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Cuidados Paliativos

Emílio Donizeti Leite


Definição
Assistência Domiciliar: Cuidados (assistência)
prestados a pessoas que necessitam de
atenção holística, vendo-o como um ser com
pensamentos, desejos e sonhos, que podem
ser findados nesse momento.
Necessitam de profissionais
(interdisciplinaridade) que tenham gentileza,
carinho, afabilidade, saibam ouvir, retribuir,
sejam leal, sejam honesto e principalmente,
ser humano...
Definição

Paliativo: palavra derivado do latim “Palium” –


manto que cobre.

A definição de manto que cobra está voltado a


proteção...
Atenção paliativa: caracteriza-se como o
cuidado para pessoas em suas semanas ou
meses finais de vida, com o objetivo de
evitar e aliviar o sofrimento provendo a
melhor qualidade de vida.
Antigamente o paciente em fase terminal, morria
lentamente em sua própria casa, onde tinha tempo
para despedir-se e passar seus últimos momentos com
seus familiares. Com o desenvolvimento científico o
morrer tornou-se mais solitário e desumano.
Geralmente o doente é confinado em um hospital,
estando as pessoas mais preocupadas com o
funcionamento de seus pulmões, secreções e não com
o ser humano que há nele. Estando muitas vezes
sofrendo mais emocionalmente que fisicamente.

Heloise Zanelato
Era mais fácil elaborar a morte, já que a crença religiosa
acreditava que o sofrimento na terra seria
recompensado no céu, oferecendo esperança e sentido
ao sofrimento, ao contrário da rejeição da sociedade
moderna, que aumenta a ansiedade , obrigando-nos a
fugir da realidade e do confronto com a nossa própria
morte.
(...)

Heloise Zanelato
Eutanásia - Quanto ao ato

Eutanásia ativa: ato deliberado de


provocar a morte sem sofrimento do
paciente, para fins humanitários.

Eutanásia passiva: quando a morte ocorre


por omissão proposital em se iniciar uma
ação medica que garantiria a perpetuação
da sobrevida.
Eutanásia - Quanto ao ato

Eutanásia duplo-efetivo: nos casos em que a


morte é acelerada como consequência de ações
médicas não visando ao êxito letal, mas sim, ao
alivio do sofrimento de um paciente.
Distanásia

“uma agonia prolongada que origina


uma morte com sofrimento físico ou
psicológico do indivíduo lúcido”

“a forma de prolongar a vida de modo


artificial, sem perspectiva de cura ou
melhora”

Pessini, 2001
Obstinação terapêutica

“consiste em tornar o processo de


morrer uma experiência
particularmente sofrida e que
pode ser qualificada de ‘indigna’,
daí moralmente questionável”

Silva e Schramm, 2007


Terminalidade da Vida (Tanatologia)

Paciente terminal:

aquele que está em fase final por evolução


da sua doença, sem mais condição de
reversibilidade, mesmo que parcial e
temporária, frente a qualquer medida
terapêutica conhecida e aplicada.

Silva e Schramm, 2007


Ortotanásia

Morte no tempo certo, sem abreviação nem


prolongamentos precários nem penosos da
vida, sem interromper os cuidados normais
e ordinários aos doentes.
Nesse sentido, estimula a humanização da morte
e o alívio das dores, sem o uso de medidas
abusivas que levem a sofrimento adicional e
inútil.
Cuidados Paliativos

Cuidado ativo e integral direcionado aos


pacientes - e familiares – cuja doença não
responda mais ao tratamento curativo,
priorizando-se o controle dos sintomas e a
preservação da qualidade da vida, sobre a
preservação pura e simples do
prolongamento dessa vida.
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
CAPÍTULO I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

XXI - No processo de tomada de decisões profissionais, de


acordo com seus ditames de consciência e as previsões
legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes,
relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos
por eles expressos, desde que adequadas ao caso e
cientificamente reconhecidas.

XXII - Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o


médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e
terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes
sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados.
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
CAPÍTULO V
RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES

É vedado ao médico
Art. 66 - Utilizar, em qualquer caso, meios destinados a
abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de
seu responsável legal.

Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou


de seu representante legal.

Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal,


deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos
disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou
terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em
consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua
impossibilidade, a de seu representante legal.
OMS, 2002 reafirma:
os princípios que regem a atuação da equipe
multiprofissional de Cuidados Paliativos:
proporcionar alívio da dor e outros sintomas
angustiantes; encarar a morte como um
processo normal; não apressar, nem adiar a
morte; integrar os aspectos psicológicos e
espirituais da assistência ao paciente; oferecer
um sistema de apoio para ajudar os pacientes a
viver tão ativamente quanto possível até a
morte;
OMS, 2002 reafirma:

oferecer um sistema de apoio para ajudar a


família a lidar com a doença de com seu luto;
utilizar uma abordagem de equipe para atender
as necessidades dos pacientes e suas famílias;
melhorar a qualidade de vida; iniciar o mais
precocemente possível o cuidado paliativo,
juntamente com outras medidas de
prolongamento da vida (como quimioterapia e
radioterapia) e incluir todas as investigações
necessárias para melhor compreender situações
clínicas estressantes.”
Símbolos de alguns profissionais da
equipe Interdisciplinaridade

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