficência.
O exercício do princípio da autonomia na situação
do paciente terminal, em razão da dificuldade e
abrangência de tal decisão, mesmo para aqueles que
não estejam emocionalmente envolvidos
deve ocorrer de uma maneira evolutiva
e com a velocidade adequada a cada caso.
9
Justiça Distributiva
O princípio da justiça deve ser levado em conta na
decisão final, embora não deva prevalecer sobre os
princípios da beneficência, da não-maleficência e da
autonomia.
Se for consenso que um paciente, mesmo em estado
crítico, seja beneficiado com um determinado tipo
de medicação, a despeito de que o produto esteja
escasso no hospital, preservam-se os princípios da
beneficência e da autonomia sobre os da justiça.
Se o paciente está na fase de morte inevitável, e são
oferecidos cuidados desproporcionais, estaremos
utilizando recursos que poderiam ser aplicados em
outros pacientes. 10
Aplicação dos princípios da
bioética na evolução da doença
Vida salvável preservação da vida / alívio do
sofrimento ( B/N.M.).
Morte inevitável alívio do sofrimento /
preservação da vida ( A/J. ).
Doença inversão de expectativas autonomia /
justiça decisão ( N.M./B ).
11
Psicodinâmica do Paciente Terminal
Os pacientes ou seus familiares normalmente
passam pelos mesmos estágios quando recebem uma
má notícia. Estes estágios foram classificados por
Kübler-Ross para pacientes que estavam morrendo.
12
Psicodinâmica do Paciente Terminal
O primeiro dos períodos identificados por Kübler Ross no
processo de morte é a negação, quando o paciente se recusa a
aceitar que tem uma condição fatal. Depois se seguem a raiva, a
negociação, a depressão e a aceitação de que a morte é
inevitável.
Os períodos não se sucedem de forma ordenada e excludente,
mas podem misturar-se, em particular durante o da negociação,
quando o paciente pensa que caso se submeta a um
determinado tratamento, talvez possa reverter sua condição.
O reconhecimento de que a negociação não é possível com a
morte, frequentemente leva à quarta fase, que é a depressão. A
etapa final é a aceitação, quando a pessoa reconhece sua
mortalidade e a proximidade do fim.
13
Eutanásia
“É a boa morte, morte apropriada, o direito de morrer.”
É a morte da pessoa, que se encontra em grave
sofrimento decorrente de doença, sem perspectiva de
melhora, com o auxílio de médico, com o consentimento
da pessoa.
Ato médico que tem por finalidade acabar com a dor e a
indignidade na doença crônica e, no morrer, elimina o
portador da dor.
É uma morte serena, sem sofrimento. Prática pela qual
se busca abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um
doente reconhecidamente incurável.
Na Holanda, em torno de um sexto das
mortes anuais é decorrente de eutanásia.
Bioética- Prof.ª Deborah Farah 14
15
Eutanásia
Eutanásia ativa: o ato deliberado de provocar a morte
sem sofrimento do paciente, por fins misericordiosos.
Eutanásia passiva ou indireta: a morte do paciente
ocorre, dentro de uma situação de terminalidade, ou
porque não se inicia uma ação médica ou pela
interrupção de uma medida extraordinária, com o
objetivo de minorar o sofrimento.
Eutanásia de duplo efeito: quando a morte é acelerada
como uma consequência indireta das ações
médicas que são executadas visando o alívio
do sofrimento de um paciente terminal.
16
Distanásia
Prolongar, ao máximo, a quantidade
de vida humana, combatendo a morte
como grande e último inimigo.
Ocorre quando o médico, frente a uma doença incurável e
ou mesmo à morte iminente e inevitável do paciente
prossegue, valendo-se de meios extraordinários para
prolongar penosamente e inutilmente o estado de
"mortificação“ (agonização) ou o caminho natural da morte.
Erra ao não discernir quando as intervenções terapêuticas
são inúteis e quando se deve deixar a pessoa morrer.
Paradigmas: tecnocientífico (o valor absoluto da vida
humana como motivação) e comercial-empresarial (o lucro
como motivação).
21
Ortotanásia
Seguindo a sequência da aplicação dos princípios éticos,
tão logo seja definido que o paciente não é mais salvável,
nossos esforços devem ser dirigidos no sentido de
promover e priorizar o seu conforto, diminuir o seu
sofrimento, e evitar o prolongamento de sua vida "a
qualquer custo".
Essa postura está muito distante da promoção do óbito,
como proposto pela eutanásia que, à luz dos
conhecimentos atuais, não se enquadra
nem no princípio da beneficência nem
no da não-maleficência.
22
Ortotanásia
Uma das recomendações dos consensos sugere que,
uma vez tomada a decisão de suspensão de suporte de
vida em paciente terminal, a atenção da equipe deve ser
dirigida no sentido de aliviar-lhe o sofrimento e o da sua
família, bem como assegurar-lhe uma morte mais digna.
A equipe tem a obrigação de continuar com os cuidados
de higiene e conforto, e com o tratamento para a dor e o
sofrimento. Para tanto, analgésicos e ansiolíticos podem
ser usados, ainda que, como para-efeito,
possam determinar depressão da função
cárdio-respiratória e, indiretamente,
apressar a morte do paciente.
23
A ortotanásia não se confunde com a chamada
eutanásia passiva. É que, nesta, é a conduta
omissiva do médico que determina o processo de
morte, uma vez que a sua inevitabilidade ainda não
está estabelecida. Assim, os recursos médicos
disponíveis ainda são úteis e possíveis de manter a
vida, sendo a omissão do profissional, neste caso,
realmente criminosa.
e/ou negligência).
Pacientes vítimas de má-prática no tratamento por
motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos.
31
Legislação
Resolução 1.995/2012, CFM (publicada no D. O. U. no dia
31 de agosto de 2012, seção I, pág. 269/270), declaração
antecipada de vontade como um instrumento que visa
registrar a expressão da vontade do paciente a prevalecer
em situações futuras (declaração prévia de vontade do
paciente terminal, mais conhecido como testamento
vital), delibera quanto ao direito de o paciente consentir
submeter-se ou não a terapêuticas médicas quando não
mais puder se manifestar no momento da tomada de
decisão, por encontrar-se em estado incurável ou
terminal.
32
Brasil
Enfim, o médico, ao praticar a eutanásia, poderia estar
atendendo ao pedido de seu paciente para lhe dar a
morte, ou dar-lhe a morte sem consultá-lo em virtude
do paciente estar impossibilitado de manifestar
vontade (ex.: estado de coma), tanto num exemplo
quanto noutro, esse médico responderá por homicídio
e o tratamento que lhe será destinado depende do
móvel do agente, ou ainda, fornecer para que o
próprio paciente encontre a morte pelo suicídio,
estando prevista sua conduta como auxílio ao suicídio.
33
Caso JHECK
34
Ninguém sabe o que passo. É um sofrimento que não tem fim. Sei que a
eutanásia é proibida no Brasil, mas vou até o fim porque não aguento
ver meu filho sem sorrir, brincar ou caminhar"
"Não tenho mais fé em Deus nem forças para ver o meu filho. Não o
visito não é porque não quero, é porque não consigo vê-lo jogado numa
cama de hospital."
“Minha vida acabou. Estou quase para dar um tiro na cabeça. Não creio
mais em Deus. Mesmo assim, oro todas as noites pedindo que Deus
devolva a vida de meu filho ou o leve embora", disse Oliveira, que
afirma não suportar mais ver a dor do filho.”
"Peço desculpas a Deus e ao meu filho por ter entrado em pânico, mas
vou até o fim.“
37
“Viu meu filho? Eu disse que você não
precisava ficar triste porque ia voltar para
casa”. Mãe
39
Mãe de JHECK
Eu sou a favor da vida. Meu filho pode perder um
"