Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE VILA VELHA – UVV

PSICOLOGIA

Andrey Artur Vinhas


Caio Ludwig
Lavínia Pagoto
Myrthes Lopes Dezan

O papel do psicólogo na equipe de cuidados paliativos

Vila Velha
2018
Andrey Artur Vinhas
Caio Ludwig
Lavínia Pagoto
Myrthes Lopes Dezan

O papel do psicólogo na equipe de cuidados paliativos

Trabalho de Psicologia apresentado como requisito


de aprovação na disciplina de antropologia do curso
de Psicologia da Universidade de Vila Velha –
UVV.

Prof. Teresa Cristina da Silva Rosa

Vila Velha
2018
Introdução

Independente de qual seja a teoria definidora de vida a ser adotada, é inegável que morrer, embora
inevitável, não é algo desejado, pois se trata de um processo irreversível que faz cessar as atividades biológicas,
não existindo qualquer evidência científica de que nossa consciência permaneça de alguma forma a existir após
esse evento. Com a morte se encerra a vida pelo menos na forma como a conhecemos quando sentimos o pulsar
do sangue em nossas veias, o ar que entra em nossos pulmões, nossas emoções e paixões, logo, essa condição,
morte, desperta no ser humano a sensação de medo: medo do fim, medo do que está por vir e medo de não ter
nada mais depois do fim dessa existência.

Mesmo se tratando de pessoas propensas ao suicídio, ao analisarmos os motivos (conhecidos) que levam
algumas pessoas a por fim a sua existência, poderemos verificar que de fato não desejam especificamente a
morte, mas se embrenham por este caminho por não suportarem o peso do conflito de emoções que carregam
dentro de seus corpos e, assim, não mais vivem, mas se arrastam pelo mundo. A angustia, o vazio, o desprezo, a
dor física ou emocional que lhe sobrevêm aos poucos ou de forma repentina, torna-se um fardo pesado demais,
capaz de anestesiar o instinto de sobrevivência, envenenar a razão e, por fim, levar ao abandono da vida, guiados
pelo medo, que segundo Baulman (2008, p.8), “é o nome que damos a nossa incerteza: nossa ignorância da
ameaça e do que deve ser feito”

Consideremos ainda a morte no reino animal, esses seres tidos como “irracionais”, de alguma forma que
não compreendemos, tem consciência de que algo pode por fim a sua vida e por isso, na presença de qualquer
ameaça, quer seja a fome, a sede ou o ataque predador, procuram a qualquer custo preservar a sua existência
esquivando-se do perigo, buscando meios de satisfazer suas necessidades, enfrentar a ameaça com todas as
forças e destreza que a natureza lhes agraciou ou ainda fugindo, medidas que acreditem serem suficientes para
mantê-los vivos, ao que chamamos de instinto de sobrevivência. Conferir também em Baulman, p.9.

É certo que todo ser humano enfrenta o risco de morte e todos os medos dela derivados dia a dia, sendo
essa uma condição natural de todo ser vivo e que serve de estímulo para que o homem procure melhores
condições de saúde, segurança, saneamento básico, higiene, remédios tanto homeopáticos quanto alopáticos,
fugir de situações de risco, condições estas capazes de nos propiciar uma melhor qualidade de vida e sensação de
bem estar.

Assim, a vida, bem indisponível e precioso do ser humano, há de ser celebrada, posto que é dádiva,
cuidada, posto que é frágil, vivida, posto que é vida.
2. A doença terminal

A incapacidade do corpo de permanecer vivo, no entanto, leva-nos a enfrentar uma realidade, nem sempre
detemos o controle da nossa existência e por vezes uma doença incurável ou terminal recai sobre um indivíduo
de tal forma que a expectativa da morte é certa e, por vezes, mais próxima do que se deseja e mais visível dia
após dia.

Por mais que a medicina detenha na atualidade um alto domínio de conhecimento tecnológico, com
tratamentos que antes sequer eram imaginados, é certo que ainda não tem como responder todas as questões que
possam garantir a cura de doenças capazes de encerrar a vida.

Esse estado de enfermidade que degrada o corpo é conhecido como doença terminal, não existindo um
conceito exato que a defina, podendo ser entendida como uma doença incurável e que provavelmente progredirá
para a morte. O programa de saúde americano define doença terminal como sendo aquela que leva a uma
expectativa de vida útil de menos de seis meses, mas sabemos que algumas doenças incuráveis tem uma
expectativa de vida naturalmente maior que as outras.

Existe ainda uma definição adotada pelos próprios doentes que entendem que estado terminal é aquele
momento “quando eu tenho que ficar na cama e não posso mais cuidar de mim”.

Muito embora o paciente em estágio terminal vive num estado de contemplação acerca da morte, a
certeza de estar vivo é algo mais concreto que a morte, pois este é um evento que ainda não ocorreu e aquele, a
vida, um evento que está em pleno acontecimento e por isso deve ser colocado à disposição do paciente todos os
meios de propiciar-lhe uma vida plena e digna.

Por outro aspecto, mesmo a vida sendo algo tangível, não podemos ignorar que para um paciente em
estágio terminal ela está no fim e nada tem a ser feito para mudar esse cenário. Esse contraditório de abstrações
suportadas pelo paciente desperta um turbilhão de sentimentos não apenas no doente, mas também na família,
nos cuidadores e nos médicos que se veem impotentes diante da situação.

Quando a medicina não é capaz de curar, minimizar o problema e fazer cessar o risco de morte, é possível
que se inicie um tratamento paliativo, que consiste em cuidar do doente na tentativa de melhorar ou aliviar
momentaneamente suas dores.

A palavra "paliativo" tem origem no latim pallium, que significa manto, cobertor, expressando um
propósito de proteção contra as intempéries do caminho. Portanto, Cuidado Paliativo pode ser entendido como
Cuidado de Proteção, dentro de uma visão holística das várias dimensões do ser humano (Ferreira, Lopes &
Melo, 2011). Assim, o cuidado paliativo ou tratamento paliativo é uma medida tomada para uma determinada
situação servindo apenas para “cobrir” e não para resolver o problema, objetivando aliviar os sintomas, mas tão
somente com a preocupação de curar a doença.

A Organização Mundial de Saúde afirma que: “Os cuidados paliativos melhoram a qualidade de vida dos
pacientes e familiares que enfrentam enfermidades fatais, propiciando alívio da dor e dos sintomas (...) desde o
diagnóstico até o fim da vida e luto”. Já o National Consensus Project for Quality Palliative Care afirma que
o objetivo do cuidado paliativo é prevenir e aliviar o sofrimento, visando aprimorar ao máximo a qualidade de
vida de doentes e familiares.

Ainda de acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo Cuidado Paliativo
significa: “aliviar os sintomas, a dor e o sofrimento em pacientes portadores de doenças crônicas, progressivas,
avançadas, degenerativas, incuráveis ou doenças em estágio final. O cuidado visa ao paciente em sua globalidade
de pessoa humana, na tentativa de oferecer foco e significado na qualidade de vida”.

A importância do cuidado paliativo consiste justamente no seu potencial de melhorar a vida enquanto há
vida, ou ainda melhorar a qualidade de vida sem se preocupar com o que está por vir. Significa dizer ao doente
que a vida dele vale a pena ser vivida plenamente e com qualidade por que ele é importante.

Mediante ao que foi aludido, torna-se necessário uma equipe que se disponha a melhorar a vida do
doente, levando alívio para a dor física, para os problemas de ordem espiritual e psicológica, se reúnam e
adotem, em conjunto, medidas para esse fim. Tal estrutura se dá a partir da integração de profissionais médicos,
psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, conselheiros espirituais, entre outros
profissionais que prestem assistência ao paciente e a seus familiares, formando assim uma equipe
multidisciplinar capacitados para identificar as necessidades do paciente e as condições que este tem de lidar
com a situação, estendendo esse olhar aos familiares.
3. O papel do psicólogo na equipe de cuidados paliativos

O paciente com doença em estágio terminal pode apresentar sinais de depressão, ansiedade, dificuldade
para dormir, pesadelos, terrores noturnos e medo de morte, passam por diversas perdas no processo do
adoecimento, além de estarem expostos aos efeitos colaterais que podem gerar desconfortos e frustrações e
alterações no humor.

Como parte da equipe de cuidados paliativos, o psicólogo tem o papel de intervir a partir de uma visão
pertencente ao campo da mente, suas vivências e expressões, contribuindo com:

 A promoção do controle da dor e de outros sintomas estressantes;


 A questão da morte como um processo natural;
 Um sistema de suporte à família, que possibilite a exata compreensão do processo da doença em todas as
fases;
 Um sistema de suporte que permita ao paciente viver tão ativamente quanto possível, na busca constante
para manter sua autonomia;
 A Integração do aspecto clínico com os aspectos psicológico, familiar, social e espiritual ao trabalho;
 A união de esforços de uma equipe multidisciplinar para oferecer o cuidado mais abrangente possível;
 A preocupação de ter sempre em foco que a melhora da qualidade de vida pode influenciar positivamente
no tempo que resta ao doente e que o cuidado deve ser iniciado precocemente.

O trabalho do psicólogo no cuidado paliativo vai além da intervenção técnica, uma vez que nesse
momento a escuta acolhedora verbal e não-verbal, a empatia permite que o paciente inicie um processo de
aceitação e reconhecimento da doença, possibilitando tanto ao psicólogo quanto ao paciente e familiares a
compreensão das reais demandas do paciente, seus temores e anseios, necessidades de agradecimento,
reconciliações e despedidas.

Cabe também ao psicólogo manter o equilíbrio das relações dos profissionais com o doente, bem como
entre os cuidadores encontrando formas de comunicação que possibilitem a troca de informação e do
conhecimento a partir dos diferentes saberes.

Importante frisar que a psicologia é uma das profissões da saúde cuja inclusão em equipes de
acompanhamento de pacientes com câncer é regulamentada por lei. A Portaria nº 3.535 do Ministério da Saúde,
publicada no Diário Oficial da União em 14 de outubro de 1998, que determina que toda equipe responsável pelo
tratamento de pessoas com câncer tenha, entre seus profissionais, um psicólogo.

4. REFERÊNCIAS
Baulman, Z. (2008). Medo líquido. Rio de Janeiro: Zahar 2008.

Campbell, M. L. (2011). Nurse to nurse: Cuidados paliativos em enfermagem. ARTMED. Porto Alegre.

Ferreira, A. P. Q.; Lopes, L. Q. F.; Melo, M. C. B. (2011). O papel do psicólogo na equipe de cuidados
paliativos junto ao paciente com câncer. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-8582011000200007. versão impressa ISSN 1516-0858. Rev.
SBPH vol.14 no.2 Rio de Janeiro dez. 2011. Acesso em 11 de setembro de 2018.

Martinho, A.R.*; Pilha, L.** & Sapeta, P.***. Competências do psicólogo em cuidados paliativos.
Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Paula_Sapeta/publication/311104391_Competencias_do_psicologo_em_cui
dados_paliativos_Skills_of_psychologists_in_palliative_care_Doutorada_em_Enfermagem_e_Mestre_em_Socio
logia_Coordenadora_do_mestrado_em_cuidados_paliativos_da_ESALD-IPCB/links/
583e14f608aeda6968070cef/Competencias-do-psicologo-em-cuidados-paliativos-Skills-of-psychologists-in-
palliative-care-Doutorada-em-Enfermagem-e-Mestre-em-Sociologia-Coordenadora-do-mestrado-em-cuidados-
paliativos-da-ESALD-IPCB.pdf. Acesso em 05 de setembro de 2018.

Melo, A. C.; Valero, F. F. & Menezes, M. (2013). A intervenção psicológica em cuidados paliativos. Disponível
em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862013000300007. Psicologia, Saúde
& Doenças, versão impressa ISSN 1645-0086. Psic., Saúde & Doenças vol.14 no.3 Lisboa nov. 2013. Portugal.
Acesso em 11 de setembro de 2018.

Silva, L. N.; Gandour & Dantas, A. A. T. S. G. (2016). Papel do psicólogo em cuidados paliativos.
file:///C:/Users/videoteca/Downloads/1860-7480-1-PB.pdf. ANAIS DO XI EVINCI — Centro Universitário
Autônomo do Brasil — UniBrasil, 2016 - ISSN: 2525-5126. Acesso em 11 de setembro de 2018.

1) COMUNICANDO A DOENÇA
Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem menos de seis
meses de vida e não há mais nenhum tratamento para ser testado.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, tranquilize seu paciente.

Sugestão:
“Fui informado de que o senhor recebeu algumas más notícias sobre sua saúde. Gostaria de
estar seguro de que estamos cuidando de todas as suas necessidades enquanto está no
hospital e quando for para casa. O senhor pode me dizer como podemos ajuda-lo?”
“Outros pacientes que eu atendi nas suas circunstâncias solicitaram: falar com os irmãos,
falar com o padre da paróquia local, tomar um sorvete. (ou crie outras situações) Será que
alguma dessas alternativas seria útil para você.

2) COMO SE COMUNICAR COM O DOENTE


Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem menos de deis
meses de vida e não há mais nenhum tratamento para ser testado.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, você deve levar algum conforto. Talvez
seja interessante aborda a fé, porém respeitando a convicção do paciente.

Sugestão:
Talvez seja reconfortante abordar sobre a fé, porém respeitando a convicção do paciente
- Você tem fé em algo? O que dá sentido a sua vida?
- Que importância tema a sua fé na sua vida?
- Você é membro de alguma organização ou comunidade religiosa?
- Gostaria me falar de sua fé durante o seu tratamento?
3) COMO SE COMUNICAR COM O PACIENTE
Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem menos de deis
meses de vida e não há mais nenhum tratamento para ser testado.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, você deve transmitir segurança:

Sugestão
“Eu sei que nós lhe demos uma grande quantidade de informação difícil de absorver.
Precisamos conversar sobre as opções de tratamento. Você precisa de algum tempo para
assimilar a notícia”
“o que você sabe sobre o seu estado?”
“Queremos informar-lhe melhor, o que você quiser saber.”

4) COMO COMPREENDER A NECESSIDADE DO DOENTE


Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem poucos meses
de vida.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, você deve garantir o bem estar do
paciente:

“As vezes os pacientes que estão na sua situação tem medo, ansiedade ou ficam tristes.
Você está se sentindo assim? Quer me contar como está se sentindo?.
Você está dormindo bem?
Você tem medo de dormir?
O que te assusta quando vai dormir?
Você tem medo de morrer?
Quer que eu fique aqui até que você durma?

5) COMO SE COMUNICAR COM O DOENTE


Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem poucos meses
de vida e não há mais nenhum tratamento para ser testado.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, você entende que muitas vezes não há o
que falar, então, nesse momento, o toque pode ser muito importante:

Segure a mão do paciente. A parte do toque é bem forte!


Talvez até melhor do que falar.

6) COMO COMUNICAR A FAMÍLIA


Infelizmente o paciente faleceu. Chega um momento muito difícil e delicado, comunicar a
família.
“Senhor ______, meu nome é ________, sou psicóloga e cuido de sua irmã hoje.
Ela teve uma mudança súbita e inesperada em sua condição. Precisamos falar com você e
com o restante da família. Vocês podem vir para o hospital?”

- A família pode perguntar se o paciente morreu. Responda: “Sim”. Ela faleceu há alguns
minutos.
(Dar um tempo de reação.)
Sinto pela sua dor. Gostaria de pedir que venham ao hospital para conversarmos, queremos
tirar todas as dúvidas e dizer como foram esses dias aqui conosco.

Encoraje que a família venha de forma segura ao hospital para ter todas as perguntas
respondidas.

1) COMUNICANDO A DOENÇA
Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem menos de seis
meses de vida e não há mais nenhum tratamento para ser testado.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, tranquilize seu paciente.

Sugestão:
“Fui informado de que o senhor recebeu algumas más notícias sobre sua saúde. Gostaria de
estar seguro de que estamos cuidando de todas as suas necessidades enquanto está no
hospital e quando for para casa. O senhor pode me dizer como podemos ajuda-lo?”
“Outros pacientes que eu atendi nas suas circunstâncias solicitaram: falar com os irmãos,
falar com o padre da paróquia local, tomar um sorvete. (ou crie outras situações) Será que
alguma dessas alternativas seria útil para você.

2) COMO SE COMUNICAR COM O DOENTE


Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem menos de deis
meses de vida e não há mais nenhum tratamento para ser testado.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, você deve levar algum conforto. Talvez
seja interessante aborda a fé, porém respeitando a convicção do paciente.

Sugestão:
Talvez seja reconfortante abordar sobre a fé, porém respeitando a convicção do paciente
- Você tem fé em algo? O que dá sentido a sua vida?
- Que importância tema a sua fé na sua vida?
- Você é membro de alguma organização ou comunidade religiosa?
- Gostaria me falar de sua fé durante o seu tratamento?

3) COMO SE COMUNICAR COM O PACIENTE


Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem menos de deis
meses de vida e não há mais nenhum tratamento para ser testado.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, você deve transmitir segurança:

Sugestão
“Eu sei que nós lhe demos uma grande quantidade de informação difícil de absorver.
Precisamos conversar sobre as opções de tratamento. Você precisa de algum tempo para
assimilar a notícia”
“o que você sabe sobre o seu estado?”
“Queremos informar-lhe melhor, o que você quiser saber.”

4) COMO COMPREENDER A NECESSIDADE DO DOENTE


Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem poucos meses
de vida.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, você deve garantir o bem estar do
paciente:

“As vezes os pacientes que estão na sua situação tem medo, ansiedade ou ficam tristes.
Você está se sentindo assim? Quer me contar como está se sentindo?.
Você está dormindo bem?
Você tem medo de dormir?
O que te assusta quando vai dormir?
Você tem medo de morrer?
Quer que eu fique aqui até que você durma?

5) COMO SE COMUNICAR COM O DOENTE


Você está diante de um paciente que acabou de receber a notícia de que tem poucos meses
de vida e não há mais nenhum tratamento para ser testado.
Como psicólogo da equipe de cuidados paliativos, você entende que muitas vezes não há o
que falar, então, nesse momento, o toque pode ser muito importante:

Segure a mão do paciente. A parte do toque é bem forte!


Talvez até melhor do que falar.

6) COMO COMUNICAR A FAMÍLIA


Infelizmente o paciente faleceu. Chega um momento muito difícil e delicado, comunicar a
família.
“Senhor ______, meu nome é ________, sou psicóloga e cuido de sua irmã hoje.
Ela teve uma mudança súbita e inesperada em sua condição. Precisamos falar com você e
com o restante da família. Vocês podem vir para o hospital?”

- A família pode perguntar se o paciente morreu. Responda: “Sim”. Ela faleceu há alguns
minutos.
(Dar um tempo de reação.)
Sinto pela sua dor. Gostaria de pedir que venham ao hospital para conversarmos, queremos
tirar todas as dúvidas e dizer como foram esses dias aqui conosco.

Encoraje que a família venha de forma segura ao hospital para ter todas as perguntas
respondidas.
Olhar nos olhos
Não cruzar os braços nem as pernas, caso esteja sentado
Não ficar mexendo as mãos ou com tic’s nos dedos

Não é ser frio – longe disso ***** É ser sereno


Não devemos endurecer nossas emoções, dependemos dela para sermos humanos
Transmitir tranquilidade ( a pessoa já tem motivos demais para de desesperar )

Você também pode gostar