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PROCEDIMENTO Código: POP ENF 17.

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OPERACIONAL PADRÃO Data da Emissão:10/01/2018
Versão: 01

ORTOPEDIA Data de Revisão: 10/01/2018


Próxima Revisão:10/01/2020

CURATIVO EM FERIDA CIRÚRGICA COM USO DE FIXADOR EXTERNO

Responsável pela elaboração do POP: Aprovado por:


Enf. Francislene de Jesus Lopes Enf. Sandra de Souza
Enf. Raphael Sampaio dos Santos Lima Rocha (DIEN)
Enf. Residente R2 Magna Maria Alves Ribeiro. Enf. Maria Helena de
Souza Praça Amaral
Responsável pela REVISÃO do POP: (Educação Continuada de
Enf. Cláudia Cruz da Silva Enfermagem)
Enf. Katerine Gonçalves Moraes
Enf. Maria Helena de Souza Praça Amaral
Enf. Stella Maris Gomes Renault

1. DEFINIÇÃO
Limpeza e oclusão de ferida cirúrgica com uso de fixadores externos, evitando que inúmeros
microrganismos adentrem e causem complicações no sítio cirúrgico. A fixação externa é um
método de imobilização que se utiliza de uma estrutura de engenharia com fios percutâneos
posicionados no tecido ósseo e ligados a conectores externos, que essencialmente visa
proporcionar a rigidez e estabilidade necessárias ao tratamento de fraturas e de diversas patologias
ósteo-articulares.

2. OBJETIVOS
 Promover limpeza da ferida;
 Promover limpeza das hastes de sustentação externa e dos clampes;
 Promover proteção contra traumas mecânicos;
 Absorver exsudato;
 Favorecer o processo de cicatrização;
 Prevenir a infecção.

3. INDICAÇÃO
 Pacientes que estejam em uso de fixadores externos.

4. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO


 Enfermeiros, médicos e acadêmicos de enfermagem ou medicina sob supervisão.

5. MATERIAL A SER UTILIZADO


 EPI (óculos de proteção, capote, luvas de procedimento e estéril e máscara cirúrgica);
 Bandeja de curativo, se houver;
 Soro fisiológico 0,9% (SF 0,9%);
 Álcool 70%;
 Algodão;
 Gaze estéril;
 Agulha 40x12mm;
 Fita adesiva (Esparadrapo ou fita hipoalergênica);
 Atadura;
 Impermeável;
 Lençol;
 Lixeira;
 Caneta e impressos.

6. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS


1. Realizar higienização das mãos;
2. Separar os materiais necessários;
3. Identificar-se ao paciente e orientá-lo sobre o procedimento a ser realizado;
4. Preservar a intimidade do paciente;
5. Paramentar-se com os EPI;
6. Colocar o paciente em posição confortável;
7. Colocar o impermeável coberto com o lençol sob a região em que será realizado o
procedimento;
8. Expor a região onde será realizado o curativo;
9. Abrir a bandeja de curativo com técnica asséptica, porém se não houver, utilizar luvas de
procedimento para retirar o curativo anterior e luvas esterilizadas para realização do novo
curativo;
10. Abrir os pacotes de gazes esterilizadas em quantidade suficiente e colocá-las em campo
esterilizado;
11. Fazer desinfecção do frasco de SF 0,9% com algodão embebido em álcool 70% e perfurar
com agulha 40x12mm;
12. Umedecer com SF 0,9% a fita adesiva do curativo fixado à pele do paciente antes de retirá-
la;
13. Remover o curativo com a mão enluvada e descartá-lo no lixo;
14. Umedecer gazes esterilizadas com SF 0,9%;
15. Passar a gaze umedecida com SF 0,9% no sítio de inserção dos fixadores em movimentos
circulares e estendendo à pele adjacente; repetir nos demais sítios de inserção dos
fixadores;
16. Umedecer gazes esterilizadas com álcool 70%;
17. Passar a gaze umedecida com álcool 70% no sítio de inserção dos fixadores em
movimentos circulares e estendendo à pele adjacente; repetir nos demais sítios de inserção
dos fixadores;
18. Ocluir o sítio de inserção dos fixadores externos com gazes esterilizadas;
19. Fixar o curativo com atadura e fita adesiva;
20. Passar gazes umedecidas com álcool 70% nos fixadores, com movimentos circulares,
iniciando pelas porções mais próximas da pele;
21. Datar e identificar quem realizou o curativo;
22. Recolher os materiais;
23. Reposicionar o paciente, se necessário;
24. Retirar os EPI;
25. Descartar os materiais utilizados adequadamente;
26. Proceder com a higienização das mãos; e
27. Realizar as anotações de enfermagem.

Figura 1: Fratura exposta da tíbia operada com fixador externo.

Fonte: http://www.cmcm.pt/joao-moreira/ > Acesso em: 17/01/2018.

7. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCOS


 Realizar curativo após o banho;
 Realizar o curativo em fixadores externos a cada 24h (caso necessário, realizar a troca mais
de uma vez ao dia);
 Em caso de sinais de infecção no (s) sítio (s) cirúrgico (s), solicitar avaliação médica.

8. RESULTADOS ESPERADOS
 Recuperação do paciente;
 Evolução favorável da ferida.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, V.S. et al. Relato de caso – Cuidados com a pele de adultos em uso de Fixador externo em
membros inferiores: série de casos. Estima. Distrito Federal, v. 11, n. 3, 2013.

GOMES, A. S. K.; FERREIRA, J. A.; santos, I. B. C. Complicações de feridas cirúrgicas. In.:


CAMPOS, M.G.C.A. et al. Feridas complexas e estomias: aspectos preventivos e manejo clínico.
João Pessoa: Ideia, 2016. p. 349 – 364.

CARDOSO, R.T. et al. Tratamento das fraturas diafisárias da tíbia com fixador externo comparado
com a haste intramedular bloqueada. Rev. Bras. Ortop., Uberaba, v. 48, n. 2, p. 137-144, 2013.

IMAMURA, Marta et al. Dor e fixadores externos: avaliação e tratamento. Acta Fisiátrica, São
Paulo, v. 2, n. 1, p. 23-26, june 1995. ISSN 2317-0190. Disponível em:
<http://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/101960/100385>. Acesso em: 16 jan. 2018.
doi:http://dx.doi.org/10.5935/0104-7795.19950001.

ONG, W. H., CHIU, W. K., RUSS, M., and CHIU, Z. K. Integrating sensing elements on external
fixators for healing assessment of fractured femur. Struct. Control Health Monit., 23: 1388–1404,
2016. doi: 10.1002/stc.1843.

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. In: BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-
cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 4v.

POTTER, P.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2009.1480p

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