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A medicina não pode ser exercida como comércio e não pode ser
explorada por terceiros com objetivo de lucro, finidade política ou
religiosa.
Ortotanásia
Físicos: servem para tratar os sintomas físicos que podem ser incômodos como
dor, falta de ar, vômitos, fraqueza ou insônia, por exemplo;
Psicológicos: cuidam dos sentimentos e de outros sintomas psicológicos
negativos, como angústia ou tristeza;
Sociais: oferecem apoio na gestão de conflitos ou obstáculos sociais, que
podem prejudicar o cuidado, como falta de alguém para prestar os cuidados;
Espirituais: reconhecer e apoiar em relação a questões como oferecer auxílio
religioso ou orientações em relação ao sentido da vida e da morte.
Todos estes cuidados não podem ser oferecidos somente pelo médico, sendo
necessário que exista uma equipe composta por médicos, enfermeiros,
psicólogos, assistentes sociais e diversos outros profissionais como
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e um capelão ou outro
representante espiritual.
No Brasil, os cuidados paliativos já são oferecidos por muitos hospitais,
principalmente nos que têm serviços de oncologia, entretanto, este tipo de
cuidados deve, idealmente, estar disponível em hospitais gerais, consultas
ambulatoriais e, até, em casa.
Quem precisa de cuidados paliativos
Os cuidados paliativos são indicados pelo médico, entretanto, para garantir que
eles sejam feitos quando chegar o momento, é importante conversar com a
equipe médica que acompanha o paciente e mostrar o seu interesse neste tipo
de cuidado. Assim, uma comunicação clara e franca entre o paciente, a família
e os médicos sobre o diagnóstico e as opções de tratamento de qualquer
doença é muito importante para definir estas questões.
Existem formas de documentar estas vontades, por documentos chamados
"Diretivas antecipadas de vontade", que permitem que a pessoa informe aos
seus médicos, sobre cuidados de saúde que deseja, ou que não deseja
receber, no caso de, por qualquer razão, se encontrar incapaz de expressar os
desejos em relação ao tratamento.
Assim, o Conselho Federal de Medicina orienta que o registro da diretiva
antecipada de vontade pode ser feito pelo médico que acompanha o paciente,
em sua ficha médica ou no prontuário, desde que expressamente autorizado,
não sendo exigidas testemunhas ou assinaturas, pois o médico, pela sua
profissão, possui fé pública e seus atos têm efeito legal e jurídico.
Também é possível redigir e registrar em cartório um documento, chamado
Testamento Vital, em que a pessoa pode declarar estas vontades,
especificando, por exemplo, a vontade de não ser submetido a procedimentos
como uso de aparelhos para respirar, se alimentar por tubos ou passar por um
procedimento reanimação cardio-pulmonar, por exemplo. Neste documento
também é possível indicar uma pessoa de confiança para tomar decisões sobre
os rumos do tratamento quando não puder mais fazer suas escolhas.
5. Ética e moral