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UFCD 6557

CUIDADOS PALIATIVOS

Formadora: Enf. Sofia Coimbra


Curso E.F.A. – Técnico Auxiliar de Saúde
Viso - 2015
Índice
 Introdução
 Conceito e Filosofia da Rede
 Princípios dos cuidados paliativos
 Criação e implementação
 Beneficiários
 Ação Paliativa
 Como são prestados os cuidados paliativos
 Ortotanásia
 Filosofia entre cuidados hospitalares e cuidados paliativos
 Testamento Vital
 Desmentir ideias incorretas acerca dos cuidados paliativos
 Testemunhos
 Conclusão – Vídeo
 Webgrafia
Introdução
De acordo com o que foi pedido pela Enfermeira Sofia Coimbra na UFCD
6557, vamos mostrar-vos um pouco do que são os CUIDADOS PALIATIVOS,
de que forma são realizados e a sua importância na sociedade.
Conceito e Filosofia da Rede
 Conceito - Cuidados prestados a doentes em situação de intenso
sofrimento decorrente de doença incurável em fase avançada e
rapidamente progressiva.

 Filosofia - Consiste em promover, tanto quanto possível e até ao fim,


o bem-estar e a qualidade de vida destes doentes.
Princípios dos cuidados
paliativos
1. Respeitar a dignidade e autonomia dos utentes.

2. Honrar o direito do utente de escolher entre os tratamentos, incluindo


aqueles que podem ou não prolongar a vida.

3. Comunicar de maneira clara e cuidadosa com os utentes, suas famílias


e seus cuidadores.

4. Identificar os principais objetivos dos cuidados de saúde a partir do


ponto de vista do utente.

5. Prever o controlo da dor e de outros sintomas de sofrimento físico.


Princípios dos cuidados
paliativos
6. Reconhecer, avaliar, discutir e oferecer acesso a serviços para o atendimento
psicológico, social e questões espirituais.

7. Proporcionar o acesso ao apoio terapêutico, abrangendo o espectro de vida


através de tratamentos de final de vida que proporcionem qualidade de vida
percebida pelo utente, sua família e seus cuidadores.

8. Organizar os cuidados de modo a promover a continuidade dos cuidados


oferecidos ao utente e sua família, sejam estes cuidados realizados no hospital,
no consultório, em casa ou em outra instituição de saúde.
9. Manter uma atitude de suporte educacional a todos os envolvidos nos cuidados
diretos com o utente.
Criação e implementação
 Em Portugal, a introdução dos cuidados paliativos surgiu durante a
década de noventa, do século XX, podendo situar-se o ponto de
partida logo no seu início, segundo a documentação conhecida.
Talvez não seja despropositado assinalar que existe uma tradição de
assistência aos doentes moribundos com raízes mais antigas, tal como
se pode verificar em documentos e textos médicos portugueses do
século XVI.

 A origem de um dos serviços de cuidados paliativos, atualmente ativo,


localizado num hospital geral, remonta a 1992, inicialmente como
Unidade de Dor com camas de internamento, não havendo
anteriormente registo de qualquer outra organização estruturada de
cuidados paliativos.
Criação e implementação
 Entretanto foram surgindo novos serviços de cuidados paliativos,
como podemos observar no quadro.
Beneficiários
 Crianças e adultos com malformações congénitas ou outras situações
que dependam de terapêutica de suporte de vida e/ou apoio de longa
duração para as atividades de vida diárias.
 Pessoas com qualquer doença aguda, grave e ameaçadora da vida (tais
como traumatismos graves, leucemia, acidente vascular agudo) onde a
cura ou reversibilidade é um objetivo realista, mas a situação em si
própria ou o seu tratamento tem significativos efeitos negativos dando
origem a uma qualidade de vida fraca e/ou sofrimento.
 Pessoas com doença crónica progressiva, tal como doença vascular
periférica, neoplasia, insuficiência renal ou hepática, acidente vascular
cerebral com significativa incapacidade funcional, doença cardíaca ou
pulmonar avançada, fragilidade, doenças neurovegetativas e demência .
Beneficiários
 Pessoas com doença ameaçadora da vida, que escolheram não fazer
tratamento orientado para a doença ou de suporte/prolongamento da vida e
que requeiram este tipo de cuidados.

 Pessoas com lesões crónicas e limitativas, resultantes de acidente ou outras


formas de trauma.

 Pessoas seriamente doentes ou em fase terminal (demência em estádio final,


cancro terminal, acidente vascular gravemente incapacitante) que não têm
possibilidade de recuperação ou estabilização e, para os quais, os cuidados
paliativos intensivos são o objetivo predominante dos cuidados no tempo de
vida remanescente.
Ação Paliativa
 O que é?
São cuidados de saúde que integram os princípios e filosofia dos cuidados paliativos
em qualquer serviço não especializado nestes cuidados, no sentido de alívio do
sofrimento devido à sua situação clínica. Inclui não só medidas não-farmacológicas
e farmacológicas para o controlo sintomático mas, também, comunicação com o
doente e família assim como com outros profissionais de saúde, apoio na tomada de
decisão e respeito pelos objetivos e preferências do doente.

 Quem pode implementar?


Devem ser implementados por todo e qualquer profissional de saúde, devendo para
tal possuir formação básica em cuidados paliativos, preferencialmente graduada.
Como são prestados os
cuidados paliativos
 As unidades de cuidados paliativos podem prestar cuidados em regime
de internamento ou domiciliário e abrangem um leque variado de
situações, idades e doenças.

 Os cuidados paliativos proporcionam aos doentes em fase terminal a


possibilidade de receberem cuidados num ambiente apropriado, que
promova a proteção da dignidade do doente incurável na fase final da
vida.
Ortotanásia
Os cuidados paliativos podem ser baseados nos conceitos da Ortotanásia.
 O que é?
 A Ortotanásia, também chamada de "eutanásia passiva", consiste
em aliviar o sofrimento de um doente terminal através da
suspensão de tratamentos que prolongam a vida mas não curam
nem melhoram a enfermidade.
 Etimologicamente, a palavra "Ortotanásia" significa "morte
correta", onde orto = certo e thanatos = morte.
 Ortotanásia pode ser definida como o não prolongamento artificial
do processo natural de morte, onde o médico, sem provocar
diretamente a morte do indivíduo, suspende os tratamentos
extraordinários que apenas trariam mais desconforto e sofrimento
ao doente, sem melhorias práticas.
Filosofia entre cuidados hospitalares
e cuidados paliativos
 Medicação – Sem receio de habituação/dependência
 Horários flexíveis
 Ausência de rotinas
 Banho
 Alimentação
 Levante
 Apoio de diversas especialidades: Psicologia; Fisioterapia; Terapia da
fala; Audiologia; Nutrição; Terapia Ocupacional;
 Apoio psicológico alargado à família
 Abordagem holística da dor e conforto
Testamento Vital
 O que é?
 O Testamento Vital é um documento onde o cidadão pode
inscrever os cuidados de saúde que pretende ou não receber e
permite também a nomeação de um procurador de cuidados de
saúde.
 Como se preenche?
 O cidadão pode aceder ao Portal do Utente, descarregar o
formulário com o modelo de diretiva antecipada de vontade,
preencher e entregar no agrupamento de centros de saúde, ou na
unidade local de saúde, da sua área de residência.  O Testamento
Vital será registado num sistema informático da saúde, o RENTEV.
Testamento Vital
Testamento Vital
Testamento vital
O que pode constar?
 Desejo de não ser submetido a suporte artificial das funções vitais
 Não ser submetido a medidas de suporte básio de vida, como alimentação e
hidratação, caso se destinem apenas a retardar o processo natural de morte.
 Recusar reanimação ou transfusões de sangue quando se destinem apenas a
adiar o processo natural de morte.
 Recusar receber tratamentos experimentais.
 Desejar receber cuidados paliativos que lhe permitem atenuar a dor e morrer
sem sofrimento.
Desmentir ideias incorretas
acerca dos cuidados paliativos
são cuidados
menores no
sistema de
saúde

encarecem os
se resumem a
gastos dos
uma
sistemas de
intervenção
saúde, e
caritativa bem
tendem mesmo
intencionada
a reduzi-los
Os
cuidados
paliativos
não:
se destinam a
são um grupo
dispendiosos reduzido de
situações

restringem a
sua aplicação
aos
moribundos
nos últimos
dias de vida
Testemunhos
 http://www.apcp.com.pt/testemunhos/ana-rita-leitao.html

 http://www.apcp.com.pt/testemunhos/testemunho-de-paulo-pascoal.html

 http://
www.apcp.com.pt/testemunhos/testemunho-de-albertina-e-xico-capa.html
Conclusão
De acordo com o que aprende-mos nesta UFCD concluímos que todos tem
direito a ter uma morte digna, tal como se conclui no vídeo:
Webgrafia
 https://pt.wikipedia.org
 http://www.portaldasaude.pt/
 http://www.apcp.com.pt/
 http://www.historiamedicinapaliativa.ubi.pt/
 http://www.casadocuidar.org.br/site/index.php
Trabalho elaborado pelos formandos:

 Cristiano Almeida
 José Manuel Pereira
 Lisete Fernandes
 Patrícia Gonçalves

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